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Árvore australiana com ferrão injeta veneno que causa dor por dias


<p>A revista científica <em>Science Advances</em> publicou, na última quarta-feira (16), um artigo sobre o veneno da <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/69772-planta-australiana-causa-tanta-dor-que-pode-levar-voce-a-loucura.htm" target="_blank">árvore com ferrão da Austrália</a>, uma espécie vegetal que é capaz de produzir picadas terrivelmente dolorosas, que podem durar dias ou até semanas.</p>



<p>A gigantesca árvore australiana, que pode chegar a 35 metros de altura, &nbsp;pertence ao gênero botânico <em>Dendrocnidea d</em>a mesma família das urtigas, e cresce ao longo das encostas e ravinas das florestas tropicais do leste da Austrália. No entanto, diferentemente de suas evitadas parentes, a <em>Dendrocnide excelsa</em>, popularmente chamada de Gympie-Gympie, é capaz mandar um ser humano direto para a UTI.</p>



<p>Existem relatos locais sobre animais que, após contato com as árvores Gympie-Gympie, tiveram que ser sacrificados tamanha a agonia proporcionada pelo <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115987-veneno-de-abelha-mata-celulas-com-cancer-e-potencializa-quimioterapia.htm" target="_blank">veneno</a> da perigosa planta, cujas toxinas, chamadas no novo estudo de "gimpietidas" em homenagem ao nome da árvore, são semelhantes à toxina do veneno de aranha.</p>



<h2>As "agulhas" da Gympie-Gympie</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://images.newscientist.com/wp-content/uploads/2020/09/16151546/w7pm32_web.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/21/21122412300220.jpg" alt="Fonte: Nature Picture Library / Alamy/Reprodução"/></a><figcaption>Fonte: Nature Picture Library / Alamy/Reprodução</figcaption></figure></div>



<p>Em um comunicado à imprensa, a dra. Irina Vetter, professora da Universidade de Queensland e uma das autoras do artigo, explicou que a Gympie-Gympie "é coberta por apêndices semelhantes a agulhas chamados tricomas, que têm cerca de cinco milímetros de comprimento".</p>



<p>Esses tricomas, conforme a cientista, "parecem cabelos finos, mas na verdade agem como agulhas hipodérmicas que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106088-a-toxina-da-arvore-do-suicidio-e-considerada-a-arma-do-crime-perfeita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">injetam toxinas</a> quando fazem contato com a pele ”. A atividade dessas toxinas foi atribuída inicialmente a neurotransmissores de moléculas pequenas e mediadores inflamatórios, mas somente esses compostos não dariam conta de explicar os efeitos da dor devastadora.</p>



<h2>Planta peçonhenta</h2>



<p>O que o novo estudo mostrou foi que o veneno da <em>dendrocnidea</em> australiana contém peptídeos indutores da dor, em tudo semelhantes ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116001-a-barata-d-agua-e-a-picada-mais-dolorosa-do-reino-animal.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">de animais</a> na forma como se dobram em suas estruturas moleculares 3D e que têm como alvo os mesmos receptores de dor, o que torna a Gympie-Gympie uma verdadeira "planta peçonhenta".&nbsp;</p>



<p>Mas o que mais impressiona, segundo a autora do estudo, é que a dor lancinante ocorre de forma prolongada não porque os pelos finos ficam presos na pele como se pensava, mas sim porque as gimpietidas têm uma propriedade de mudar permanentemente os canais de sódio nos neurônios sensoriais.&nbsp;</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:00.872Z

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O negacionismo das extinções é o novo movimento anticiência


<p>Em pleno século XXI, o negacionismo científico está ganhando cada vez mais força e tem várias vertentes: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112140-a-revolta-da-vacina-global-e-uma-realidade-como-lidar-com-ela.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">antivacinas</a>, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116006-terraplanistas-se-perdem-em-alto-mar-ao-tentar-encontrar-a-borda-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">terraplanistas</a>, os que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112352-google-patrocina-organizacoes-que-negam-o-aquecimento-global.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">negam o aquecimento global</a> e as mudanças climáticas e, agora, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114642-ignorar-a-ciencia-durante-pandemia-pode-trazer-serias-implicacoes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">negacionistas da pandemia,</a> que se recusam a colaborar com as medidas sanitárias... Isso quando a mesma pessoa não é todas as coisas, né?</p>



<p>Muito que bem. Agora temos um novo tipo de movimento anticiência para fazer a gente sentir vergonha alheia: <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114731-mundo-vive-onda-de-extincoes-em-massa-provocada-pelo-homem.htm" target="_blank">a negação da extinção</a>. Basicamente, são pessoas que negam que há um número maior de espécies sendo extintas, por causa das ações humanas na natureza. Ou, então, eles negam que isso seja um problema. De qualquer forma, esse movimento questiona os esforços para a conservação das espécies de seres vivos que correm risco de extinção.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://giphy.com/gifs/colbertlateshow-stephen-colbert-face-palm-26u4g8dUpEM01oO3K"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/21/21162236698012.gif" alt="A vergonha alheia quando descobrimos um novo movimento anti-ciência (Fonte: GIphy)"/></a><figcaption>A vergonha alheia quando descobrimos um novo movimento anticiência (Fonte: Giphy)</figcaption></figure></div>



