Imagem de Como surgiu o 13º salário após o Brasil ganhar uma Copa? no megacurioso

Veja aqui a história dessa gratificação de Natal e os motivos que fizeram ela uma importante conquista dos trabalhadores

<head></head><body>O ano era 1962. O Brasil havia conquistado o bicampeonato na <a href="https://www.megacurioso.com.br/copa-do-mundo-2022/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copa do Mundo</a>, mas essa não era a única coisa que a população local tinha para comemorar — afinal, esse mesmo período também marcou o surgimento de uma grande conquista dos trabalhadores: o 13º <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119254-o-que-e-o-salario-minimo-e-por-que-ele-existe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salário</a>.A proposta do 13º salário surgiu em 1959 em um projeto assinado pelo deputado Aarão Steinbrunch. Nas palavras dele, a gratificação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120698-5-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-primeiro-natal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Natal</a> era uma prática seguida por quase todas as empresas e ele enxergava como um ato injusto que esse benefício não se estendesse para todos os trabalhadores.Dessa ideia, surgiu a proposição da PL 440/59, aprovada por conta da força que os sindicatos estavam ganhando nesse período. Foram tantos abaixo-assinados, passeatas, piquetes e ameaças de greve que não demorou muito para que ela fosse aprovada.Desse momento em diante, foram três anos até que o projeto efetivamente virasse lei após a assinatura do presidente João Goulart. Com isso, todo fim de ano os trabalhadores teriam direito de receber uma gratificação de fim de ano correspondente a 1/12 do salário de dezembro para cada mês trabalhado."O 13º salário é um desses casos de reivindicação surgida no chão da fábrica, legitimada nas relações costumeiras entre patrões e empregados em algumas firmas, transformada em lei às custas de greves, demissões, abaixo-assinados, prisões e cuja memória é depois ofuscada pelo brilho da lei que se supõe, como toda lei, deve ter sido iniciativa de algum presidente, deputado ou senador", escreveu o historiador Murilo Leal Pereira Neto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02102234732052.jpg" alt="O direito ao décimo terceiro salário foi conquistado após muita pressão e greves da parte dos trabalhadores de diversos segmentos. (Fonte: Unsplash/Reprodução)">O direito ao décimo terceiro salário foi conquistado após muita pressão e greves da parte dos trabalhadores de diversos segmentos. (Fonte: Unsplash/Reprodução)<h2>Nem sempre foi com dinheiro</h2>Ainda que a gratificação de fim de ano seja atualmente oferecida em dinheiro, as coisas nem sempre aconteceram dessa forma.&nbsp;No artigo Abono de Natal: gorjeta, prêmio ou direito? Trabalhadores têxteis e a justiça do trabalho, a historiadora Larrissa Rosa Corrêa, professora do Departamento de História da PUC-Rio, relembra que alguns trabalhadores já chegaram a receber laranjas como "prêmio".Entretanto, eles não acharam essa uma boa gratificação e reivindicaram cortes de tecido no lugar de laranjas. Isso foi concedido, mas os panos eram de qualidade tão baixa que no ano seguinte eles pediram algo mais adequado — após um pouco de insistência, o patrão concedeu."É interessante observar como os trabalhadores organizados aproveitavam todas as brechas deixadas pelos patrões", comentou a professora da PUC-Rio, no estudo. "No caso relatado, o empregador cedeu uma vez; na próxima ele não teve argumentos para não fornecer o benefício novamente, e, desta vez, a gratificação teria que ser melhor, e assim por diante".</body>

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Por que o 13º salário surgiu após o Brasil ganhar uma Copa?

Imagem de CLT e PJ: entenda as diferenças e os direitos dos modelos de trabalho no megacurioso

O home office trouxe uma série de dúvidas sobre que é permitido ou não para cada regime trabalhista

