Imagem de 2 bilhões de pessoas comem insetos e você também pode no megacurioso

Entenda porque cada vez mais pessoas estão interessadas em insetos para alimentação 

Qual a primeira sensa&ccedil;&atilde;o que voc&ecirc; tem ao pensar em<a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/34490-estudo-defende-que-deveriamos-comer-insetos-em-vez-de-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;comer insetos</a>? Seu est&ocirc;mago embrulha e voc&ecirc; tem vontade de vomitar? Isso pode parecer estranho e nojento, mas&nbsp;insetos comest&iacute;veis fazem parte da dieta humana h&aacute; muito tempo. Em muitas regi&otilde;es do mundo eles fazem parte das principais refei&ccedil;&otilde;es e at&eacute; s&atilde;o vendidos em barraquinhas na rua como um lanchinho r&aacute;pido.
De acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidades para a Agricultura e Alimenta&ccedil;&atilde;o (FAO), cerca de 2 bilh&otilde;es de pessoas comem insetos regularmente ao redor do planeta. Os insetos acabam indo parar na dieta por uma s&eacute;rie de fatores. Primeiro, temos o aspecto cultural de muitos pa&iacute;ses.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/23/a-23160245162470.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Mas, al&eacute;m disso, h&aacute; pontos como o aumento do custo da prote&iacute;na animal, o crescimento populacional, as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, press&otilde;es ambientais e a inseguran&ccedil;a alimentar que leva a fome em v&aacute;rios pa&iacute;ses.
<h2>Tend&ecirc;ncias que influenciam no aumento do consumo de insetos comest&iacute;veis</h2>
Enquanto o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114264-comer-insetos-pode-fazer-bem-para-a-saude-e-para-o-meio-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumo de insetos como alimento</a>, pr&aacute;tica conhecida como entomofagia, &eacute; algo comum na China e em outras na&ccedil;&otilde;es do Sudeste Asi&aacute;tico, outras partes do mundo come&ccedil;aram a se interessar por insetos comest&iacute;veis devido a algumas importantes e influentes tend&ecirc;ncias.&nbsp;
Entre as principais, est&atilde;o:
<ul>
<li>N&iacute;veis nutricionais:&nbsp;insetos s&atilde;o extremamente ricos em prote&iacute;nas e calorias que fornecem mais energia &agrave; nossa dieta di&aacute;ria. Por isso, s&atilde;o considerados como o alimento do futuro. Compostos feitos com essas prote&iacute;nas t&ecirc;m ajudado entidades e organiza&ccedil;&otilde;es a lidar com a fome e a desnutri&ccedil;&atilde;o em v&aacute;rios pa&iacute;ses, como alguns da &Aacute;frica, especialmente os que vivem em guerra civil h&aacute; d&eacute;cadas.</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/23/23160412021476.jpg" alt="" />(Fonte: Shutterstock)
<ul>
<li>Mercado:&nbsp;visto que os consumidores est&atilde;o cada vez mais preparados para consumir insetos, a demanda por produtos em que eles s&atilde;o a mat&eacute;ria-prima continua aumentando.</li>
<li>Facilidade de compra: a venda alimentos com base em insetos comest&iacute;veis &eacute; um nicho bastante lucrativo em sites de com&eacute;rcio eletr&ocirc;nico, como a Amazon. As op&ccedil;&otilde;es v&atilde;o de barras de prote&iacute;nas de grilo e biscoitos de chocolate a farinha de insetos.</li>
</ul>
<h2>Consumo de insetos no Ocidente</h2>
Por aqui, engolimos tranquilamente algumas ostras escorregadias e gosmentas, cachorros-quentes com salsichas feitas de v&iacute;sceras desconhecidas e at&eacute; queijos fedorentos e cheios de fungo. Mas evitamos a qualquer custo comer coisas que possam rastejar, pairar ou saltar na nossa cara.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/23/23155517192468.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Parte dessa nossa avers&atilde;o tem a ver com a geografia, o clima e, claro, os h&aacute;bitos culturais.
Mas, gradualmente, isso tem mudado. Nos &uacute;ltimos anos, startups e at&eacute; fazendas surgiram para criar e o promover os insetos como um super alimento rico em prote&iacute;nas que agrada aos obsessivos pela sa&uacute;de, a quem se preocupa em consumir coisas ecologicamente corretas e aos ambientalistas.
Os&nbsp;produtos dedicados &agrave; entomofagia s&atilde;o os mais diversos poss&iacute;veis:
<ul>
<li>A holandesa, Lanche Jumping Jack, fabrica cereais crocantes com farinha de insetos.</li>
<li>A Big Cricket Farms, criar seus grilos com ra&ccedil;&atilde;o org&acirc;nica exclusivos para o consumo humano.</li>
<li>J&aacute; a Bitty Foods, produz farinha e biscoitos com grilos criados de forma sustent&aacute;vel.</li>
<li>O Exo, sediada em Nova York, vende barras de prote&iacute;na e lanches salgados feitos de grilos.</li>
</ul>
E voc&ecirc;, j&aacute; experimentou algum <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103904-5-insetos-que-voce-pode-comer-se-voce-tiver-estomago-para-isso-e-claro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimento feito com insetos</a>?

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2 bilhões de pessoas comem insetos e você também pode

Imagem de Junk food: a nojenta refeição dos pobres na Idade Média no megacurioso

Naquela época, um pastel ou torta de carne de porco estragada era o equivalente a um Big Mac. Ugh!

