Imagem de 5 gênios que deixaram sua marca no mundo desde jovens no megacurioso

Talentos e características diversos alçaram essas figuras à história; conheça um pouco de suas trajetórias

Pessoas com habilidades extraordin&aacute;rias est&atilde;o em todos os lugares. Seja presentes em livros de Hist&oacute;ria e na m&iacute;dia em geral, consideradas refer&ecirc;ncias em suas &aacute;reas de atua&ccedil;&atilde;o ou tendo destaque em uma comunidade pr&oacute;xima a voc&ecirc;, &eacute; poss&iacute;vel que voc&ecirc; as conhe&ccedil;a por um termo bem espec&iacute;fico: tratam-se dos famosos g&ecirc;nios.
G&ecirc;nero &eacute; uma caracter&iacute;stica que, definitivamente, n&atilde;o se aplica a tais indiv&iacute;duos. Ali&aacute;s, ainda que a Mensa International, destinada a fomentar estudos sobre intelig&ecirc;ncia, os aponte como detentores de QI acima de 98% em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o geral, determinar quem se encaixa nessa categoria &eacute; bem mais complicado que isso.
Stephen Hawking, por exemplo, trazia otimismo em suas an&aacute;lises a respeito desse p&uacute;blico, afinal, acreditava que qualquer um poderia pensar como grandes mentes. Entretanto, Frank Lawlis, diretor de supervis&atilde;o de testes da American Mensa, defendeu, em entrevista ao LiveScience, que "g&ecirc;nios questionam. N&atilde;o sabem as respostas, mas conhecem muitas perguntas, e suas curiosidades direcionam seus estudos&rdquo;.
"[G&ecirc;nios] t&ecirc;m a capacidade de indagar em alto n&iacute;vel, de buscar alto n&iacute;vel de compreens&atilde;o e de, ent&atilde;o, comunicar o que descobrem para o resto de n&oacute;s", complementou Lawlis, dizendo, tamb&eacute;m, que essas pessoas "pensam fora da caixa."
Considerando que, em alguns casos, a manifesta&ccedil;&atilde;o dos &ldquo;porqu&ecirc;s&rdquo; diferenciados come&ccedil;a muito, muito cedo, que tal conhecer os g&ecirc;nios mais jovens da hist&oacute;ria &ndash; ou aqueles e aquelas que deixaram sua marca no mundo j&aacute; na inf&acirc;ncia ou adolesc&ecirc;ncia?
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/_KCHHp8wRBc?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2 dir="ltr">1 &ndash; Wolfgang Amadeus Mozart</h2>
Nascido em 27 de janeiro de 1756, o austr&iacute;aco come&ccedil;ou a estudar piano com tr&ecirc;s anos de idade e, j&aacute; em sua quarta primavera, aprendeu a tocar violino. Aos cinco, criou seu primeiro concerto para piano; aos nove, sua primeira sinfonia; e aos 12, sua primeira &oacute;pera italiana.
Em 1787, Mozart conquistou o cargo de compositor da corte do Imp&eacute;rio Austro-H&uacute;ngaro, dedicando-se, a partir de ent&atilde;o, a consolidar diversos de seus trabalhos. Morreu em 5 de dezembro de 1791; 193 anos depois, em 1984, um filme dedicado a ele, Amadeus, ganhou 10 estatuetas do Oscar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/mozart-16124103221182.jpg" alt="Mozart" />Mozart come&ccedil;ou a estudar piano com apenas tr&ecirc;s anos de idade <a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wolfgang_Amadeus_Mozart,_at_the_Ceiling_of_the_Apollon_Theater.JPG" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a>
<h2 dir="ltr">2 &ndash; Kate Rubins</h2>
Com 21 anos, Kate Rubins, nascida em 14 de outubro de 1978, nos Estados Unidos, se formou em biologia molecular na Universidade da Calif&oacute;rnia em apenas tr&ecirc;s anos &ndash; e, gra&ccedil;as ao seu interesse na &aacute;rea, na qual se debru&ccedil;ou desde a adolesc&ecirc;ncia, obteve o t&iacute;tulo de Ph.D pela Universidade de Stanford, em 2005, tendo desenvolvido, junto a seus colegas, o primeiro modelo de infec&ccedil;&atilde;o por var&iacute;ola.
Em 2009, Rubins entrou para a NASA e, em julho de 2016, em sua primeira miss&atilde;o, se tornou a primeira pessoa a sequenciar DNA no espa&ccedil;o, participando de mais de 275 experimentos; dentre eles o cultivo de c&eacute;lulas card&iacute;acas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/rubins-16124318346185.jpg" alt="Rubins" />Ainda na adolesc&ecirc;ncia, Rubins se interessou por biologia molecular <a href="https://www.nasa.gov/image-feature/shes-back-kate-rubins-set-to-return-to-space-station" target="_blank">NASA</a> 
<h2 dir="ltr">3 &ndash; Jack Andraka</h2>
Chamado de "Thomas Edison de nossa &eacute;poca" por seu mentor, Jack Andraka criou, aos 15 anos, no segundo ano do ensino m&eacute;dio, um sistema de detec&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s tipos diferentes de c&acirc;ncer que apresenta resultados em cinco minutos e custa apenas tr&ecirc;s centavos de d&oacute;lar. Ainda em 2012, ganhou fama internacional.
Andraka nasceu em 8 de janeiro de 1997, nos Estados Unidos &ndash; e a morte de um amigo, acometido pela condi&ccedil;&atilde;o, o teria motivado a desenvolver a tecnologia. Foi o orador mais jovem na Royal Society of Medicine e recebeu pr&ecirc;mios em v&aacute;rias competi&ccedil;&otilde;es nacionais e internacionais de matem&aacute;tica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/andraka-16124420487188.jpg" alt="Andraka" />Com 15 anos, Andraka surpreendeu o mundo! <a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jack_Andraka_2012_ISEF_Winner.jpg" target="_blank">Intel Free Pass/Wikimedia Commons </a> 
<h2 dir="ltr">4 &ndash; Blaise Pascal</h2>
F&iacute;sico, matem&aacute;tico, fil&oacute;sofo e te&oacute;logo franc&ecirc;s, Pascal nasceu em 19 de junho de 1623 e, com apenas 16 anos, escreveu Ensaio Sobre as C&ocirc;nicas, tratado a respeito de geometria projetiva sint&eacute;tica. Aos 19 anos (em 1642), iniciou o desenvolvimento daquela que viria a ser a primeira calculadora do mundo, tendo-a apresentado durante uma confer&ecirc;ncia em 1652.
O legado de Pascal inclui experimentos que possibilitaram o c&aacute;lculo da press&atilde;o atmosf&eacute;rica e a defini&ccedil;&atilde;o de v&aacute;cuo, al&eacute;m de avan&ccedil;os nas &aacute;reas de probabilidade e mec&acirc;nica dos fluidos. Fil&oacute;sofo, cunhou a frase "O cora&ccedil;&atilde;o tem raz&otilde;es que a pr&oacute;pria raz&atilde;o desconhece".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16124909037191.jpg" alt="Pascal" />Matem&aacute;tica e f&iacute;sica nunca mais foram as mesmas ap&oacute;s Pascal <a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Anonymous_-_Portrait_pr%C3%A9sum%C3%A9_de_Blaise_Pascal_(1623-1662),_savant_et_%C3%A9crivain._-_P1800_-_Mus%C3%A9e_Carnavalet.jpg" target="_blank">Wikimedia Commons </a>
<h2 dir="ltr">5 &ndash; Alma Deutscher</h2>
Pianista, violinista e compositora inglesa, Alma ganhou seu primeiro violino aos tr&ecirc;s anos de idade e, aos quatro, j&aacute; "brincava" por horas com um piano, elaborando melodias. Nascida em 2005, Alma apresentou-se no Carnegie Hall, conceituada casa de espet&aacute;culos de Nova York (EUA), em 2019, com apenas 14 anos.
A &oacute;pera Cinderela &ndash; que comp&ocirc;s aos 10 anos &ndash; estreou em Viena em dezembro de 2016, espet&aacute;culo em que foi ovacionada por centenas de pessoas. Alma recusa-se a ser comparada com outro g&ecirc;nio de nossa lista e diz que, no futuro, gostaria de compor um poema sinf&ocirc;nico, uma sinfonia completa e um musical.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16125028132205.jpg" alt="Alma" />Alma &eacute; &uacute;nica! Alex Nightingale Smith/Wikimedia Commons
<h2 dir="ltr">Exer&ccedil;a sua genialidade!</h2>
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5 gênios que deixaram sua marca no mundo desde jovens

