Imagem de Assistimos! A Ursa Polar, da Disney+, promete aquecer os corações no megacurioso

O filme A Ursa Polar está disponível a partir de hoje (22) para assinantes do Disney+. Leia nossa review completa!

<head></head><body>A Ursa Polar, dos criadores de Penguins e Monkey Kingdom, estreia nesta sexta-feira (22) no Disney+, prometendo comover os espectadores e trazer uma linda — e preocupante — mensagem sobre o progresso da vida animal no Ártico. Com status de megaprodução, aspectos técnicos dedicados e roteiro hollywoodiano, a jornada de sobrevivência dos ursos chega para consolidar o papel social do selo Disneynature e aproximar o público das notícias vistas diariamente sobre as mudanças climáticas.Produzido por Alastair Fothergill e Jeff Wilson, A Ursa Polar contou com um longo processo de desenvolvimento, levando a equipe criativa a atuar por quase 250 dias ativamente em campo. Durante esse tempo, os editores de filmagem caminharam pouco mais de mil quilômetros de seu acampamento, em Svalbard, Noruega, para o Polo Norte, presenciando geleiras, grandes extensões de tundra congelada, fiordes e toda a ambientação propícia para a criação do cenário perfeito de caça.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22150844336385.jpg" alt="(Fonte: Disneynature / Reprodução)">(Fonte: Disneynature / Reprodução)O filme revela a história de uma família de ursos polares e mostra como a matriarca pôde cuidar de seu casal de filhotes, ensinando os princípios da sobrevivência e a necessidade de preservar seus esforços, em especial devido à escassez de recursos e à hostilidade da região. Toda a trama é narrada por Catherine Keener (Capote, Quero Ser John Malkovich), que dá voz à pequena descendente e inspira reflexões profundas sobre a vida e instintos. Confira abaixo tudo — e um pouco mais — sobre o longa-metragem:<h2>Seguros, mas até quando?</h2>Desde os primeiros momentos do filme, é possível observar como uma mãe dedicada guia e prepara seus filhos para uma vida independente. Com pequenos passos e gestos, ela ensina os mais jovens a buscar alimento, encontrar locais seguros, caminhar entre falhas e regiões desniveladas, e a contar com os recursos da natureza, seja como forma de se proteger de predadores ou durante a caça por focas, leões-marinhos e gaivotas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22150540586377.jpg" alt="(Fonte: Disneynature / Reprodução)">(Fonte: Disneynature / Reprodução)A partir dessa proposta, os pequenos animais começam a eliminar os medos e desenvolvem uma confiança ímpar em relação à mãe. Todas as situações, narradas pela voz de Catherine Keener e monologadas pela ursinha, sugerem uma familiaridade crescente, e geram uma espécie de memorialismo que nos coloca no lugar dos mamíferos e permite pensar: essa poderia ser a minha família.Porém, diversos eventos hostis transformam a rotina dos ursos em uma montanha russa, e a ausência das condições básicas, ampliada pela transformação brusca no cenário natural, gera preocupações e, em muitos casos, a falta de perspectiva sobre o dia seguinte. Até quando será possível aguentar ficar em um certo local? Amanhã haverá comida? Nossos semelhantes nos encaram como ameaças? Perguntas e mais perguntas surgem, com tons de proximidade, empatia e respeito resultando em cenas muito emocionantes.<h2>Lindo, mas apavorante</h2>A Ursa Polar é um espetáculo visual capaz de transformar a desolação em um cenário hipnotizante. Em meio à solidão e ao silêncio, cada ação dos animais torna-se mais perceptível, e não apenas seus comportamentos distintos, mas também as atividades primárias de todo ser vivo, como a própria respiração. Desde esse momento, há o primeiro contato com uma proximidade absurda, que faz o espectador se compadecer com a tragédia ambiental no Ártico e com o próprio estilo de vida solitário dos ursos.Tudo isso é muito intensificado pelo excelente — reforçando, excelente — trabalho técnico de toda a equipe de produção. As filmagens são impressionantes e transformam os ursos em atores; é impossível não se questionar sobre a realidade daquele material, de tão vivo que é. A trilha sonora, composta por Harry