<head></head><body>Um levantamento do Centro de Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição feito entre 2013 e 2016, descobriu que, no geral, 36,6% dos adultos norte-americanos — cerca de 85 milhões de pessoas — consomem&nbsp;fast food&nbsp;ou junk food&nbsp;no geral. O percentual foi ainda maior para pessoas entre 20 e 39 anos (44,9%), e 40 e 59 anos (37,7%), indicando que aqueles acima de 60 anos ou mais são menos propensos a consumirem esse tipo de alimento.Não é à toa que os Estados Unidos figura o topo da lista quando o assunto é comida não saudável. Isso faz sentido com os números, visto que, como aponta o Ibis World, foi contabilizado em 2022 que existem 204.555 mil empresas de restaurantes de fast food no país, representando um aumento de 1,3% em relação a 2021.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20094536281081.jpg" alt="(Fonte: Hoje em Dia/Reprodução)">(Fonte: Hoje em Dia/Reprodução)Vale ressaltar que, a curto prazo, junk food desequilibra vários aspectos do organismo humano, afetando os níveis de açúcar no sangue, aumentando inflamações e mexendo com a pressão arterial. Já a longo prazo, a ingestão desenfreada desse tipo de alimento pode afeitar o coração, causar problemas de digestão, imunidade baixa, obesidade e entre outras causas.Mas se você achava que junk food&nbsp;é uma invenção que surgiu apenas com a globalização e avanços industriais do final do século XIX e início do século XX, está muito enganado.<h2>Um mal de séculos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20094646296082.jpg" alt="(Fonte: World History/Reprodução)">(Fonte: World History/Reprodução)Se a Pompeia já desfrutava de seu próprio tipo de restaurante de fast food, existir comida não saudável na Idade Média não é nada. Ainda que a modernidade tenha mudado esse aspecto social, a junk food daquela época era reservada apenas aos mais pobres.O equivalente aos atuais restaurantes fast food eram cozinhas independentes, chamadas, chamadas cook shops em Londres, que ou cozinhavam os ingredientes oferecidos pelos clientes, ou ofereciam comidas quentes prontas para retirada — o que fazia sentido porque a maioria dos cidadãos não tinha utensílios de cozinha tampouco combustível para preparar a própria refeição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20094857690083.jpg" alt="(Fonte: The Ultimate History Project/Reprodução)">(Fonte: The Ultimate History Project/Reprodução)Mas nada disso costumava ser remotamente saboroso, sobretudo saudável. Na Londres medieval, onde as tortas e pastéis de carne eram o equivalente a um Big Mac, os cozinheiros costumavam cozinhar com a carne estragada ou adoentada de porcos devido ao preço baixo de compra.Fora isso, a carne mal cozida também foi um problema do período. Os cozinheiros ganharam uma má reputação tão grande que um ditado medieval dizia: “Deus manda a carne, mas o diabo manda o cozinheiro”. Eles eram conhecidos por terem os piores hábitos de higiene possíveis, que já eram escassos, e não se importavam o mínimo com a qualidade dos alimentos. Mas as pessoas compravam porque não tinham opção, ainda que os alimentos fedessem ou estivessem em estado de decomposição.<h2>O pior lugar da Terra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Medievalist&nbsp;" data-fonte-url="https://www.medievalists.net/wp-content/uploads/2009/03/558px-7-alimenti_pane_Taccuino_Sanitatis_Casanatense_4182-e1519944244467.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20095010160085.jpg" alt="(Fonte: Medievalist/Reprodução)">(Fonte: Medievalist/Reprodução)As denominadas cook shops se tornaram uma tendência global, descentralizando-se da Europa medieval dos becos onde os pobres moravam, chegando até mesmo em Jerusalém, onde a rua onde os estabelecimentos se enfileiravam foi apelidada de "rua da culinária do mal", graças ao trabalho desempenhado pelos cozinheiros.Assim como o negócio se espalhou, a conduta de trabalho dos empregados parece que foi franqueada para que todos tratassem os alimentos e a comida com o mesmo desprezo. Moradores e viajantes se queixaram ostensivamente sobre os métodos, causando pequenos tumultos e revoltar contra os cozinheiros, mas sem sucesso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20095300037086.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Apesar de tudo, foram nesses lugares que o paladar europeu começou a ficar mais açucarado com a adição desenfreada de mel nas receitas, que proporcionava uma saciedade ainda maior. Na Inglaterra, os cozinheiros recheavam a massa frita de bolinhos com amêndoas, gengibre e a cobria com mel. Em outras receitas, o mel também foi clarificado, misturado as migalhas de pão e fervido para compor um pão de gengibre.Foi esse desejo todo que fez surgir a famosa sobremesa como último prato de uma refeição completa.</body>

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Junk food: a nojenta refeição dos pobres na Idade Média

Imagem de 5 dos queijos mais esquisitos do mundo no megacurioso

Conheça alguns dos tipos mais curiosos de queijo que existem pelo mundo e como eles elevam esses laticínios para outro patamar de esquisitice 

Mesmo que voc&ecirc; seja um verdadeiro apreciador de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119243-qual-a-diferenca-entre-queijo-e-manteiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queijo</a> e adore colocar tipos diferentes em suas receitas, a grande variedade de produtos que existem por a&iacute; &eacute; simplesmente colossal. Isso significa que voc&ecirc; encontrar&aacute; no mercado desde os queijos mais simples, at&eacute; aqueles extremamente fedorentos e esquisitos.
E quando o assunto &eacute; queijo, curiosidades n&atilde;o faltam. Esse latic&iacute;nio &eacute; produzido pelos seres humanos h&aacute; s&eacute;culos e &eacute; fruto da experimenta&ccedil;&atilde;o com v&aacute;rios leites e processos de fermenta&ccedil;&atilde;o. Mas ser&aacute; que voc&ecirc; est&aacute; preparado para conhecer algumas dessas atrocidades? Veja s&oacute; essa lista com cinco dos queijos mais esquisitos que existem no mundo!
<h2>1. Casu Marzu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/29/29152826472421.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Assim como o caviar, o Casu Marzu &eacute; visto como um tipo de queijo apreciado apenas por uma popula&ccedil;&atilde;o selecionada e existe um motivo para isso: ele &eacute; servido com larvas vivas. Os maiores f&atilde;s desse latic&iacute;nio vem da regi&atilde;o da Sardenha, na It&aacute;lia, onde criadores de ovelhas deixaram o queijo pecorino apodrecer at&eacute; atrair moscas.
Quando os ovos dessas moscas eclodem, o queijo se transforma no Casu Marzu. Vale ressaltar, entretanto, que essa &eacute; uma receita um tanto quanto perigosa devido &agrave; alta probabilidade de provocar uma intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar.
<h2>2. Queijo de leite de camelo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/04/04144858643269.jpg" alt="(Fonte: Cheese Making)" />(Fonte: Cheese Making)
Pastores n&ocirc;mades ao redor da &Aacute;frica t&ecirc;m o h&aacute;bito de ordenhar <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/73020-camelo-ou-dromedario-5-fatos-curiosos-a-respeito-dos-imensos-bichos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camelos</a>. O leite desses animais, al&eacute;m de ser uma alternativa para as vacas nos climas secos, tem mais gordura e prote&iacute;na. Por&eacute;m, a receita desse queijo inclui peda&ccedil;os do est&ocirc;mago dos camelos para ajudar na coagula&ccedil;&atilde;o do leite e criar coalhada.
Por isso, tem um sabor azedo e aroma pungente. O camelbert, como tamb&eacute;m &eacute; chamado, &eacute; comum principalmente nos Emirados &Aacute;rabes Unidos e na Ar&aacute;bia Saudita.
<h2>3. Queijo de leite humano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/04/04145516367278.jpg" alt="(Fonte: Daniel Angerer's Blog)" />(Fonte: Daniel Angerer's Blog)
Ao perceber que seu freezer estava transbordando com leite de sua esposa, o chef novaiorquino Daniel Angerer decidiu inovar na cozinha e criar uma receita de queijo usando leite humano. Essa iguaria &eacute; feita com beterraba, alface, cogumelo porcini desidratado e chutney de cebola.&nbsp;
Vale ressaltar, entretanto, que esse queijo nunca foi comercializado. Como as mulheres n&atilde;o produzem nem de perto a mesma quantidade de leite que outros animais, criar um mercado para esse tipo de queijo seria basicamente imposs&iacute;vel.
<h2>4. Queijo de burro</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/slJG7CcYYdfoLmzTuqCsPx1NPWE=/620x290/smart/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2020/09/08/9-comida-queijo-cropitekus-reddit.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/29/29153312332427.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A 50 km de Belgrado, a Reserva Natural Especial de Zasavica &eacute; conhecida pela sua receita de "Pule", ou simplesmente "queijo de burro". Esse tipo de latic&iacute;nio tem 60 vezes a quantidade de Vitamina C de um queijo tradicional.
Para se ter ideia, s&atilde;o necess&aacute;rios 25 litros de leite para se produzir somente 1 kg de Pule, mas uma jumenta consegue produzir apenas 200 ml de leite por dia. Sendo assim, esse mercado &eacute; extremamente escasso e caro. Atualmente, o quilo do queijo de burro chega a ser vendido por 1 mil euros.
<h2>5. Milbenkase</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/29/29153359238428.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ao ver a receita italiana do Casu Marzu, os alem&atilde;es n&atilde;o quiseram ficar para tr&aacute;s. Foi assim que surgiu o Milbenkase, produzido em Wurchwitz, um queijo amadurecido com a ajuda de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119977-acaro-da-farinha-quem-e-essa-estranha-criatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;caros</a> &mdash; aqueles bichinhos que moram escondidos na nossa casa.
Quando deixados no queijo por muitos meses, os &aacute;caros liberam uma certa enzima que deixa o queijo preto, o maior sinal de que o produto est&aacute; pronto para ser ingerido. Quem j&aacute; o consumiu garante que seu sabor &eacute; um pouco amargo e um tanto quanto picante.