Imagem de Asteroide que matou os dinossauros pode ter privilegiado as cobras no megacurioso

Cobras que sobreviveram ao mundo pós-asteroide conseguiram se espalhar pelo planeta e diversificaram a evolução de espécies

Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; deve ter ouvido v&aacute;rias vezes que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> simplesmente sumiram da Terra depois que um asteroide de dimens&otilde;es colossais se chocou contra o nosso planeta e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117910-como-os-dinossauros-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">causou uma s&eacute;rie de cat&aacute;strofes</a>&nbsp;h&aacute; 66 milh&otilde;es de anos. Muito bem, mas voc&ecirc; sabia que esse asteroide pode ter contribu&iacute;do para o "sucesso" das cobras?
Isso &eacute; o que sugere um estudo divulgado, nesta ter&ccedil;a-feira (14), pela respeitad&iacute;ssima revista cient&iacute;fica Nature Communications. Segundo o artigo, algumas esp&eacute;cies de cobra sobreviveram a esse cen&aacute;rio p&oacute;s-apocal&iacute;ptico morando embaixo do solo e aguentando muito tempo sem comida &mdash; algumas ficaram at&eacute; 1 ano sem alimento e conseguiram ca&ccedil;ar no breu debaixo da terra.
O caos p&oacute;s-asteroide causou a extin&ccedil;&atilde;o de 76% das esp&eacute;cies da Terra &mdash; o que, &eacute; claro, inclui os dinossauros. Acredita-se que alguns mam&iacute;feros, sapos, p&aacute;ssaros e peixes tamb&eacute;m tenham aguentado o impacto, mas as cobras foram as que mais "prosperaram nessa crise".&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/46807-voce-sabia-que-a-extincao-dos-dinossauros-nao-foi-a-maior-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voc&ecirc; sabia que a extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros n&atilde;o foi a maior da hist&oacute;ria?</a></li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/15/15153343142317.jpeg" alt="" caramba="" as="" cobras="" v="" o="" dominar="" tudo="" imagem:="" bbc="" reprodu="" />"Caramba! As cobras v&atilde;o dominar tudo..." (Imagem: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Uma for&ccedil;a para a evolu&ccedil;&atilde;o</h2>
O cen&aacute;rio p&oacute;s-cat&aacute;strofe permitiu que os seres rastejantes se espalhassem por mais lugares e gerassem muitos filhotes &mdash; diversificando, tamb&eacute;m, a evolu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie. Assim, foi desse modo que chegamos &agrave;s mais de 3 mil esp&eacute;cies de cobras que existem hoje em v&aacute;rios continentes.&nbsp;
De acordo com o artigo, esses per&iacute;odos ap&oacute;s uma extin&ccedil;&atilde;o em massa d&atilde;o um "empurr&atilde;o" no processo evolutivo, tornando-o mais "selvagem, experimental e inovador", nas palavras do cientista Nick Longrich, da Universidade de Bath (Reino Unido), um dos especialistas que participaram da pesquisa. Por&eacute;m, eventos como esse ocorreram poucas vezes ao longo da hist&oacute;ria terrestre.&nbsp;
O complicado &eacute; que, por mais que as cobras tenham sobrevivido a um asteroide que dizimou mais de tr&ecirc;s quartos da vida na Terra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99447-conheca-9-especies-exoticas-e-belissimas-de-cobras-e-serpentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas esp&eacute;cies est&atilde;o amea&ccedil;adas</a> pela a&ccedil;&atilde;o humana, o que pode estar causando <a href="https://www.megacurioso.com.br/terra/49175-preocupante-a-terra-esta-passando-pelo-sexto-processo-de-extincao-em-massa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outro desses raros eventos de extin&ccedil;&atilde;o em massa.</a>
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116729-quanto-tempo-uma-especie-leva-para-ser-extinta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quanto tempo uma esp&eacute;cie leva para ser extinta?</a></li>
</ul>

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Asteroide que matou os dinossauros pode ter privilegiado as cobras

Imagem de Artefatos milenares são encontrados em estômago de crocodilo no megacurioso

Os objetos teriam pertencido a nativos que viveram na América do Norte há 12 mil anos

<head></head><body>Artefatos produzidos há milhares de anos foram encontrados no estômago de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/103063-aprenda-um-jeito-facil-de-diferenciar-um-crocodilo-de-um-jacare.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilo</a> capturado no dia 2 de setembro, no estado do Mississipi (Estados Unidos). De acordo com a CNN, os objetos estavam em meio a ossos e escamas de peixes, pedras, dentes e ossos de pequenos mamíferos, entre outros itens engolidos pelo animal.Responsável por descobrir os dois artefatos enquanto processava a pele e a carne do animal de 4 metros, o proprietário de uma loja de artigos de caça Shane Smith não conseguiu identificar o que eram os artigos. A princípio, ele pensou se tratar da ponta de uma ferramenta de caça e de uma isca de pesca.Em busca de ajuda, Smith postou fotos dos objetos no Facebook e contou a história, informando que eles haviam sido encontrados no corpo do réptil. Dessa forma, ele conseguiu chegar ao geólogo James Starnes, que visualizou as imagens e foi capaz de identificá-los.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14174127801321.jpg" alt="(Fonte: Instagram/Red Antler Processing)">(Fonte: Instagram/Red Antler Processing)Conforme o especialista, os itens encontrados no estômago do crocodilo são um prumo, feito de metal e em forma de lágrima, cujo uso é desconhecido, e uma “ponta de dardo atlatl”, que serve como lança ou dardo. Tais objetos teriam pertencido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115182-polinesios-e-indios-americanos-se-cruzaram-antes-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nativos americanos</a> que viviam no Delta do Rio Mississipi há 12 mil anos.<h2>Antecedendo o arco e a flecha</h2>Starnes explicou ainda que o prumo, feito de hematita, pode ter origem em lugares distantes dali, como a região dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/85788-confira-10-dos-maiores-e-mais-incriveis-lagos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grandes Lagos</a>, na divisa entre EUA e Canadá, sendo produzido entre 1.000 e 2.000 a.C. Já a ponta de dardo atlatl teria sido parte de outro tipo de ferramenta de caça.Para ele, as armas que contavam com os dois objetos foram produzidas “antes do advento dos arcos e flechas na América do Norte”. Essa tecnologia era transportada pelos nativos americanos durante seus deslocamentos pela região, há milhares de anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14174236879322.jpg" alt="(Fonte: Facebook/Red Antler Processing)">(Fonte: Facebook/Red Antler Processing)Embora tenha descoberto o que eram os artefatos, o especialista não resolveu outro mistério: como os objetos foram parar no estômago do animal, cuja idade foi estimada entre 80 a 100 anos?A explicação mais plausível é que eles tenham sido expostos após algum alagamento e o crocodilo, esfomeado, não deixou de engoli-los pensando se tratar de comida.</body>