Gregson-Williams, é um encanto e transmite exatamente o que ocorre: feche seus olhos e, mesmo assim, será capaz de entender os sentimentos. Além disso, cabem muitos elogios ao time de iluminação, fotografia, edição de som e mais, pois realmente é perceptível o desafio em capturar cada detalhe.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22150759508383.jpg" alt="(Fonte: Disneynature / Reprodução)">(Fonte: Disneynature / Reprodução)Essa beleza é um intenso contraste com o que de fato ocorre no mundo real, e claramente é uma maquiagem cinematográfica não para disfarçar a tragédia que vive o ecossistema local — com uma perda de 13% das geleiras por década, nos últimos 30 anos —, mas para concentrar no foco narrativo: a luta dos ursos.<h2>Sensibilidade a partir do íntimo</h2>Se a narração de Keener aproxima o público dos animais, suas atitudes em A Ursa Polar despertam todos os tipos de sensações. Em pouco mais de 90 minutos de filme, os espectadores certamente se divertirão, ficarão chocados e chorarão, algumas vezes com aquele sorriso no canto da boca, outras vezes com uma profunda tristeza e com a vontade de fazer algo pelo planeta.A produção de Fothergill e Wilson cumpre com a difícil responsabilidade de retratar, com veracidade, os enfrentamentos que espécies de animais vêm realizando no Ártico, principalmente após a intensificação do aquecimento global e os impactos das mudanças climáticas. Cada vez mais fracos, grupos em ambientes extremos se digladiam pelo último pedaço de comida, disputam locais de repouso e se reúnem em pontos cada vez mais estreitos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22151953039401.jpg" alt="(Fonte: Disneynature / Reprodução)">(Fonte: Disneynature / Reprodução)Além de contar com um roteiro pontual e certeiro, o filme utiliza mecanismos de filmagens para comparar, em tempo real, as paisagens congeladas, transitando entre áreas de alto relevo e blocos na superfície do oceano. Dessa forma, os detalhes são trabalhados para que o público perceba, de forma acessível, como as ações do homem desafiam as leias da natureza, e como, em resposta, o meio ambiente reage após cada uma delas.<h2>Uma experiência de vida</h2>Muito mais que só um filme, A Ursa Polar&nbsp;é uma verdadeira experiência que provoca, intimida e mexe com o coração das pessoas. Cada shot é um golpe certeiro, capaz de nos fazer ir além de todos os aspectos visuais para questionar e entender a posição no mundo; definir de que forma é possível contribuir para a manutenção dos ecossistemas. Em uma época que tanto se discute, especialmente nas redes, sobre notícias falsas e projeções exageradas das tragédias naturais, a obra da Disney aparece para provar, de maneira crua e direta, o que está ocorrendo, de fato, nos confins do planeta.O documentário agrega significativamente ao catálogo do Disneynature e contribui com a formação de uma sociedade mais empática, ensinando de forma didática e atraindo um público mais jovem — apesar de mostrar conteúdos para todas as idades — para discussões cada vez mais válidas e pertinentes.</body>