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5 dos queijos mais esquisitos do mundo

Imagem de 5 bizarras experiências gastronômicas ao redor do mundo no megacurioso

Conheça alguns dos lugares ao redor do planeta que oferecem as experiências mais estranhas na hora de servir as refeições

Voc&ecirc; se lembra do v&iacute;deo que viralizou na internet h&aacute; algum tempo onde os clientes de um restaurante recebiam um "banho" de chocolate nas m&atilde;os e precisavam comer a sobremesa chupando os pr&oacute;prios dedos? Sair do normal pode ser algo legal, mas alguns locais parecem extrapolar os limites na hora de oferecer novas experi&ecirc;ncias para seus consumidores.
<blockquote class="twitter-tweet">
Dica: Essa &ldquo;experi&ecirc;ncia gastron&ocirc;mica&rdquo; voc&ecirc; pode fazer em casa. <a href="https://t.co/saTJ5YMgUF">pic.twitter.com/saTJ5YMgUF</a>
&mdash; Fl&aacute;vio Costa (@flaviocostaf) <a href="https://twitter.com/flaviocostaf/status/1484837911392657412?ref_src=twsrc%5Etfw">January 22, 2022</a></blockquote>
Mas se voc&ecirc; pensa que essa &eacute; a &uacute;nica bizarrice que voc&ecirc; vai ver por a&iacute;, veja s&oacute; essa lista com cinco <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42191-restaurante-na-nigeria-e-fechado-por-servir-carne-humana-no-cardapio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restaurantes</a> ao redor do mundo que oferecem jantares inexplicavelmente bizarros para quem se interessar. Depois nos conte qual te surpreendeu mais!
<h2>1. Casa do Hobbit</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28161029662490.jpg" alt="(Fonte: Tripadvisor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tripadvisor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Inspirado pelos livros de O Senhor dos An&eacute;is, de Tolkien, o professor universit&aacute;rio Jim Turner decidiu criar um restaurante em que todos os funcion&aacute;rios s&atilde;o "pessoas pequenas". O ambiente foi batizado de Casa do Hobbit e pode ser encontrado em Manila, capital das Filipinas.
O interior do bar &eacute; inteiramente iluminado por velas e as paredes foram pintadas com cenas da trilogia de livros. Portanto, se voc&ecirc; tem a curiosidade de ter sua refei&ccedil;&atilde;o preparada por um "hobbit", esse &eacute; o lugar ideal.
<h2>2. Restaurante-banheiro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28161206287493.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Tem curiosidade de como seria <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114919-e-matematicamente-seguro-sair-para-jantar-fora-durante-a-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jantar</a> dentro de um banheiro? O restaurante Modern Toilet, em Taiwan, pode ser o seu lugar favorito caso voc&ecirc; n&atilde;o tenha nenhum pouco de nojo. Nesse local, as cadeiras foram substitu&iacute;das por privadas com a tampa fechada e a comida &eacute; servida em mini vasos sanit&aacute;rios.
Se tem uma palavra que pode descrever essa experi&ecirc;ncia &eacute; "peculiar". E a&iacute;? Toparia entrar nessa aventura?
<h2>3. Calor vulc&acirc;nico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28161357662497.jpg" alt="(Fonte: Tripadvisor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tripadvisor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se um dia voc&ecirc; for visitar Lanzarote, na parte mais oriental das Ilhas Can&aacute;rias, fique atento aos detalhes. O Parque Nacional de Timanfaya e Monta&ntilde;as del Fuego s&atilde;o marcados por uma placa representando o diabo. Na rota do passeio, voc&ecirc; pode acabar se deparando com o restaurante El Diablo.
Ali, todas as refei&ccedil;&otilde;es s&atilde;o preparadas com calor vulc&acirc;nico. A ideia surgiu com o chef espanhol C&eacute;sar Manrique, que decidiu colocar uma grelha de ferro fundido sobre um buraco no ch&atilde;o para se aproveitar do intenso calor da terra logo abaixo da superf&iacute;cie para cozinhar a comida. Entretanto, &eacute; preciso estar atento para n&atilde;o se queimar.
<h2>4. Restaurante submarino</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28161647943506.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Para quem quer desfrutar do visual das Ilhas Maldivas, quem sabe uma experi&ecirc;ncia submarina n&atilde;o seja a melhor ideia. O Ithaa Undersea &eacute; um restaurante submarino fundado a 4 metros abaixo do n&iacute;vel do mar, dentro do Conrad Maldives Rangali Island Resort.
Para chegar ao sal&atilde;o principal, os clientes precisam apenas descer uma escada em espiral. Com teto inteiro de vidro, o estabelecimento promete uma experi&ecirc;ncia completamente imersiva e com vista panor&acirc;mica para o fundo do mar. Se tudo isso n&atilde;o bastasse, o card&aacute;pio &eacute; repleto de frutos do mar de luxo para aqueles com paladar refinado e bastante dinheiro.
<h2>5. Pres&iacute;dio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28161834459511.jpg" alt="(Fonte: Viaja Certo/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Viaja Certo/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Alcatraz foi um lend&aacute;rio pres&iacute;dio de seguran&ccedil;a m&aacute;xima localizado em uma ilha nos Estados Unidos, mas quem se utilizou do nome para oferecer uma experi&ecirc;ncia completamente bizarra e inusitada para seus clientes foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120599-9-coisas-que-voce-nao-deve-fazer-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">japoneses</a>. No restaurante Alcatraz ER, localizado em T&oacute;quio, quem for se alimentar viver&aacute; uma vida de detento.
Nesse estabelecimento, todos os clientes s&atilde;o algemados e levados para as suas "celas" &mdash; que nada mais s&atilde;o do que mesas privativas. As refei&ccedil;&otilde;es, por sua vez, s&atilde;o servidas por enfermeiras que exigem que voc&ecirc; termine sua comida. Portanto, se voc&ecirc; quer saber como &eacute; passar uma noite na cadeia sem ter cometido nenhum crime, esse &eacute; o seu lugar perfeito.