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Artefatos milenares são encontrados em estômago de crocodilo

Imagem de Em 1820, engenheiros decidiram construir um túnel sob o Rio Tâmisa no megacurioso

Enganavam-se os propriet&aacute;rios das cargas que viajavam milhares de quil&ocirc;metros, sobrevivendo a todo o tipo de avaria que os navios pudessem causar, e achavam que elas estariam a salvo depois que aportavam na Londres do s&eacute;culo XIX.&nbsp;As encomendas ainda precisavam atravessar uma cidade que se tornou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119273-o-primeiro-semaforo-instalado-em-londres-no-sec-xix-trouxe-caos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais populosa do mundo na &eacute;poca</a>, enfrentando o engarrafamento de centenas de cavalos particulares e de bois empurrando carro&ccedil;as pesadas de entregas.&nbsp;At&eacute; que em 1820, a Londres se tornou oficialmente intransit&aacute;vel e, para o orgulho londrino, aquilo era um absurdo.
<h2>Indo por baixo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07204758376008.jpg" alt="Richard Trevithick. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Richard Trevithick. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A iniciativa privada dispensou a constru&ccedil;&atilde;o de outra ponte, visto que ela impediria o acesso de barcos a vela ao porto de Londres, ent&atilde;o os empres&aacute;rios voltaram sua aten&ccedil;&atilde;o para <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114891-o-grande-fedor-de-1858-que-quase-intoxicou-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o f&eacute;tido Rio T&acirc;misa</a>. Por que n&atilde;o construir um t&uacute;nel? Dessa forma, eles seriam beneficiados pela agilidade nas entregas e pelo desafogamento do fluxo, bem como poderiam lucrar gerenciando um sistema de ped&aacute;gio. Al&eacute;m disso, o boom da Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial estava a favor deles, com a alta demanda de carv&atilde;o, bem como os m&eacute;todos de trabalho e explora&ccedil;&atilde;o primitivos.
Os engenheiros, que nunca haviam constru&iacute;do um t&uacute;nel sob um rio importante, deparam-se com v&aacute;rios empecilhos: ao norte, Londres foi constru&iacute;da sobre um leito s&oacute;lido de argila; ao sul e leste, por&eacute;m, havia camadas mais profundas de areia com &aacute;gua, cascalho, lodo, &aacute;rvores petrificadas e destro&ccedil;os de antigos leitos, ou seja, o resultado era um solo semil&iacute;quido e, em profundidade, muito pressurizado, podendo explodir a qualquer momento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07204951177009.jpg" alt="(Fonte: Pixels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Richard Trevithick, o engenheiro-chefe do projeto do primeiro t&uacute;nel, teve que elaborar a constru&ccedil;&atilde;o sem metade dos recursos de tuneliza&ccedil;&atilde;o que existem atualmente. Portanto, ele aproveitou a energia do vapor para produzir o primeiro motor a vapor de alta press&atilde;o do mundo, que o ajudaria a cavar sob o T&acirc;misa.
No entanto, ele n&atilde;o demorou para perceber que n&atilde;o seria uma tarefa f&aacute;cil. Quando os homens de Trevithick alcan&ccedil;aram o rio, o rascunho de t&uacute;nel deles tinha apenas 1 metro e meio de altura por 1 metro de largura, com &aacute;gua de esgoto vazando sem parar.
<h2>As toupeiras</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Research Gate&nbsp;" data-fonte-url="https://www.researchgate.net/profile/Andrew-Cushing-2/publication/328812901/figure/fig2/AS:690828238397445@1541717695868/Construction-of-the-Tower-Subway-Using-a-Barlow-Greathead-Shield-London-Transport-Museum.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07205151369010.jpg" alt="(Fonte: Research Gate/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Research Gate/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com a morte pairando sobre suas cabe&ccedil;as de maneira quase literal, os mineiros trabalharam com o aux&iacute;lio apenas de picaretas naquele espa&ccedil;o ex&iacute;guo de terra encharcada. Eles operavam em tr&ecirc;s: enquanto um homem cavava, o segundo removia a lama e o outro escorava as paredes com peda&ccedil;os de madeira.
Eles trabalhavam em turnos de 6 horas di&aacute;rias, tendo que lidar com o frio e o calor, sem conseguirem ficar em p&eacute; ou se esticarem, tendo que regular a respira&ccedil;&atilde;o de t&atilde;o mal ventilado que o t&uacute;nel era &mdash; sem contar o fedor que arrancava tudo o que eles tinham no est&ocirc;mago.
Em janeiro de 1808, eles j&aacute; estavam a cerca de 40 metros da margem do T&acirc;misa, e Trevithick acreditava que o projeto estaria pronto em 2 semanas, quando tudo come&ccedil;ou a desmoronar.
Os mineiros atingiram areia movedi&ccedil;a e &aacute;gua em tanta quantidade que foi imposs&iacute;vel impedir que o solo enlameado n&atilde;o se alagasse t&atilde;o rapidamente, quase sufocando-os. Ent&atilde;o, eles conseguiram fugir instantes antes do dil&uacute;vio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07205319432011.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Imaginando que os oper&aacute;rios houvessem acertado uma depress&atilde;o no leito do T&acirc;misa, o engenheiro providenciou sacos de argila para serem lan&ccedil;ados aos montes no leito do rio, em uma tentativa de estancar o vazamento. A medida deu certo apenas por alguns dias at&eacute; que voltasse a encher de &aacute;gua.
Dessa vez, por&eacute;m, a Thames Archway Company, cansada de gastar dinheiro e ter seus funcion&aacute;rios doentes devido &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; &aacute;gua do rio, interrompeu a obra.
<h2>A cria&ccedil;&atilde;o de Brunel</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d8/Sir_Marc_Isambard_Brunel_by_James_Northcote.jpg/1200px-Sir_Marc_Isambard_Brunel_by_James_Northcote.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07205407714012.jpg" alt="Marc Brunel. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Marc Brunel. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em uma &eacute;poca em que as &uacute;nicas m&aacute;quinas usadas nas minas eram bombas, foi o engenheiro Marc Brunel quem percebeu que, para o t&uacute;nel dar certo, seria necess&aacute;ria uma m&aacute;quina para abrir caminho, impedir o colapso do teto e das paredes, como tamb&eacute;m remover a areia ou &aacute;gua no processo.
Dessa forma, ele criou a tuneladora-escudo, que tem sido usada nos &uacute;ltimos 180 anos para a constru&ccedil;&atilde;o segura e eficaz de t&uacute;neis. Sua precursora consistia em uma grade de arma&ccedil;&otilde;es de ferro que era pressionada contra a face do t&uacute;nel e apoiada em um conjunto de pranchas horizontais de madeira, denominadas "pranchas de estacas", que evitariam o colapso das paredes. As molduras foram divididas em 36 se&ccedil;&otilde;es, cada qual com 1 metro de largura e quase 2 metros de altura, dispostas uma sobre a outra em 3 n&iacute;veis.
A m&aacute;quina de Brunel tinha 6 metros de altura, com um escudo coberto por placas de ferro que formavam um teto sobre os mineiros enquanto eles trabalhavam. Em vez de removerem uma por&ccedil;&atilde;o de terra exposta, eles removiam uma placa de estaca por vez e abriam uma portinhola em forma de caixa de correio em uma profundidade predeterminada.&nbsp;
Quando os mineiros em uma se&ccedil;&atilde;o terminavam de escavar toda a terra atr&aacute;s dessas t&aacute;buas, as estruturas poderiam ser puxadas e a m&aacute;quina se moveria com seguran&ccedil;a enquanto os pedreiros iam escorando com tijolos o t&uacute;nel rec&eacute;m-exposto.
<h2>Cavando hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07205537184013.jpg" alt="(Fonte: Science Photo Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science Photo Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de a m&aacute;quina ser revolucion&aacute;ria, Brunel n&atilde;o tinha a tecnologia nem dinheiro o suficiente para vencer o leito l&iacute;quido sob o Rio T&acirc;misa. Muitos mineiros que continuaram na obra foram envenenados pela &aacute;gua polu&iacute;da e contra&iacute;ram doen&ccedil;as (desde diarreia at&eacute; cegueira tempor&aacute;ria).
Em uma &uacute;ltima tentativa de salvar o projeto, o engenheiro despejou mais de 20 mil metros c&uacute;bicos de sacos de argila no T&acirc;misa nas partes em que o leito havia cedido e prejudicado seu t&uacute;nel. O trabalho demorou 4 meses para ficar pronto, mas ele conseguiu abrir o t&uacute;nel para acontecer um banquete para 50 convidados.
Mais tarde, milhares de visitantes puderam entrar no t&uacute;nel sob o T&acirc;misa, que mais parecia um po&ccedil;o. A not&iacute;cia se espalhou pelo mundo, com pessoas de v&aacute;rios pa&iacute;ses chegando a Londres para testemunhar a cria&ccedil;&atilde;o fara&ocirc;nica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07205650513014.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Isso durou at&eacute; 12 de janeiro de 1828, quando o t&uacute;nel foi fechado ap&oacute;s outra torrente de &aacute;gua inund&aacute;-lo e causar a morte de 6 mineiros.
Sete anos mais tarde, Brunel e seu apoiadores conseguiram convencer o governo a emprestar 246 mil euros para que o projeto "de import&acirc;ncia nacional" fosse conclu&iacute;do. O t&uacute;nel s&oacute; surgiu no bairro Wapping, em 13 de agosto de 1841, ap&oacute;s 6 anos de trabalho ininterrupto, em uma luta de 16 anos e 2 meses ao todo.
O t&uacute;nel acabou se tornando um local de vendedores ambulantes e sem-tetos &agrave; noite, em vez de servir para encurtar o trabalho log&iacute;stico do porto de Londres. O local foi comprado pela East London Railway em 1869 para facilitar o transporte de trens a vapor.
Atualmente, o t&uacute;nel sob o T&acirc;misa faz parte da rede de metr&ocirc; de Londres, em homenagem aos esfor&ccedil;os de Trevithick e Brunel.

