Imagem de 'Macacos do Diabo': primatas estão causando terror na Ásia no megacurioso

Interação cada vez maior com os humanos pode ser uma das razões por trás da crescente onda de ataques

<head></head><body>No filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121149-6-razoes-pelas-quais-o-planeta-dos-macacos-poderia-realmente-acontecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O planeta dos macacos</a>, somos surpreendidos pelo domínio dos símios sobre nós humanos. Como a vida geralmente imita a arte, é bom ficarmos atentos com o que está acontecendo em algumas regiões da Ásia, onde diversas espécies de macacos têm atacado pessoas e feito diversas vítimas.&nbsp;Esses acontecimentos têm se tornado tão frequentes e amedrontadores que é fácil encontrar reportagens chamando esses animais de "macacos do Diabo".&nbsp;Esses primatas, conhecidos por sua inteligência e agilidade, estão se transformando em uma ameaça crescente para as comunidades locais em várias regiões. Desde ataques na Tailândia até invasões de casas no Japão e incidentes fatais na Índia, os macacos estão mostrando um lado mais sombrio de sua natureza.<h2 style="text-align: justify;">Pânico na Ásia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09092409731028.jpg" alt="É importante lembrar que os macacos são animais selvagens. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)">É importante lembrar que os macacos são animais selvagens. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)Na Tailândia, os macacos-de-cauda-longa e os macacos-de-cauda-de-porco têm sido os protagonistas de uma série de ataques perturbadores. Turistas e moradores locais relatam encontros assustadores, onde esses primatas, uma vez amigáveis, agora mostram agressividade ao perseguir e morder pessoas em busca de comida fácil.&nbsp;No Japão, a cidade de Yamaguchi se tornou o epicentro de uma onda de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122550-travis-o-pior-ataque-de-chipanze-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ataques incomuns</a>. Os macacos-japoneses, comuns na paisagem montanhosa do país, estão causando estragos, invadindo casas e ferindo dezenas de pessoas.&nbsp;Armadilhas foram montadas, mas os macacos continuam escapando, deixando as autoridades perplexas sobre como lidar com essa situação cada vez mais preocupante.Já na Índia, a tragédia atingiu uma aldeia em Gujarat, onde um menino de 10 anos foi mortalmente atacado por macacos. Os relatos são aterrorizantes, dando conta de que os primatas arrancaram os intestinos da criança.&nbsp;Esse não é um incidente isolado, pois há informações de outros ataques na mesma aldeia em um curto período de tempo, destacando a urgência das autoridades em lidar com a crescente população de macacos selvagens.<h2 style="text-align: justify;">Por que os macacos estão atacando?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09092649603032.jpg" alt="Apesar de parecerem amigáveis, os macacos podem ser violentos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Apesar de parecerem amigáveis, os macacos podem ser violentos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Segundo especialistas, uma das razões certamente é o excesso de habituação. Os macacos se acostumaram demais com a presença humana e com a oferta fácil de comida, perdendo o medo natural dos humanos e se tornando mais assertivos em sua busca por alimento.&nbsp;Além disso, a falta de compreensão da <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85547-linguagem-corporal-6-formas-de-descobrir-se-uma-pessoa-esta-nervosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem corporal</a> e dos sinais de advertência dos macacos por parte das pessoas pode levar a encontros perigosos e ataques evitáveis.&nbsp;Diante dessa situação preocupante, é crucial que os turistas e moradores locais adotem medidas de segurança ao interagir com os primatas. Manter uma distância segura, evitar contato visual direto e nunca alimentar os macacos são algumas das precauções recomendadas pelas autoridades e especialistas em vida selvagem.&nbsp;Somente através da educação e do respeito mútuo podemos encontrar um equilíbrio pacífico entre humanos e macacos em nossas comunidades.Em última análise, os "macacos do diabo" estão nos lembrando de que, apesar de sua aparência cativante, são animais selvagens com instintos que devemos respeitar e entender.&nbsp;</body>

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'Macacos do Diabo': primatas estão causando terror na Ásia

Imagem de Cavalos siberianos evoluíram para aguentar temperaturas extremamente baixas no inverno no megacurioso

Podendo resistir tranquilamente a temperaturas de até -70 °C, esses gloriosos cavalos essencialmente 'hibernam' para sobreviver