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Assistimos! A Ursa Polar, da Disney+, promete aquecer os corações

Imagem de Como o cristianismo transformou curandeiras em bruxas? no megacurioso

A Igreja Católica foi responsável pela transformação das bruxas, que eram mulheres sagradas dentro de suas comunidades, em seres demoníacos que deveriam ser perseguidos

As bruxas s&atilde;o personagens femininas muito comuns em contos de fada e na fic&ccedil;&atilde;o. Nessas hist&oacute;rias, elas normalmente aparecem como idosas, feias, com nariz adunco, frequentemente mexendo em um grande caldeir&atilde;o no qual fazem suas po&ccedil;&otilde;es.
Mas a verdade &eacute; que esse imagin&aacute;rio, de certa forma, &eacute; uma cria&ccedil;&atilde;o do cristianismo, que passou a simbolizar as bruxas como o lado mais sombrio do feminino, incapaz de ser "domado" em uma sociedade comandada por homens. Antes disso, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas</a> j&aacute; existiam, mas eram vistas como curandeiras, pessoas sagradas dentro de sua comunidade.
Neste texto, contamos a voc&ecirc; como se deu esse processo de "criminaliza&ccedil;&atilde;o" das bruxas, especialmente pela Igreja Cat&oacute;lica.
<h2>A hist&oacute;ria das bruxas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30184430946554.jpg" alt="(Fonte: Balaio Ca&oacute;tico)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A ideia das bruxas j&aacute; existia em culturas antigas. Elas apareciam, por exemplo, na mitologia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/42967-conheca-15-belezas-naturais-do-oriente-medio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oriente M&eacute;dio</a>, e eram representadas como mulheres que teriam condi&ccedil;&otilde;es de acudir e ajudar o seu grupo em situa&ccedil;&otilde;es dif&iacute;ceis. Eram mulheres s&aacute;bias que faziam visitas domiciliares &agrave;s fam&iacute;lias, realizavam partos, tratavam da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103490-na-idade-media-a-cura-para-a-infertilidade-era-bastante-nojenta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infertilidade</a> e curavam a impot&ecirc;ncia.
N&atilde;o se sabe exatamente em que momento a imagem das bruxas come&ccedil;ou a pender mais a coisas negativas do que positivas. No entanto, alguns pesquisadores acreditam que isto se iniciou antes mesmo do nascimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116852-arqueologos-descobrem-possivel-local-onde-jesus-operou-um-milagre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo</a>, a partir de uma expans&atilde;o cultural indo-europeia que valorizava os deuses masculinos da guerra, que passaram a sobrepujar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121432-5-deusas-da-beleza-de-diferentes-mitologias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divindades femininas</a>.
Assim, as bruxas &mdash; que eram sempre mulheres &mdash; foram sendo gradualmente associadas aos elementos do feminino tidos como mais perigosos, como a capacidade de conhecer a fundo e manipular a natureza. Vale lembrar que parte de suas atividades envolvia a cura de enfermidade por meio das ervas.
<h2>As bruxas e o cristianismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30184515852555.jpg" alt="(Fonte: Darkside)" />(Fonte: Library of the World's Best Literature)
Com o advento e a difus&atilde;o do Cristianismo, passa-se a demonizar cren&ccedil;as e rituais entendidos como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113401-a-origem-do-carnaval-uma-festa-paga-ou-crista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pag&atilde;os</a>", ou seja, anteriores &agrave; doutrina crist&atilde;. As bruxas, ent&atilde;o, seriam exemplares perfeitos para serem exibidos como contraponto a uma suposta moralidade do Cristianismo.
No s&eacute;culo XIII, quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119673-6-fatos-para-entender-a-peste-bubonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peste negra</a> devastou a Europa, a Igreja Cat&oacute;lica acentuou a ideia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120409-como-o-diabo-mudou-de-cara-e-funcao-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabo</a>, de modo a responsabilizar algum ente por uma trag&eacute;dia que ningu&eacute;m conseguia entender ou explicar. Os adoradores do diabo, portanto, seriam tamb&eacute;m culpados pelas milhares de mortes que dizimaram as fam&iacute;lias no velho continente.
Para ressaltar isso, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45625-curiosidades-gerais-sobre-o-sinistro-tribunal-da-santa-inquisicao-espanhola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inquisi&ccedil;&atilde;o</a> da Igreja Cat&oacute;lica, que havia sido criada h&aacute; d&eacute;cadas, destinou seus esfor&ccedil;os na identifica&ccedil;&atilde;o e puni&ccedil;&atilde;o das causas (n&atilde;o cat&oacute;licas, &eacute; claro) dessas mortes em massa. As bruxas, afeitas a rituais tidos como pag&atilde;os, passaram a ser consideradas demon&iacute;acas.
<h2>A ca&ccedil;a &agrave;s bruxas se espalha pela Europa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30184723868561.jpg" alt="(Fonte: Amino Apps)" />(Fonte: Fine Art Images/Heritage Images/Getty Images)
Sendo assim, passou-se a espalhar que essas mulheres participavam de assembleias em que praticavam sexo prom&iacute;scuo, dan&ccedil;avam nuas e comiam carne de beb&ecirc;s humanos. Em seguida, a Igreja Cat&oacute;lica produziu um livro chamado&nbsp;Malleus Maleficarum, que ajudaria os "ca&ccedil;adores de bruxas" a identificar as mulheres perversas que seriam potencialmente presas f&aacute;ceis para o diabo.
A obra, que tamb&eacute;m era chamada de "Martelo das Bruxas", funcionava como uma esp&eacute;cie de manual inquisit&oacute;rio e trazia indica&ccedil;&otilde;es para se identificar um praticante de heresias. Dentre as indica&ccedil;&otilde;es, estavam a de verificar se a pessoa possu&iacute;a "marcas do diabo" no corpo (como verrugas e cicatrizes), se ela aparecia nos sonhos de outras pessoas e se possu&iacute;a em casa instrumentos ligados &agrave; magia (como pil&otilde;es, velas e certas plantas).
Nem &eacute; preciso dizer que esse livro, e o clima de histeria religiosa que circulava na Europa, foram respons&aacute;veis pela promo&ccedil;&atilde;o de uma verdadeira chacina. Nos anos 1600, o continente estava tomado pelo movimento de &oacute;dio em dire&ccedil;&atilde;o a essas mulheres consideradas bruxas.
Os piores pa&iacute;ses nessa ca&ccedil;ada foram a Fran&ccedil;a e a Alemanha. Num famoso caso ocorrido na cidade alem&atilde; de W&uuml;rzburg, os ju&iacute;zes locais consideraram que a maior parte dos moradores estava tomada pelo diabo, o que levou que centenas de mulheres inocentes fossem condenadas &agrave; morte.