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Em 1820, engenheiros decidiram construir um túnel sob o Rio Tâmisa

Imagem de Marsili, o misterioso vulcão ativo escondido da Europa no megacurioso

Localizado na divisa das placas tectônicas da Eurásia e da África, o Marsili é considerado atualmente o maior vulcão ativo da Europa

Apesar de muitas pessoas acreditarem que o maior vulc&atilde;o ativo da Europa seja o Etna, na Sic&iacute;lia, ou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ves&uacute;vio</a>, respons&aacute;vel por destruir Pompeia, eles est&atilde;o longe de ser a &uacute;nica amea&ccedil;a para a popula&ccedil;&atilde;o local. Isso porque o Marsili, localizado a 175 km ao sul de N&aacute;poles, &eacute; considerado o maior <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111768-ha-126-anos-a-erupcao-do-vulcao-krakatoa-mudou-o-mundo-e-deixou-filhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulc&atilde;o</a> ativo do continente europeu e tem uma hist&oacute;ria muito mais enigm&aacute;tica.
Com 3 mil metros de altura, 70 quil&ocirc;metros de comprimento e 30 quil&ocirc;metros de largura, suas dimens&otilde;es s&atilde;o verdadeiramente colossais. Entretanto, h&aacute; um detalhe que o difere dos demais: o Marsili simplesmente n&atilde;o pode ser visto pelas pessoas, uma vez que seu cume fica a 500 metros debaixo da &aacute;gua.
<h2>Exist&ecirc;ncia subaqu&aacute;tica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/da/Nur05018-Pillow_lavas_off_Hawaii.jpg/1280px-Nur05018-Pillow_lavas_off_Hawaii.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09100154151053.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de ter sido descoberto h&aacute; mais de 1 s&eacute;culo no mar Tirreno, os perigos que o Marsili pode representar para a humanidade s&oacute; passaram a ser pesquisados na &uacute;ltima d&eacute;cada. Segundo estudos recentes, a atividade do vulc&atilde;o poderia desencadear ondas enormes de 30 metros de altura.&nbsp;
Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o, essa gigante <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116545-tsunami-gigante-pode-acontecer-no-alasca-em-breve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tsunami</a> atingiria a costa da Cal&aacute;bria e da Sic&iacute;lia silenciosamente. Por n&atilde;o existirem muitas tecnologias que monitorem as atividades no Mediterr&acirc;neo, nenhuma autoridade seria capaz de emitir um alerta para a popula&ccedil;&atilde;o de que o desastre seria iminente.
Como o Marsili est&aacute; localizado na divisa das placas tect&ocirc;nicas da Eur&aacute;sia e da &Aacute;frica, a intensa atividade geol&oacute;gica o torna ainda mais inst&aacute;vel. Atualmente, sua atividade se limita a ru&iacute;dos suaves, com emiss&otilde;es gasosas e tremores de baixa energia, o que n&atilde;o necessariamente impede com que ele volte com mais for&ccedil;a no futuro.
<h2>Amea&ccedil;a vulc&acirc;nica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09100203354054.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora o Marsili seja o maior vulc&atilde;o ativo na Europa, e de fato represente uma amea&ccedil;a, &eacute; preciso destacar que existem pelo menos outros 70 vulc&otilde;es submarinos no mar Tirreno &mdash; alguns com hist&oacute;rias amplamente desconhecidas. Em particular, o sul da It&aacute;lia &eacute; a regi&atilde;o do planeta que mais pode sofrer dessas amea&ccedil;as.
O exemplo que desperta mais preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; o vulc&atilde;o Palinuro, localizado a 65 quil&ocirc;metros da costa de Cilento. Estudos apontam que o complexo vulc&acirc;nico tem 150 metros de material solto que podem ser deslocados por meio da atividade s&iacute;smica, podendo provocar grandes tsunamis.
No momento, n&atilde;o h&aacute; um bom sistema que alerte os italianos sobre eventuais tsunamis. Se os pesquisadores passarem a considerar que o Marsili e seus irm&atilde;os fornecem um risco imediato, &eacute; prov&aacute;vel que o governo italiano precise reconsiderar a necessidade de implementar novas tecnologias na sua regi&atilde;o costeira.&nbsp;

