Imagem de Livro de 1885 traz receitas deliciosas (e estranhas) de sorvete no megacurioso

Receitas de sorvete de séculos passados foram digitalizadas e podem ser consultadas gratuitamente

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121676-sorvete-gelato-e-sorbet-entenda-a-diferenca-entre-as-guloseimas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ir a uma sorveteria</a> é sempre uma experiência gostosa e refrescante. Dependendo do estabelecimento, as opções de sabores podem ser tantas que o cliente sempre achará que deixou de experimentar algo gostoso.Alguns sabores de sorvete parecem que já foram mais populares, como o de milho-verde e o de passas ao rum. Mas se analisarmos os sabores mais antigos, nos depararemos com opções bem inusitadas, como frango, pão integral e brócolis.A empresa britânica English Heritage decidiu convidar os turistas a experimentarem alguns sabores de sorvetes do passado. A marca é responsável por administrar 400 locais históricos e turísticos e achou que o paladar seria uma forma dos visitantes viajarem no tempo.<h2>Receitas saíram de um livro de 1885</h2>Se você for a uma banca de jornais ou loja de livros antigos (os sebos) verá que existem muitas opções de revistas com receitas disponíveis nesses locais. Algumas dessas revistas levam o nome de grandes culinaristas, como a apresentadora Ana Maria Braga e a já falecida cozinheira Palmirinha.Mas na Inglaterra do século XIX, a grande estrela do mundo da cozinha era a culinarista Agnes Marshall, ela é a autora do livro The Book of Ices, publicado em 1885. Nele só há receitas geladas, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122901-quem-inventou-o-sorvete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorvetes</a>, suflês e cremes. É dessa obra que saíram algumas receitas reproduzidas pela English Heritage.Muitas receitas são parecidas com aquelas que consumimos hoje, como sorvetes de frutas com xaropes açucarados, sorvetes de nozes etc. Mas alguns são mais criativos, como o de beterraba, o de pão e o de espinafre.Nem todos foram pensados para serem servidos como sobremesa. O sorvete de patê de frango é sugerido como o segundo prato de um jantar.Já o livro de receitas francês L’Art de Bien Faire les Glaces d’Office, escrito por Monsieur Emy, no ano de 1768 trazia receitas de sorvetes cujos ingredientes principais eram queijos, trufas e açafrão (que não é o mesmo que cúrcuma).<h2>Receitas não eram simples e nem baratas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19225329213006.jpg" alt="Uma das máquinas necessárias para fazer as receitas no livro The Book of Ices. (Fonte: The Book of Ices)">Uma das máquinas necessárias para fazer as receitas no livro The Book of Ices. (Fonte: The Book of Ices)As receitas desses livros exigiam que as pessoas tivessem em suas cozinhas equipamentos específicos para conseguir congelar os cremes feitos. Para alcançar baixas temperaturas, essas máquinas usavam sal e gelo. Ao girar o equipamento, com a ajuda de uma manivela, o creme congelava — e isso era tecnologia de ponta.<h2>Italianos também eram criativos na arte do sorvete</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: scarborough museums and galleries&nbsp;" data-fonte-url="https://scarboroughmuseumsandgalleries-org-uk.translate.goog/wp-content/uploads/2022/04/26-penny-lick-glasses-2000x1392.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19224044631005.jpg" alt="Copo em que era servida o sorvete italiano. (Fonte: Scarborough Museums and Galleries)">Copo em que era servida o sorvete italiano. (Fonte: Scarborough Museums and Galleries)Além dos franceses e dos ingleses, os italianos também contribuíram para o desenvolvimento dessa sobremesa. Mas em vez de focarem na criação de receitas, os italianos buscaram popularizar o prato com a oferta de “lambidas por centavos”, em tradução livre.Os sorvetes “penny lick” eram servidos em taças de vidro, cujo objetivo era preservar a temperatura. O cliente comprava o sorvete, lambia e devolvia o copo lambido ao sorveteiro, que imediatamente servia outra pessoa.O acúmulo de saliva no copo, mais o fato de os sorvetes levarem gemas de ovo, leite e nata — todos crus — criou a receita perfeita para intoxicações alimentares, o que não foi o suficiente para tirar a popularidade da ideia italiana.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.535Z

Livro de 1885 traz receitas deliciosas (e estranhas) de sorvete

Imagem de Elites do Império Mongol eram obcecadas por leite de iaque no megacurioso

O animal, comum no planalto tibetano, também era fonte de lã e carne para os mongóis