<head></head><body>Durante a pandemia, muitas pessoas acreditaram que o&nbsp;home office veio para ficar. Mas o tempo foi passando e a discussão foi tomando outros rumos, com pessoas sendo absolutamente contra e outras completamente a favor, independentemente de ser em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119240-clt-ou-pj-quais-as-vantagens-e-desvantagens-de-cada-modelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regime PJ ou CLT</a>.Recentemente, um debate no Twitter veio jogar ainda mais gasolina nessa fogueira: muitos profissionais têm acumulado vários empregos, e os “patrões” têm usado isso como uma justificava para a volta ao trabalho presencial.&nbsp;Em outras palavras, um possível&nbsp;cansaço/sobrecarga do profissional seria o novo “motivo”.Deixando de lado as opiniões, você sabe o que diz nossa legislação?<h2>Sobre a CLT</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30152236707447.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Para muitas pessoas, a Consolidação das Leis do Trabalho, oferecem mais vantagens que o regime Pessoa Jurídica. Mas as coisas não são bem assim. Se de um lado a CLT garante alguns direitos e deveres tanto para o contratado quanto para o contratante, do outro, o<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122755-os-10-empregos-que-desaparecerao-do-brasil-nos-proximos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;profissional pode perder em alguns aspectos,</a> especialmente no que diz respeito sobre como uma pessoa jurídica pode trabalhar.Aliás, cabe ressaltar que a característica basilar da CLT, é a contratação ser feita via pessoa física, isto é, por meio do CPF.Além disso, quando uma pessoa tem sua carteira de trabalho assinada, ela não precisa se preocupar diretamente com encargos/impostos trabalhistas. Isso acontece porque essa responsabilidade fica a cargo do próprio empregador. Ou seja, o contratante é quem se torna o responsável pelo desconto e &nbsp;pagamento das tributações.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30152238811448.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Dito isto, entre os principais benefícios que um trabalhador celetista conta estão:<ul><li>direito ao pagamento de horas extras, caso as 44 horas semanais sejam ultrapassadas;</li><li>recebimento do salário conforme o piso,</li><li>direito de se afastar do trabalho devido à doença,</li><li>no caso de morte de parente de 1° grau, tem direito a licença por morte,</li><li>férias remuneradas,</li><li>licença paternidade e maternidade remuneradas,</li><li>pagamento do FGTS.</li><li>Direito ao recebimento do 13º salário.</li></ul><h2>Sobre o regime PJ</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30152240866449.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Um esclarecimento muito importante sobre o&nbsp;regime de Pessoa Jurídica é que trabalhar sob esse modelo não é uma decisão unilateral. Ou seja, você pode ter um CNPJ, como Micro Empreendedor Individual, por exemplo, por vontade própria. Mas quem decide a modalidade de contratação é a empresa.No caso da Pessoa Jurídica, o que dita as regras é o contrato de prestação de serviços. A boa notícia aqui é que muitas vezes é possível negociar as condições que estarão presentes no contrato.Um fator importante é que, como Pessoa Jurídica, o indivíduo é um prestador de serviços e, nesse caso, não pode haver nada que caracterize algum tipo de vínculo empregatício. Por exemplo, subordinação, habitualidade ou pessoalidade.Para atuar como um profissional PJ a pessoa precisa ter um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) feito junto à Receita Federal. Além disso, o profissional precisa contar com um alvará de funcionamento, documento obtido na prefeitura do município onde reside, pois somente desta forma ele estará apto a emitir notas fiscais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30152243054450.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Há diversas categorias para Pessoa Jurídica, incluindo:<ul><li>Microempreendedor Individual (MEI): os profissionais inseridos nessa categoria atuam sob o Simples Nacional, sendo que são limitados a uma renda anual bruta de, no máximo, R$81.000,00.</li><li>Empreendedor Individual: basicamente, o empresário que atua por conta própria, sendo dono de seu empreendimento.</li><li>Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: nessa situação, temos o diferencial de a empresa ser formada via capital social, respeitando o mínimo de 100 salários mínimos.</li></ul>Lembra-se dos benefícios apontados no regime da CLT anteriormente? Pois bem, eles não se aplicam por completo aqui.Por outro lado, ser PJ tem suas vantagens. Por exemplo, é possível ter mais estabilidade, especialmente pelo fato de ser mais prático economizar na planilha de impostos. Claro, isso depende da categoria da empresa, do segmento no qual atua, bem como de seu faturamento.Como Pessoa Jurídica, há um nível maior de flexibilidade. Afinal, o profissional/empresa não tem obrigação de cumprir nada além do que foi firmado no contrato. Aliás, esse é um dos pontos mais atrativos, pois permite que o profissional possa definir seus horários, assim como escolher onde trabalhar.Por fim, existem mercados que representam ótimas chances para o profissional PJ crescer, a exemplo do Marketing Digital e o de Tecnologia da Informação.<h2>Quem pode trabalhar em mais de uma empresa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30152244851451.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Um aspecto importante e que muitos profissionais desconhecem, é que o regime de contratação, seja ele CLT ou PJ, não impossibilita que o profissional atue em mais de uma empresa.Como não há impedimentos legais em ambos os casos, a possibilidade de isso acontecer depende de vários outros fatores que vão além do regime trabalhista propriamente dito.E aqui entra exatamente a discussão que abriu esse artigo. Os impedimentos, geralmente, estão associados com a saúde/disposição mental, cansaço e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121952-por-que-parece-que-nao-temos-mais-tempo-livre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempo do trabalhador</a>. Além disso, vale lembrar que muitos empregadores não gostam muito da ideia de que seus contratados prestem serviços para outras empresas.&nbsp;No final das contas, tudo vai depender de um acordo entre o contratante e o profissional, independentemente do regime de contratação. Especialmente no caso da Pessoa Jurídica que atua com várias empresas simultaneamente, não sendo funcionário de nenhuma delas. Ou pode trabalhar apenas para uma, sob regime de exclusividade. Neste caso, cabe pesar os prós e os contras da relação.<h2>Proteção do INSS</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30152246757452.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Por fim, não poderíamos deixar de falar sobre as proteções previstas pelo INSS, que garantem benefícios para ambos os regimes, a exemplo do auxílio-doença e do direito a aposentadoria.Essa proteção, do ponto de vista da Pessoa Jurídica, é especialmente importante, dada a instabilidade vivida por empreendedores de vários segmentos e pelos problemas causados pela economia brasileira, que leva ao surgimento de milhões de desempregados e a retração de vários setores do mercado.</body>

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CLT e PJ: entenda as diferenças e os direitos dos modelos de trabalho

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Um experimento mostrou que crianças pequenas podem trabalhar melhor que chefes de empresas e estudantes de pós-graduação

<head></head><body>Esta é uma história inusitada, porém real, compartilhada pelo empreendedor americano Matt Schnuck. Um experimento conjunto foi feito por pesquisadores das universidades Stanford, da Califórnia e de Tóquio para tentar desvendar uma questão intrigante. Quando se pensa em trabalho em equipe, quem é mais eficiente: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106982-7-ceos-que-salvaram-empresas-de-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CEOs</a>, advogados, estudantes de pós-graduação ou... crianças?A investigação foi feita a partir de um dos testes mais tradicionais usados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/99013-10-sinais-de-que-o-seu-chefe-pode-estar-de-treta-com-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinâmicas de equipe</a>, que visa analisar a capacidade dos participantes de se unirem e se organizarem de maneira eficiente, exercendo tanto a capacidade de liderar quanto de ser liderado quando necessário. Vejamos o que ocorreu nesta experiência.<h2>Teste da torre mais alta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17101025683314.png" alt="(Fonte: Twitter)">(Fonte: Twitter)O teste aplicado era bem conhecido: os participantes deveriam escolher um material que construiria a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111603-queda-da-torre-mais-alta-do-mundo-completa-28-anos.htm#:~:text=Trata%2Dse%20de%20Torre%20de,Khalifa%2C%20que%20tem%20828%20m." rel="noopener noreferrer" target="_blank">torre mais alta</a>. As opções eram: 1 marshmallow, 20 fios de espaguete, 1 rolo de corda, 1 fita adesiva. Em seguida, eles construíam a torre. A experiência foi repetida em vários lugares diferentes e o resultado foi medido e analisado.Muita gente apostaria que os alunos de pós-graduação se sairiam melhor. Mas pasmem: eles ficaram em último lugar, atrás dos advogados, dos CEOs e dos grandes vencedores: as crianças.Matt Schnuck analisou as ações realizadas pelo último lugar (os estudantes de pós-graduação) e pelo primeiro (as crianças) para comparar o que eles tinham feito. O que ele observou é que os estudantes começaram a se organizar estrategicamente, conversando e compartilhando insights inteligentes. Em seguida, eles levantaram várias opções de ação para decidir sobre qual seria a melhor a ser seguida. Por fim, dividiram as tarefas e começaram a construir a torre.Já as crianças seguiram um caminho totalmente diferente. Elas não usaram estratégias nem discutiram o que poderia acontecer. Cada uma delas pegou o seu material e começou a construir enquanto interagia. Suas conversas eram rápidas e ágeis: elas redirecionavam o que as outras estavam fazendo se julgassem necessário.<h2>A análise dos resultados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17102345361330.jpeg" alt="(Fonte: Twitter)">(Fonte: Twitter)Conforme aponta Matt Schnuck, é possível analisar a eficiência naquilo que os dois grupos fizeram. À primeira vista, os estudantes de pós-graduação pareciam estar trabalhando de forma cooperativa. Mas o que ocorria ali, segundo os estudos de administração e psicologia, era o que se chama de status&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121495-taylorismo-a-criacao-da-teoria-da-administracao-cientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">management</a>, um tipo de gerenciamento baseado (muitas vezes de maneira inconsciente) na obediência a hierarquias. Quem não as segue, pode ser excluído do grupo - e isso pode ser um empecilho na hora de revelar as capacidades criativas dos participantes.As crianças, por outro lado, não pensaram em nenhum momento nisso. Schnuck pontua que a estratégia delas poderia ser descrita assim: quando mais se "brinca" com o material, mais coisas serão descobertas. Sendo assim, elas não gastavam a energia pensando em coisas como: quem está no comando aqui? Quais são as regras? Posso criticar a ideia dos colegas?Por consequência, elas não desperdiçaram a energia - apenas a usavam para experimentar coisas novas. Quando algo não dava certo, elas imediatamente tentavam algo novo. E assim, acabavam trabalhando juntas e chegando a melhores resultados.Segundo o empreendedor, não é que as crianças fossem mais inteligentes, e sim que elas trabalharam de maneira mais inteligente. E é por isso que crianças pequenas conseguem ser mais eficientes que CEOs e estudantes de pós-graduação.</body>

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Por que crianças podem ser mais eficientes que CEOs?