<h2>Uma espécie que podia entrar em extinção...</h2>



<p>Ao contrário dos pandas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115603-conheca-a-maior-borboleta-do-mundo-e-seu-risco-de-extincao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">borboletas</a> e rinocerontes, os negacionistas não parecem perto da extinção. Pelo contrário: há um número cada vez maior deles.&nbsp;</p>



<p>Essa observação foi feita em um artigo científico, assinado por um grupo de biólogos conservacionistas, publicado recentemente pela revista <em>Nature Ecology</em>. Segundo eles, muitos estudos científicos sobre as extinções foram rebatidos por artigos de opinião que não apenas refutavam a ideia de que há espécies sumindo da natureza, como também atacavam a reputação de seus autores.&nbsp;</p>



<p>Eles explicam que as opiniões, de maneira geral, se dividem em três categorias: dizer que a extinção de espécies sempre aconteceu, que o crescimento econômico vai solucionar a crise de biodiversidade ou, então, que o progresso tecnológico vai superar as extinções.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://en.wikipedia.org/wiki/Queen_Alexandras_birdwing"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/21/21161158984008.jpg" alt="A borboleta Ornithoptera alexandrae é uma das espécies que corre risco de extinção (Fonte: Wikimedia Commons)"/></a><figcaption>A borboleta <em>Ornithoptera alexandrae</em> é uma das centenas espécies que corre risco de extinção, atualmente (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></div>



<p>Ou seja, os negacionistas da extinção são contra os esforços de conservação ambiental, de forma semelhante àqueles que negam as mudanças climáticas. Naturalmente, eles são armados de opiniões e têm uma boa retórica, embora não tenham argumentos sólidos ou fatos e dados para embasá-los. De qualquer forma, o surgimento de mais um movimento anticiência deve ser visto com preocupação — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116014-como-debater-com-um-terraplanista.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">e combatido com muito cuidado</a> — para não prejudicar as iniciativas de conservação da natureza.&nbsp;</p>



<p>Até porque, voltando aos fatos, os cientistas alertam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114765-cientistas-alertam-para-extincao-de-especies-em-massa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">o planeta está caminhando para sua sexta onda de extinção em massa</a>, nos próximos anos. Essa será a maior desde o asteroide que dizimou os dinossauros.&nbsp;</p>



<p>Só que, ao contrário dos outros eventos, que foram causados por desastres naturais ou mudanças geológicas, a atual crise de biodiversidade é causada pela ação humana: destruição de habitat, mudanças climáticas, inserção de espécies invasivas e outros fatores que podemos e devemos evitar — isto é, se os negacionistas da extinção não ganharem mais poder.&nbsp;</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:00.854Z

Imagem de 'Imprudência': astrofísica critica anúncio de vida em Vênus no megacurioso

'Imprudência': astrofísica critica anúncio de vida em Vênus

<p style="text-align: justify;">O recente anúncio do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177722-cientistas-detectam-possivel-sinal-vida-microbiana-venus.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sinal de vida alienígena em Vênus</a> chamou a atenção de toda comunidade científica internacional. Foi nesse contexto que Duília de Mello, astrônoma e astrofísica brasileira associada à <a title="NASA" href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">NASA</a>, criticou a possível descoberta em entrevista à BBC News Brasil. Para a cientista, o anúncio é "precipitado" e "imprudente" por carecer de confirmações.</p>
<p style="text-align: justify;">A descoberta foi divulgada pela revista Nature Astronomy e pela Sociedade Astronômica Real, de Londres, na última segunda-feira (14) e relata a possível presença de gás que contém fosfina. Essa molécula, bastante comum na natureza terrestre, é resultante da ação de micróbios que vivem nos organismos de animais e em locais com pouco oxigênio, como os pântanos.</p>
<p style="text-align: justify;">Dessa maneira, a falta de quaisquer outras explicações para a origem da substância na atmosfera venusiana levou os cientistas responsáveis pela descoberta a relatá-la como um possível sinal de vida no planeta. O caráter repentino do estudo dividiu opiniões da comunidade científica: "As pessoas, às vezes, na ansiedade de mostrar resultados, acabam cometendo erros", comenta a astrofísica Duílla de Mello, em entrevista à BBC News Brasil.</p>
<span class="img-fc" data-fonte=" ESO/M.KORNMESSER/L.CALCADA/NASA " data-fonte-url="https://www.bbc.com/portuguese/geral-54185816"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/17/17133030970217.jpg" alt="Molécula de fosfina em simulação. (Fonte: ESO /M. Kornmesser / L.Calcada / NASA / Reprodução)" /><span class="desc">Molécula de fosfina em simulação. (Fonte: ESO /M. Kornmesser / L.Calcada / NASA / Reprodução)</span></span>
<p style="text-align: justify;">A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Cardiff, no País de Gales — em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, Japão e Reino Unido — por meio de ondas de rádio do telescópio James Clerk Maxwell, no Havaí. Posteriormente, foi confirmada por 45 das 66 antenas — que operam de maneira semelhante a um grande telescópio — do observatório Alma, no deserto do Atacama, Chile.</p>
<p style="text-align: justify;">Para a astrônoma brasileira, o método da descoberta deve ser reavaliado: "São dois instrumentos completamente diferentes," comenta. "Era preciso que fosse feita uma reconfirmação com o próprio Alma."</p>
<p style="text-align: justify;">Em conclusão, Duília ressalta a importância do estudo: "Um resultado desse tipo motiva missões," comenta, quando questionada sobre as possíveis próximas missões à Vênus. Contudo, pede prudência na análise e divulgação dos dados do estudo recente:"Vênus não vai sair de lá, né?"</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/185509-imprudencia-astrofisica-critica-anuncio-vida-venus.htm">'Imprudência': astrofísica critica anúncio de vida em Vênus</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:05:00.214Z