<head></head><body>O derretimento de áreas congeladas em montanhas do leste da Eurásia vem revelando segredos a respeito da rotina, costumes e dieta das pessoas que faziam parte do Império Mongol, nascido sob o comando de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120629-o-reinado-de-genghis-khan-foi-uma-verdadeira-onda-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gengis Khan</a>. Uma das descobertas sugere que a elite dos mongóis era "obcecada" pelo leite de iaque.É o que revela um estudo publicado na revista Communication Biology em abril, liderado por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Neste trabalho, foram analisados os restos mortais de 11 pessoas, encontrados em um cemitério antigo na área conhecida como Khorig, na Mongólia.Localizados entre 2018 e 2019, os esqueletos estavam muito bem preservados, devido às temperaturas congelantes da região, mesmo tendo sido enterrados cerca de 800 anos atrás. Os corpos vestiam roupas feitas de materiais finos e traziam bens funerários luxuosos, indicando se tratar de pessoas de status social elevado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07214435181002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Com a análise das ossadas, foi possível descobrir evidências do estilo de vida e do cardápio da elite na Era Mongol, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125414-como-o-leite-de-egua-foi-a-arma-secreta-na-dieta-dos-mongois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumo do leite de égua</a>. Mas algo que chamou a atenção foram as doses elevadas de leite de iaque, reveladas por meio de exames das arcadas dentárias.<h2>Leite, carne e mais</h2>Encontrados na região do Himalaia, nas porções oriental e central da Ásia e na Mongólia, os iaques são herbívoros de pelagem longa que fornecem leite, fibra e carne em grandes quantidades. Eles também atuam como animais de carga, facilitando o transporte de mercadorias pelas montanhas.Todas essas características eram aproveitadas por quem viveu na <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/67240-confira-5-dos-maiores-imperios-que-ja-existiram-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Mongol</a>, principalmente as pessoas mais ricas, como revelou a investigação recente. Os resultados apresentados por um dos esqueletos ganhou destaque na pesquisa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07214539520003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)“Nossa descoberta mais importante foi uma mulher de elite enterrada com um chapéu de casca de bétula chamado Bogtog e vestes de seda representando um dragão dourado de cinco garras. Nossas análises proteômicas concluíram que ela bebeu leite de iaque durante sua vida”, disse a professora Alicia Ventresca-Miller, coautora do estudo, em comunicado.Estudos anteriores indicam que o leite é um recurso aproveitado na região da atual Mongólia há pelo menos 5 mil anos. Porém, esta foi a primeira vez que os cientistas conseguiram identificar uma data em que a elite mongol passou a beber leite de iaque e a sua ligação com as classes mais poderosas.<h2>Saques ameaçam estudos</h2>Ao mesmo tempo em que auxilia o trabalho da ciência, revelando segredos escondidos há séculos, o degelo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126924-patogenos-congelados-no-permafrost-irao-acordar-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">permafrost</a> facilita o trabalho de saqueadores. Os especialistas alertam que se as temperaturas continuarem subindo, restos arqueológicos importantíssimos podem ser perdidos durante os furtos de materiais.“O grau de saque que estamos vendo é sem precedentes. Quase todos os enterros que podemos localizar na superfície foram recentemente destruídos por saques”, reclamou a arqueóloga da NOMAD Science, Julia Clark, participante da pesquisa.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.940Z

Elites do Império Mongol eram obcecadas por leite de iaque

Imagem de Carnes feitas em laboratório são boas para o meio ambiente? no megacurioso

Segundo estudo, carnes cultivadas em laboratório podem ser até 25 vezes mais danosas para o meio ambiente do que a tradicional carne bovina

<head></head><body>Criar hambúrgueres e bifes a partir de células cultivadas em laboratório tornou-se uma técnica bastante comum nos últimos anos e também tem sido visto como um grande futuro para a indústria alimentícia. No entanto, novos estudos demonstram que a produção de massa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117882-cientistas-criam-carne-em-laboratorio-com-fibras-musculares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne artificial</a> em laboratório pode ser consideravelmente pior para o meio ambiente do que a carne bovina real.Atualmente, a carne à base de células animais (ACBM) é produzida apenas em uma escala pequena e com perdas econômicas. Porém, o estudo feito pela Universidade da Califórnia — que ainda não foi revisado por pares — sugere que a ampliação desse processo liberaria algo entre quatro e 25 vezes mais emissões de gases de efeito estufa (GEE) do que a indústria global de carne bovina. Entenda!<h2>Preocupações com o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12014026527000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com os autores do estudo, bilhões de dólares foram alocados especificamente para o setor da ACBM com a tese de que este produto seria mais ecológico do que a carne bovina. Entretanto, embora seja verdade que a carne cultivada em laboratório elimina os requisitos de terra, água e antibióticos da criação de gado, os pesquisadores acreditam que muito do interesse criado nesse segmento foi impulsionado por análises imprecisas de emissões de carbono.Segundo eles, muitos relatórios lançados até hoje modelaram o impacto climático do ACBM usando tecnologias que não existem ou provavelmente nunca funcionarão. Por exemplo, um estudo frequentemente citado estimou as emissões de carbono da produção da carne laboratorial usando hidrolisado de cianobactérias como matéria-prima.O problema, contudo, é que estudos prévios já demonstraram que esta não é uma tecnologia ou matéria-prima atualmente usada para a proliferação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122938-e-verdade-que-todas-as-celulas-do-corpo-se-renovam-a-cada-7-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> animais — e nem está perto de se tornar viável. Logo, qualquer cálculo feito com essa base estaria completamente impreciso e, portanto, equivocado.<h2>Impacto ambiental</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12014046064003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um ponto importante a se ressaltar sobre a ACBM é que só é possível produzir os seus componentes por meio de um processo misturando nutrientes de grau farmacêutico, purificados a um nível mito mais alto do que o comum. Esse processo de purificação atualmente é responsável pela maior parte das emissões associadas à produção de carne laboratorial.Sem essa etapa, não haveria remoção de endotoxinas — liberadas por&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111891-bacteria-duplica-destruicao-de-neuronios-causados-por-zika.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a> no ambiente —, as quais podem impedir a proliferação de células mesmo em quantidades minúsculas. O uso de métodos de refinamento nesse segmento contribui significantemente para os custos econômicos e ambientais associados aos produtos farmacêuticos, uma vez que consomem muita energia e recursos.Assumindo que esses mesmos processos continuarão ativos nos próximos anos, os pesquisadores estimam que cada quilo de ACBM produzirá de 246 a 1,5 mil kg de emissões de dióxido de carbono. Com base nesses números, o potencial de aquecimento global da carne cultivada é muito maior do que a da carne bovina no varejo.Logo, por mais que esse mercado apresente algumas respostas interessantes para os potenciais problemas que poderão surgir na indústria alimentícia no futuro, ainda existem muitos outros dados que precisam ser averiguados.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:53.292Z