Imagem de Unbossing: é possível trabalhar sem chefe? no megacurioso

O movimento do unbossing pensa em uma sistema de trabalho com menos hierarquias

<head></head><body>Os movimentos que questionam o mercado de trabalho são cada vez mais fortes. Depois do <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/245789-quiet-quitting-entenda-termo-o-excesso-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quiet quitting</a>, que prega que os trabalhadores façam o mínimo em suas funções, agora emerge o movimento do unbossing, que pensa em um mundo sem a figura opressora de um chefe.&nbsp;Neste texto, contamos como isso funciona e por que isto já está acontecendo em muitos lugares.<h2>Unbossing: a busca de modelos mais cooperativos no trabalho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21121652939185.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A proposta do unbossing, na verdade, é relativamente simples: ele discute mudanças na <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/89100-o-segredo-por-tras-de-um-ambiente-de-trabalho-produtivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura organizacional</a> das empresas, pensando em sistemas como hierarquias menos delimitadas e focando em processos mais colaborativos.O termo unboss (que quer dizer "sem chefe") começou a ganhar popularidade por conta do livro UNBOSS, de 2012, escrito por Lars Kolind e Jacob Bøtter. Na obra, os autores defendem que uma cultura de trabalho mais baseada em propósitos e colaboração do que em hierarquia e competição tende a trazer mais resultados.Ou seja, unbossing tem a ver menos com uma metodologia e mais como uma mentalidade de trabalho que pode ser assumida dentro das corporações. Nesse sistema, ninguém seria menos importante que o colega. As relações de trabalho tendem a valorizar o compartilhamento de ideias e a transparência.<h2>Como o unbossing reflete as mudanças no mercado de trabalho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21121654764186.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Estas discussões se intensificaram os últimos anos por conta de vários mudanças no mercado de trabalho. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118567-a-era-das-pandemias-sera-essa-a-nossa-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>, por exemplo, fez com que muitos se dessem conta que os modelos poderiam ser mudados — como a possibilidade de trabalhar mais em casa, de forma mais autônoma.Segundo Ricardo Haag, sócio da Wide, que trabalha com recrutamento de pessoas, este cenário já está sendo refletido nas empresas. "Surpreendentemente, os benefícios desta proposta foram rapidamente sentidos por muitos empresários – evidenciando as vantagens que a autonomia aos profissionais possibilita no que diz respeito à sua maior felicidade, engajamento e produtividade", explica.Uma pesquisa feita pela Harvard Business Review revelou que 66% dos trabalhadores abririam mão de cargos de chefia por oportunidades que tragam uma maior liberdade em suas funções. "Este dado deixa claro que assumir a liderança do negócio já deixou de ser o sonho de consumo da maioria dos profissionais, atraídos muito mais por vagas que estimulem o diálogo, incentivo e colaboração entre os membros da empresa", aponta Haag.A mentalidade do unbossing preza pelo incentivo à autonomia dos funcionários - os gestores teriam uma função mais de direcionar os times do que de "mandar" ou exercer a autoridade hierárquica. Ricardo Haag, contudo, diz que este sistema demanda de uma maturidade por parte dos trabalhadores, que precisam saber atuar com eficiência sem a presença constante de uma cobrança superior.Com o aumento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118950-5-maneiras-de-lidar-com-a-volta-ao-escritorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">home office</a> e a ascensão do trabalho híbrido (o que se divide entre presencial e remoto), imagina-se que cada vez mais pessoas irão se acostumar com essa mentalidade de trabalhar sem chefe, o que pode significar um aumento de satisfação.</body>

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Unbossing: é possível trabalhar sem chefe?

Imagem de 6 profissões absurdas existentes na China que você não sabia no megacurioso

A China é um país intrigante e grandioso. Entre suas inúmeras peculiaridades, estão algumas profissões curiosas que só existem por lá