<head></head><body>A região de Yakutia, no norte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128401-forte-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sibéria</a>, é um dos lugares mais frios da Terra. Porém, uma espécie peculiar de cavalos se adaptou para sobreviver e até mesmo prosperar no frio intenso da região. Com sua espessa pelagem de inverno, corpos atarracados e membros curtos, os cavalos nativos de Yakutia são adoravelmente bem adaptados ao clima gelado, carregando alguns truques na manga para se virarem nesse ambiente inóspito.Para lidar com as condições frequentemente abaixo de zero — com temperaturas de até -70 °C no Extremo Oriente Siberiano —, eles desenvolveram a capacidade de reduzir suas taxas metabólicas e diminuir a sua temperatura corporal central. Essa é uma prática comum em alguns animais em hibernação, como os esquilos terrestres do Ártico.<h2>'Hibernação' adaptada</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/07/07023604248011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora pareçam estar se preparando para hibernar, os cavalos de Yakutia fazem algo ainda mais extraordinário. Enquanto animais em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121179-o-que-acontece-com-os-animais-ao-hibernar.htm#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20hiberna%C3%A7%C3%A3o%3F&amp;text=Embora%20voc%C3%AA%20tenha%20aprendido%20isso,menos%20de%205%25%20do%20normal." rel="noopener noreferrer" target="_blank">hibernação</a> ficam completamente inativos durante o período de torpor, esses equinos continuam a viver uma vida normal, levando os investigadores a chamar sua técnica de "hibernação em pé". Essa é uma prática nunca vista em outra espécie de cavalo antes.Igualmente impressionante é a velocidade com que os cavalos desenvolveram as suas adaptações metabólicas, anatômicas e fisiológicas. "Isso representa um dos casos mais rápidos de adaptação às temperaturas extremas do Ártico", escreveram os autores de um estudo de 2015 que descreve a rápida evolução da espécie.Para isso, eles analisaram os genomas dos atuais cavalos yakutianos, além de espécimes que datam do início do século XIX e cerca de 5,2 mil anos atrás, antes de compará-los com os genomas do Pleistoceno Superior e dos cavalos de Przewalski modernos.<h2>Evoluindo no frio</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/07/07023621311012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No estudo, os cientistas sugerem que os cavalos de Yakutia contemporâneos não descendem dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123888-cavalos-7-curiosidades-que-voce-provavelmente-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalos</a> nativos que povoaram a região até meados do Holoceno. Em vez disso, eles provavelmente foram introduzidos na região após a migração do povo local há alguns séculos.Um grupo de cavaleiros de língua turca migrou para Yakutia, juntamente de seus cavalos, entre os séculos XIII e XV, o que significa que essas adaptações surgiram em apenas algumas centenas de anos — um período muito curto do ponto de vista evolutivo. Os investigadores também encontraram evidências de evolução convergente entre essa espécie, populações humanas nativas e mamutes lanudos.&nbsp;Isso ocorre quando espécies que ocupam nichos ecológicos semelhantes se adaptam de formas parecidas em resposta ao seu ambiente. Além disso, segundo os investigadores, a informação também sugere que apenas algumas estratégias evolutivas são compatíveis com a sobrevivência em ambientes extremamente frios.De acordo com outro estudo recente sobre a diversidade genética das raças de cavalos nativas na Rússia, esses animais são a raça mais resistente ao frio dentro de sua espécie já estudada pela humanidade. Graças aos seus pelos, estatura e metabolismo semelhante ao de outras criaturas que vivem no frio extremo, eles permanecem quentes enquanto a temperatura ao seu redor desce.</body>

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Cavalos siberianos evoluíram para aguentar temperaturas extremamente baixas no inverno

Imagem de Peixe com presas de 380 milhões de anos é encontrado na Austrália  no megacurioso

Chamado de Harajicadectes zhumini, a nova espécie lendária tinha escamas ósseas, presas, guelras e saía da água para respirar

<head></head><body>Os sítios fósseis mais remotos de toda a Austrália acabam de entregar uma nova espécie para o mundo: um peixe predador com barbatanas lobadas, armado com grandes dentes e escamas ósseas. Essa criatura lendária teria vivido no mundo há 380 milhões de anos, numa época em que o Devoniano médio mergulho a Terra em um período de diminuição do oxigênio atmosférico.De acordo com os pesquisadores, isso também pode explicar como esse predador conseguia respirar ar, além de usar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127890-o-misterio-dos-atuns-por-que-eles-nunca-param-de-nadar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">respiração branquial</a>. A espécie nova para a ciência foi encontrada no rio Finke de Alice Spring, que possui difícil acesso, mas já foi lar para uma série de animais antigos bizarros.<h2>Criatura histórica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/07/07021649925002.jpg" alt="(Fonte: Universidade Flinders/Reprodução)">(Fonte: Universidade Flinders/Reprodução)Chamado cientificamente de Harajicadectes zhumini, o peixe predador foi descrito por uma equipe internacional de pesquisadores liderada pelo paleontólogo da Universidade Flinders, Dr. Brian Choo. O nome do gênero é derivado do local onde os fósseis cruciais foram achados no membro do arenito Harajica.&nbsp;"Encontramos esta nova forma de peixe com barbatanas lobadas num dos sítios fósseis mais remotos de toda a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128168-por-que-existem-tantos-animais-venenosos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a>, o Membro de Arenito Harajica no Território do Norte, quase 200 km a oeste de Alice Springs, datando do Médio Oriente", disse o coautor do estudo John Long em um comunicado oficial.O nome da espécie também é uma homenagem ao professor Min Zhu, da Academia Chinesa de Ciências de Pequim, creditado pela instituição por ter “feito contribuições únicas e notáveis aos estudos sobre morfologia, histologia, filogenia, biogeografia e história evolutiva de muitos grupos primitivos de vertebrados”.&nbsp;<h2>Características peculiares</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/07/07021729503003.jpeg" alt="(Fonte: Universidade Flinders/Reprodução)">(Fonte: Universidade Flinders/Reprodução)Além de suas temíveis presas e escamas blindadas, o peixe encontrado na Austrália é notável por sua combinação incomum de aparelhos respiratórios. Não satisfeito com a respiração branquial, que normalmente é associada aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a>, essa espécie também tinha grandes aberturas no topo do crânio que o tornavam um respirador de ar nato.De acordo com Choo, acredita-se que essas estruturas espiraculares facilitavam a respiração do ar na superfície, sendo que alguns peixes africanos têm estruturas semelhantes para absorver o ar na superfície da água atualmente. "Esta característica aparece em múltiplas linhagens de Tetrapomodorph aproximadamente ao mesmo tempo durante o Devoniano Médio", relatou.&nbsp;Além dos Harajicadectes da Austrália central, grandes espiráculos também foram identificados na Austrália Ocidental no passado. Acredita-se que uma queda no oxigênio atmosférico durante esse período histórico poderia explicar por que alguns peixes evoluíram para complementar a respiração branquial com a respiração aérea.&nbsp;O fato de vários peixes de ramos amplamente separados exibirem essa característica de respiração dupla é, portanto, um exemplo de evolução convergente — em que espécies distintamente relacionadas evoluem independentemente as mesmas adaptações. Os pesquisadores ainda não sabem ao certo onde esta nova espécie se encontra da "Árvore da Vida" ictiológica. Porém, de qualquer forma, essa é uma descoberta incrível feita sobre o passado de nosso planeta.</body>