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Como o cristianismo transformou curandeiras em bruxas?

Imagem de Rainha da Tristeza: o programa que humilhava mulheres pobres no megacurioso

O reality show da década de 1950 era destinado a entreter a classe média americana com a vida sofrida das mulheres

<head></head><body>Não é nenhuma novidade o quanto a mulher foi explorada, exposta e espetacularizada através dos séculos, desde sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121229-venda-de-esposas-a-bizarra-pratica-de-divorcio-do-seculo-xvii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">venda em praça pública</a> até seu emburrecimento sistemático durante a Guerra Fria com anúncios que enalteciam apenas seus corpos, mas em meados dos anos 1900, isso foi levado para um novo nível quando um programa popular da televisão americana criou um quadro para explorar mulheres apenas por serem pobres.Ainda que não seja muito difícil de encontrar esse tipo de sensacionalismo barato na televisão atualmente, o que foi feito ultrapassou a crueldade, principalmente porque se tornou, basicamente, um retrato do quanto o governo e a própria sociedade valorizava apenas quem poderia pagar, por exemplo, para entrar em um clube privado.O programa Rainha por um Dia (Queen for a Day), também conhecido como Rainha da Tristeza, apesar do nome, não tinha nada a ver com um dia em que elas seriam bajuladas ou teriam seu visual repaginado. Tudo visava apenas envergonhá-las.<h2>Um show de exploração</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11150455809367.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)O reality show destinado à classe média norte-americana se concentrava nos problemas com os quais a maior fatia das famílias da sociedade que viviam em situação de pobreza tinham que lidar, como uma espécie de Jogos Vorazes da vida real.A princípio, o programa começou no rádio, em 1945, visto que menos de 50% dos lares americanos tinham televisão, mas entrando na década de 1950 passou a ser televisionado com apresentação de Jack Bailey.O programa prometia e até justificava suas ações dando a essas mulheres solteiras, mães ou viúvas utensílios que lhes poderiam ser úteis, como panelas para cozinhar, e as apelidando de "rainhas", tanto por sua suposta bravura por enfrentarem a pobreza quanto porque acreditavam que toda mulher era, por nascimento, uma — até mesmo aquelas que eram parcialmente analfabetas, como gostavam de pontuar.<h2>"Pornografia" ao vivo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11151745029380.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)Cada episódio contava com a participação de quatro ou cinco mulheres que competiam entre si para ganhar o título e o prêmio risível contando suas histórias tristes. Quanto mais miseráveis, melhor para comover a plateia classe média, que ria com a desgraça alheia, que podia ser desde a necessidade de uma cadeira de rodas para uma criança com paralisia cerebral até uma cama de solteiro.Lili Meier ganhou o prêmio Rainha por Um Dia ao revelar que era uma sobrevivente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentração de Auschwitz</a>, ganhando a remoção de sua tatuagem no antebraço após alcançar a nota máxima de aplausos em um Medidor de Aplausos localizado na plateia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13141759317302.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Considerado uma “pornografia da pobreza”, o objetivo do programa era ver as mulheres suarem, tremerem ou tentarem impressionar o público com suas histórias infelizes. O apresentador fazia de tudo para deixá-las o mais desconfortável o possível através de perguntas maliciosas e cutucadas em suas feridas.Além de todo esse show de horrores, o programa também servia para promover de maneira bem ordenada o consumismo, visto que a televisão americana se tornou um catálogo de venda de produtos, cujo público alvo eram as mulheres, no final da Segunda Guerra Mundial.</body>