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a> é um país imenso, populacional e geograficamente. Isso torna a nação um lugar complexo, em que as relações se desenvolvem de maneiras bastante distintas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121436-zoroastrismo-a-religiao-persa-que-influenciou-o-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ocidente</a>. Um bom exemplo diz respeito ao mercado de trabalho, que conta com profissões pouco convencionais.Elas chamam nossa atenção por se referirem a um contexto social muito específico, que gostaríamos de apresentar a vocês. E se você tem a pretensão de um dia morar na China, talvez essa nossa lista possa ter uma possível vaga de emprego. Confira.<h2>1. Falsos executivos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10094846311068.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Imagine passar o dia em reuniões, jantares e aparições públicas, usando um <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/29939-7-regras-basicas-para-saber-se-o-seu-terno-serve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terno</a> no capricho, mas sem ter nem que abrir a boca. Não é coisa de nossa imaginação, na China o cargo de falso executivo está em alta.É que muitas empresas do país se esforçam em criar uma imagem de diversidade, trazendo, especialmente, mais homens brancos para seus quadros. Essa é uma opção de trabalho para ocidentais que morem no país asiático e não falem mandarim, por exemplo.<h2>2. Namorado de ocasião</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10095039468069.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A China é um país em que as tradições são muito importantes, assim como os laços familiares. Por essas (e outras) razões, é socialmente aceitável que haja uma pressão sobre mulheres adultas para que casem e constituam <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123050-por-onde-andam-os-membros-da-familia-real-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">família</a>. No entanto, é cada vez mais comum que algumas simplesmente queiram estar solteiras. E, para isso, encontraram uma solução.Para evitar problemas em eventos sociais, especialmente os que envolvem as tradições familiares, surgiu o namorado de ocasião. São (geralmente) homens, contratados para acompanharem as mulheres em eventos, fingindo-se de companheiros. Basta a companhia e, eventualmente, braços e mãos dadas. Imagina se a moda pega?<h2>3. Polícia da moralidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10095317302070.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Como dissemos acima, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121875-3-tradicoes-de-casamento-e-a-historia-por-tras-delas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tradições</a> são muito importantes na sociedade chinesa. Por essa razão, existe uma profissão conhecida como "polícia da moralidade", normalmente executada por pessoas mais velhas, já idosas.Eles costumam atuar nos bairros, garantindo que namorados não façam nada obsceno na rua, que as famílias sigam a Política de Filho Único, que os jovens respeitem os idosos, em suma, que as pessoas sigam um comportamento moralmente aceitável.<h2>4. Fila profissional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10095648612077.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Essa talvez não seja tão incomum, mas, em todo caso, vale contar que na China você pode ser um profissional de filas. Existe o método utilizando por restaurantes, bares e casas noturnas de gerar boca a boca, criando interesse das pessoas conhecerem os locais em que indivíduos fazem filas para entrar. Porém, é o outro uso do método que chama mais a atenção.Locais em que os processos são excessivamente burocráticos, ou onde um imprevisto pode gerar demora em atendimento, é comum a contratação de pessoas para criarem uma fila. A intenção é dar tempo para que os problemas sejam resolvidos.Na loja da Apple, por exemplo, utiliza-se a tática em época de lançamentos de produtos, para que os funcionários tenham tempo de montar as gôndolas e atender os clientes reais.<h2>5. Coletador de fezes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10095949809083.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A China é um país em que determinadas regiões sofrem com problemas sociais. Ali, o crescimento desenfreado somado a dificuldades de recolocação profissional leva que muita gente não consiga manter uma residência com infraestrutura mínima. Então, é comum que as pessoas evacuem nas ruas.Para resolver esse problema, mais comum em pequenas cidades, o poder público criou a profissão de coletador de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118424-6-curiosidades-sobre-coco-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fezes</a>. O papel do contratado é andar pelas ruas e vielas, atrás de sujeira, recolhendo-a.<h2>6. Saco de pancadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10100107278085.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)O estresse também é uma realidade para os chineses. Uma das formas preferidas para diminuí-lo é a prática de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122003-6-artes-marciais-das-quais-voce-provavelmente-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">boxe e outras lutas</a>. No entanto, algumas pessoas querem mais que bater em um saco de pancadas, elas desejam socar alguém, descontar a frustração em outro indivíduo.Foi assim que surgiu a profissão de saco de pancadas humano. Dados públicos apontam que uma pessoa que atue nessa área pode ganhar até US$ 2900, equivalente a quase R$ 15 mil. Nunca pensamos que tomar um soco poderia render tanto, não é?</body>

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6 profissões absurdas existentes na China que você não sabia

Imagem de Como eram os veterinários na Idade Média? no megacurioso

Doenças de animais eram tratadas por curandeiros medievais com base numa mistura de fé, tradição e ciência

<head></head><body>Imagine o seguinte cenário: você é um ser humano que vive na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123396-como-o-mito-da-terra-plana-dura-desde-a-idade-media-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a> e um de seus cavalos passou a agir de forma estranha. Você percebe que ele está claramente sentindo um incômodo e algumas feridas jorrando pus passaram a aparecer pelo seu corpo. Qual a melhor saída? Sacrificá-lo?Se hoje contamos com centros veterinários de altíssima qualidade para tratar nossos animais de estimação, como é que nossos antepassados faziam? A verdade é que quem era responsável por lidar com os animais de nobres medievais e camponeses antigamente eram os curandeiros, que tinham ao seu lado o poder de forças ocultas. Entenda como é que isso funcionava nos próximos parágrafos!<h2>Curando os animais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10023955500000.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123129-5-fatos-curiosos-sobre-a-saude-dos-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veterinário</a> ainda não era uma profissão de verdade durante a Idade Média. Por isso, os curandeiros eram considerados os precursores desses profissionais de hoje. Na hora de lidar com um animal enfermo, eles optavam por empregar palavras mágicas e realizar rituais.Porém, se você pensa que não existia nem um pouco de ciência envolvida no processo, você está enganado. A realidade é que os curandeiros também tinham consigo alguns remédios primitivos para unir forças com seus "poderes ocultos". Logo, enfrentar doenças era uma mistura de fé, tradição e medicina.Escolas de medicina veterinária de verdade só foram surgir na França pelas mãos de Claude Bourgelat em 1761. Portanto, é de se imaginar que houve um período onde todo tipo de enfermidade precisava ser tratada com um pouco de "magia" — apesar dessas práticas também não serem sempre levadas a sério mesmo naquela época.<h2>A magia da veterinária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10024247500001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons) Podemos tranquilamente dizer que a Idade Média era um universo mais mágico do que o atual, uma vez que esse tipo de dominação era muito mais aceita e difundida entre os habitantes. Se estudarmos essa época, encontraremos práticas mágicas em todos os grupos da sociedade e em todos os contextos.Isso quer dizer que seria possível ver pessoas tentando invocar demônios ou simplesmente canalizar a chamada "magia natural". Para alguns curandeiros, a magia natural se concentrava nas propriedades ocultas de ingredientes conhecidos por possuírem poderes potentes. Um exemplo disso eram víboras pulverizadas ou o uso de sapos verdes do prado — ambos empregados no tratamento para fístulas, as feridas dolorosas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122531-por-que-cavalos-precisam-de-ferraduras-e-vacas-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalos</a>.Na maioria das vezes, essas substâncias eram misturadas em medicamentos e ingeridas pelos animais. No pior dos casos, seria necessário recorrer às forças divinas e tentar uma intercessão por parte de santos cristãos e figuras sagradas. Logicamente, com o conhecimento que temos hoje em dia, é evidente que nem todo tipo de prática utilizada na Idade Média tinha qualquer tipo de fundamento e seria efetiva nos dias atuais.Porém, é inegável notarmos que os seres humanos daquela época já possuíam forte apego pelos seus animais de estimação e que os precursores da medicina veterinária já estavam dando os primeiros passos para descobrir novos tratamentos para alguns casos extraordinários.</body>

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Como eram os veterinários na Idade Média?

Imagem de Karoshi: os japoneses realmente morrem de tanto trabalhar? no megacurioso

Existe a ideia de que o Japão é a nação que mais trabalha no mundo, mas isso é estatisticamente verdade?