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5 bizarras experiências gastronômicas ao redor do mundo

Imagem de O que é o invasivorismo e como isso virou tendência alimentar? no megacurioso

Tendência gastronômica foca em espécies invasoras

<head></head><body>Você já ouviu falar sobre o invasivorismo? Essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120683-as-3-dietas-perturbadoras-que-moldaram-a-sociedade-do-seculo-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tendência gastronômica</a> tem ganhado cada vez mais espaço nos últimos anos, mas ela é tudo menos nova: os seres humanos comem espécies invasoras há muito tempo.O invasivorismo&nbsp;tem sido apontado pelos seus adeptos como uma excelente maneira de equilibrar o interesse culinário com a sustentabilidade e questões ecológicas importantes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31185554693620.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)<h2>O que é invasivorismo?</h2>A ideia base do <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/69667-conheca-5-das-dietas-mais-curiosas-ja-inventadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invasivorismo</a> é que devemos comer espécies invasoras propositalmente. O objetivo é ajudar a diminuir seu número e os impactos negativos que estão causando em uma determinada região. Ou seja, os praticantes escolhem e moldam sua alimentação visando evitar a devastação causada pelas espécies invasoras no meio ambiente local.Os adeptos da prática vão desde pessoas comuns a chefes renomados da gastronomia mundial.<h2>Quem são os invasores?</h2>Qualquer espécie que seja introduzida em um novo ambiente por meio da ação humana pode ser considerada uma invasora. A atenção aqui é mais voltada para aquelas que quando crescem geram danos ecológicos e/ou econômicos na região.Sendo assim, os invasores podem ser mamíferos, peixes, bivalves e até plantas. Algumas podem ser muito sinistras, a exemplo da kudzu, uma trepadeira que parece inocente, mas que ultrapassa facilmente árvores e cobre postes de luz e casas abandonadas. Outras passam quase que despercebidas, como o dente-de-leão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31185557005621.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)Os invasores podem ser saborosos, como um javali, ou ter um gosto para poucos paladares, a exemplo de uma lampreia. Até mesmo minúsculos mexilhões-zebra que entopem canos de residências entram no cardápio.De qualquer maneira, espécies invasoras sempre seguiram o ser humano ao redor do mundo desde que nós aprendemos a nos mover.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31185559911622.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/ Reprodução)<h2>Ativismo acima dos dados</h2>O problema do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121471-respiratorianismo-a-perigosa-dieta-das-pessoas-que-vivem-de-ar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invasivorismo&nbsp;</a>é que sua popularidade veio antes dos estudos científicos sólidos sobre sua eficiência. O que temos no momento são pequenos experimentos que ainda estão em andamento, mas nenhuma análise de dados em larga escala.Além disso, o invasivorismo, muitas vezes, sai do campo ambientalista e passa para algo mais extremo: muitos levam o consumo das espécies invasoras a outro nível comendo qualquer animal que os incomode, por exemplo, animais que aparecem nos jardins e quintais de suas casas. Ou seja, não importa se o bicho está causando danos ao meio ambiente local, se entrou na propriedade sem ser convidado, vai parar na panela.</body>

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O que é o invasivorismo e como isso virou tendência alimentar?

Imagem de De caldo de sangue a melaço: a evolução das rações militares no megacurioso

Os soldados espartanos se alimentavam de caldo de sangue e pernas de porco. Ui!