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Peixe com presas de 380 milhões de anos é encontrado na Austrália 

Imagem de 9 animais que utilizam explosões e projéteis químicos para se proteger no megacurioso

Descubra o mundo incrível da autodefesa no reino animal, onde algumas criaturas utilizam verdadeiras armas biológicas para se protegerem

<head></head><body>Enquanto muitos animais dependem de instintos básicos, como garras e velocidade, para sua sobrevivência, há criaturas que elevaram a autodefesa a um novo patamar. Conheça nove animais que utilizam métodos impressionantes, incluindo projéteis químicos e armas biológicas, para afastar predadores.<h2>1. Besouro-bombardeiro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01235357691009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Os besouros-bombardeiros, pequenos insetos com uma habilidade notável de autodefesa, utilizam uma mistura explosiva de peróxido de hidrogênio e hidroquinona para criar água fervente e benzoquinona. Com uma mira impecável, esses besouros podem disparar cerca de 20 rajadas a uma temperatura letal, tornando-se formidáveis na defesa contra predadores.<h2>2. Onicóforo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01235630356011.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Os onicóforos são animais cegos que desenvolveram uma defesa única. Sentindo mudanças nas correntes de ar, eles disparam cordas de gosma pegajosa para capturar presas. Uma vez presa, o verme utiliza uma saliência em forma de faca para fazer um buraco na presa e a liquida com saliva digestiva, mostrando uma estratégia defensiva engenhosa.<h2>3. Peixe-bruxa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02001618690026.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Os peixes-bruxa, habitantes do fundo do oceano, produzem um muco pegajoso que, ao entrar em contato com a água do mar, expande-se rapidamente. Essa defesa asfixia os predadores, tornando-os incapazes de respirar. O muco elástico e forte é uma barreira eficaz contra ameaças, demonstrando uma tática de autodefesa única no reino marinho.<h2>4. Pepino-do-mar</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02000131979013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118208-pepinos-do-mar-por-que-essa-iguaria-maritima-e-tao-cara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pepinos-do-mar</a> surpreendem com sua estratégia incomum de autodefesa, utilizando seus ânus como verdadeiros canhões. Alguns disparam órgãos internos, enquanto outros liberam fios pegajosos, conhecidos como órgãos cuvierianos, que podem capturar predadores. Uma defesa exótica que destaca a diversidade de estratégias no ambiente marinho.<h2>5. Lagarto chifrudo do Texas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02000240716015.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)O lagarto chifrudo do Texas, além de sua aparência intimidadora, possui uma defesa surpreendente. Quando ameaçado, o lagarto pode projetar sangue de seus olhos, atingindo um metro e meio de distância. Essa estratégia, embora aparentemente grotesca, é eficaz para afastar predadores, evidenciando que a autodefesa pode surgir de maneiras inesperadas.<h2>6. Peixe-arqueiro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02000542735016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117510-peixe-arqueiro-usa-jatos-dagua-precisos-para-derrubar-presas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe-arqueiro</a>, conhecido como "arma antiaérea", utiliza jatos de água para derrubar presas da terra e do ar. Com uma mira precisa, esses pequenos peixes podem disparar até sete tiros em rápida sucessão, garantindo uma estratégia eficiente na caça. Uma defesa única no mundo aquático.<h2>7. Aranha-cuspideira</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02000824729019.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A aranha-cuspideira surpreende com sua capacidade de disparar ataques de cuspe a uma velocidade incrível de 30 metros por segundo. Esse cuspe, composto por seda pegajosa, captura presas e permite que a aranha as injete com veneno. Uma técnica de caça única que ressalta a habilidade das aranhas como predadoras.<h2>8. Cachalote-pigmeu</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02002406930028.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124037-o-sistema-de-defesa-das-baleias-que-viralizou-em-praia-carioca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias cachalotes-pigmeus</a>, apesar de seu tamanho modesto, desenvolveram uma defesa inusitada contra predadores. Em momentos de emergência, podem atirar nuvens de cocô, criando uma nuvem de tinta como uma lula. Essa estratégia fornece uma fuga rápida, mostrando que até mesmo as baleias mais pequenas têm truques surpreendentes sob a manga para se defenderem.<h2>9. Fulmar-glacial</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02002112764027.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)As aves da espécie Fulmarus glacialis, também conhecida como pardela-branca, transformaram o vômito em uma arma eficaz contra predadores. Seus estômagos contêm um óleo pegajoso que, quando vomitado sobre outras aves, compromete a capacidade delas de flutuar, tornando-as vulneráveis. Uma defesa que vai além de um simples ato nojento, mostrando a engenhosidade na natureza.</body>