<head></head><body>Ouvir que todo o brasileiro vive na praia ou achar que todo norte-americano tem tendência à obesidade pelo consumo de fast food – são ideais que compõe um vilão social muito grande: os estereótipos culturais.Um dos países mais estigmatizado perante o mundo é o Japão, principalmente nos Estados Unidos, onde se concentra a segunda maior comunidade japonesa fora do país, e também onde o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120981-como-o-racismo-se-manifestou-em-palavras-ao-longo-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preconceito</a> possui raízes profundas.Uma pesquisa feita pelo STAATUS Index mostrou que entre todos os outros grupos raciais nos EUA, os asiático-americanos são os menos propensos a se sentirem pertencentes ao país ou são aceitos, mesmo que tenham nascido nele. Em números, apenas 29% deles e 33% dos afro-americanos concordam plenamente que sentem que pertencem e são aceitos pela nação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30204518326009.jpg" alt="(Fonte: Wall Street Journal/Reprodução)">(Fonte: Wall Street Journal/Reprodução)Apesar disso, a maioria dos norte-americanos diz desconhecer o sentimento anti-asiático no país, mas reforçam o estereótipo de que os asiáticos tem uma "dificuldade sistemática" em sentir que não pertencem aos EUA. O estudo também mostra que os americanos ainda enxergam os asiático-americanos como "minoria modelo" e "excessivamente inteligentes e trabalhadores".Foi o estereótipo unido ao racismo, por exemplo, de que os asiáticos estavam roubando o espaço e o trabalho dos nativos por serem considerados mais "eficientes", que fez o então presidente dos EUA, Chester Arthur, assinar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122321-por-que-a-ideia-de-sonho-americano-nao-existe-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lei de Exclusão Chinesa de 1882</a>, proibindo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123091-fragata-valk-os-judeus-expulsos-do-brasil-ajudaram-a-fundar-nova-york.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigração</a> com base na raça e classe no país.Mais de nove em cada dez americano associam "trabalhar duro" aos japoneses. Mas os japoneses são mesmo obcecados pelo trabalho?<h2>O trabalho digna o homem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30204652183010.jpg" alt="(Fonte: Japão em Foco/Reprodução)">(Fonte: Japão em Foco/Reprodução)O trabalho duro como parte da ética de um cidadão japonês pode ser rastreado desde o início da década de 1920, quando o país atravessava um período de rápida industrialização e militarização, o que não demorou muito para emergir no cenário econômico como uma grande potência global.E isso não diminuiu nem mesmo após as catástrofes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, principalmente tendo que reconstruir o país das cinzas após a queda de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Little Boy&nbsp;e&nbsp;Fat Man</a> em Hiroshima e Nagasaki. Além disso, o governo também teve que pagar reparações de guerra aos Aliados ocidentais, o que significava ter que colocar uma enorme porcentagem de sua população em prática, resultando em mais trabalho.Um complexo militar-industrial robusto e uma cultura de produção extremamente organizada fizeram as empresas japonesas competirem na frente global, e isso foi aproveitado pelo Estado tanto para se reerguer economicamente quanto para incutir na mente do cidadão de que trabalhar para empresas era a verdadeira marca de excelência de um japonês – ainda que isso significasse a exaustão física e mental.As novas gerações foram criadas ouvindo que seu objetivo era se tornar um empresário que demonstrasse lealdade ao seu trabalho. Essa ideia criou um sistema educacional brutalmente competitivo no Japão.<h2>Morrendo de trabalhar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30204742919011.jpg" alt="(Fonte: IAFOR/Reprodução)">(Fonte: IAFOR/Reprodução)Em outubro de 1973, o mundo enfrentou uma crise petrolífera desencadeada pelos membros da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo, que proclamaram um embargo petrolífero direcionado às nações que eram vistas como apoiadores de Israel durante a Guerra do Yom Kippur.Uma vez que o Japão importava 90% de seu petróleo do Oriente Médio, a economia sofreu uma derrocada imensa, a mais grave desde os desdobramentos que levaram à Segunda Guerra Mundial, quando o governo tinha os Estados Unidos como o maior fornecedor da commodity, sobretudo porque aconteceu bem na época da situação inflacionária após o Choque Nixon de 1971.A maneira que os japoneses encontraram de se recuperar da crise foi mudando sua estrutura industrial, impactando diretamente as políticas de trabalho, ou seja, fazendo muitas pessoas terem que trabalhar de maneira exaustiva – o que levou muitos à morte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30204923339012.jpg" alt="(Fonte: Sora News 24/Reprodução)">(Fonte: Sora News 24/Reprodução)Foi em meio a esse cenário caótico e desesperador que o Japão cunhou a palavra karoshi, que literalmente significa "morte por excesso de trabalho". Essa era a realidade de muitos trabalhadores no Japão de 1973 que, geralmente, morriam por insuficiência cardíaca, derrame, ou suicídio, por não aguentarem as jornadas de 60 ou até 70 horas semanais.Apesar de a economia japonesa ter se reerguido após a crise, esse padrão laboral apenas expandiu, sobretudo em função do número de trabalhadores irregulares no Japão, que aumentou de 10% em 1990 para 40%.Quando o sociólogo Junko Kitanaka, da Universidade de Keio, apresentou seu trabalho acadêmico na Europa e na América do Norte sobre o karoshi&nbsp;japonês, trazendo a público o fenômeno sociocultural do Japão, ele revelou que os estrangeiros não entenderam a mentalidade das pessoas por trás desse comportamento.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Japan Times&nbsp;" data-fonte-url="https://www.japantimes.co.jp/news/2016/01/08/national/social-issues/japanese-pay-least-attention-owed-vacation-days-think-work-holiday-expedia-poll/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30205050999013.jpg" alt="(Fonte: Japan Times/Reprodução)">(Fonte: Japan Times/Reprodução)Décadas depois, o&nbsp;karoshi já não se tornou uma ideia tão estranha assim para o mundo, principalmente com a maneira como a pandemia desencadeou preocupações generalizadas sobre o custo físico e psicológico do estresse prolongado, privação de sono e isolamento social.Em junho de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho publicaram um estudo mostrando que 745 mil pessoas morreram em 2016 de acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquêmica como resultado direto de terem trabalhado pelo menos 55 horas por semana, indicando que o&nbsp;karoshi, ainda que de maneira indireta, se tornou um problema de saúde mundial. Uma verdadeira pandemia.<h2>O Japão de hoje</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30205139129014.jpg" alt="(Fonte: The Povertist/Reprodução)">(Fonte: The Povertist/Reprodução)Na década de 1980, os funcionários japoneses de grandes empresas trabalhavam em média 46 horas semanais, sendo 5 dias por semana e dois domingos extras por mês. Isso significava que por ano as pessoas trabalhavam 2.097 horas, o que era muito maior em comparação com outros países desenvolvidos, como na França, onde o empregado médio trabalhava 1.702 horas anuais.Depois que o karoshi&nbsp;se tornou público e o país passou a ser duramente criticado na frente global, os sindicatos se sentiram ainda mais validados para exigirem mudanças, tendo a redução das horas como objetivo principal. Em 1995, o empregado médio japonês já trabalhava 1.884 horas por ano, e em 2009, a média caiu para 1.714.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30205233657015.jpg" alt="(Fonte: Christian Science Monitor/Reprodução)">(Fonte: Christian Science Monitor/Reprodução)A pesquisa de 2020 da OCDE mostrou que a média anual de horas trabalhadas no Japão foi de 1.644, incluindo o trabalho regular em tempo integral, bem como as horas extras remuneradas e não remuneradas em todos os cargos. Isso colocou o país na posição 14º dos 37 países que mais trabalham no mundo, abaixo de nações como os Estados Unidos, que tiveram 1.779 horas totais.Ainda assim, pelo menos uma vez por ano, manchetes de karoshi ganham a imprensa japonesa. Isso ainda acontece porque certos grupos de funcionários regulares de grandes corporações são mais propensos a fazerem horas extras devido a uma mistura de práticas culturais e expectativa social, que colocam muita pressão nos empregados para que doem tudo de si – incluindo a própria vida.</body>

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Karoshi: os japoneses realmente morrem de tanto trabalhar?