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Marsili, o misterioso vulcão ativo escondido na Europa

Imagem de A física que os animais usam para sobreviver no megacurioso

Responsáveis por feitos impressionantes que desafiam a lógica, muitos animais tiveram suas anatomias amplamente beneficiadas pela física

Gatos que caem com as patas para baixo, lagartixas que conseguem andar perfeitamente pelo teto, elefantes que se comunicam a quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia, aranhas que controlam a eletricidade est&aacute;tica&hellip; Bom, esses s&atilde;o apenas alguns exemplos surpreendentes de como a f&iacute;sica age sobre diversos animais, oferecendo vantagens adaptativas ou colaborando com sua sobreviv&ecirc;ncia em todo tipo de ambiente. Mas como esses animais, que n&atilde;o entendem absolutamente nada de ci&ecirc;ncia, conseguem usar essas artimanhas a seu favor?
Apesar de existirem in&uacute;meras esp&eacute;cies, grupos e indiv&iacute;duos com propriedades distintas, com muitas delas ainda sendo desvendadas e estudadas por especialistas, a f&iacute;sica se aplica de forma universal a todos os corpos vivos, por&eacute;m sendo capaz de favorecer seres com vantagens anat&ocirc;micas em situa&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas, mesmo que n&atilde;o haja a consci&ecirc;ncia sobre de que forma as for&ccedil;as naturais podem agir. Assim, animais passam a entender o suficiente sobre como devem se movimentar, comunicar, ca&ccedil;ar e realizar outras a&ccedil;&otilde;es a partir de repeti&ccedil;&atilde;o, resultado e instinto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01104005426097.jpg" alt="(Fonte: The Ethogram / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Ethogram/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como exemplo do impacto da f&iacute;sica, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119136-aranhas-capturam-cobras-30-vezes-maiores-que-elas-e-as-devoram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobras</a>-vermelhas de Manitoba (Canad&aacute;), se revestem com produtos qu&iacute;micos &mdash; ferom&ocirc;nios &mdash; para enganar seus advers&aacute;rios e conseguir roubar calor em regi&otilde;es de baixa temperatura, enquanto esquilos conseguem concentrar radia&ccedil;&atilde;o infravermelha em suas caudas e enganar predadores capazes de detectar a frequ&ecirc;ncia, j&aacute; que enxergam apenas uma &ldquo;cauda de calor saltitante&rdquo;. J&aacute; nos c&atilde;es, a &aacute;gua desaparece de seus pelos rapidamente ap&oacute;s uma brusca sacudida de corpo, quando o pet gira sua espinha dorsal, aumenta a concentra&ccedil;&atilde;o de energia e fazem o l&iacute;quido acumulado evaporar.
<h2>A teoria unificada construtiva</h2>
Concebida em 1996 pelo f&iacute;sico Adrian Bejan, a teoria construtiva esclarece que os sistemas motores de fluxo evoluem de modo a minimizar as imperfei&ccedil;&otilde;es, a fim de eliminar a menor quantidade poss&iacute;vel de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119710-qual-a-diferenca-entre-energia-renovavel-sustentavel-e-limpa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia</a> &uacute;til. Essa ideia seria aplic&aacute;vel a tudo que se move, e sugere uma poderosa abordagem anal&iacute;tica para descrever o movimento e de que forma as a&ccedil;&otilde;es corporais podem contribuir para a sobreviv&ecirc;ncia animal em v&aacute;rias situa&ccedil;&otilde;es do nicho ecol&oacute;gico.
&ldquo;A partir da f&iacute;sica simples, baseada apenas na gravidade, densidade e massa, voc&ecirc; pode explicar dentro de uma ordem de magnitude muitas caracter&iacute;sticas sobre voar, nadar e correr&rdquo;, disse o professor de biologia, James Marden, da Universidade Estadual da Pensilv&acirc;nia (Estados Unidos). &ldquo;N&atilde;o importa se o animal tem oito pernas, quatro pernas, duas, ou mesmo que saiba nadar sem pernas.&rdquo;, afirma Marden.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01103338817092.jpeg" alt="(Fonte: Twitter - Sea and Me / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Twitter &mdash; Sea and Me/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A teoria, que funciona como uma grande pesquisa sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119686-a-evolucao-da-fotografia-com-o-passar-das-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&ccedil;&atilde;o</a> animal, consegue esclarecer rela&ccedil;&otilde;es universais entre a massa corporal e a velocidade dos animais, bem como a frequ&ecirc;ncia e a for&ccedil;a dos passos, batidas ou ondula&ccedil;&otilde;es que impulsionam seus corpos para a frente. Assim, os princ&iacute;pios, aplicados universalmente nos corpos, sofrem impactos das caracter&iacute;sticas de design e biomec&acirc;nica, al&eacute;m de fatores condicionados &agrave; sele&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies.
Essas peculiaridades, apenas algumas das muitas que existem no reino animal, s&atilde;o detalhes interessantes que estimulam o incentivo aos estudos na &aacute;rea, apresentando um grande cat&aacute;logo de feitos curiosos que podem gerar novos conhecimentos sobre adaptabilidade nos ecossistemas.

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A física que os animais usam para sobreviver

Imagem de Como as nossas lágrimas se parecem pela lente do microscópio? no megacurioso

Por mais simples que pareçam, lágrimas podem ser divididas em três categorias e possuem aspecto inacreditável quando ampliadas 