A Guerra das Trincheiras, mais conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119011-as-tropas-britanicas-sofreram-com-as-ists-na-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, ainda &eacute; considerada a que mais exigiu do corpo f&iacute;sico e mental de seus combatentes, ainda que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121233-como-era-a-vida-de-um-soldado-americano-na-guerra-do-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietn&atilde;</a> tenha levado o ser humano ao limite e causado uma destrui&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica em seu psicol&oacute;gico.
Um dos horrores da Primeira Guerra, al&eacute;m dos cad&aacute;veres que eram deglutidos por ratazanas ao longo das trincheiras, era precariedade das ra&ccedil;&otilde;es dos soldados e como a fome poderia ser pior do que o pr&oacute;prio inimigo, revelando o motivo para governos e conflitos futuros.
Afinal de contas, o mundo viu os brit&acirc;nicos sofrerem drasticamente quando os ataques submarinos alem&atilde;es desmontaram o plano da Marinha Mercante de importar alimentos, for&ccedil;ando-a a introduzir um racionamento grave que substituiu os pacotes de comida saborosos e generosos por biscoitos de &aacute;gua e sal em meados de 1918. Carne, a prote&iacute;na que mais dava energia, sumiu da boca dos homens, aparecendo 1 vez a cada 9 dias &mdash; se eles sobrevivessem at&eacute; l&aacute;.
Antes de serem atingidos pelas agruras da guerra e do inimigo, um soldado ingeria at&eacute; 4,6 mil calorias por refei&ccedil;&atilde;o, com uma dieta equilibrada e rica em por&ccedil;&otilde;es maiores de carnes, vegetais, batatas e p&atilde;es.
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120526-como-a-primeira-guerra-mundial-mudou-a-industria-de-barras-de-chocolate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a> tamb&eacute;m foi inclu&iacute;do para garantir mais energia, bem como v&aacute;rios tipos de bolacha, geralmente enviadas pelas pr&oacute;prias fam&iacute;lias para complementar a refei&ccedil;&atilde;o. &nbsp; &nbsp;&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">O come&ccedil;o de tudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06222531630017.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A cria&ccedil;&atilde;o dos militares na Gr&eacute;cia Antiga come&ccedil;ava aos 7 anos, com as crian&ccedil;as se mudando para os quart&eacute;is a fim de treinar pesado e se prepararem para se transformarem em um verdadeiro espartano, o que significava n&atilde;o esperar nenhum aspecto de luxo em sua vida, a come&ccedil;ar pela comida.
Desde pequeno, as refei&ccedil;&otilde;es dos soldados eram baseadas em um caldo unguento feito de sangue, pernas de porco cozidas e vinagre. Muitos evitavam a comida de t&atilde;o repugnante que era, embora fosse tudo o que tivessem para lhes dar energia ou saci&aacute;-los ap&oacute;s o combate.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06222650771018.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em contrapartida, os romanos, como pr&oacute;pria caracter&iacute;stica do imp&eacute;rio, refocilavam-se na hora de se alimentar, comendo como os imperadores. Os combatentes de Roma aproveitavam grandes quantidades de bacon, queijo, vinho, cevada e trigo. A dieta de um soldado precisava conter pelo menos 1 quilo de carne por dia, o que ajudou o ex&eacute;rcito a atravessar continentes e expandir a linha territorial.
J&aacute; em 1683 d.C, durante a domina&ccedil;&atilde;o dos otomanos, os soldados de infantaria consumiam p&atilde;o fresco, cordeiro, carneiro e itens de luxo, como mel e caf&eacute;. Quando o p&atilde;o faltava, era substitu&iacute;do por biscoitos cozidos em Istambul e enviados para as tropas otomanas. Esse processo chegou a ser t&atilde;o valorizado que alguns padeiros desonestos, que queriam lucrar cada vez mais com a produ&ccedil;&atilde;o, substitu&iacute;ram a farinha por terra, causando a morte de milhares de soldados como resultado.
<h2 class="uk-text-justify">Caminhando para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06222836130019.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Americana de 1775, enquanto os brit&acirc;nicos enfrentarem problemas com abastecimento de ra&ccedil;&otilde;es, os soldados de George Washington aproveitavam para comer 1 quilo de carne bovina e de farinha por dia.
Al&eacute;m disso, eles tamb&eacute;m recebiam ervilha, feij&atilde;o, leite, arroz, cerveja e mela&ccedil;o. Contudo, a demora, o atraso ou a reten&ccedil;&atilde;o do aval da autoridade fiscal, o Congresso n&atilde;o podia arcar com as ra&ccedil;&otilde;es, o que prejudicou, e muito, a sa&uacute;de e o desempenho dos americanos combatentes.
Na Fran&ccedil;a de 1800, liderada pelo not&oacute;rio <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napole&atilde;o Bonaparte</a>, que estava &agrave; frente de ex&eacute;rcitos para a morte iminente, como aconteceu durante a infiltra&ccedil;&atilde;o na R&uacute;ssia de 1812, as ra&ccedil;&otilde;es dos soldados eram baseadas em muito p&atilde;o, podendo chegar a 680 gramas por pessoa, al&eacute;m de 500 gramas de carne e 1 litro de vinho.
A Guerra de Secess&atilde;o transformou o mela&ccedil;o em uma ra&ccedil;&atilde;o militar dos Estados Unidos, complementada com carboidratos e prote&iacute;nas variadas. Foi s&oacute; durante a Segunda Guerra Mundial que novas ra&ccedil;&otilde;es foram desenvolvidas, projetadas para serem leves e f&aacute;ceis de transportar, separadas entre categorias C, D e K.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06223134411020.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As ra&ccedil;&otilde;es C e K continham carnes e batatas enlatadas, biscoitos, caramelo, caf&eacute; instant&acirc;neo, cigarros e chicletes; devendo durar at&eacute; 3 dias e fornecer, em m&eacute;dia, 3,6 mil calorias. J&aacute; a ra&ccedil;&atilde;o D era simplesmente uma barra de chocolate simples.
Em meados de 1980, ap&oacute;s a Guerra do Vietn&atilde;, em que os americanos enfrentaram um dos per&iacute;odos mais obscuros em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s ra&ccedil;&otilde;es de seus soldados, foi introduzida a ra&ccedil;&atilde;o chamada Meals Ready to Eat (MREs), que substituiu as latas por sacos selados e desidratados, podendo oferecer at&eacute; 24 pratos diferentes.

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De caldo de sangue a melaço: a evolução das rações militares

Imagem de 5 refeições bizarras que eram normal na Era Medieval no megacurioso

Será que você aguentaria comer esses alimentos da Idade Média? Veja só como é que os nossos ancestrais se alimentavam