Carnes feitas em laboratório são boas para o meio ambiente?

Imagem de A horrenda indústria clandestina do óleo de esgoto na China no megacurioso

Retirado de restos em bueiros e rejeitos de restaurante, o óleo é usado por muitos cozinheiros ambulantes no país

<head></head><body>Além de seu sabor, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123414-hashi-como-o-palitinho-asiatico-foi-inventado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comida chinesa</a> é conhecida por ser feita em muito <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124311-qual-a-melhor-forma-de-se-descartar-oleo-de-cozinha-usado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">óleo</a>, devido à prática de uma fritura muito rápida de carne e vegetais, uma técnica excelente e deliciosa que sela a umidade o sabor. Não é para menos que no ranking de consumo de óleo no mundo, a China fica em segundo lugar, com 13,2% de sua parte.Com isso, surgiu um mercado ilegal e perigoso criado por oportunistas e vendedores de comida que se envolvem na extração, processamento e uso em suas cozinhas do denominado&nbsp;'gutter oil', ou óleo de esgoto, um produto derivado da graxa amarela, que é óleo de cozinha usado, recuperado de empresas e indústrias para fabricar sabão, alimentar o gado, produzir maquiagem, roupas, borracha e detergentes.Mas, em vez de fazer o descarte para reciclagem desse rejeito, muitos usam esse óleo, sobretudo em comércios ambulantes, para cozinhar a comida.<h2>A indústria subterrânea</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04131953157223.jpg" alt="(Fonte: Bloomberg/Reprodução)">(Fonte: Bloomberg/Reprodução)A indústria dos Estados Unidos produz cerca de 0,6 bilhão de quilos de graxa amarela, sendo que o mercado global foi avaliado em US$ 5,50 bilhões em 2017, com uma estimativa de crescimento de 6% da taxa de crescimento anual composto para atingir US$ 8,48 bilhões até 2019.Há uma indústria imensa que coleta e produz graxa amarela para fazer óleo de cozinha, dominada por várias empresas de grande porte, bem como empreendedores e empresas de pequeno porte que coletam o produto e o vendem. Em meio a isso, estão os comerciantes de óleo de esgoto, o rejeito não refinado de todo o óleo produzido em restaurantes e grandes empresas.O motivo é dinheiro fácil, comércio intenso e poder de compra e venda, uma vez que a China é dominada pela culinária de rua feita por pessoas de baixa renda, cujo negócio é o único meio de subsistência. Apesar da intervenção das autoridades e criminalização da prática, a indústria subterrânea de produção de óleo continua, portanto, é possível que você acabe ingerindo óleo de esgoto ao frequentar esse comércio de vendedores ambulantes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04132032559224.jpg" alt="(Fonte: YouTube/Reprodução)">(Fonte: YouTube/Reprodução)Estima-se que o primeiro caso documentado do comércio do óleo de sarjeta na China continental aconteceu em meados de 2000, quando um ambulante foi preso ao vender óleo obtido de um depósito de lixo de restaurantes.Só em 2011, foi estimado que cerca de um décimo do óleo usado pelos restaurantes na China era óleo de esgoto, uma vez que o produto ilegal não mostra diferença na aparência e nos indicadores após o refino e purificação ilegal, porque os infratores são hábeis em lidar com os padrões estabelecidos. Em todos os casos, o óleo foi reciclado de maneira imprópria para consumo humano em qualquer escala.<h2>A luta exaustiva</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04132136642225.jpg" alt="(Fonte: SAYS/Reprodução)">(Fonte: SAYS/Reprodução)Foi assim que retirar óleo usado dos esgotos, caixas de gordura, resíduos de matadouros para reprocessá-lo e depois vendê-lo tornou-se uma prática bastante comum. Mas o nojo de ter esse óleo misturado em alimentos não se limita a isso: ele também é considerado altamente nocivo para a saúde por conter substâncias cancerígenas e outras toxinas.Em algumas amostras colhidas para estudo, o óleo de sarjeta apresentou vestígios de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAH), que são poluentes orgânicos perigosos, capazes de causar câncer em consumo a longo prazo; além de aflatoxinas, compostos altamente cancerígenos produzidos por certos tipos de fungos. Após a contaminação, o óleo residual sofre ranço, oxidação e decomposição, podendo causar indigestão, insônia, desconforto hepático e até morte por intoxicação.Devido aos rumores de que restaurantes possam fazer o uso desse óleo, vários clientes passaram a trazer o próprio óleo de casa e exigir que sua comida fosse preparada com ele.Há anos que a China luta contra a prática, chegando a prender um homem no começo de abril desse ano por vender óleo de esgoto na província de Jiangsu. Ele foi condenado à prisão perpétua. Mas em um país onde o produto está cada vez mais caro, levará um tempo até que as autoridades possam reprimir de maneira efetiva a prática, e os infratores sejam desestimulados.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:52.814Z