<head></head><body>Chorar é um ato humano. Algumas pessoas são notoriamente mais chorosas do que outras, mas praticamente todas os indivíduos no mundo já derrubaram uma lágrima em algum dia da sua vida. E os motivos podem ser os mais diversos possíveis: choro de raiva, tristeza, alegria, alergia e por aí vai.Esse é um processo tão simples da vida humana que pouco prestamos atenção em suas particularidades, ao contrário do que o fotógrafo holandês Maurice Mikkers decidiu fazer. Em seu trabalho batizado de “The Imaginarium of Tears”, Mikkers criou uma série fotográfica que mostra de perto uma seleção de lágrimas.O projeto começou como uma simples curiosidade científica, mas logo se transformou em algo muito maior por um simples detalhe: as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104101-designer-cria-arma-que-transforma-lagrimas-em-projeteis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lágrimas</a> realizam um processo de cristalização magnífico que só é possível ver através das lentes de aumento. Por isso, precisamos entender mais sobre o que acontece nos nossos olhos.<h2>Tipos de lágrima</h2><blockquote cite="https://www.tiktok.com/@anacnd/video/7000804934698503429" class="tiktok-embed" data-video-id="7000804934698503429" style="max-width: 605px;min-width: 325px;"><section><a href="https://www.tiktok.com/@anacnd" target="_blank" title="@anacnd">@anacnd</a>O final é o mais satisfatório ????<a href="https://www.tiktok.com/music/Surrender-6777935271007619074" target="_blank" title="? Surrender - Natalie Taylor">? Surrender - Natalie Taylor</a></section></blockquote>A importância do trabalho de Mikkers é demonstrar as diferenças dos tipos de lágrima que um ser humano pode criar. Em um post feito no Medium, o fotógrafo explicou que "a ciência diz que cada lágrima tem uma viscosidade e uma composição diferentes. Todas as lágrimas contêm uma variedade de substâncias biológicas, incluindo óleos, anticorpos e enzimas suspensas em água salgada."O texto também garante que existam três tipos de lágrimas diferentes:<ul><li>lágrimas emocionais: associada aos sentimentos de alegria ou tristeza;</li><li>lágrimas reflexivas: resultado de algum tipo de irritação no olho;</li><li>lágrimas basais: provenientes do processo de lubrificação que ajuda a manter o olho molhado e saudável.</li></ul>O objetivo do pesquisador holandês era ver por conta própria como cada uma delas apresentaria diferenças ao ser colocada sob as lentes de um microscópio. Então, ele passou uma noite realizando experimentos com amigos para coletar os diferentes tipos de "choro" e o resultado não poderia ser mais impressionante.<h2>Lágrimas emocionais</h2>Entre os três tipos de lágrimas, as emocionais costumam ser as mais difíceis de coletar. Para isso, Mikkers pediu para que seus amigos realizassem esse processo por conta própria, afastando-se e dando espaço para que eles conseguissem buscar experiências passadas que lhe fizessem sentir fortes <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104950-cachorros-entendem-mesmo-as-emocoes-humanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emoções</a> ao ponto de chorar.Em geral, cada tipo de lágrima contém diferentes substâncias orgânicas, e a composição molecular depende do agente causador. Quando a lágrima é derivada de um sentimento forte, ela costuma vir carregada do neurotransmissor leucina encefalina, que nada mais é do que um analgésico natural que o corpo libera para atenuar o estresse.Cada substância diferente que participa da composição de uma lágrima pode gerar certa influência na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117582-diamantes-precisam-de-descarga-eletrica-para-cristalizarem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristalização</a> do líquido. Desse processo de "ativação" das lágrimas emocionais, Mikkers conseguiu os seguintes resultados:&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31105827196111.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31110012416113.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31110027275114.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<h2>Lágrimas reflexivas</h2>Se por um lado as lágrimas emocionais exigem um maior nível de concentração e paciência das cobaias, as lágrimas reflexivas provavelmente fizeram parte do período mais divertido da noite de Mikkers e seus amigos. Para esses resultados, o grupo realizou ações como cortar cebolas ou comer um pedaço de pimenta inteiro.Assim como qualquer cientista faria, Maurice teve a maior cautela com seu experimento, sempre mantendo tudo sob enorme cuidado e com notas detalhadas. As descobertas foram documentadas através da terceira lente de seu microscópio trinocular, onde ele foi capaz de colocar sua câmera Canon 5D Mark II para documentar o fenômeno com detalhes incríveis."É como se mágica acontecesse diante dos meus olhos", disse o pesquisador sobre o ato de fotografar as lágrimas. Segundo ele, até mesmo suas próprias lágrimas eram sempre motivos para novas experiências e novos resultados. Como os seguintes exemplos:<h3>Cortando cebolas</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/far-cry-6-tera-areas-urbanas-31111251979129.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31111354307131.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<h3>Óleo de menta na pálpebra</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31111524620134.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<h3>Comer pimenta e cheirar água</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/mapa-31111807229139.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<h2>Lágrimas basais</h2>Para as lágrimas basais, as cobaias receberam a instrução de manter os olhos sempre abertos e encarar diretamente um grande ventilador. Isso faria com que os olhos secassem e produzissem o último tipo de lágrima natural que os seres humanos podem criar.Conforme podemos observar nos exemplos usados anteriormente nesse artigo, Mikkers notou que não existe um padrão correto de cristalização para as categorias de lágrima — nem mesmo para aquelas oriundas das mesmas ações. “Então eu acho que é seguro dizer que as diferenças nas lágrimas que são vistas não mostram diferenças entre as origens do choro... No entanto, elas são lindas de se olhar de qualquer forma”, concluiu.E realmente, os exemplos são incríveis:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31112322183145.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/31/31112352433146.jfif" alt="(Fonte: Maurice Mikkers)">(Fonte: Maurice Mikkers) </body>

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Como as nossas lágrimas se parecem pela lente do microscópio?

Imagem de 11 de setembro: como a ciência explica a queda das Torres Gêmeas? no megacurioso

Rodeado de teorias da conspiração, o colapso do World Trade Center teria sido resultado da combinação catastrófica de dois fatores fundamentais no incidente