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Rainha da Tristeza: o programa que humilhava mulheres pobres

Imagem de Hananuma Masakichi fez a estátua mais realista do mundo de si mesmo no megacurioso

Ele esculpiu 2 mil peças individuais de madeira e as colou de maneira tão perfeita que nem mesmo com uma lupa era possível perceber

<head></head><body>Quando o assunto é estátua de cera realista, é muito provável que você tenha como referência a artista <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/70308-a-forca-esta-com-eles-o-impressionante-trabalho-no-madame-tussauds.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marie Tussaud</a> (1761-1850), que começou no ramo de modelagem após aprender tudo com o Dr. Phillipe Curtius, um médico para o qual trabalhou. Apesar de seu nome ser imortalizado no famoso museu Madame Tussaud, em Londres, a mulher era francesa e deu início a sua carreira modelando vítimas da Revolução Francesa antes de se mudar para a Inglaterra e atingir o estrelato na arte.O que Tussaud ou até mesmo o Dr. Curtius faziam é fruto da arte japonesa milenar de criar as iki-ningyo, mais conhecidas como "bonecas iki de tamanho natural", que se tornaram populares durante o período Edo, compreendido entre 1603 e 1868, no Japão. As obras de artistas, como Yasumoto Kamehachi e Matsumoto Kisaburo, contribuíram para começar um movimento de extremo realismo de bonecas de cera.Olhar para a história desse movimento artístico que inspirou nomes como Tussaud, é ver o trabalho pouco lembrado do escultor japonês Hananuma Masakichi.<h2>A perfeição em madeira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11144025221346.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Infelizmente, pouca coisa se sabe sobre a carreira de Masakichi, bem como de sua vida pessoal. Acredita-se que ele tenha nascido em meados de 1832, no Japão, cujas obras consideradas preciosas para a história das bonecas iki sobreviveram em coleções dos museus Ripley’s Believe it or Not, nos EUA, e do Sheffield Museum, em Londres.A mais notória obra realista de Masakichi que deixou os historiadores de arte chocados, foi um autorretrato que ele teria feito para sua amada esposa quando descobriu que sofria de tuberculose, aos 53 anos, doença que causou sua morte em 1895.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11144212361347.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Ele usou vários espelhos posicionados em ângulos diferentes para conseguir copiar do formato a textura de seu corpo, chegando a usar o próprio cabelo e pelos do corpo na estátua, inserindo-os em mínimos furos na madeira e colocando cada folículo por vez. Masakichi também imitou todas as veias aparentes, tendões tensionados, músculos e ossos abaixo da superfície da madeira, ainda que a estátua fosse oca. No total foram 2 mil peças individuais esculpidas e coladas de maneira tão perfeita que nem mesmo com uma lupa era possível perceber.Quando atingiu o estágio final de sua doença, o escultor decidiu usar seus dentes, unhas dos pés e das mãos em sua obra. Masakichi a finalizou em algum momento de 1885, na cidade de Yokohama, e a notícia de seu feito extraordinário se espalhou rapidamente quando ele a revelou. Imóvel na mesma posição ao lado da estátua, ninguém conseguia diferenciar qual era o Masakichi verdadeiro.<h2>Um marco esquecido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11144327690348.jpg" alt="Robert Ripley. (Fonte: Maritime Fun Group/Reprodução)">Robert Ripley. (Fonte: Maritime Fun Group/Reprodução)Dez anos após ter concluído sua magnum opus, Masakichi sucumbiu à doença e faleceu sem nunca ter ganhado um tostão com seu talento extraordinário. Em algum momento a estátua do homem foi parar na Califórnia, aparecendo em bares e restaurantes de entretenimento, principalmente no San Francisco Art Saloon, até que o empresário americano Robert Ripley ouvisse falar dela.O homem ficou fascinado pelo Masakichi de madeira, mas só conseguiu comprá-lo quando ficou famoso com o jornal, programa de rádio e televisão Believe It or Not, que apresentava curiosidades e fatos estranhos ao redor do mundo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Granger&nbsp;" data-fonte-url="https://www.granger.com/wmpix/por5/00r/0170505-ROBERT-L-RIPLEY-1890-1949-American-cartoonist-showman-and-entrepreneur-Photographed-in-1936-with-a-lifelike-wooden-statue-carved-in-the-likeness-of-its-sculptor-the-Japanese-artist-Hananuma-Masakichi-who.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11144539065350.jpg" alt="(Fonte: Granger/Reprodução)">(Fonte: Granger/Reprodução)Ripley passou 20 anos procurando pela estátua até encontrá-la em uma loja de velharias, em 1934, adquirindo-a por apenas US$ 10. Ela foi enviada para ser exibida na Feira Mundial de Chicago, depois passou grande parte de seu tempo na Ilha Bion, onde foi usada por Ripley para pregar pegadinhas nas pessoas com seu realismo surreal.A estátua de Masakichi está em exibição no Ripley’s Odditorium, em Amsterdã.</body>