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9 animais que utilizam explosões e projéteis químicos para se proteger

Imagem de Afinal, o que "atrai" insetos para a luz? A resposta pode ter a ver com vertigem dos bichos no megacurioso

De acordo com nova pesquisa, luzes artificiais não exatamente atraem os insetos, mas na realidade os fazem sofrer com tonturas

<head></head><body>Uma equipe internacional de cientistas acredita ter finalmente encontrado a resposta do porquê os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128627-5-fosseis-de-insetos-curiosos-que-desafiam-a-imaginacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> passarem as noites "fissurados" em volta das luzes artificiais. Utilizando câmeras de alta velocidade e tecnologia de captura de movimento para mapear sua trajetórias de voo em 3D, os pesquisadores identificaram novas informações.De acordo com o estudo, a luz artificial parece prender mariposas e outros insetos voadores em um padrão de voo instável, fazendo com que eles percam a noção de cima e de baixo — uma vez que estão acostumados a seguir a luz no céu noturno. Logo, essas criaturas não seriam necessariamente atraídas pela luz, mas provavelmente ficam "tontas" e presas em seu brilho.<h2>Impacto das luzes artificiais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31191657731404.jpeg" alt="(Fonte: Jamie Theobald/Divulgação)">(Fonte: Jamie Theobald/Divulgação)Conforme o estudo publicado na revista Nature Connections, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/71861-5-curiosidades-bizarras-sobre-as-mariposas.htm#:~:text=Existem%20muito%20mais%20esp%C3%A9cies%20de,5%20mil%20esp%C3%A9cies%20de%20borboletas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">mariposas</a> e borboletas habitam a Terra há pelo menos 200 milhões de anos. Nesse período, insetos que voam à noite podem ter evoluído para inclinar suas cabeças para trás na direção mais brilhante. Essa fonte de luz eram originalmente as estrelas e a Lua no céu. Isso garantia que os insetos soubessem qual era o caminho correto e mantivessem seus voos nivelados.Contudo, quando as fontes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124357-exposicao-a-luz-branca-artificial-durante-a-noite-pode-causar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz artificial</a> começaram a encher o nosso planeta, essas criaturas se viram inclinando as costas para as lâmpadas das ruas ou para fogueiras. Esse "distúrbio" humano fez com que eles voassem em voltas infinitas ao redor do poste de luz, pois passaram a ficar presos por instintos aprendidos ao longo de milhões de anos de evolução.“Esta tem sido uma questão pré-histórica. Nos primeiros escritos, as pessoas notavam isso perto do fogo”, disse Jamie Theobald, coautor do estudo e biólogo da Universidade Internacional da Flórida, em comunicado oficial. Na visão do pesquisador, o novo estudo surgiu para responder todas as especulações que existiam até o momento.<h2>Rotas de voo confusas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31191722550406.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No estudo, uma equipe de pesquisadores internacionais na floresta nublada da Costa Rica usou gravações de vídeo infravermelho de alta resolução e alta velocidade para capturar as trajetórias de voo de insetos em torno de luzes artificiais. Eles coletaram mais de 477 vídeos abrangendo mais de 11 ordens de insetos.Essa tecnologia foi capaz de capturas as órbitas rápidas e frenéticas das criaturas pelas luzes e foi usada para reconstruir pontos de suas trajetórias de voo em três dimensões. A equipe de estudos notou que mariposas e libélulas davam as costas às luzes artificiais, que pareciam mudar drasticamente suas trajetórias de voo.“O mais dramático de tudo é quando eles voam diretamente sobre uma luz. Eles se viram de cabeça para baixo e isso pode causar acidentes. Isso realmente sugere que a mariposa está confusa quanto à direção correta”, afirmou o coautor Sam Fabian. Este estudo é a primeira documentação conhecida deste comportamento em insetos noturnos e fornece uma nova explicação possível sobre o porquê das luzes parecerem atrair mariposas.Segundo os especialistas, a poluição luminosa é uma das principais razões por trás do recente declínio nas populações de insetos e a expectativa é que os novos dados possam fornecer informações suficientes para que conservadores desenvolvam novas medidas para compensar os impactos negativos das criações humanas.&nbsp;</body>

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Afinal, o que 'atrai' insetos para a luz? A resposta pode ter a ver com vertigem dos bichos

Imagem de Conheça Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte macho de sua espécie no megacurioso

Sudan, que morreu em 2018, se tornou um símbolo pela conservação da natureza e se tornou uma celebridade em todo o mundo