<head></head><body>Durante os últimos séculos, os hábitos alimentares dos seres humanos mudaram drasticamente. Um exemplo disso é o fato de dividirmos nossos dias em três refeições principais, enquanto os romanos antigos costumavam ter um único banquete ao meio-dia.A chegada da Idade Média fez com que as coisas mudassem um pouco, principalmente a respeito da quantidade de refeições que era aceitável fazer em um dia. Porém, isso não significa que os nossos ancestrais não tinham outros hábitos bizarros. Veja só cinco pratos que eram comidos na Era Medieval e que provavelmente seriam bastante julgados nos restaurantes de hoje em dia!<h2>1. Castores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/11/11111916676210.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Durante a Idade Média, acreditava-se que as caudas de castor eram "frias" e, portanto, podiam ser comidas em dias de jejum. No século XVII, as pessoas passaram a comer o castor inteiro como tradição, visto que virou uma prática aceita pela Igreja Católica.Em determinado período, o bispo do Quebec perguntou aos seus superiores se havia algum problema em comer castores na sexta-feira durante a Quaresma. Como resposta, ele ouviu da Igreja que não havia problemas, uma vez que esse animal poderia ser considerado um peixe por ser "ótimo nadador".<h2>2. Gato assado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/11/11112003989213.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Você já ouviu falar em churrasquinho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120941-5-ideias-erradas-que-as-pessoas-tem-sobre-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gato</a>? Durante a Idade Média isso não só era uma realidade como também era uma receita bem comum. Recomendava-se que a cabeça do felino fosse cortada e jogada fora. Na época, acreditava-se que comer os miolos dos gatos faria você perder os sentidos e não ter mais controle sobre suas faculdades mentais.Então, o gato seria cortado e limpo. Antes de assá-lo, a criatura deveria ser enterrada por um dia e uma noite para ficar totalmente pronto. Normalmente, o gato assado era servido mergulhado em um caldo ou com bastante alho.<h2>3. Lampreia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/11/11111832520204.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Até mesmo para os grandes amantes de frutos do mar, alimentar-se de uma lampreia poderia ser uma tarefa um tanto quanto nojenta. Esse peixe possui ventosas em sua boca e se alimenta do sangue de outros peixes maiores. Porém, isso não era um grande problema para quem vivia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120880-como-cuidavam-dos-dentes-durante-a-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>.Naquela época, a lampreia era considerada uma verdadeira iguaria e era constantemente consumida nos dias em que não se devia comer carne vermelha. Reza a lenda que a morte do rei Henrique I da Inglaterra foi devido ao consumo excessivo desse estranho animal.<h2>4. Pênis de ovelha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/11/11112105036214.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para nós, imaginar comer o pênis de qualquer animal possa soar como um enorme absurdo, mas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115738-receita-de-cerveja-de-5-mil-anos-de-idade-e-leiloada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">receitas</a> medievais não pensavam muito nisso. Na verdade, o pênis de ovelha era um prato bastante consumido entre os plebeus, sendo preparado de várias formas diferentes.Ao todo, era necessário lavá-lo e limpá-lo para poder rechear a carne com dez ovos, açafrão, leite e gordura. Então, o prato era escaldado, assado e polvilhado com gengibre, canela e pimenta. Será que você aguentaria essa receita?<h2>5. "Lixo"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/11/11112136129215.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Por mais bizarro que isso possa soar, algumas pessoas da Era Medieval literalmente comiam um prato batizado de "lixo" — e ele era tão nojento quanto o nome faz parecer. A receita incluía cabeças, pés, fígados e moelas de galinhas, que serviriam como o ingrediente principal de uma bela sopa.A carne do frango era cozida em um caldo com pimenta, canela, cravo, macis, salsa e sálvia. Por fim, o alimento era servido junto de pão, gengibre, verjuice — um suco altamente ácido —, sal e açafrão.</body>

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5 refeições bizarras que eram normais na Era Medieval

Imagem de O que é caviar e como coletá-lo? no megacurioso

Visto como uma comida extremamente requintada ao redor do mundo, o caviar é queridinho entre as pessoas mais endinheiradas

Voc&ecirc; sabe o que &eacute; caviar ou j&aacute; teve a oportunidade de experimentar esse prato alguma vez na vida? Tendo em vista que esse &eacute; um alimento bastante requintado e costuma vir acompanhado de pre&ccedil;os exorbitantes em um restaurante, &eacute; de se imaginar que nem toda pessoa no mundo tenha tido essa oportunidade.
Para quem desconhece, o caviar nada mais &eacute; do que as ovas n&atilde;o-fertilizadas de peixes selvagens, sobretudo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119373-conheca-o-esturjao-branco-o-peixe-de-armadura-ameacado-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esturj&atilde;o</a>. Ent&atilde;o, se voc&ecirc; ainda est&aacute; em d&uacute;vida do porqu&ecirc; esse prato faz com que pessoas paguem tanto dinheiro para consumi-lo, n&oacute;s falaremos um pouco mais sobre os bastidores culin&aacute;rios nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos. Olhe s&oacute;!
<h2>O que &eacute; caviar?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/23/23170529626117.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Como dito anteriormente, o caviar s&atilde;o as ovas de peixes que ainda n&atilde;o foram fertilizadas. O esturj&atilde;o, visto como o fornecedor principal da mat&eacute;ria-prima dessa receita, &eacute; comumente encontrado no Mar C&aacute;spio. Poucas pessoas sabem, mas ele &eacute; o maior peixe de &aacute;gua salgada do mundo depois do tubar&atilde;o-baleia.
Quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/cabelos/85153-o-luxo-do-caviar-para-a-beleza-dos-cabelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caviar</a> surgiu no mundo, s&oacute; era aceito que a receita fosse feita com as ovas de esturj&atilde;o. Por&eacute;m, com o passar das gera&ccedil;&otilde;es, a oferta foi se tornando cada vez mais escassa e adapta&ccedil;&otilde;es passaram a surgir. Atualmente, cozinheiros tamb&eacute;m podem procurar por ovas de outros peixes, como o salm&atilde;o, truta, lumpo e a tainha.&nbsp;
Em geral, essa comida consiste em pequenas bolinhas pretas, rosas ou de outra cor, que costumam ter apar&ecirc;ncia gosmenta. O sabor &eacute; de peixe intensificado e, por esse motivo, tende a ser ingrediente de canap&eacute;s sofisticados. N&atilde;o &eacute; comum que o caviar receba qualquer tipo de aditivo, corante ou conservante, explicando sua raridade.
<h2>Como o caviar &eacute; colhido?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/23/23170532220118.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para que o caviar seja feito, &eacute; preciso que os especialistas realizem o processo de extra&ccedil;&atilde;o das ovas do esturj&atilde;o (ou outro peixe). Para isso, eles podem optar por dois caminhos: o m&eacute;todo humanit&aacute;rio ou a colheita cl&aacute;ssica. Enquanto o segundo mata o peixe, o primeiro o mant&eacute;m vivo e extrai as ovas por vivace ou cesariana.&nbsp;
<h3>M&eacute;todo Cl&aacute;ssico</h3>
Essa &eacute; a forma como a maioria das pessoas realiza a coleta das ovas, mesmo com os avan&ccedil;os na agricultura, pesca e tecnologia de produ&ccedil;&atilde;o. Como as popula&ccedil;&otilde;es de esturj&otilde;es selvagens deca&iacute;ram durante as &uacute;ltimas d&eacute;cadas, esse tipo de pr&aacute;tica tornou-se cada vez mais pol&ecirc;mica e alternativas passaram a aparecer.
Em pisciculturas e pescarias modernas que ainda usam o m&eacute;todo cl&aacute;ssico, costuma-se colocar os peixes adultos que carregam as ovas em gelo. Ap&oacute;s serem resfriados lentamente, eles t&ecirc;m o movimento reduzido, diminuem o teor de gordura e tornam-se inconscientes para a colheita, na qual ser&atilde;o mortos rapidamente. Os sacos de ovas precisam ser removidos do corpo rapidamente para que o esturj&atilde;o n&atilde;o libere um produto qu&iacute;mico que comprometa a colheita.
<h3>M&eacute;todo Humanizado</h3>
Mais recentemente, algumas empresas t&ecirc;m optado por m&eacute;todos sem crueldade para dar prosseguimento &agrave; colheita de caviar. Para isso, basta uma terapia hormonal combinada com t&eacute;cnicas de ordenha e/ou cirurgia simples para obter ovos estabilizados sem prejudicar o peixe.
N&atilde;o &eacute; f&aacute;cil colher o caviar sem matar o animal em quest&atilde;o, por isso &eacute; um processo bem mais caro que o normal, principalmente porque nem todo ovo n&atilde;o fertilizado &eacute; comest&iacute;vel e os fertilizados n&atilde;o podem ser colhidos. Por esse motivo, todo peixe ovulando recebe horm&ocirc;nio ou prote&iacute;na &ldquo;sinalizadora&rdquo; v&aacute;rios dias antes da colheita para que os sacos de ovos saiam com mais facilidade.
<h2>Extin&ccedil;&atilde;o do esturj&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/23/23170534954119.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Por ter se tornado um alimento popular, &eacute; evidente que a procura por caviar&nbsp;geraria uma diminui&ccedil;&atilde;o na popula&ccedil;&atilde;o de peixes usados para a colheita de ovas, tal qual o esturj&atilde;o. O problema, entretanto, &eacute; que o esturj&atilde;o est&aacute; passando a ser considerado extinto, principalmente pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119188-medo-de-caca-altera-habitos-de-macacos-e-os-afasta-de-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ca&ccedil;a predat&oacute;ria</a> para a produ&ccedil;&atilde;o de caviar.&nbsp;
Recentemente, a Conven&ccedil;&atilde;o sobre o Com&eacute;rcio Internacional de Esp&eacute;cies Amea&ccedil;adas (CITES) das Na&ccedil;&otilde;es Unidas afirmou que o com&eacute;rcio dessas ovas est&aacute; insustent&aacute;vel e a preocupa&ccedil;&atilde;o aumenta porque esses peixes reproduzem com pouca frequ&ecirc;ncia &mdash; um esturj&atilde;o demora 25 anos para atingir a maturidade sexual.
Com base no estudo de especialistas, caso a pesca excessiva &mdash; e muitas vezes clandestina &mdash; continue acontecendo, essa esp&eacute;cie corre s&eacute;rio risco de deixar de existir daqui a alguns anos.&nbsp;