Imagem de Shein: como a moda fast fashion fatura às custas do trabalho escravo no megacurioso

Sob condições análogas à escravidão, pessoas chegam a costurar até 500 peças de vestuário por 20 centavos cada

<head></head><body>A palavra <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120176-fast-fashion-por-que-a-moda-rapida-e-um-problema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast fashion</a> pode parecer estranha para você ou até mesmo desconhecida, porém, se é alguém que não viveu em baixo de uma pedra nos últimos anos, provavelmente já ouviu falar na Shein, a gigante varejista chinesa que vende roupas e acessórios online por preços acessíveis.Apesar de ter alcançado todas as idades, a empresa – avaliada em US$ 100 bilhões em abril de 2022, segundo a Bloomberg –, ganhou destaque principalmente entre os jovens, potencializada ainda mais pelas mídias sociais de maior alcance no momento – <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TikTok e Instagram</a>. A popularização se deu por suas peças inspiradas em alta costura e retiradas da última tendência nas passarelas, desfiladas de Maison Margiela a Balenciaga, por preços muito baixos, mesmo no Brasil, com a conversão do dólar e as taxas. Em média, uma pessoa pode gastar R$ 300 em 10 peças de vestuário compradas na Shein.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184040740019.jpg" alt="Poder 360/Reprodução)">Poder 360/Reprodução)E é o conceito de&nbsp;fast fashion que faz da Shein tão barata. Depois que os processos têxteis foram aprimorados com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a> no século XIX, o padrão de produção foi catapultado na década de 1990 com o barateamento tanto da mão de obra quanto da matéria-prima na indústria têxtil, consolidando-se em seu conceito: a produção rápida para o consumo rápido e o descarte rápido. Isso gerou maior rentabilidade para indústria da moda – responsável por movimentar US$ 1,7 trilhões da economia mundial –, gerando empregos e produtos com custo acessível.Pelo outro lado, o fast fashion fez da indústria da moda a segunda mais poluente do mundo, devido à utilização de tinturas de baixa qualidade e tecidos; produtos insolúveis e à base de metais pesados; contribuindo para toneladas de emissões diárias de carbono para a atmosfera; e o aumento substancial de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120861-nurdles-um-dos-materiais-mais-toxicos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plástico nos oceanos</a>.Além desses impactos globais que reduzem o percentual de vida do planeta, está também o uso desenfreado da&nbsp;mão de obra escrava na indústria da moda, inclusive pela Shein.<h2>Apenas uma fachada bonita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184142762020.jpg" alt="(Fonte: Factual 900/Reprodução)">(Fonte: Factual 900/Reprodução)Em 17 de outubro desse ano, o lançamento do documentário Inside Shein Machine: UNTOLD, produzido pela emissora britânica Channel 4, ganhou a mídia e a internet ao revelar as condições e precarização do trabalho por de trás da vitrine bonita e atraente da Shein.Ao infiltrar o repórter Panyu em uma das fábricas da gigante varejista, em Guangzhou, na China, foi descoberto que os empregados trabalham até 18 horas diárias, costurando, em média, 500 peças de roupa por dia, com direito a apenas uma folga mensal. Eles ganham cerca de R$ 0,20 por peça produzida, sendo que o primeiro pagamento do mês é retido pela empresa.Em caso de erro na produção de alguma peça, as pessoas são penalizadas dois terços do salário diário. Em condições análogas à escravidão, eles trabalham sob circunstâncias que violam as leis trabalhistas chinesas, que prevê, no máximo, 40 horas semanais de trabalho, com teto de 36 horas extras por mês e uma folga semanal, devendo faturar cerca de US$ 4 mil mensal.Entre a tristeza e exaustão, o documentário também capta mulheres lavando os cabelos durante os intervalos do almoço, comendo pequenas porções de comida em tigelas e lutando contra o sono. Nada ironicamente, a maioria dos empregados são <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119450-por-que-as-pessoas-insistem-em-culpar-imigrantes-por-causar-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigrantes</a>.Em um e-mail ao site The Business of Fashion, a Shein declarou estar preocupada com as denúncias de trabalho escravo de seus parceiros – visto que o documentário foi feito em uma das fábricas terceirizadas da empresa –, e que estão cientes que isso viola o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184608984024.jpe" alt="(Fonte: Sourcing Journal/Reprodução)">(Fonte: Sourcing Journal/Reprodução)“Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas ao Channel 4 para podermos investigar”, complementou a Shein.A resposta totalmente evasiva só adiciona mais uma vírgula em uma série de mistérios envolvendo a marca chinesa, que já existe há 8 anos no mercado, a começar pela sua origem. Não existe nenhum número de telefone ou contato com a imprensa online, sendo que até o nome de seu fundador permanece um enigma total.Tudo o que a Shein construiu nesses 8 anos de mercado foi se apoiando apenas em marketing digital e blogueiros, responsáveis por venderem seus produtos igual água no deserto. O site norte-americano da marca executa um tipo de programa para influenciadores digitais de moda enviando peças para promoção ou publicidade e, dessa forma, alimentar sua relevância digital.<h2>Exploração sem fim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184658365025.jpg" alt="(Fonte: Refinery 29/Reprodução)">(Fonte: Refinery 29/Reprodução)Shein é apenas uma parcela – embora bem significativa – no mar do problema que é o conceito de fast fashion, por trás de Zara, H&amp;M, UNIQLO, Gap, Forever 21, Renner, Riachuelo, Primark, e entre outras marcas. O trabalho escravo se tornou, desde o surgimento dessa linha de produção rápida, uma das características principais depois dos impactos ambientais.A Organização Internacional do Trabalho levantou que cerca de 260 milhões de crianças estão empregadas em todo o mundo, das quais 170 milhões estão envolvidas em trabalho infantil realizado abaixo da idade mínima exigida, ou que, devido à sua natureza ou condições prejudiciais, é totalmente considerado inaceitável para uma criança, além de proibido.Apesar de o trabalho infantil ser proibido por lei na maioria dos países, ainda existe em muitas partes mais pobres do mundo, e muitas são recrutadas para trabalho escravo para alimentar a cadeia de suprimentos da moda, fabricando têxteis e roupas para consumidores da Europa à América.A demanda global do fast fashion,&nbsp;apoiada na cultura do consumismo desenfreado, obriga as empresas a encontrarem fontes de mão de obra cada vez mais baratas, e isso envolve imigrantes e crianças, retirados de um plano de fundo socialmente vulnerável.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184813861026.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)“Há muitas meninas em países, como Índia e Bangladesh, que estão dispostas a trabalhar por preços muito baixos, e são facilmente trazidas para essas indústrias sob falsas promessas de ganhar salários decentes”, disse Sofie Ovaa, coordenadora da campanha Stop Child Labor.Um relatório do Centro de Pesquisa em Corporações Multinacionais (SOMO) e do Comitê da Índia da Holanda (ICN) revelou que existem recrutadores dessas gigantes têxteis no sul da Índia convencendo os pais em áreas rurais extremamente pobres a enviar suas filhas sob falsas promessas de um emprego bem remunerado, acomodação confortável, refeições regulares e oportunidades de terem acesso a um direito básico: educação.No entanto, essas crianças acabam abandonadas em galpões de fábricas, trabalhando por horas a fio, sem acesso ao mundo, mal alimentadas e ganhando centavos por peça produzida, ou, por vezes, nem isso.<h2>Por conta própria</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Emily Elizabeth May&nbsp;" data-fonte-url="https://emilyelizabethmay.com/why-im-quitting-fast-fashion/child-labor-fast-fashion/?utm_source=rss&amp;utm_medium=rss&amp;utm_campaign=child-labor-fast-fashion"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184931961027.jpg" alt="(Fonte: Emily Elizabeth May/Reprodução)">(Fonte: Emily Elizabeth May/Reprodução)As crianças são consideradas alvos atraentes porque são obedientes como trabalhadoras e fáceis de gerenciar, fazendo passar despercebido o crime que as empresas cometem. Dos 75 milhões de trabalhadores operários na indústria da moda pelo mundo, estima-se que menos de 2% deles ganham um salário digno.É assim que esse comportamento servil se estende para o segundo grupo mais marginalizado no mundo: os imigrantes. As marcas têm como alvo os cidadãos em zonas de convulsões causadas pela guerra, mirando em refugiados sírios, por exemplo.Desesperados por salários, visto que mal conseguem sobreviver, com dívidas a pagar a familiares, agências de recrutamento, corretores ou traficantes –, eles acabam aceitando a má remuneração, principalmente com as políticas rígidas de asilo ou imigração nos países para o qual imigram.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30185039812028.jpg" alt="(Fonte: The Brazilian Report/Reprodução)">(Fonte: The Brazilian Report/Reprodução)O que impede muitos de causar uma revolução diante à exploração desmesurada é a falta de voz, sobretudo, em países que não a exaltam e, pro vezes, tentam calá-la – afinal, poucos estão dispostos a ouvir que seu país é responsável por práticas de escravidão para que você possa continuar adquirindo o básico do consumismo: roupas. Os imigrantes têm medo de serem presos ou deportados, por isso nem se atrevem a deixar as fábricas, que acabam se tornando o seu próprio quarto, aumentando a linha de exploração.Alguns são os casos de trabalhadores que reagem às condições repressivas das indústrias de fast fashion, e vão a público fazer denúncias, como é o caso de refugiados birmaneses na fronteira com a Tailândia, envolvidos em processo judiciais e regularmente fazendo greve contra seus empregados.Em face a esse cenário terrível, é possível que esteja se perguntando onde está a justiça em meio a tudo isso. A resposta está na própria cadeia de suprimentos da moda que, devido a sua complexidade, é difícil para as empresas controlarem todas as etapas da produção. Além disso, não há mecanismos de fiscalização ou controle social, nada de sindicatos que possam ajudar os trabalhadores a lutar por melhores condições.No final das contas, eles estão por conta própria.</body>