No dia <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/75705-13-imagens-e-fatos-impactantes-para-relembrar-a-tragedia-de-11-de-setembro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">11 de setembro</a> de 2001, dois avi&otilde;es Boeing 767 colidiram com as Torres G&ecirc;meas de Nova York &mdash; considerados os pr&eacute;dios mais altos da cidade, com 110 andares. A Torre Norte, atingida &agrave;s 8h45, pegou fogo durante 102 minutos antes de colapsar em 11 segundos.&nbsp;
Dezoito minutos depois da primeira aeronave se chocar com o 1&deg;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-estruturas/102412-arranha-ceu-e-inaugurado-na-coreia-do-sul-quebrando-3-recordes-mundiais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arranha-c&eacute;u</a>, o segundo avi&atilde;o atingiu a Torre Sul. Esta, por sua vez, resistiu &agrave;s chamas por 56 minutos, at&eacute; desabar por completa em 9 segundos. O resultado das 2 quedas foi 2.606 mortos. Mas o impacto dos avi&otilde;es teria sido o suficiente para derrubar o World Trade Center por completo? Vamos ver o que a Ci&ecirc;ncia fala sobre isso!
<h2>Design das torres</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:World_Trade_Center_(New_York_City)#/media/File:World_Trade_Center_twin_towers,_under_construction,_New_York_City.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09105826145099.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Constru&iacute;das em meados de 1960, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/98943-empresario-quer-recriar-o-ataque-terrorista-contra-as-torres-gemeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Torres G&ecirc;meas</a> introduziram um novo conceito de arranha-c&eacute;u no mercado. Com o objetivo de acelerar o processo de constru&ccedil;&atilde;o e diminuir o or&ccedil;amento do projeto final, os pr&eacute;dios foram feitos com materiais mais leves e m&eacute;todos de constru&ccedil;&atilde;o modular.
Cada torre tinha 64 m&sup2;, estando a 411 metros de dist&acirc;ncia do ch&atilde;o e 21 metros afundada no subsolo. O peso total da constru&ccedil;&atilde;o era em torno de 500 mil toneladas. Apesar do tamanho colossal, os pr&eacute;dios foram projetados para resistir mais a for&ccedil;a do vento do que a gravidade.
Cada arranha-c&eacute;u foi constru&iacute;do para aguentar um furac&atilde;o de 225 km/h &mdash; o que seria o equivalente a uma carga de 5 mil toneladas. O World Trade Center revolucionou a forma como a engenharia de arranha-c&eacute;us era feita e mostrou ao mundo o futuro da Arquitetura. Por&eacute;m, isso n&atilde;o foi o suficiente para impedir a trag&eacute;dia.
<h2>A queda dos edif&iacute;cios</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:September_11_attacks#/media/File:North_face_south_tower_after_plane_strike_9-11.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09105915145100.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Logo ap&oacute;s os ataques terroristas, o Departamento de Engenharia Civil e Ambiental do Instituto Tecnol&oacute;gico de Massachusetts (MIT), liderado pelo engenheiro civil Eduardo Kausel, passou a averiguar as causas do colapso em um ponto de vista de estrutura, engenharia e arquitetura.
Como resultado de um &aacute;rduo trabalho, os pesquisadores do MIT descobriram que a queda do World Trade Center esteve associada a uma s&eacute;rie de fen&ocirc;menos f&iacute;sicos e qu&iacute;micos que desencadearam uma cat&aacute;strofe inimagin&aacute;vel para qualquer pessoa naquela &eacute;poca.&nbsp;
De acordo com o documento elaborado pela institui&ccedil;&atilde;o, publicado em 2002, as torres entraram em colapso principalmente pela combina&ccedil;&atilde;o de dois fatores: os dados estruturais causados pelas aeronaves em cada edif&iacute;cio e a cadeia de inc&ecirc;ndios que tomaram conta de v&aacute;rios andares dos pr&eacute;dios.&nbsp;
As conclus&otilde;es do estudo foram as mesmas alcan&ccedil;adas pelo relat&oacute;rio do Instituto Nacional de Padr&otilde;es e Tecnologia (Nist), encomendado pelo governo dos Estados Unidos para descobrir por que as torres ca&iacute;ram. A vers&atilde;o final dessa an&aacute;lise foi publicada apenas em 2008.
<h2>Combina&ccedil;&atilde;o de fatores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09110023036102.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Na vis&atilde;o de Kausel, os pr&eacute;dios n&atilde;o teriam desabado caso a estrutura n&atilde;o tivesse entrado em chamas ou se apenas tivesse pegado fogo sem ter sofrido os danos estruturais. O colapso dos edif&iacute;cios s&oacute; aconteceu porque a combina&ccedil;&atilde;o dos dois fatores realmente foi fatal.
O relat&oacute;rio do Nist aponta que existem documentos oficiais garantindo que o World Trade Center foi projetado para suportar o impacto de um Boeing 707, que era considerado o maior avi&atilde;o comercial na &eacute;poca da constru&ccedil;&atilde;o. Mesmo assim, os pesquisadores relataram que n&atilde;o encontraram quais foram os crit&eacute;rios usados para chegar a essa conclus&atilde;o.
Vale ressaltar que ambas as torres foram atingidas por um Boeing 767, maior do que o Boeing 707. Segundo o Nist, esse impacto danificou severamente as colunas de sustenta&ccedil;&atilde;o e desalojou a fina camada de prote&ccedil;&atilde;o contra inc&ecirc;ndio que cobria a estrutura das vigas e colunas de a&ccedil;o.
Sendo assim, os dados estruturais abriram as portas para que o fogo se espalhasse pelos andares. Por sua vez, as chamas provocaram danos estruturais ainda maiores. Os estudos mostram que a temperatura das estruturas ultrapassou a marca de 1.000 &deg;C, fazendo os vidros das janelas dilatarem e quebrarem, alimentando o fogo com o aumento do fluxo de ar.
<h2>Explos&atilde;o fatal e colapso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09110223928103.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Dados oficiais estimam que cada avi&atilde;o estava carregado com 37.850 litros de combust&iacute;vel, do qual boa parte foi queimado durante o impacto. Entretanto, parte dessa carga foi derramada para os outros andares e, assim, o fogo se expandiu pelos pr&eacute;dios, avan&ccedil;ando pelas estruturas.
O calor intenso expandiu as vigas e lajes de cada andar, as quais se separaram entre si. Esse processo fez as colunas de sustenta&ccedil;&atilde;o serem empurradas para fora da estrutura. Ent&atilde;o, as chamas amoleceram o a&ccedil;o das vigas e as tornaram male&aacute;veis.
Em quest&atilde;o de minutos, toda a estrutura r&iacute;gida passou a desabar. A an&aacute;lise feita pelo MIT ressalta que as vigas puxaram as colunas de sustenta&ccedil;&atilde;o com tanta for&ccedil;a que, em alguns casos, os parafusos que as prendiam foram destru&iacute;dos e os pisos cederam por completo.
Os escombros, ent&atilde;o, passaram a provocar sobrepeso nos pisos inferiores. Com as colunas enfraquecidas, o efeito cascata se tornou inevit&aacute;vel e, em segundos, os pr&eacute;dios desapareceram. O fogo nos escombros continuou a arder por 100 dias, mas as vidas das pessoas que morreram nessa trag&eacute;dia seguem sendo lamentadas mesmo ap&oacute;s 20 anos do acidente.

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11 de setembro: como a Ciência explica a queda das Torres Gêmeas?

Imagem de O que o processo de descolorir realmente faz com seu cabelo? no megacurioso

Entenda como os processos químicos para embranquecer a cor dos fios podem prejudicar a sua saúde capilar 

Descolorir o cabelo tem-se tornado uma pr&aacute;tica popular, especialmente entre o p&uacute;blico mais jovem. Seja inspirado por astros da m&uacute;sica pop, seja pelos boleiros do futebol, seja por qualquer outro &iacute;cone mundial, deixar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/cabelos/79624-cabelos-platinados-estao-em-alta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mexas de cabelo platinadas</a>&nbsp;se tornou algo cada vez mais comum e feito nos sal&otilde;es de beleza ou at&eacute; mesmo em casa.
Mas voc&ecirc; sabe qual &eacute; o real efeito desse processo qu&iacute;mico na sua sa&uacute;de capilar? Para conseguir embranquecer os seus fios, esses produtos agem forte no couro cabeludo e podem ser considerados at&eacute; mesmo mal&eacute;ficos para o seu cabelo. Ent&atilde;o, antes de voc&ecirc; sair por a&iacute; pintando a cabe&ccedil;a inteira, vamos entender um pouco mais sobre esse processo?
<h2>Descolorindo o cabelo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03101515975074.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Se alguma vez na sua vida voc&ecirc; j&aacute; descoloriu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/29287-por-que-o-cabelo-enrola-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelo</a>, voc&ecirc; deve ter notado que os seus fios se tornaram mais quebradi&ccedil;os algum tempo depois. Um dos motivos disso acontecer &eacute; porque descolorir funciona como uma arte e uma ci&ecirc;ncia ao mesmo tempo &mdash; uma t&eacute;cnica que envolve m&uacute;ltiplas vari&aacute;veis e pode produzir resultados diferentes.&nbsp;
Quando seu cabelo est&aacute; sendo descolorido, &eacute; comum que os fios de cabelo "inchem" no primeiro momento. Isso &eacute; um dos efeitos dos agentes alcalinos presentes no per&oacute;xido de hidrog&ecirc;nio ou simplesmente &aacute;gua oxigenada. Isso faz que muitas pessoas sintam o cabelo mais volumoso no come&ccedil;o e &eacute; uma parte importante para que a tinta se aplique melhor.
Ap&oacute;s essa fase, por&eacute;m, o cabelo afina, e a sensa&ccedil;&atilde;o de volume some. A oxida&ccedil;&atilde;o causada pelos descolorantes penetra o n&uacute;cleo do cabelo e dissolve a pigmenta&ccedil;&atilde;o natural dos fios. Por isso, quando voc&ecirc; est&aacute; descolorindo, saiba que voc&ecirc; est&aacute; "matando" toda a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118970-por-que-a-exposicao-ao-sol-deixa-o-cabelo-mais-claro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melanina</a> do seu cabelo.
<h2>Apari&ccedil;&atilde;o de danos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03101222881070.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma vez que seu cabelo estiver descolorido, voc&ecirc; notar&aacute; que ele se tornou extremamente poroso, ou seja, ele absorver&aacute; mais l&iacute;quidos. Isso n&atilde;o necessariamente &eacute; um fator negativo, mas cabelos muito porosos podem fazer que a sua pele fique oleosa rapidamente.
Al&eacute;m disso, o processo de descolorir por si s&oacute; &eacute; um dano certeiro aos seus fios &mdash; n&atilde;o h&aacute; argumentos contra isso. Portanto, se voc&ecirc; est&aacute; planejando tingir o cabelo, saiba que muitas pontas duplas aparecer&atilde;o, uma vez que as liga&ccedil;&otilde;es que comp&otilde;em o complexo da membrana celular estar&atilde;o quebradas.
Para que o aspecto do cabelo n&atilde;o fique terr&iacute;vel, &eacute; importante que os usu&aacute;rios de descolorante prestem muita aten&ccedil;&atilde;o nos cuidados capilares ap&oacute;s o processo e aprendam a usar os modelos corretos de shampoo ou at&eacute; mesmo a maneira como secar os fios com a toalha.
<h2>Resultados diversos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03101056897069.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Caso o seu cabelo n&atilde;o tenha ficado como voc&ecirc; esperava ao fim da primeira descolora&ccedil;&atilde;o ou totalmente diferente do cabelo do seu amigo, n&atilde;o tenha medo. Descolorir os fios &eacute; um processo qu&iacute;mico individual e que desperta diferentes tipos de comportamento para cada tipo de organismo.
Enquanto para algumas pessoas uma &uacute;nica descolora&ccedil;&atilde;o &eacute; o suficiente para atingir a cor almejada, &eacute; poss&iacute;vel que voc&ecirc; precise realiz&aacute;-la mais vezes para dar certo. Por&eacute;m, tudo isso sempre prestando o m&aacute;ximo de aten&ccedil;&atilde;o para n&atilde;o detonar o cabelo.