A horrenda indústria clandestina do óleo de esgoto na China

Imagem de Salada russa com peixe é eleito o pior prato do mundo por site no megacurioso

A indigirka é um aperitivo típico que usa carne congelada e pode ser acompanhado de um shot de vodka

<head></head><body>Uma salada que usa peixe como ingrediente principal foi eleito pelo site e guia TasteAtlas como o pior prato do mundo. A receita se chama indigirka&nbsp;e é típica da região de Iacútia, um território russo que faz parte da Sibéria.O prato é bastante simples: trata-se de uma salada de peixe cortado em cubos e acompanhado de cebola picada, além de um tempero com azeite, sal e pimenta. Em ocasiões especiais, ela também pode trazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121228-o-que-e-caviar-e-como-coleta-lo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algum tipo de caviar</a> no topo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17153434482253.jpg" alt="A Indigirka em um prato temático.">A Indigirka em um prato temático.A carne utilizada é uma entre algumas espécies de peixe branco comum na região — como variantes de salmão ou o muksun, que é comum em regiões árticas. A diferença é que, além de cru, o peixe é servido totalmente congelado. A indigirka é normalmente comida na forma de aperitivo e acompanhada de limão ou uma dose de vodca.O peixe congelado não é somente um toque gastronômico ou de estilo, mas sim parte da rotina da população: a Iacútia é considerada <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/40294-brrrrrr-conheca-7-lugares-habitaveis-que-sao-extremamente-frios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma das regiões habitadas mais frias do planeta</a>, com temperaturas <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/35429-coisa-de-russo-e-viver-na-vila-mais-fria-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que chegam a -70 °C</a> nos piores momentos do inverno.<h2>Disputa acirrada</h2>O "prêmio" foi concedido com base em uma votação popular publicada em fevereiro de 2023 pelo TasteAtlas, com base nas notas dadas pela comunidade até aquele período. Não há um critério técnico aparente ou motivo em especial para que a salada tenha recebido avaliações tão pesadas.<blockquote class="twitter-tweet">Indigirka salad (Siberia, Russia ????) was voted the worst dish in the world. <a href="https://t.co/M5634wGLIk">https://t.co/M5634wGLIk</a> The secret of the terrible rating for this dish is in the frozen fish cubes. In defense of serving ice cold fish, it's -42 in Yakutsk right now. Photo: <a href="https://twitter.com/vk?ref_src=twsrc%5Etfw">@vk</a>.shkatulka_irinad <a href="https://t.co/udARIFzNin">pic.twitter.com/udARIFzNin</a>— TasteAtlas (@TasteAtlas) <a href="https://twitter.com/TasteAtlas/status/1622345626284396560?ref_src=twsrc%5Etfw">February 5, 2023</a></blockquote>Na lista inicial, a indigirka ocupou o lugar mais baixo da classificação. Porém, uma mobilização de leitores russos insatisfeitos com as avaliações negativas parece ter virado o jogo: no momento de publicação desta matéria, a salada agora é apenas o sexto pior prato do mundo no site.O posto de prato com piores avaliações agora pertence ao gamalost, um queijo de origem norueguesa e de fabricação tradicional.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17153937627254.jpg" alt="O gamalost é normalmente produzido no formato circular e cortado aos poucos para consumo.">O gamalost é normalmente produzido no formato circular e cortado aos poucos para consumo.Com textura densa e granular, ele é feito de leite desnatado de vaca bastante envelhecido — tanto que o nome significa "queijo velho" no idioma local. Para quem tiver coragem de consumir, ele é rico em gordura e proteína, sendo uma ótima fonte de energia ao longo do dia.Outros pratos mal posicionados atualmente incluem o <a href="https://www.tasteatlas.com/hakarl" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hákarl&nbsp;</a>(carne de tubarão fermentada e crua, típica da Islândia) e a <a href="https://www.tasteatlas.com/spaghetti-pie" rel="noopener noreferrer" target="_blank">torta de espaguete</a>, um prato do estado norte-americano do Colorado.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:49.820Z

Salada russa com peixe é eleito o pior prato do mundo por site

Imagem de Apetite exótico: o "avestruz humano" que comia pregos, vidro e sapos vivos no megacurioso

Saiba mais sobre William McKenna, homem que construiu uma carreira lucrativa com seu apetite exótico