Imagem de Espermatozoide de 100 milhões de anos é o mais antigo já descoberto no megacurioso

Além de antigo, o espermatozoide de ostracode é considerado gigante quando comparado ao de outras espécies inclusive os humanos

<head></head><body><p>Um artigo publicado na quarta-feira (15) no periódico científico <em>Proceedings of The Royal Society B</em> relatou a descoberta do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115456-espermatozoides-nadam-de-maneira-diferente-do-que-pensavamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espermatozoide</a> mais antigo já encontrado no mundo. O mais impressionante é que essa célula reprodutora, considerada “gigante” quando comparada a de outras espécies, esteve dentro de uma pequena concha de crustáceo durante 100 milhões de anos.</p><p>O espermatozoide gigante foi descoberto por uma equipe de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115464-estudo-identifica-primeiro-caso-de-cancer-maligno-em-dinossauro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paleontólogos</a> em uma mina no território de Mianmar, dentro de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/43285-fossil-encontrado-na-australia-revela-o-esperma-mais-antigo-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ostracode</a>, conhecido como camarão-semente, preservado em âmbar desde o período Cretáceo.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;He Wang; Xiangdong Zhao&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/F7Q7AsbnicepNo9ixwwyKU-970-80.jpg.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/16/16220618622010.jpg" alt="Um exemplar de Myanmarcypris hui. (Fonte: He Wang; Xiangdong Zhao/Reprodução)"><span class="desc">Um exemplar de Myanmarcypris hui. (Fonte: He Wang; Xiangdong Zhao/Reprodução)</span></span></p><h2>Uma espécie nunca vista</h2><p>Na pequena bolha de resina de árvore, menor do que um selo, foram detectados 39 ostracodes, 31 dos quais pertencentes a uma espécie nunca vista antes, batizada de <em>Myanmarcypris hui</em>. Esses espécimes cresceram apenas 0,59 milímetros de comprimento.</p><p>Os corpos desses animais são protegidos por uma concha bivalve, da qual emergem minúsculos apêndices. Ainda hoje, existem milhares de ostracodes vivos, que igualmente possuem células espermáticas gigantes, que chegam a 1,18, o que significa que são maiores do que o animal que as produz.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;He Wang; Xiangdong Zhao&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/dKtGBCaf8nPm427uvuULFL-970-80.jpg.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/16/16220927779011.jpg" alt="Bolha de âmbar com ostracodes (Fonte: He Wang; Xiangdong Zhao/Reprodução)"><span class="desc">Bolha de âmbar com ostracodes (Fonte: He Wang; Xiangdong Zhao/Reprodução)</span></span></p><h2>O espermatozoide animal mais antigo</h2><p>Entre os ostracodes recuperados do âmbar o que mais chamou a atenção foi uma fêmea adulta de <em>M. hui</em>, cujos tecidos foram preservados, incluindo quatro ovos minúsculos medindo apenas 50 micrômetros de diâmetro, menos do que um fio de cabelo humano. Nos receptáculos seminais dessa fêmea havia também uma massa.</p><p>Uma vez que o fóssil estava muito bem preservado, o paleontólogo e pesquisador He Wang, da Academia Chinesa de Ciências, utilizou a tomografia computadorizada para reconstruir uma imagem tridimensional da massa, que enviou para Renate Matzke-Karasz, paleontóloga da Universidade Ludwig Maximilian de Munique.</p><p>A paleontóloga, que é especialista em ostracodes, falou ao site <em>Live Science</em>: "Eu imediatamente o felicitei por ter reconstruído o espermatozoide animal mais antigo". Os dois pesquisadores estimam que cada espermatozoide media 200 micrômetros de comprimento.</p><p>Para Matzke-Karasz, a reprodução através de espermatozoides gigantes demanda muita energia para produzir e muito espaço dentro do animal receptor. Além disso, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39541-conheca-detalhes-intimos-do-curioso-mundo-da-reproducao-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acasalamento</a> é muito demorado. "Isso não faz sentido do ponto de vista evolutivo", disse ela. "Mas, em ostracodes, tem funcionado por mais de 100 milhões de anos".</p></body>

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Espermatozoide de 100 milhões de anos é o mais antigo já descoberto

Imagem de Se um meteoro dizimou os dinossauros, outro trouxe vida à Terra no megacurioso

Crateras de impacto podem ser oásis onde formas de vida prosperam, inclusive em Marte