<head></head><body>Quando retornou para seu habitat natural, em 2009, o rinoceronte-branco-do-norte Sudan encontrou chuvas torrenciais. Os fotógrafos e cuidadores que acompanharam a cena contaram que foi poético ver o animal rolando na lama da África pela primeira vez, desde que era filhote.&nbsp;Sudan, nascido em 1973, foi capturado por caçadores profissionais quando tinha só dois anos. Então, foi levado para um zoológico na atual Tchéquia, onde passou a maior parte de sua vida. Nesse meio tempo, sua subespécie, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112074-7-fatos-curiosos-sobre-os-rinocerontes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rinoceronte-branco</a>-do-norte (Ceratotherium simum cottoni) foi ficando cada vez mais rara. Então, Sudan se tornou um símbolo.&nbsp;Quando faleceu, em 2018, ele já tinha se tornado uma "celebridade" internacional. Pessoas do mundo inteiro doaram dinheiro para ajudar em seus cuidados e nos esforços para preservação da espécie. Mesmo assim, não foi possível salvar o rinoceronte-branco-do-norte: Sudan morreu como o último macho da espécie. Agora, só restam duas fêmeas, Najin e Fatu.<h2>Os gigantes gentis</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02171020631348.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesApesar de sua força e seu tamanho — Sudan tinha 2.500 quilos —, o animal era descrito pelos guardas como um "gigante gentil". Os rinocerontes-brancos-do-norte, ao contrário de outras espécies da savana africana, são descritos como animais dóceis e sociáveis.&nbsp;Talvez por isso eles foram presas tão fáceis para os caçadores ilegais. O crime organizado na África paga caro pelos chifres dos rinocerontes, usados na medicina tradicional desse continente. É um mercado riquíssimo, já que os chifres podem valer mais que ouro ou cocaína.Todas as subespécies de rinoceronte são vítimas dessa caça. Os criminosos, muitas vezes, só <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108083-voce-soube-que-mataram-um-rinoceronte-para-roubar-menos-de-1-cm-de-chifre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cortam os chifres do animal e o deixam agonizando</a> depois disso.&nbsp;O rinoceronte-negro-ocidental (Diceros bicornis longipes), por exemplo, foi extinto em 2011, por causa disso. Na espécie de Sudan, os rinocerontes-brancos-do-norte, existiam 2360 animais até os anos 1960. Quando Sudan foi capturado, em 1975, sobravam apenas 700.&nbsp;Com as duas fêmeas restantes — que são a filha e a neta de Sudan, diga-se de passagem — o rinoceronte-branco-do-norte foi declarado virtualmente extinto. Seu material genético ainda foi armazenado e há esperanças de uma futura <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117531-embrioes-de-rinoceronte-branco-sao-criados-em-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inseminação artificial</a>, para "ressuscitar" a espécie.Os esforços para preservação da espécie estão surtindo algum efeito — não na subespécie de Sudan, infelizmente, mas em outras. Atualmente, há 6487 rinocerontes-negros (Diceros bicornis) e 16803 rinocerontes-brancos (Ceratotherium simum) no continente. Mas a ameaça ainda persiste: em 2022, 448 animais morreram no sul da África, vítimas do comércio dos chifres.&nbsp;<h2>De volta para casa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02171038746349.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesSabendo da raridade da espécie, o próprio zoológico onde Sudan vivia, na Tchéquia, tentou fazer com que ele se reproduzisse. Ele gerou dois filhotes: Nabire, que morreu em 2015, e Najin, que continua viva até hoje. Quando Najin teve Fatu, em 2000, Sudan se tornou avô.&nbsp;A luta dos ecologistas para salvar a espécie convenceu o zoológico a mandar Sudan de volta para a África, o que aconteceu em 2009. Ele voltou acompanhado de Najin e Fatu e passou os últimos anos na reserva Ol Pejeta, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115668-populacao-de-elefantes-do-quenia-dobrou-nos-ultimos-30-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no interior do Quênia</a>.&nbsp;Para quem trabalhava lá, Sudan era descrito como um animal dócil e carinhoso — e as imagens divulgadas pela imprensa mostram uma ótima convivência com os cuidadores. Mas, para evitar que ele fosse vítima da caça ilegal, seguranças armados estavam sempre de prontidão.&nbsp;Em 2017, pouco tempo antes de sua morte, Sudan foi a estrela de uma campanha internacional que visava chamar atenção para o tema. Sendo o último macho de sua espécie, Sudan ganhou um perfil no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105374-manual-do-tinder-o-que-fazer-para-ter-sucesso-no-app.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tinder</a> e foi chamado de "o solteiro mais cobiçado do mundo".&nbsp;Infelizmente, uma infecção em uma das patas comprometeu a saúde de Sudan, que também já estava com a idade avançada para um rinoceronte. Em março de 2018, em outro dia de chuvas torrenciais — assim como o dia de sua chegada no Quênia —, ele passou por uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122954-o-que-e-suicidio-assistido-a-pratica-utilizada-por-godard.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eutanásia</a>.&nbsp;Mesmo morto, Sudan é lembrado até hoje como um símbolo da conservação da natureza. Em 2020, ele foi homenageado com um doodle do Google.</body>