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Shein: como a moda fast fashion fatura às custas do trabalho escravo

Imagem de Norland College: a escola que forma as babás da realeza  no megacurioso

Consideradas uma mistura de James Bond e Mary Poppins, as estudantes aprendem artes marciais e, depois de formadas, podem ganhar até R$70 mil reais

<head></head><body>Já parou para pensar quem são as mulheres que cuidam das crianças e bebês que fazem parte das famílias reais? Com um trabalho tão importante, é claro que as candidatas não poderiam passar apenas por uma entrevista com os pais ou tutores dos pequenos. Para os príncipes e princesas por aí, existe uma escola que forma profissionais com o intuito de cuidar minuciosamente de cada detalhe de suas vidas.&nbsp;Há 130 anos, a escola de Norland educa as babás que cuidam dos filhos das famílias britânicas mais ricas, incluindo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122915-por-que-a-monarquia-britanica-ainda-tem-tanto-poder.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">família real</a>. Durante o curso, as estudantes aprendem habilidades tradicionais como cozinhar e costurar. Além do uniforme vitoriano obrigatório, elas também são treinadas em direção avançada, segurança cibernética e até mesmo artes marciais.<h2>Salários chamativos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/28/28034452355002.jpg" alt="(Fonte: Paul Gillis)">(Fonte: Paul Gillis)São necessários quatro anos para terminar o curso — três são passados na escola, sendo que o último implica trabalhar com uma família. Para se ter uma ideia da importância da instituição, o curso custa a "bagatela" de mais de 20 mil libras anuais, sem contar os custos do uniforme, que giram em torno de mil e trezentas libras.&nbsp;Com tamanho investimento, o retorno é recompensado. "A renda média de nossas alunas no ano em que se formam é de cerca de 40 mil libras por ano (cerca de R$ 256 mil, ou R$ 21,3 mil por mês), mas, depois de cinco anos, elas provavelmente passam de 50 mil libras (cerca de R$ 320 mil, ou R$ 26,6 mil mensais), 65 mil libras (cerca de R$ 416 mil, ou R$ 34,6 mil por mês) ou mais", conta Janet Rose, diretora da instituição.&nbsp;Com um salário atraente desses, é claro que a concorrência também não seria pequena. São cerca de 240 concorrentes para 100 vagas disponíveis ao ano.<h2>A história da instituição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/28/28040248776005.jpg" alt="(Fonte: Paul Gillis)">(Fonte: Paul Gillis)A escola de Norland fica localizada em Bath, uma cidade do interior da Inglaterra, mas sua origem começou em Londres, no ano de 1892. &nbsp;A fundadora da instituição, Emily Ward, queria que Norland fosse mais que uma escola, e sim, um ideal de vida e bons costumes. Ao fazer isso, ela criou o primeiro estabelecimento educacional a oferecer qualquer tipo de treinamento em cuidados infantis e a profissão de enfermeira de creche. Esse ideal, bem como a importância do trabalho das babás, é algo que as estudantes da instituição defendem até hoje, mais de um século depois.&nbsp;A maioria das babás formadas acaba trabalhando com famílias ricas de Londres, mesmo que também exista muita procura fora do país. É o caso da China e dos Estados Unidos.Anualmente, centenas de estudantes saem para o mercado, mas a procura continua a ser bastante superior à oferta — segundo a diretora da instituição, alunos do sexo masculino também são bem-vindos, apesar de, atualmente, serem apenas 5% do total de estudantes. "Acabamos de apresentar nosso primeiro uniforme de gênero neutro. Temos uma sociedade com muita diversidade, e acreditamos que precisamos formar alunos que reflitam essa diversidade", explica.<h2>A babá da família real</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/28/28035415207003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Maria Teresa Turrion Borrallo, a babá das crianças da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121427-milhares-de-pessoas-descendem-da-realeza-e-nao-fazem-ideia-disso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">realeza&nbsp;</a>George, Charlotte e Louis, é formada pela Norland College e trabalha com a família real desde 2014. Acredita-se que a profissional seja muito rigorosa com as crianças, além de ter ganhado o respeito de toda a família.Para as famílias mais importantes — como a da realeza britânica, por exemplo —, uniformes formais e apresentações impecáveis fazem parte do protocolo. Cabelos sempre limpos, roupas delicadamente passadas e unhas muito bem cortadas são requisitos essenciais para cuidar das crianças.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122913-como-e-a-cerimonia-de-coroacao-do-rei-da-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os futuros rei e rainha</a> da Inglaterra podem respirar aliviados: seus filhos estão em boas — e muito caras — mãos.</body>