<p>Uma cratera de impacto quase sempre &eacute; sin&ocirc;nimo de destrui&ccedil;&atilde;o e exterm&iacute;nio. Um estudo de pesquisadores da Western University, publicado na revista <em>Astrobiology</em>, mostra que nem sempre &eacute; assim: se o choque de um meteoro massivo dizimou a vida na Terra, um evento anterior e similar pode t&ecirc;-la impulsionado, ao trazer para o planeta os ingredientes necess&aacute;rios e, com o impacto, criar as condi&ccedil;&otilde;es ideais para que ela surgisse.</p>
<p>O estudo abre possibilidades n&atilde;o apenas para explicar a evolu&ccedil;&atilde;o da vida na Terra como para a busca de ind&iacute;cios na Lua e em Marte, onde as crateras de impacto n&atilde;o desapareceram por conta do movimento das placas tect&ocirc;nicas ou via intemperismo.</p>
<p>&ldquo;&Eacute; tipicamente destrutivo imaginar o que acontece quando rochas de um quil&ocirc;metro atingem a Terra &ndash; &eacute; um evento de extin&ccedil;&atilde;o como o que matou os dinossauros. Por&eacute;m, se impacto &eacute; inicialmente destrutivo, tamb&eacute;m fornece os elementos para a vida, criando novos habitats para a vida&rdquo;, disse em comunicado o cientista planet&aacute;rio da Western University e principal autor do estudo, Gordon Osinski.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/13/13165434843058.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://news.westernu.ca/2020/09/did-meteorite-impacts-help-create-life-on-earth-and-beyond/">&nbsp;Western University/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>Vida depois da destrui&ccedil;&atilde;o</h2>
<p>Depois de arrefecido o ambiente de caos causado pela queda do meteorito, na bacia de impacto come&ccedil;am a se combinar &aacute;gua, calor, minerais e produtos qu&iacute;micos &ndash; sedimentos, nutrientes e at&eacute; mesmo fontes hidrotermais surgidas com impacto criariam um habitat com energia e alimentos abundantes, fornecendo as condi&ccedil;&otilde;es ideias para a reprodu&ccedil;&atilde;o de micr&oacute;bios.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/13/13165607890059.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://news.westernu.ca/2020/09/did-meteorite-impacts-help-create-life-on-earth-and-beyond/">&nbsp;Western University/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<p>&ldquo;Eles essencialmente criam um o&aacute;sis para a vida. Depois de bilh&otilde;es de anos de eros&atilde;o e outras atividades geol&oacute;gicas, pode ser imposs&iacute;vel descobrir como a vida na Terra come&ccedil;ou, mas as miss&otilde;es a Marte t&ecirc;m a possibilidade de achar o&aacute;sis semelhantes enquanto procuram vest&iacute;gios de vida&rdquo;, disse o pesquisador.</p>
<p>Para produzir um ambiente com &aacute;gua e calor suficientes para o desenvolvimento da vida (al&eacute;m de rochas de impacto v&iacute;treas e porosas em cujo interior micro-organismos encontrariam abrigo para se multiplicar), a cratera de impacto deve ter cerca de cinco quil&ocirc;metros de di&acirc;metro. Para produzi-la, o corpo (cometas e asteroides conhecidos como condritos carbon&aacute;ceos, onde se encontram material org&acirc;nico) deve ter ao menos 270 metros de largura.</p>
<h2>Primeiro lugar onde procurar</h2>
<p>Se na Terra um asteroide com essas especifica&ccedil;&otilde;es traria morte e destrui&ccedil;&atilde;o (e, por isso, as ag&ecirc;ncias espaciais mant&ecirc;m vigil&acirc;ncia constante), em outros lugares pelo sistema solar eles s&atilde;o bem-vindos e avidamente esperados.</p>
<p>As miss&otilde;es espaciais em andamento t&ecirc;m em comum a tarefa de procurar sinais de vida na Lua e em Marte. O planeta vermelho foi no passado maci&ccedil;amente bombardeado por asteroides, e suas bacias de impacto est&atilde;o praticamente intactas &ndash; uma delas ser&aacute; o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/158336-nasa-liga-helicoptero-ingenuity-meio-caminho-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">local de pouso</a> do rover <a href="https://www.tecmundo.com.br/Perseverance" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Perseverance</a>, da <a href="https://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, que deve chegar em 18 de fevereiro de 2021.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/P4boyXQuUIw" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<h2>Forma&ccedil;&atilde;o de vida hoje</h2>
<p>&ldquo;Em teoria, todos os habitats que discutimos podem estar presentes na cratera Jezero. Sabemos por dados coletados pelos orbitadores que existe material argiloso, que pode inclusive ter sido gerado pelo impacto do asteroide que a criou", explicou Osinski.</p>
<p>Em Marte, o pesquisador deduz que o &ldquo;o&aacute;sis gerador de vida&rdquo; teria que ser uma cratera de ao menos dez quil&ocirc;metros de di&acirc;metro. O asteroide precisaria cair em uma &aacute;rea com gelo subterr&acirc;neo, fazendo surgir sistemas hidrotermais &ndash; a Jezero, com 49km de di&acirc;metro e tendo abrigado um lago h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos, satisfaz com folga esses requisitos.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/qnZ_sidmr4Y" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>&ldquo;Mesmo os menores impactos que observamos atualmente em Marte podem resultar na forma&ccedil;&atilde;o de habitats. Se a vida realmente se formaria, &eacute; outra quest&atilde;o&rdquo;, conclui Osinski.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177707-meteoro-dizimou-dinossauros-outro-trouxe-vida-terra.htm">Se um meteoro dizimou os dinossauros, outro trouxe vida à Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:59.506Z