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Conheça Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte macho de sua espécie

Imagem de Ovos pretos misteriosos são encontrados em abismo no fundo do mar no megacurioso

Pesquisadores descobriram ninhada de ovos escuros a quase 6,4 quilômetros de profundidade no oceano

<head></head><body>Uma ninhada de pequenos ovos pretos, descoberta por um veículo operado remotamente (ROV) no abismo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128753-aviao-de-amelia-earhart-pode-ter-sido-encontrado-no-oceano-pacifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Pacífico</a>, é a primeira evidência concreta de que existem vermes no fundo do mar a mais de 6 km de profundidade, diz um novo estudo. A princípio, os pesquisadores da Universidade de Tóquio envolvidos no caso não faziam ideia do que estavam lidando.O investigador marinho Yasunori Kano, que operava o ROV naquele dia, ficou intrigado e decidiu recuperar as cápsulas escuras de seu local de descanso a 6,2 km de profundidade em uma trincheira no noroeste do Pacífico. Uma vez fora da água, Kano notou que a maioria das esferas negras estavam presas à rocha e foram encontradas rasgadas e vazias. Então, quatro amostras intactas foram enviadas para uma análise profunda por cientistas da Universidade de Hokkaido.<h2>Descoberta intrigante</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05031608257006.jpg" alt="(Fonte: Kakui e Tsuyuki/Divulgação)">(Fonte: Kakui e Tsuyuki/Divulgação)Os pesquisadores Keiichi Kakui e Aoi Tsuyuki, responsáveis pela análise das cápsulas, descobriram que cada "casulo" tinha cerca de 3 milímetros de largura e continha cerca de três a sete vermes em desenvolvimento. “Quando abrimos as cápsulas dos ovos, um líquido leitoso que poderia ter sido a gema de um ovo foi observado junto com os platelmintos”, escreveram eles em seu artigo.Amostras de DNA retiradas dos embriões dos vermes indicaram que essas criaturas pertenciam a uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122134-cabeca-de-martelo-6-fatos-sobre-esse-verme-praticamente-imortal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">platelminto</a> não descrita e sem nome — mais intimamente relacionada a duas subordens que existem em águas mais rasas. Em entrevista à IFL Science, Kakui disse que quando recebeu os ovos de Kano, não percebeu o quão raros eles eram.&nbsp;Segundo ele, os embriões pareciam "indistinguíveis" dos platelmintos de águas rasas. Todos os platelmintos são hermafroditas, o que significa que podem produzir gametas masculinos e femininos. Contudo, de acordo com os cientistas, ainda não há qualquer dado que traga indicativos de como os vermes do fundo do mar realmente são ou se reproduzem.<h2>Analisando platelmintos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05031645819008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Antes da descoberta feita no Pacífico, a evidência mais "profunda" de um potencial platelminto foi encontrada num pedaço de madeira afundado a pouco mais de 5,2 km de profundidade. Porém, não só esta criatura não foi confirmada como um platelminto, como não ficou claro se a madeira afundou com uma espécie de águas rasas ou se um platelminto do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122354-vida-nas-profundezas-5-fatos-incriveis-sobre-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fundo do mar</a> a teria colonizado depois de afundar.“Este estudo fornece o registro mais profundo de platelmintos de vida livre e as primeiras informações sobre seus estágios iniciais de vida na zona abissal, que eram muito semelhantes aos das formas de águas rasas”, concluem Kakui e Tsuyuki. Os ovos em questão parecem ter sido postos por pelo menos dois adultos da mesma espécie.Dado que os embriões estavam em diferentes fases de desenvolvimento quando foram retirados do fundo do mar, os casulos provavelmente foram colocados ao longo do tempo e não todos de uma vez. Isso também indica que os platelmintos de águas raras podem ter colonizado habitats cada vez mais profundos ao longo do tempo, o que posteriormente gerou a criação de novas espécies.</body>

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Ovos pretos misteriosos são encontrados em abismo no fundo do mar

Imagem de Como a infestação de formigas no Quênia impacta a vida de leões e outros animais no megacurioso

De acordo com pesquisadores, acontecimentos no Quênia mostram como até mesmo o menor dos insetos pode impactar animais maiores