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O que é caviar e como coletá-lo?

Imagem de 5 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre canibalismo no megacurioso

Entenda os segredos das sociedades canibais e o que poderia levar um ser humano a se alimentar de outro

S&atilde;o raras as vezes que o canibalismo est&aacute; ligado unicamente &agrave; fome. Na maioria dos casos, seja envolvendo fabricantes de rem&eacute;dios na Europa, seja em tribos nativas do Novo Mundo, seja com psicopatas, a "cultura canibal" representa algum sentido mais profundo na vida dos envolvidos.
O que isso quer dizer? Significa que tudo relacionado a essa pr&aacute;tica pode ser bastante cruel e perverso. Por isso, listamos cinco coisas que voc&ecirc; provavelmente n&atilde;o sabia sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109250-canibalismo-em-situacoes-de-sobrevivencia-e-crime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>.
<h2>1. Verdadeiros canibais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/22/a-22185855277621.jpg" alt="a" />(Fonte: Unsplash)
Da Idade M&eacute;dia at&eacute; o fim da Era Vitoriana, os europeus ficaram conhecidos por engolirem praticamente todas as partes do corpo humano como se fosse um medicamento. Na &eacute;poca, era comum questionar qual tipo de pessoa seria ideal ser consumida para curar certos problemas.
Assim, eles foram os primeiros grandes canibais do planeta, tendo come&ccedil;ado com o tr&aacute;fico de m&uacute;mias do Egito. Receitas do s&eacute;culo XV orientavam as pessoas a preparar a carne humana com p&oacute; de mirra e aloe antes de ser macer&aacute;-la no vinho.
<h2>2. Canibalismo da fome</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15115704656238.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ap&oacute;s a Reforma Protestante na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119829-canibalismo-na-europa-de-pratica-heroica-a-barbara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a>, os povos civilizados da &eacute;poca estavam se matando durante as guerras. Em 1590, com Paris (Fran&ccedil;a) sitiada por Henrique de Navarra, um comit&ecirc; de emerg&ecirc;ncia contra a fome concordou que o p&atilde;o deveria ser feito com ossos do Cemit&eacute;rio dos Santos Inocentes como uma medida desesperada &mdash; e aqueles que consumiram o produto morreram.
A fome era tamanha no continente que o canibalismo acontecia em todas as partes. Na aldeia de Steinhaus (Alemanha) no fim de 1636, uma mulher supostamente atraiu uma menina de 12 anos e um menino de 5 anos para sua casa, matou-os e os devorou com seu vizinho.
<h2>3. Vivendo entre canibais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15115544062237.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na d&eacute;cada de 1550, o viajante franc&ecirc;s Jean de L&eacute;ry decidiu passar algum tempo entre a tribo de canibais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119729-indio-tibira-o-primeiro-caso-de-homofobia-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tupinamb&aacute;</a> no Brasil. Para ele, aquele lugar era mais confort&aacute;vel do que sua terra natal. Ao voltar para a Fran&ccedil;a anos depois, ele presenciou m&uacute;ltiplos ataques e execu&ccedil;&otilde;es forjadas pela Igreja Cat&oacute;lica. Mas n&atilde;o era como se ele fosse um adepto da pr&aacute;tica.
Ao viajar para Sancerre, uma comuna francesa devastada pela guerra, deparou-se com a cena de uma fam&iacute;lia discutindo se deveria comer a filha rec&eacute;m-falecida para matar a fome. Cansado de tanta brutalidade, ele vomitou diante de todos.&nbsp;
<h2>4. Canibalismo interno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15115429593236.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Tribos canibais comiam os rivais como forma de escalada do &oacute;dio e da viol&ecirc;ncia. E havia todo um ritual envolvido. Os tupinamb&aacute;s s&oacute; devoravam um ref&eacute;m ap&oacute;s ele ter sido inclu&iacute;do na tribo por pelo menos 1 ano. Nesse meio-tempo, a pessoa j&aacute; teria obtido uma casa pr&oacute;pria e tido at&eacute; filhos na aldeia, os quais tamb&eacute;m seriam consumidos ao fim do processo.
Apesar de sofrer dor e exaust&atilde;o aparentemente al&eacute;m dos limites da resist&ecirc;ncia humana, a v&iacute;tima essencialmente cooperaria em todo o processo porque compartilhava certas cren&ccedil;as religiosas b&aacute;sicas com seus algozes, sempre acreditando estar sendo observada pelo deus do Sol.&nbsp;
<h2>5. Crueldade sem limites</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15115932970241.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo os relatos do escritor franc&ecirc;s C&eacute;sar Rochefort, tribos ind&iacute;genas dos pa&iacute;ses ao redor dos Andes poderiam ser mais cru&eacute;is do que um tigre, amarrando as v&iacute;timas a um poste e cortando somente os peda&ccedil;os de carne "mais deliciosos" do corpo.
Isso significa que ningu&eacute;m era desmembrado. O foco principal eram a panturrilha, as coxas, as n&aacute;degas e os bra&ccedil;os. Enquanto a pessoa era obrigada a se ver sendo devorada, os membros da tribo se tingiam com o sangue derramado.&nbsp;
Mesmo assim, os participantes do ritual tinham certo n&iacute;vel de cren&ccedil;a no processo. Caso o indiv&iacute;duo conseguisse se manter em sil&ecirc;ncio enquanto era devorado, seria aben&ccedil;oado pelos deuses e obteria o respeito de todos os membros do grupo.