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Norland College: a escola que forma as babás da realeza 

Imagem de Como se mede o desemprego de um país? no megacurioso

Pnad Contínua é o principal indicador de desemprego no Brasil

O desemprego no Brasil tem se mantido alto nos &uacute;ltimos anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), o pa&iacute;s alcan&ccedil;ou o n&uacute;mero de 10,1 milh&otilde;es de desempregados no 2&ordm; trimestre de 2022, equivalendo a uma taxa de 9,3%.
Para entender como se chega ao n&uacute;mero de desempregados, &eacute; preciso entender alguns conceitos importantes como desemprego e for&ccedil;a de trabalho.&nbsp;
<h2 style="text-align: left;">O que &eacute; considerado desemprego?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/25/25165832993473.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119277-ibge-saiba-tudo-sobre-o-instituto-brasileiro-de-geografia-e-estatistica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IBGE</a>, &eacute; entendida como desempregada a pessoa que tem idade para trabalhar &ndash; a partir de 14 anos &ndash; e n&atilde;o est&aacute; trabalhando, mas que est&aacute; procurando emprego e tem disponibilidade para trabalhar.
Como se percebe, n&atilde;o basta a pessoa n&atilde;o estar empregada para ser considerada desempregada. H&aacute; situa&ccedil;&otilde;es em que a pessoa n&atilde;o est&aacute; trabalhando porque n&atilde;o pode &ndash; como &eacute; o caso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118989-estudante-encontra-escultura-mais-antiga-da-escocia-por-acaso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudantes</a> em tempo integral &ndash; ou porque n&atilde;o procurou emprego, classificadas como desalentadas.&nbsp;
Para o termo &ldquo;desemprego&rdquo;, o &oacute;rg&atilde;o usa a nomenclatura &ldquo;desocupa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, por entender ser mais adequado, j&aacute; que um empreendedor n&atilde;o pode ser considerado empregado, por&eacute;m est&aacute; ocupado, por exemplo.&nbsp;
<h2 style="text-align: left;">For&ccedil;a de trabalho</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/group-of-unrecognizable-candidates-waiting-for-a-imagem-royalty-free/1097271132?phrase=desemprego" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/25/fonte-getty-images-25170355246486.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A for&ccedil;a de trabalho &eacute; a pessoa que quer efetivamente trabalhar, estando ocupada ou n&atilde;o. O IBGE divide a popula&ccedil;&atilde;o que est&aacute; em idade de trabalhar em &ldquo;pessoas na for&ccedil;a de trabalho&rdquo; e &ldquo;pessoas fora da for&ccedil;a de trabalho&rdquo;.
As pessoas que est&atilde;o na for&ccedil;a de trabalho s&atilde;o tanto as ocupadas quanto as desocupadas.&nbsp;
J&aacute; os indiv&iacute;duos fora da for&ccedil;a de trabalho s&atilde;o aqueles classificados como "for&ccedil;a de trabalho potencial" (pessoas que n&atilde;o est&atilde;o trabalhando, mas t&ecirc;m potencial para serem incorporadas) ou como "fora da for&ccedil;a de trabalho potencial", pessoas que n&atilde;o podem ser integradas &agrave; for&ccedil;a de trabalho, como a dona de casa que n&atilde;o trabalha fora.
<h2 style="text-align: left;">A pesquisa</h2>
O IBGE utiliza os padr&otilde;es e a metodologia definidos pela Organiza&ccedil;&atilde;o Internacional do Trabalho (OIT). A apura&ccedil;&atilde;o &eacute; feita atrav&eacute;s da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios Cont&iacute;nua, a Pnad Cont&iacute;nua, que acompanha trimestralmente a evolu&ccedil;&atilde;o da for&ccedil;a de trabalho e gera informa&ccedil;&otilde;es que servir&atilde;o de base para v&aacute;rios estudos.
Em sua metodologia, o IBGE divide a popula&ccedil;&atilde;o entre aqueles que t&ecirc;m idade para trabalhar e quem n&atilde;o tem. Os que podem trabalhar s&atilde;o subdivididos em dois grupos: as pessoas que fazem parte da for&ccedil;a de trabalho e aquelas que est&atilde;o fora da for&ccedil;a de trabalho.&nbsp;
Portanto, para que se possa determinar o n&uacute;mero de desocupados, ou seja, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123256-por-que-a-sociedade-brasileira-se-tornou-cada-vez-mais-endividada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desempregados</a>, &eacute; preciso retirar da conta todos aqueles que est&atilde;o ocupados e os que est&atilde;o fora da for&ccedil;a de trabalho. Confira o quadro a seguir:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/24/24120043520131.jpg" alt="Os desempregados fazem parte das pessoas que est&atilde;o na for&ccedil;a de trabalho. (Fonte:IBGE/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />&nbsp;(Fonte:IBGE/Divulga&ccedil;&atilde;o)
A Pnad Cont&iacute;nua &eacute; um dos principais &iacute;ndices para medir o desemprego, principalmente por trazer informa&ccedil;&otilde;es sobre os trabalhadores informais, pessoas que acabam ficando &ldquo;invis&iacute;veis&rdquo; diante de outros m&eacute;todos.

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