<head></head><body>A acácia-espinhosa é uma árvore característica da savana queniana, coberta tanto por longos espinhos pontiagudos quanto por um grupo de formigas nativas que vivem em seus galhos. Inclusive, as plantas dela são parte fundamental do ecossistema da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127611-os-humanos-sao-agora-o-principal-predador-da-savana-africana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">savana</a>, proporcionando cobertura para os leões perseguirem as suas presas.Contudo, esse mesmo ecossistema está agora sofrendo uma mudança crítica graças a uma espécie diferente e rastejante: a invasora formiga-cabeçuda. Conhecidas por assassinarem as formigas nativas que moram nas acácias, esses insetos estão mudando drasticamente diversas relações animais na natureza do Quênia.<h2>Influência das acácias na savana</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01175046159396.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Normalmente, as formigas nativas que vivem nas acácias-espinhosas protegem as árvores dos elefantes, que usam suas trombas para se alimentar. Porém, nos últimos anos, esses insetos e seus filhotes estão sendo devorados pelas formigas-cabeçudas que invadiram a região e provavelmente foram importadas do Oceano Índico em alqueires de produção.Isso significa que as árvores se tornaram vulneráveis aos elefantes, que de fato têm destruído diversos exemplares sete vezes mais rápido do que aqueles que eram protegidos por formigas nativas. Isso também é um problema para os leões, que usam as acácias como cobertura para caçar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120744-zebras-sao-pretas-com-listras-brancas-ou-o-contrario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zebras</a>.De acordo com um estudo recente publicado na Science, os leões tiveram que alterar as suas escolhas de presas. Com isso, as mortes de zebras diminuíram, enquanto búfalos-americanos passaram a ser os alvos principais. A pesquisa, realizada no condado de Laikipia, no Quênia, acompanhou alguns fatores: visibilidade da paisagem, população de zebras, população de&nbsp;formigas-cabeçudas e zebras mortas por leões.&nbsp;“Os leões não foram particularmente prejudicados, apenas tiveram de mudar a sua preferência de presa”, disse um dos autores do estudo e diretor do Centro de Pesquisa de Leões da Universidade de Minnesota, Craig Packer. Segundo ele, este estudo é apenas um passo no que deveria ser uma visão mais ampla do ecossistema do país e em outras partes da África.<h2>Transformações na natureza</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01175128219398.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo Packer, a acácia-espinhosa é, na verdade, considerada uma espécie de praga em vários lugares na África Oriental. A árvore está contribuindo para a invasão de matos, onde os prados são substituídos por vegetação lenhosa — o que leva a uma diminuição da população de animais de pastoreio. Nesse sentido, o trabalho invasivo feito pelas formigas-cabeçudas pode não ser tão devastador assim.&nbsp;“Numa visão mais ampla, a formiga-cabeçuda pode, de certa forma, ajudar a reverter a invasão dos arbustos, o que seria bom para muitas espécies de presas do leão”, disse Packer. Dessa forma, é possível que cresça algum outro tipo de cobertura vegetal que seja ainda melhor para lidar com os elefantes do que as acácias-espinhosas, o que também proporcionaria um novo espaço para os leões perseguirem suas presas.Embora essas possibilidades propostas continuem a ser vistas com base em mais tempo e investigação, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124292-5-especies-invasoras-do-brasil-que-causam-desequilibro-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas invasoras</a> tiveram certamente um impacto grande na paisagem e na vida selvagem do Quênia. No futuro, novas investigações poderão mostrar como todas as criaturas vivas nesse ecossistema lidaram com essas mudanças.&nbsp; </body>

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Como a infestação de formigas no Quênia impacta a vida de leões e outros animais

Imagem de Primeiro avistamento de um filhote de tubarão-branco da história é registrado na Califórnia no megacurioso

Tubarão-branco recém-nascido foi avistado em julho de 2023, se tornando esta a primeira vez que se tem registro de um filhote da espécie

<head></head><body>Em um ensolarado dia de verão em 2023, o cineasta Carlos Gauna e o biólogo marinho Phillip Sternes se aventuraram nas águas da costa de Santa Bárbara, Califórnia, em busca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126705-cabo-cod-o-lugar-onde-os-tubaroes-brancos-sao-maioria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes tubarões-brancos</a>. O que aconteceu em seguida foi algo totalmente inesperado e histórico: eles avistaram um tubarão-branco que acreditam se tratar de um filhote, algo nunca visto até então.&nbsp;Em meio às filmagens com um drone, os pesquisadores se depararam com um tubarão-branco com características únicas, acendendo um alerta de que havia uma boa chance deles estarem flagrando um tubarão recém-nascido, com aproximadamente 1,5 metro de comprimento — um tubarão-branco adulto pode chegar a mais de 6 metros.<h2 style="text-align: justify;">Raridade em alto-mar</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31115556595109.jpg" alt="Possível filhote de tubarão-branco registrado pela primeira vez. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)">Possível filhote de tubarão-branco registrado pela primeira vez. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)À medida que o drone se aproximava, a dupla começou a captar imagens inéditas de uma película branca leitosa que se desprendia da cauda do jovem tubarão enquanto ele nadava. Esse fenômeno nunca havia sido documentado, e levou a especulações sobre se esse material seria um tipo de líquido amniótico ou até mesmo uma espécie de leite uterino utilizado para nutrir os recém-nascidos ainda dentro das mães.&nbsp;Outra hipótese seria de que esse vestígio "leitoso" deixado pelo animal se trata de alguma anormalidade na pele nunca registrada antes.A descoberta, agora registrada em um estudo publicado na revista Environmental Biology of Fishes, fornece uma peça importante para o quebra-cabeça do nascimento dos tubarões-brancos, algo que até hoje é desconhecido pela comunidade científica. Os cientistas sequer conseguem identificar atualmente os locais utilizados como nascedouros pela espécie.&nbsp;Especialistas destacam a importância dessas observações, ressaltando que as questões fundamentais sobre a reprodução desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128312-cranio-gigante-de-monstro-marinho-e-encontrado-no-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gigantes marinhos</a> permanecem em grande parte sem resposta.&nbsp;O momento capturado pelos pesquisadores sugere fortemente que o tubarão não se afastou muito do local de nascimento, pois ele aparentava ser muito novo, logo, não poderia ter vindo de muito longe.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Conhecer para proteger</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31153945006219.jpg" alt="Tubarão filhote tem corpo em tom claro. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)">Tubarão filhote tem corpo em tom claro. (Fonte: Carlos Gauna/Divulgação)A possível eliminação do "líquido amniótico" pelo tubarão-branco recém-nascido, como sugerido pelos pesquisadores, destaca a importância dessas descobertas para a compreensão da gestação desses predadores marinhos.Enquanto alguns mistérios persistem, como a data exata do nascimento e a natureza do fluido branco, os cientistas concordam que esta observação é verdadeiramente única, principalmente quando se pensa na futura preservação desses animais. Os grandes tubarões-brancos são atualmente listados como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulneráveis à extinção</a>.A confirmação de que as águas ao largo da Califórnia são um berçário para esses animais pode demonstrar a necessidade de medidas de conservação mais rigorosas, com destaque para leis que protegessem a espécie. À medida que os cientistas continuam a desvendar os segredos do oceano, essa descoberta serve como um lembrete vívido da maravilha e complexidade da vida marinha, especialmente quando se trata de criaturas tão majestosas e misteriosas quanto os tubarões-brancos.</body>