Se um meteoro dizimou os dinossauros, outro trouxe vida à Terra

Imagem de Cobra bota ovos mesmo sem contato com machos há 30 anos no megacurioso

Reprodução assexuada de cobras é possível, mas bastante rara

<p>Animais nascidos em zoológicos costumam chamar a atenção dos visitantes, mas ninguém estava preparado para uma ninhada no Zoo de Saint Louis, nos Estados Unidos: uma píton-real botou 7 ovos no dia 23 de julho, mesmo não tendo contato com algum macho da espécie desde a década de 1990. E olha que se a reprodução foi nessa época, provavelmente terá sido desconfortável, já que machos e fêmeas se encontravam apenas dentro de baldes enquanto suas gaiolas eram higienizadas.</p><p>Outro detalhe curioso é que a espécime em questão tem pelo menos 62 anos. A píton-real, que não possui nome e atende pelo código 361003, chegou ao zoológico em 1961 e se tornou a mais velha a se tornar mamãe em cativeiro – e potencialmente na história. Dos 7 ovos botados, dois não vingaram e outros dois foram enviados para amostragem genética. Os três ovos restantes foram enviados a uma incubadora, onde devem eclodir no próximo mês.</p><p>A análise genética vai revelar como se deu a reprodução da <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99447-conheca-9-especies-exoticas-e-belissimas-de-cobras-e-serpentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobra</a>. Esses animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/67261-sexo-animal-como-e-que-as-cobras-fazem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podem se reproduzir</a> de maneira assexuada, mas isso é bem raro. “Estamos esperando o resultado desses testes para encerrar qualquer boato e entender o que aconteceu”, explica o zoólogo Mark Wanner, gerente de herpetologia do Zoo de Saint Louis. Poucos vertebrados têm a mesma característica, como tubarões, pássaros e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113637-dragoes-de-komodo-nascem-sem-que-a-mae-tenha-relacoes-com-macho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagartos</a>. Confira a futura mamãe com seus preciosos ovos:</p><p style="text-align: center;"><iframe src="https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fstlzoo%2Fvideos%2F238406800803891%2F&amp;show_text=0&amp;width=317" width="317" height="476" style="border:none;overflow:hidden;" scrolling="no" frameborder="0" allowtransparency="true" allowfullscreen="true"></iframe></p><p>Outra possibilidade levantada é de que a píton-real armazenou o esperma do macho à espera da melhor época para fertilizar seus óvulos. Como a última vez que ela esteve acompanhada foi há quase 3 décadas, isso seria bastante peculiar. “Estamos dizendo mais de 15 anos, mas, quero dizer, é provavelmente mais perto dos 30 anos desde que ela esteve fisicamente com um macho”, explica Wanner. O caso mais longo documentado de algo parecido foi de uma cobra que armazenou o esperma durante 7 anos.</p><p>A última vez que a píton-real do zoológico botou uma ninhada foi em 2009, mas nenhum dos ovos eclodiu naquela época. O mesmo aconteceu na vez anterior, em 1990. “Cruzamos os dedos para que um dos filhotes ecloda na próxima semanas, mas ainda não temos certeza se isso vai acontecer”, comenta Wanner. Atualmente, a futura mamãe está em atendimento especial e fora do alcance do público. O macho de píton-real do zoológico também foi retirado de exposição – será que o Ratinho vai colocá-lo em um teste de DNA? &nbsp;</p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:59.530Z

Cobra bota ovos mesmo sem contato com machos há 30 anos

Imagem de Efeito estufa: estudo mostra aquecimento recorde na Terra no megacurioso

Estudo das mudanças climáticas nos últimos 66 milhões de anos anuncia aquecimento jamais visto desde a extinção dos dinossauros

<head></head><body><p>Num estudo sobre alterações climáticas publicado na semana passada na revista <em>Science</em>, e que está sendo considerado épico pelas suas conclusões, pesquisadores analisaram elementos químicos em milhares de amostras de “forames” para construir o maior registro climático da Terra de todos os tempos.</p><p>Os forames são minúsculas amebas submarinas que, mesmo após o impacto do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111996-saiba-o-que-rolou-apos-colisao-de-asteroide-ha-65-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grande asteroide</a> que destruiu parte da vida na Terra há 66 milhões de anos, continuaram a se reproduzir e construir conchas de cálcio e outros minerais resistentes no fundo do mar que, fossilizadas, hoje auxiliam esse tipo de estudo.</p><h2>Os saltos climáticos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Hawaii&nbsp;" data-fonte-url="https://i.pinimg.com/originals/9b/f5/7a/9bf57acbcf9801af281dd850f78b9e03.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/12/12114845423020.jpg" alt="Fonte: University of Hawaii/Reproduçãoi"><span class="desc">Fonte: University of Hawaii/Reproduçãoi</span></span></p><p>Cerca de 10 milhões de anos após a extinção dos dinossauros, a Terra saltou de um estado de Warm House para Hot House. Isso significou uma elevação de temperaturas até 16 ºC acima dos níveis atuais. O efeito é conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111892-cientistas-desvendam-causa-de-aquecimento-global-do-paleoceno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Máximo Térmico Paleoceno-Eoceno</a>.</p><p>Da mesma forma, quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115989-africa-um-muro-de-arvores-construido-para-conter-a-desertificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dióxido de carbono</a> sumiu da atmosfera nos 20 milhões de anos seguintes, mantos de gelo se formaram na Antártida, e o planeta ingressou numa fase mais refrigerada (Cool House), com temperaturas de superfície na casa dos 4 ºC acima dos níveis modernos.</p><p>Impulsionada pela ação crescente e decrescente das camadas de gelo do Hemisfério Norte, a Terra entrou numa era refrigerada (Ice House) há cerca de 3 milhões de anos. Atualmente, as emissões humanas de gases de efeito estufa estão fazendo com que as temperaturas voltem a subir numa velocidade nunca vista em dezenas de milhões de anos.</p><h2>Perspectivas futuras do efeito estufa</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Westerhold et al., CENOGRID&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/FdHtSNVNsWUbbbUqLMbEja-1024-80.png.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/12/12114200967019.webp" alt="Mapa dos últimos 66 milhões de alterações climáticas e previsões para os próximos 300 anos (Fonte:Westerhold et al., CENOGRID)"><span class="desc">Mapa dos últimos 66 milhões de alterações climáticas e previsões para os próximos 300 anos (Fonte:Westerhold et al., CENOGRID)</span></span></p><p>Esse aumento brutal está muito acima das variações naturais desencadeadas pelas mudanças orbitais do planeta. Mesmo que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115885-niveis-de-ozonio-subiram-nos-ultimos-20-anos-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atuais emissões</a> de efeito estufa se mantenham nos níveis atuais, o clima pode disparar de volta a níveis nunca experimentados desde o Máximo Térmico Paleoceno-Eoceno pós-dinossauros.</p><p>"O período de 66 a 34 milhões de anos atrás, quando o planeta era significativamente mais quente do que hoje, é de particular interesse, pois representa um paralelo no passado a que futuras mudanças antropogênicas [interferência humana] podem levar", conclui o estudo.</p></body>