<head></head><body>O ramo do entretenimento é repleto de histórias peculiares, como artistas sendo expostos por suas deformidades nos infames circos dos horrores ou até mesmo ingerindo produtos, ou objetos, que vão desde impróprios para o consumo a até letais.Entre um desses casos encontra-se William V. McKenna, um homem do final do século XIX que ficou conhecido como o "avestruz humano" por ganhar a vida consumindo itens estranhos e perigosos, como tachas, sapos vivos, pregos, pedaços de talheres e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124845-a-realeza-ja-acreditou-que-tinha-partes-do-corpo-feitas-de-vidro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vidro</a>.<h2>Um apetite voraz e exótico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14123058005232.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)De acordo com um artigo publicado em junho de 1889 no jornal New York World, tudo teria começado quando McKenna tinha 14 anos, e acidentalmente ingeriu pó de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120189-como-e-fabricado-o-vidro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vidro</a> junto com seu almoço enquanto trabalhava em uma fábrica do material.&nbsp;O elemento "surpresa" acabou se tornando uma iguaria favorita do jovem, e seu hábito de consumi-lo cresceu tanto que os empregadores começaram a ficar alarmados com a estranha diminuição de seus estoques.No fim, os proprietários pegaram o rapaz comendo um pedaço de uma garrafa, o que o levou a confessar seu estranho apetite. Logo, a notícia dessa façanha peculiar acabou se espalhando, e William recebeu o apelido digno de seus hábitos alimentares.<h2>Trabalho bem-remunerado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14123225627247.jpg" alt="Anúncio promovendo o avestruz humano e outros artistas do Museu Austin &amp; Stone's (Fonte: Weird Historian/Reprodução)">Anúncio promovendo o avestruz humano e outros artistas do Museu Austin &amp; Stone's (Fonte: Weird Historian/Reprodução)Após sua estranha capacidade ser descoberta, McKenna passou a trabalhar em um dime museum (que pode ser traduzido literalmente para "museu de dez centavos"), uma instituição muito popular nos Estados Unidos durante o final do século XIX, concebida como centros de entretenimento e educação para a classe trabalhadora.Ali, ele poderia comer o quanto quisesse de seus "pratos" prediletos na frente de uma plateia, realizando seu show nove vezes por dia durante anos, com seu pagamento sendo supostamente de US$ 75 por semana, o que equivaleria atualmente a US$ 2.500 (ou mais de R$ 12 mil)!<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14125414561259.jpg" alt="(Fonte: Weird Historian/Reprodução)">(Fonte: Weird Historian/Reprodução)“Ele também come diariamente três refeições fartas do tipo apreciado por seres humanos comuns. E diz-se que uma vez ele foi preso por subir em um poste e devorar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124592-e-realmente-possivel-quebrar-vidro-usando-a-voz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vidro</a> que protegia a luz”, apontou a publicação do New York World sobre William.E enquanto muitos artistas tendiam a realizar algum tipo de enganação nessas apresentações que chocavam e maravilhavam o público, o repórter que escreveu o artigo sobre o avestruz humano afirmou que o homem não utilizava nada do tipo, porém, nunca ficou claro se McKenna regurgitava os itens posteriormente.<h2>Casos semelhantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14125256176258.jpg" alt="Outro anúncio promovendo o show de McKenna. (Fonte: Weird Historian/Reprodução)">Outro anúncio promovendo o show de McKenna. (Fonte: Weird Historian/Reprodução)Embora se saiba pouco sobre o resto da vida e a data da morte desse artista, haviam outros que ganhavam dinheiro realizando atos similares, como Mac Norton e o Grande Waldo, que engoliam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123877-afinal-sapos-realmente-se-deixam-ferver-lentamente-ate-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapos</a> vivos para depois vomitá-los em perfeito estado.Outro homem, conhecido como Joseph Kennedy, também se alimentava de pregos, parafusos e pedaços de ferragens, e antes de seu falecimento em Saint Louis, em Missouri, em março de 1892, a comunidade médica local ofereceu a grande quantia de US$ 5 mil para examinar seu corpo após a morte, em busca de possíveis singularidades em seu estômago.No entanto, os legistas notaram que o revestimento estomacal e a garganta de Kennedy estarem repletos dos objetos que ele engoliu, eles não apresentavam anormalidades, e estavam curiosamente sem nenhuma perfuração.Embora a ideia de comer itens estranhos possa parecer bizarra e perturbadora, artistas como McKenna e Joseph conseguiram transformar suas peculiaridades únicas em uma carreira lucrativa. No entanto, é sempre importante observar que tais práticas podem ser extremamente perigosas e nunca devem ser imitadas.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:49.219Z

Apetite exótico: o 'avestruz humano' que comia pregos, vidro e sapos vivos

Imagem de Caracóis já eram parte da dieta humana há 170 mil anos no megacurioso

Novas evidências apontam que a humanidade já compreendia o valor nutricional dos moluscos terrestres há pelo menos 170 mil anos