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Primeiro avistamento de um filhote de tubarão-branco da história é registrado na Califórnia

Imagem de Mabecos: os cães selvagens que votam em assembleia para poder caçar no megacurioso

Assim como os humanos escolhem seus representantes por meio do voto, os mabecos africanos votam em assembleias para decidir quando caçar

<head></head><body>Votações <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118764-qual-e-a-diferenca-entre-democracia-direta-e-indireta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">democráticas</a> entre os humanos acontecem em vários lugares do mundo há milhares de anos. Mas você sabia que também há animais que votam? Pesquisadores do Botswana Predator Conservation Trust descobriram que os mabecos, uma espécie de cães selvagens africanos, organizam assembleias para decidir quando caçar.&nbsp;Funciona assim: um dos animais convoca a assembleia fazendo uma série de sinais, como abrir a boca, abaixar a cabeça e virar as orelhas para trás. Então, a alcateia toda se reúne e vota, por meio de fortes expirações pelo nariz, que são quase como espirros. Dependendo do número de "espirros", os mabecos saem para caçar ou não.<h2>Uma democracia complexa</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/African_wild_dog#/media/File:African_Wild_Dogs_take_down_1,000lbs_Common_Eland_at_Working_with_Wildlife_in_South_Africa.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30143524321174.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Os mabecos (Lycaon pictus) são animais extremamente sociáveis que vivem em várias regiões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a> subsaariana. Eles vivem em alcateias de sete a 15 animais, que se reúnem para caçar presas muito maiores que eles — como gazelas, antílopes e javalis.&nbsp;É interessante notar que os mabecos estão entre os caçadores mais bem-sucedidos da savana africana, rivalizando com os leões e hienas.&nbsp;Essas alcateias têm uma hierarquia bem definida, com um casal alfa que tem prioridade para se alimentar das presas. E os alfas também têm prioridade nas assembleias: se eles propõem uma caçada, um número menor de espirros é necessário para convencer um grupo. Contudo, se um mabeco menos importante é o autor da proposta, ele precisa de mais votos.&nbsp;Ainda assim, é algo bem diferente de outras espécies, em que os líderes do bando decidem tudo — quase como ditadores. Mesmo que o casal alfa queira, ele ainda precisa de votos dos outros mabecos para que o grupo saia em caçada. Em um quarto das situações, eles não conseguem o "quorum" e a expedição é cancelada.<h2>Como os cientistas descobriram</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30143702251179.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma das primeiras perguntas que podemos nos fazer depois que ouvimos essa história é: como os cientistas conseguiram descobrir isso?O ponto de partida da pesquisa foi observar que os animais sempre se reuniam antes de caçar — e estas reuniões eram repletas de rituais, como os movimentos corporais e os espirros. Além disso, as alcateias realmente saíam para caçar só em um terço das reuniões. Então, por que será que eles desistiam nos outros dois terços?Os cientistas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120088-botsuana-como-um-lider-criou-um-oasis-de-prosperidade-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Botswana</a> Predator Conservation Trust observaram 68 encontros desses animais, revisaram gravações e cruzaram os dados de quais reuniões resultavam em caçadas e quais não. A partir disso, foi possível encontrar o padrão de votação e observar que os espirros eram o diferencial entre as propostas de caçada bem sucedidas.&nbsp;Anteriormente, a ciência já tinha descoberto que outros canídeos — como os coiotes e os cães domésticos — usavam grunhidos, roncos e arfadas para se comunicar. Mas utilizar algo do tipo para uma votação realmente é uma descoberta muito interessante.&nbsp;Contudo, os mabecos não são a única espécie que organiza votações ou assembleias em seus grupos: os gorilas-da-montanha, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113422-11-fotos-dos-primeiros-suricatos-nascidos-no-zoo-de-miami.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suricatos</a>, macacos-prego e até abelhas melíferas têm alguma forma de "democracia" interna.&nbsp;</body>

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