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Efeito estufa: estudo mostra aquecimento recorde na Terra

Imagem de Cavalo selvagem ameaçado de extinção ganha clone perfeito no megacurioso

O primeiro clone de cavalo de Przewalski nasceu saudável e com capacidade reprodutiva normal, o que pode ajudar a salvar a espécie da extinção

<head></head><body><p>Cientistas conseguiram clonar, pela primeira vez, a espécie de cavalo de Przewalski. O cavalo selvagem está ameaçado de extinção e o feito científico pode evitar que isso aconteça. A clonagem foi realizada a partir de material genético preservado há 40 anos por processo de criogenia.</p><p>O potro clonado nasceu em 6 de agosto como parte de um projeto colaborativo entre o Revive &amp; Restore, o ViaGen Equine e o San Diego Zoo Global Frozen Zoo, constituindo bancos genéticos que têm mais de 10 mil espécies, inclusive algumas extintas.</p><h2>Nascimento do clone</h2><p>O jovem macho, nascido de uma mãe substituta, é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112630-homem-gasta-us-35-mil-para-clonar-o-seu-gato-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clone</a> de um garanhão de cavalo de Przewalski chamado Kuporovic, que nasceu em 1975, no Reino Unido, antes de ser transferido para os EUA, em 1978, onde viveu até 1998. Seus genes estavam armazenados no "zoológico congelado” desde 1980 aguardando a disponibilização da tecnologia de clonagem necessária.</p><p>O potro de Przewalski nasceu totalmente saudável e com as funções reprodutivas normais. O animal foi batizado de Kurt, em homenagem a Kurt Benirschke, um renomado cientista que criou o <em>Frozen Zoo</em> e desempenhou um papel fundamental na criopreservação de material genético de várias espécies.</p><h2>Cavalos de Przewalski</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;San Diego Zoo&nbsp;" data-fonte-url="https://institute.sandiegozoo.org/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09180947051147.jpg" alt="(Fonte: San Diego Zoo / Divulgação)"><span class="desc">(Fonte: San Diego Zoo / Divulgação)</span></span></p><p>O cavalo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/57696-cavalo-evoluiu-geneticamente-em-funcao-de-seu-uso-pelos-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Przewalski</a> é o último desse tipo de animal verdadeiramente selvagem. O nome é uma homenagem a Nikolaj Przewalski, um explorador russo que descobriu a espécie em 1881 depois de ouvir histórias sobre sua existência. Antes comum nas estepes da Ásia central, a espécie foi extinta na natureza até que vários indivíduos foram reintroduzidos em seu habitat nativo na Mongólia.</p><p>No entanto, a espécie ainda tem muitos problemas e está ameaçada de extinção. Assim que Kurt tiver idade suficiente para procriar, espera-se que o indivíduo clonado ajude a trazer de volta a diversidade genética necessária para a população da espécie.</p><h2>Clone de animais</h2><p>De macacos a gatos, toda uma série de espécies animais foi clonada nos últimos anos. Talvez o mais famoso de todos tenha sido Dolly, a ovelha, o primeiro mamífero a ter sido clonado com sucesso de uma célula somática adulta em 1996. Mas existem outros casos menos famosos, como clone do íbex dos Pirineus que, em 2003, se tornou o primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106717-como-serao-tratados-os-animais-extintos-clonados-pela-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal extinto</a> a ser “ressuscitado” pela ciência.</p></body>

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Cavalo selvagem ameaçado de extinção ganha clone perfeito

Imagem de África: um muro de árvores construído para conter a desertificação no megacurioso

Lançada pela União Africana em 2007, a Grande Muralha Verde envolve árvores, pastagens, vegetação e plantas