<head></head><body>De acordo com um novo artigo publicado na revista Quaternary Science Reviews, pesquisadores descobriram evidências que humanos começaram a comer caracóis gigantes muito antes do que acreditávamos, com estudos anteriores apontando que a prática teria sido implementada regularmente no final da última <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120156-5-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era do Gelo</a>.A nova descoberta de conchas quebradas em uma caverna sul-africana indicou sinais de que as estruturas foram aquecidas, provavelmente durante o cozimento. E enquanto evidências anteriores mostravam que nossos antepassados já se alimentavam dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123858-pesquisadores-acham-molusco-transparente-extinto-ha-mais-de-30-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moluscos</a> há cerca de 49 mil anos na África e 36 mil anos na Europa, os novos indícios comprovam que a iguaria já era apreciada de 70 mil a 170 mil anos atrás.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11121232457125.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)“A proteína gordurosa e fácil de comer dos caracóis teria sido um alimento importante para idosos e crianças pequenas, que são menos capazes de mastigar alimentos duros”, explicou Marine Wojcieszak, autora do estudo e parte do Instituto Real de Herança Cultural, em Bruxelas. Notícias.Outro ponto interessante é que os cientistas acreditavam que esses invertebrados e outros animais pequenos só entraram como parte regular na dieta dos seres humanos no fim da última <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124501-dna-revela-historia-de-novos-povos-da-europa-no-fim-da-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era do Gelo</a>, que ocorreu de 15 mil a 10 mil anos atrás. Porém, os achados na caverna possibilitaram mostrar que a humanidade já compreendia o valor nutricional das criaturas muito antes do que se supunha.“Moluscos terrestres são uma excelente fonte de nutrientes. São fáceis e não perigosos de coletar, podem ser armazenados por algum tempo antes de serem consumidos, são simples de preparar e de digerir desde que se tenha um domínio básico do fogo”, afirmaram os autores em seu artigo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11121303456127.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Para confirmar que as conchas não haviam sido queimadas acidentalmente por um incêndio, os pesquisadores aqueceram caracóis gigantes modernos em temperaturas e períodos de tempo variados, observando mudanças na coloração e equilíbrio químico, rachaduras e perda de peso.Essas comparações, aliadas com o fato dos fragmentos terem sido encontrados junto a restos de sementes carbonizadas e ossos de animais, provaram que os moluscos foram mesmo cozidos intencionalmente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11121420509129.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Ainda de acordo com a equipe do estudo, animais invertebrados representam mais de 95% da biodiversidade terrestre, porém, costumam ser negligenciados em trabalhos arqueológicos por serem vistos como sem importância na compreensão dos humanos antigos, além de seu tamanho e composição dificultarem encontrar evidências de sua presença a centenas de milhares de anos.Porém, as conchas dos caracóis os tornam uma exceção a tal dificuldade, e a descoberta de que já eram uma parte crucial da alimentação da humanidade há tanto tempo também aponta para uma forma estruturada de dinâmica social, mostrando que, provavelmente, o comportamento cooperativo era algo inerente desde o início da nossa espécie.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:48.367Z

Caracóis já eram parte da dieta humana há 170 mil anos

Imagem de Por que combinar batatas fritas com sorvete é tão popular? no megacurioso

Saiba o motivo pelo qual mergulhar batatas fritas no sorvete resulta em um sabor tão delicioso, de acordo com a ciência

Quando vamos a cadeias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104567-entenda-de-uma-vez-por-todas-como-o-fast-food-esta-acabando-com-o-seu-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast food</a> e pedimos algum prato que tenha batatas fritas, &eacute; bastante comum que o pedido venha acompanhado de algum tipo de molho para consumirmos com as batatinhas. Seja ketchup, barbecue ou at&eacute; mesmo algum tipo de molho especial, &eacute; comum e esperado ter algo onde "molhar" as batatas, dando um sabor extra &agrave; comida.