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5 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre canibalismo

Imagem de Marie Taglioni: quando fãs jantaram suas sapatilhas de balé no megacurioso

Nascida em 23 de abril de 1804, em Estocolmo (Su&eacute;cia), Marie Taglioni sempre teve sua vida cercada pela dan&ccedil;a. Seu pai, Filippo Taglioni, era core&oacute;grafo e dan&ccedil;arino; e sua m&atilde;e, Sophie Karsten, era&nbsp;bailarina e pintora. Ent&atilde;o, era praticamente o destino dela seguir os passos de uma carreira art&iacute;stica.
Ainda muito jovem, Marie&nbsp;Taglioni se mudou para Viena com sua fam&iacute;lia e foi onde come&ccedil;ou seu treinamento de bal&eacute;&nbsp;sob a dire&ccedil;&atilde;o de Jean-Fran&ccedil;ois Coulon e de seu pai. Mas, apesar de ter sido treinada por Coulon, nomeado mestre de bal&eacute; da corte em Viena, a t&eacute;cnica dela n&atilde;o estava de acordo com os padr&otilde;es que impressionavam o p&uacute;blico.
Para aperfei&ccedil;oar isso, o pai da mo&ccedil;a criou uma rotina de treinamento rigorosa de 6 meses, com jornadas de 2 horas di&aacute;rias pela manh&atilde; de exerc&iacute;cios com foco nas pernas e mais 2 horas &agrave; tarde com foco em movimentos que a ajudariam a refinar sua postura na dan&ccedil;a.
<h2 class="uk-text-justify">O marco de uma era</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e8/Taglioni-marie-guttmann-aus-der-fruehzeit-der-photographie-frankfurt1930-tafel17.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08000633981055.jpg" alt="Marie Taglioni. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Marie Taglioni. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Devido &agrave;s suas propor&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas limitantes, a jovem Taglioni se esfor&ccedil;ou o m&aacute;ximo que conseguiu, aumentando a amplitude de movimentos e desenvolvendo sua for&ccedil;a. Ela, ent&atilde;o, concentrou sua energia em sua forma para o p&uacute;blico, apostando menos em truques muito elaborados e piruetas desafiadoras. Dessa forma, ela estreou no bal&eacute; La Reception d&rsquo;une Jeune Nymphe &agrave; la Cour de Terpsichore.
Foi s&oacute; ao ingressar na &Oacute;pera de Paris, aos 23 anos, que Taglioni ganhou fama como dan&ccedil;arina, principalmente quando seu pai criou o bal&eacute; La Sylphie, em 1832, projetado para mostrar o talento dela. Foi o primeiro espet&aacute;culo em que essa bailarina tinha que dan&ccedil;ar na ponta dos p&eacute;s.
Ao longo de toda sua carreira, ela se tornou uma celebridade de valor inestim&aacute;vel para o s&eacute;culo XIX, com f&atilde;s obcecados por toda a parte. Seu porte atl&eacute;tico e art&iacute;stico como dan&ccedil;arina se tornou uma caracter&iacute;stica lend&aacute;ria, com sua delicadeza incompar&aacute;vel conquistando a todos.
<h2 class="uk-text-justify">O jantar inesperado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08001118262058.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O fanatismo de seus f&atilde;s foi algo que se destacou em sua carreira, porque ningu&eacute;m havia sido t&atilde;o adorado assim at&eacute; ent&atilde;o. Em 1842, todo esse amor incondicional foi al&eacute;m de flores e aut&oacute;grafos na porta do teatro.
Tudo aconteceu quando um escritor de viagens e comentarista chamado Edward Tracy Turnerelli alegou ter comprado as sapatilhas de Taglioni pelo equivalente a US$ 12 mil. A compra teria sido feita por meio de um dono de hotel que disse que a bailarina as esqueceu no quarto onde estava hospedada. Turnerelli, um f&atilde; ass&iacute;duo da mulher, juntou-se a outros 35 f&atilde;s para angariar dinheiro o suficiente e compr&aacute;-las.
Em posse das sapatilhas, Turnerelli afirmou que as preparou como um fricass&ecirc;, mas no lugar da carne optou pelo instrumento de trabalho de Taglioni, coberto por um caldo de molho branco. E, para fazer o prato descer bem, ele abriu o melhor champanhe que seu dinheiro conseguiu comprar. Com os demais f&atilde;s, ele comeu a sapatilha de tecido inteira, do estofado &agrave;s solas de couro.
At&eacute; hoje n&atilde;o se sabe qual &eacute; o fundo de verdade presente em toda a hist&oacute;ria desse jantar, mas isso foi infame o suficiente para se tornar um sucesso. Verdade ou n&atilde;o, o &uacute;nico que saiu ganhando foi o dono do hotel, que faturou muito sem ter que provar que as sapatilhas eram ou n&atilde;o de Marie Taglioni.

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