<p>Um dos mais ambiciosos projetos de reflorestamento da hist&oacute;ria da humanidade completou 13 anos e lan&ccedil;ou a sua primeira atualiza&ccedil;&atilde;o de status abrangente na &uacute;ltima segunda-feira (7). A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113278-muralha-verde-africana-impedira-que-o-sahel-vire-um-deserto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Muralha Verde</a>, concebida como uma das maravilhas do novo mundo, pretende plantar um muro de &aacute;rvores de 8 mil quil&ocirc;metros de comprimento.</p>
<p>Com uma largura de 15 quil&ocirc;metros, o gigantesco muro promete se estender por toda a largura da &Aacute;frica para conter a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104342-por-que-esta-sendo-erguida-uma-muralha-de-arvores-no-meio-de-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desertifica&ccedil;&atilde;o</a> da regi&atilde;o e fornecer meios de subsist&ecirc;ncia &agrave; popula&ccedil;&atilde;o dos &nbsp;11 pa&iacute;ses comprometidos com a constru&ccedil;&atilde;o desse s&iacute;mbolo de esperan&ccedil;a</p>
<h2>O que diz o relat&oacute;rio?</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;UNCCD&nbsp;" data-fonte-url="https://www.unccd.int/sites/default/files/styles/top_image_large/public/2016-10/ggw_icon.jpg?itok=ZWrDAjrY"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09002423476273.jpg" alt="Fonte: UNCCD/Divulga&ccedil;&atilde;o" /><span class="desc">Fonte: UNCCD/Divulga&ccedil;&atilde;o</span></span></p>
<p>A primeira atualiza&ccedil;&atilde;o sobre o est&aacute;gio de desenvolvimento da Grande Muralha revela que, para o atingimento do seu objetivo, mais fundos, maior suporte t&eacute;cnico e uma supervis&atilde;o mais r&iacute;gida ser&atilde;o necess&aacute;rios para que o plano de plantar 100 milh&otilde;es de hectares de &aacute;rvores e outras vegeta&ccedil;&otilde;es seja realizado.&nbsp;</p>
<p>Segundo os autores da avalia&ccedil;&atilde;o, chamada "A Grande Muralha Verde: Status de Implementa&ccedil;&atilde;o e Caminho em Dire&ccedil;&atilde;o a 2030", divulgada numa reuni&atilde;o virtual com v&aacute;rios ministros regionais, o projeto cobriu apenas 4% da sua &aacute;rea-alvo, apesar de j&aacute; atingida a metade do seu cronograma, que aponta a conclus&atilde;o da obra para 2030.&nbsp;</p>
<p>No campo dos resultados sociais, ministros e autoridades das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115443-estudo-conclui-que-o-fim-do-homem-vira-antes-do-fim-das-florestas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Na&ccedil;&otilde;es Unidas</a> ressaltaram grandes realiza&ccedil;&otilde;es: mais de 350 mil novos empregos, US$ 90 milh&otilde;es em receitas e 18 milh&otilde;es de hectares de terras restauradas nos pa&iacute;ses participantes.&nbsp;</p>
<h2>Resultados e expectativas</h2>
<p class="video-center"><span class="videobox"><iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/kB1qK_yBVxU?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></span></p>
<p>A Eti&oacute;pia, pa&iacute;s que saiu na dianteira nas a&ccedil;&otilde;es de reflorestamento, conseguiu recuperar 15 milh&otilde;es de hectares de terras degradadas. O Senegal foi o "campe&atilde;o" de &aacute;rvores plantadas, com 11,4 milh&otilde;es. Burkina Faso, Mali e N&iacute;ger apoiaram o cintur&atilde;o verde com a participa&ccedil;&atilde;o de 120 comunidades.</p>
<p>Na Nig&eacute;ria, foram recuperados mais de 2,5 mil hectares de terras inteiramente degradadas. Cerca de de 2 milh&otilde;es de sementes e mudas foram plantadas a partir de 50 esp&eacute;cies de &aacute;rvores nativas.&nbsp;</p>
<p>A expectativa &eacute; de que, ap&oacute;s sua conclus&atilde;o em 2030, a Grande Muralha Verde seja a maior estrutura viva do planeta, tr&ecirc;s vezes o tamanha da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113928-grande-barreira-de-corais-esta-morrendo-e-isso-nao-e-nada-bom.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Barreira de Corais</a> da Austr&aacute;lia e Nova Guin&eacute;. Para o planeta, a Grande Muralha Verde promete absorver, at&eacute; 2030, 250 milh&otilde;es de toneladas de di&oacute;xido de carbono.&nbsp;</p>

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África: um muro de árvores construído para conter a desertificação