Mas e o sorvete? Embora possa parecer uma combina&ccedil;&atilde;o esquisita, mergulhar batatas fritas na sobremesa acaba resultando em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/86859-tudo-errado-o-sabor-vem-do-cerebro-e-nao-da-lingua-descobrem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sabor</a> surpreendente que muita gente gosta &mdash; e a ci&ecirc;ncia explica o motivo.
<h2>Por que batata frita com sorvete &eacute; t&atilde;o bom?</h2>
Uma r&aacute;pida olhada no menu de qualquer restaurante &eacute; suficiente para perceber que, exceto em casos de combos, os dois itens s&atilde;o geralmente listados separadamente. Ainda assim, quando combinados, o resultado pode ser simplesmente delicioso.
N&atilde;o precisamos ir muito longe para entender o motivo por tr&aacute;s da&nbsp;saborosa combina&ccedil;&atilde;o que, na verdade, n&atilde;o deveria ser l&aacute; t&atilde;o inesperada. Alguns bons exemplos de como juntar comidas doces e salgadas resulta em algo t&atilde;o gostoso s&atilde;o receitas bem populares aqui no Brasil, como o tradicional Romeu e Julieta (queijo com goiabada) e a famosa farofa de banana.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29112444282117.jpg" alt="A tamb&eacute;m deliciosa receita de queijo com goiabada, o tradicional Romeu e Julieta, segue o mesmo princ&iacute;pio. (Fonte: Getty Images)" />A tamb&eacute;m deliciosa receita de queijo com goiabada, o tradicional Romeu e Julieta, segue o mesmo princ&iacute;pio. (Fonte: Getty Images)
Mas por que comer uma coisa salgada com algo doce &eacute; bom? Segundo a ci&ecirc;ncia, a resposta est&aacute; nas nossas papilas gustativas. Respons&aacute;veis pelo nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/experiencias/44681-descubra-se-voce-tem-o-paladar-supersensitivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paladar</a> &mdash; isto &eacute;, pelo reconhecimento do sabor das mais variadas subst&acirc;ncias &mdash; elas est&atilde;o presentes em sua maioria na nossa l&iacute;ngua, mas tamb&eacute;m s&atilde;o encontradas em menor escala em outras partes do corpo, como no c&eacute;u da boca, na garganta, no es&ocirc;fago e at&eacute; mesmo no nariz.
De acordo com a Encyclopaedia Britannica, os seres humanos t&ecirc;m em m&eacute;dia entre 2 mil e 8 mil papilas gustativas, cada uma formada por algo em torno de 40 a 60 c&eacute;lulas sensoriais, divididas em seis tipos com diferentes fun&ccedil;&otilde;es, sendo ent&atilde;o ativadas de acordo com o tipo de alimento consumido. O paladar humano &eacute; capaz de identificar cinco tipos de sabores b&aacute;sicos, sendo eles o azedo, o amargo, o doce e o salgado, al&eacute;m de um quinto que se popularizou recentemente, o umami. E &eacute; na combina&ccedil;&atilde;o entre doce e salgado que mora a explica&ccedil;&atilde;o para o gosto pela uni&atilde;o entre sorvete e batatas fritas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/04/a-04181322160311.jpg" alt="a" />Mergulhar batatas fritas em sorvete antes de com&ecirc;-las estimula diferentes papilas gustativas ao mesmo tempo. (Fonte: Wifely Steps)
Esta combina&ccedil;&atilde;o resulta na ativa&ccedil;&atilde;o de papilas que normalmente n&atilde;o seriam estimuladas somente pela presen&ccedil;a de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120236-como-o-acucar-e-produzido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a&ccedil;&uacute;car</a>. Um estudo publicado em 2011 pelo jornal cient&iacute;fico Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos, explica que ao combinar alimentos adocicados e salgados,&nbsp;s&atilde;o ativados os receptores SGLT1&nbsp;das papilas, respons&aacute;veis por reconhecer sabores doces. Estes receptores normalmente n&atilde;o s&atilde;o estimulados apenas por a&ccedil;&uacute;car, mas o sabor doce &eacute; intensificado gra&ccedil;as &agrave; presen&ccedil;a do sal.
Outro fator que contribui para a saborosa combina&ccedil;&atilde;o &eacute; o fato de sorvetes serem gelados, enquanto as batatas fritas s&atilde;o servidas quentes. Como bem explica o site Thrillist, o contraste entre as temperaturas estimula diferentes partes do nosso c&eacute;rebro, tornando a experi&ecirc;ncia de consumo simult&acirc;neo de alimentos quentes e frios muito mais interessante e agrad&aacute;vel. &Eacute; por isso, por exemplo, que &eacute; muito comum servirem sorvete com brownies e tortas quentes.