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O que o processo de descolorir realmente faz com o seu cabelo?

Imagem de O que explica as luzes no céu durante os terremotos? no megacurioso

Flashes de luz tomaram conta do céu durante terremoto no México

Normalmente, associamos raios e luzes no c&eacute;u com nuvens de tempestade. Mas nem sempre isso procede. Na noite da &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (7), os moradores da regi&atilde;o de Acapulco e da Cidade do M&eacute;xico foram surpreendidos por um terremoto de magnitude 7,0 na Escala Richter.&nbsp;
De acordo com a imprensa local, o evento causou destrui&ccedil;&atilde;o e at&eacute; uma morte foi registrada. Por&eacute;m, al&eacute;m das not&iacute;cias do tremor e dos danos que causados, canais de televis&atilde;o e usu&aacute;rios de redes sociais come&ccedil;aram a compartilhar v&iacute;deos de luzes muito semelhantes a rel&acirc;mpagos no c&eacute;u noturno enquanto a terra tremia.
<blockquote class="twitter-tweet">
As&iacute; se vieron las luces en el cielo de la <a href="https://twitter.com/hashtag/CDMX?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#CDMX</a> durante el <a href="https://twitter.com/hashtag/sismo?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#sismo</a> de esta noche <a href="https://t.co/QnQdZWutWP">pic.twitter.com/QnQdZWutWP</a>
&mdash; Foro_TV (@Foro_TV) <a href="https://twitter.com/Foro_TV/status/1435434868284936201?ref_src=twsrc%5Etfw">September 8, 2021</a></blockquote>
Usu&aacute;rios do Twitter at&eacute; atribu&iacute;ram a hashtag #apocalipsis ("apocalipse" em espanhol) para as filmagens compartilhadas com os flashes do fen&ocirc;meno.
<h2>A explica&ccedil;&atilde;o para as luzes do terremoto</h2>
Uma dos estudos mais interessantes sobre as luzes que aparecem no c&eacute;u e a rela&ccedil;&atilde;o delas com terremotos foi conduzido por Troy Shinbrot, da Rutgers University em New Jersey e seus colegas.
Segundo a pesquisa, esses raios sem tempestade podem acontecer antes ou durante os tremores, sendo que parecem ter origem nas fendas onde os peda&ccedil;os de placa tect&ocirc;nica est&atilde;o se separando.
Os raios normais surgem a partir do ac&uacute;mulo de carga el&eacute;trica nas nuvens. E isso at&eacute; tem alguma semelhan&ccedil;a com o fen&ocirc;meno relacionado aos terremotos. Por meio de experimentos em laborat&oacute;rio, Troy observou que o ac&uacute;mulo de carga el&eacute;trica na regi&atilde;o ao redor das falhas geol&oacute;gicas poderia dar origem &agrave;s luzes, a exemplo das observadas no M&eacute;xico.
<blockquote class="twitter-tweet">
<a href="https://twitter.com/hashtag/Mexico?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Mexico</a> City's skyline, showing the Earthquake Lights phenomenon from a 7.1 quake with an epicenter in Acapulco that was felt in many parts of the country. Curious sidenote: people were making memes wondering if this September would bring any earthquakes. It did.<a href="https://twitter.com/hashtag/Sismo?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Sismo</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Temblor?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Temblor</a> <a href="https://t.co/2py9610bUF">pic.twitter.com/2py9610bUF</a>
&mdash; Antonio Video (@AntonioVideoTJ) <a href="https://twitter.com/AntonioVideoTJ/status/1435432261294329859?ref_src=twsrc%5Etfw">September 8, 2021</a></blockquote>
O f&iacute;sico e sua equipe consideraram nas an&aacute;lises tr&ecirc;s tipos de part&iacute;culas: de pl&aacute;stico, vidro e p&oacute;s org&acirc;nicos, a exemplo da farinha. Com isso, acabaram descobrindo que, quando esses sistemas s&atilde;o perturbados, eles desenvolvem uma carga el&eacute;trica. Em uma escala maior, a mesma coisa pode acontecer em uma fenda geol&oacute;gica, quando materiais da crosta come&ccedil;am a mudar de lugar.
Como as luzes s&atilde;o causadas por cargas el&eacute;tricas ativadas em determinados tipos de rocha durante um terremoto, os cientistas dizem ser mais comum observar o evento antes e durante os tremores, mas n&atilde;o tanto ap&oacute;s. Para Troy, descobrir as ra&iacute;zes desses fen&ocirc;menos pode ajudar os cientistas a precisar melhor os terremotos.
<blockquote class="twitter-tweet">
CDMX temblando hace unos minutos y ahora estoy temblando yo. Por fin vi las famosas luces en el cielo. Que susto tan jodidamente grande. ???? <a href="https://twitter.com/hashtag/sismo?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#sismo</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/temblor?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#temblor</a> <a href="https://t.co/oHLaW3DJgp">pic.twitter.com/oHLaW3DJgp</a>
&mdash; Pablo Daz&aacute;n (@PabloDazan) <a href="https://twitter.com/PabloDazan/status/1435423621833396225?ref_src=twsrc%5Etfw">September 8, 2021</a></blockquote>
Fen&ocirc;menos el&eacute;tricos sem explica&ccedil;&atilde;o
A ci&ecirc;ncia sempre esteve em busca de explica&ccedil;&otilde;es para v&aacute;rios outros mist&eacute;rios relacionadas &agrave; eletricidade na natureza. Apesar de a explica&ccedil;&atilde;o para as luzes do terremoto ser satisfat&oacute;ria, ela n&atilde;o pode ser aplicada em todos os casos. &Eacute; preciso considerar que h&aacute; muitos outros fen&ocirc;menos e anomalias documentados, mas a causa ainda permanece um mist&eacute;rio.
Um exemplo que ainda continua como mist&eacute;rio s&atilde;o os rel&acirc;mpagos que ocorrem em tempestades de areia, mesmo que ela seja um excelente isolante t&eacute;rmico.

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