Imagem de Quando teremos embriões humanos com genes editados? no megacurioso

Segundo relatório divulgado por comitê internacional, não tão cedo

<p>Enquanto os olhos do mundo se voltam para a <a href="http://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o espacial">explora&ccedil;&atilde;o espacial</a>, na Terra tecnologias avan&ccedil;am veloz e silenciosamente em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de um ser humano perfeito, atrav&eacute;s da manipula&ccedil;&atilde;o dos genes. A pergunta que fica &eacute;: qual o limite? Especialistas de dez pa&iacute;ses est&atilde;o tentando responder a essa quest&atilde;o.</p>
<p>Convocados pelas academias nacionais de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" title="Medicina">Medicina</a> e de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">Ci&ecirc;ncias</a> dos EUA e mais pela Sociedade Real da Gr&atilde;-Bretanha, eles divulgaram um relat&oacute;rio no &uacute;ltimo dia 3 com recomenda&ccedil;&otilde;es sobre o uso da edi&ccedil;&atilde;o de genes. O consenso &eacute; que ela n&atilde;o deve ser usada at&eacute; que seja perguntas sobre seguran&ccedil;a, &eacute;tica e aplica&ccedil;&otilde;es sejam claramente respondidas.</p>
<h2>Outro comit&ecirc; para a &eacute;tica</h2>
<p>O que acendeu a luz de alerta e gerou a forma&ccedil;&atilde;o do comit&ecirc; que agora divulgou seu primeiro relat&oacute;rio sobre a edi&ccedil;&atilde;o do genoma humano foi o nascimento de duas crian&ccedil;as com seu genoma editado pelo biof&iacute;sico chin&ecirc;s He Jiankui. Em 2018, ele anunciou que havia editado embri&otilde;es humanos para fazer com que as crian&ccedil;as fossem resistentes &agrave; infec&ccedil;&atilde;o pelo HIV.</p>
<p>&ldquo;A tecnologia ainda n&atilde;o est&aacute; pronta para aplica&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica&rdquo;, disse o presidente da Universidade Rockefeller e copresidente da comiss&atilde;o, Richard Lifton. Segundo ele, neste primeiro relat&oacute;rio foi levado em considera&ccedil;&atilde;o apenas a parte cient&iacute;fica e t&eacute;cnica da edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica heredit&aacute;ria.</p>
<p>"A comiss&atilde;o n&atilde;o deveria ter separado a &eacute;tica do debate. Eles reconhecem que mesmo as quest&otilde;es de seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia s&atilde;o quest&otilde;es &eacute;ticas. Quantos experimentos s&atilde;o precisos para que seja considerado o suficiente? Qual o limite?&rdquo; questiona a especialista em Direito, &Eacute;tica e Tecnologia Karen Yeung, da Universidade de Birmingham.</p>
<h2>Mudan&ccedil;as indesejadas</h2>
<p>Muito pouco no ser humano &eacute; controlado apenas por um &uacute;nico gene, e qualquer aspecto que envolva m&uacute;ltiplos genes ou sua intera&ccedil;&atilde;o com o ambiente ser&aacute; menos receptiva ao uso de tecnologias de edi&ccedil;&atilde;o de genoma, como CRISPR-Cas9. Mesmo que a edi&ccedil;&atilde;o do gene seja precisa, j&aacute; foi demonstrado que ela pode gerar mudan&ccedil;as indesejadas e resultados inesperados, mesmo entre c&eacute;lulas no mesmo embri&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>&ldquo;Pode levar anos at&eacute; que os pesquisadores sejam capazes de resolver essas dificuldades. Os cientistas precisam desenvolver m&eacute;todos melhores para sequenciar um genoma humano a partir de c&eacute;lulas individuais, de modo que um embri&atilde;o editado possa ser examinado em detalhes quanto a altera&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas indesejadas&rdquo;, diz o bi&oacute;logo do desenvolvimento do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ci&ecirc;ncias em Pequim e membro da comiss&atilde;o, Haoyi Wang.</p>
<p>O comit&ecirc; de cientistas recomenda que, depois de um amplo debate p&uacute;blico, cada pa&iacute;s deva decidir se, quando e em que lugares a pr&aacute;tica da edi&ccedil;&atilde;o do genoma heredit&aacute;rio ser&aacute; implementada.&nbsp;</p>
<h2>Uso restrito e inevit&aacute;vel</h2>
<p>A pr&aacute;tica dever&aacute; inicialmente ser limitada a poucos centros e aplicada a uma lista restrita de doen&ccedil;as gen&eacute;ticas graves causadas por variantes de DNA em um &uacute;nico gene &ndash; e, mesmo assim, apenas quando n&atilde;o haja alternativas que gerem uma crian&ccedil;a sem a doen&ccedil;a.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;OHSU/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.technologyreview.com/2017/07/26/68093/first-human-embryos-edited-in-us/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/06/06234438448067.jpg" alt="A sequ&ecirc;ncia de imagens mostra o desenvolvimento de embri&otilde;es cujos genes foram editados nos EUA." /><span class="desc">A sequ&ecirc;ncia de imagens mostra o desenvolvimento de embri&otilde;es cujos genes foram editados nos EUA.</span></span></p>
<p>Como ainda n&atilde;o se sabe os efeitos que a edi&ccedil;&atilde;o de genes pode causar no futuro, ser&aacute; preciso acompanhar n&atilde;o apenas os indiv&iacute;duos com genomas editados como sua descend&ecirc;ncia. &nbsp;&nbsp;</p>
<p>A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">Sa&uacute;de</a> deve divulgar seu pr&oacute;prio relat&oacute;rio sobre &eacute;tica na manipula&ccedil;&atilde;o do genoma humano at&eacute; o fim deste ano.</p>
<p class="video-center"><span class="videobox"><iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/jAhjPd4uNFY?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></span></p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177466-teremos-embrioes-humanos-genes-editados.htm">Quando teremos embriões humanos com genes editados?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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