thumb-image-2024-02-29T14:06:47.405Z

Por que a combinação de batatas fritas com sorvete é tão popular?

Imagem de Almôndegas de carne de mamute estão sendo fabricadas na Austrália no megacurioso

O alimento não será consumido, por não ser possível saber se esse tipo de carne pode causar algum prejuízo depois de mais de cinco mil anos fora da dieta humana

Uma empresa australiana desenvolveu uma alm&ocirc;ndega de carne <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124736-5-projetos-ambiciosos-para-ressuscitar-animais-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamute</a>. A Vow, uma startup australiana de carne cultivada, utilizou uma t&eacute;cnica que combina c&eacute;lulas de animais para criar novos tipos de carne em laborat&oacute;rio. O objetivo da empresa &eacute; chamar a aten&ccedil;&atilde;o para o potencial da produ&ccedil;&atilde;o de carne cultivada diante do avan&ccedil;o do aquecimento global.
&ldquo;Temos um problema de mudan&ccedil;a de comportamento quando se trata de consumo de carne&rdquo;, disse George Peppou, CEO da Vow. &ldquo;O objetivo &eacute; fazer com que alguns bilh&otilde;es de comedores de carne deixem de comer prote&iacute;na animal [convencional] para comer coisas que podem ser produzidas em laborat&oacute;rio. E acreditamos que a melhor maneira de fazer isso &eacute; inventar a carne. Procuramos c&eacute;lulas f&aacute;ceis de cultivar, realmente saborosas e nutritivas, e depois misturamos e combinamos essas c&eacute;lulas para criar uma carne realmente saborosa&rdquo;.
A almondega de mamute ficar&aacute; exposta no museu de ci&ecirc;ncia e medicina na Holanda, Rijksmuseum Boerhaave. Ela n&atilde;o ser&aacute; servida, pois como os mamutes foram extintos h&aacute; mais de cinco mil anos, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel saber como o corpo humano reagiria atualmente ao seu consumo.
A escolha do mamute se deu pela maneira como esta esp&eacute;cie foi extinta. Esses animais desapareceram completamente da Terra depois de uma combina&ccedil;&atilde;o de ca&ccedil;a humana e aquecimento do planeta ap&oacute;s a &uacute;ltima era glacial. A Vow espera que a alm&ocirc;ndega de mamute ajude a chamar a aten&ccedil;&atilde;o para os efeitos do consumo de carne tradicional.
<h2>Carne cultivada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/03141701932168.jpg" alt="Almondega de carne de mamute. (Fonte: Vow)" />Almondega de carne de mamute. (Fonte: Vow)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117882-cientistas-criam-carne-em-laboratorio-com-fibras-musculares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carnes cultivadas em laborat&oacute;rio</a> j&aacute; s&atilde;o uma realidade em diversos pa&iacute;ses. Atualmente, empresas especializadas nesse tipo de alimento j&aacute; desenvolveram substitutos para carnes convencionais, como frango, porco e carne bovina. A Good Meat, uma das pioneiras nesse processo, vende carne de frango cultivada e est&aacute; dispon&iacute;vel apenas em Cingapura &mdash; mas duas empresas j&aacute; passaram por um processo de aprova&ccedil;&atilde;o nos EUA.
A diferen&ccedil;a da Vow &eacute; que ela busca se especializar em carnes n&atilde;o convencionais. At&eacute; o momento a empresa j&aacute; investigou o potencial de mais de 50 esp&eacute;cies, entre elas alpaca, b&uacute;falo, crocodilo, canguru, pav&atilde;o e diversos tipos de peixes.
A carne de mamute utilizou uma sequ&ecirc;ncia conhecida de material gen&eacute;tico de mamute. As lacunas da sequ&ecirc;ncia foram completadas com genes de elefante, a esp&eacute;cie viva mais pr&oacute;xima dos mamutes. Essa sequ&ecirc;ncia foi colocada em c&eacute;lulas-tronco de uma ovelha, que se replicaram para crescer at&eacute; as 20 bilh&otilde;es de c&eacute;lulas usadas pela empresa para cultivar a carne de mamute.&nbsp;
A produ&ccedil;&atilde;o em larga escala de carne, principalmente bovina, causa enormes danos ao meio ambiente. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123230-nova-zelandia-o-imposto-sobre-arrotos-e-peidos-de-vaca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O metano produzido por bois e vacas &eacute; um dos gases que intensificam o aquecimento global</a>. Al&eacute;m disso, o consumo de &aacute;gua &eacute; outro problema ambiental. Al&eacute;m disso, a produ&ccedil;&atilde;o de carne cultivada tamb&eacute;m tem um impacto no bem-estar, por evitar o abate e a cria&ccedil;&atilde;o em confinamento.
A carne cultivada usa muito menos terra e &aacute;gua do que o gado e n&atilde;o produz emiss&otilde;es de metano. A Vow disse que a energia que usa &eacute; toda de fontes renov&aacute;veis e que o soro bovino fetal, um meio de crescimento produzido a partir de fetos de gado, n&atilde;o &eacute; usado em nenhum de seus produtos comerciais.

thumb-image-2024-02-29T14:06:47.506Z

Almôndegas de carne de mamute estão sendo fabricadas na Austrália

Imagem de Você sabia que as buchas vegetais de banho são comestíveis? no megacurioso

Muito popular em receitas vietnamitas, tailandesas e chinesas, a bucha tem sabor adocicado

<head></head><body>Sabe aquela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119049-6-vantagens-da-bucha-vegetal-para-voce-utiliza-la.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bucha vegetal</a> utilizada para limpar o corpo durante o banho e para esfoliar a pele? Ela também é comestível quando está verde, podendo aparecer como uma opção diferente para complementar os mais variados tipos de pratos.Cientificamente chamada de Luffa cyllindrica, ela pertence à família das cucurbitáceas, a mesma da melancia, da abóbora e do pepino, com formato semelhante ao deste último. Quando madura, ela fornece uma esponja fibrosa popularmente utilizada na higiene pessoal e na limpeza geral como alternativa às esponjas de poliuretano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21175111478177.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Originária da Ásia, onde já é usada de diferentes formas há milhares de anos, a lufa, como também é chamada, começou a se popularizar como esfoliante no continente europeu por volta do final do século XIX. Isso aconteceu graças ao naturopata alemão Louis Kuhne.No final dos anos 1800, Kuhne começou a difundir a ideia do “banho de fricção”, ajudando a mudar o costume de evitar banhos que surgiu durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122272-peste-bubonica-onde-foi-que-tudo-comecou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peste Bubônica</a>. A bucha vegetal era o acessório preferido dele para a higienização.<h2>Usos culinários</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21175220251179.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Já o uso culinário da bucha vegetal verde pode acontecer de diferentes maneiras. Antes de mais nada, vale ressaltar que as versões comestíveis são as do tipo lisa e a bucha de costela, mais encorpadas e suculentas, enquanto a buchinha do norte (Luffa operculata), de porte menor, não tem o consumo recomendado por ser tóxica.Muito comum em receitas de origens vietnamitas, chinesas, tailandesas e filipinas, a bucha comestível é um legume de sabor adocicado, geralmente refogada com carne, soja e outros legumes. Ela também pode ser consumida em conservas, molhos ou até mesmo crua.Outra receita popular é a da bucha recheada com carne e queijo, preparada de forma semelhante à abobrinha recheada. Há ainda a possibilidade de colocar as sementes da lufa para torrar, no sol ou no forno, para consumi-las como petiscos.Fonte de vitamina A, antioxidantes e minerais (manganês, potássio e cobre), a bucha vegetal verde pode proteger a função hepática, auxiliar na melhora da visão e no alívio de constipações. Seus benefícios nutricionais também costumam ser procurados por quem quer <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122494-por-que-perder-peso-rapido-demais-faz-mal-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perder peso</a>.</body>

Comidas Estranhas

Novidades