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Hananuma Masakichi fez a estátua mais realista do mundo de si mesmo

Imagem de Junk food: a nojenta refeição dos pobres na Idade Média no megacurioso

Naquela época, um pastel ou torta de carne de porco estragada era o equivalente a um Big Mac. Ugh!

<head></head><body>Um levantamento do Centro de Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição feito entre 2013 e 2016, descobriu que, no geral, 36,6% dos adultos norte-americanos — cerca de 85 milhões de pessoas — consomem&nbsp;fast food&nbsp;ou junk food&nbsp;no geral. O percentual foi ainda maior para pessoas entre 20 e 39 anos (44,9%), e 40 e 59 anos (37,7%), indicando que aqueles acima de 60 anos ou mais são menos propensos a consumirem esse tipo de alimento.Não é à toa que os Estados Unidos figura o topo da lista quando o assunto é comida não saudável. Isso faz sentido com os números, visto que, como aponta o Ibis World, foi contabilizado em 2022 que existem 204.555 mil empresas de restaurantes de fast food no país, representando um aumento de 1,3% em relação a 2021.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20094536281081.jpg" alt="(Fonte: Hoje em Dia/Reprodução)">(Fonte: Hoje em Dia/Reprodução)Vale ressaltar que, a curto prazo, junk food desequilibra vários aspectos do organismo humano, afetando os níveis de açúcar no sangue, aumentando inflamações e mexendo com a pressão arterial. Já a longo prazo, a ingestão desenfreada desse tipo de alimento pode afeitar o coração, causar problemas de digestão, imunidade baixa, obesidade e entre outras causas.Mas se você achava que junk food&nbsp;é uma invenção que surgiu apenas com a globalização e avanços industriais do final do século XIX e início do século XX, está muito enganado.<h2>Um mal de séculos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20094646296082.jpg" alt="(Fonte: World History/Reprodução)">(Fonte: World History/Reprodução)Se a Pompeia já desfrutava de seu próprio tipo de restaurante de fast food, existir comida não saudável na Idade Média não é nada. Ainda que a modernidade tenha mudado esse aspecto social, a junk food daquela época era reservada apenas aos mais pobres.O equivalente aos atuais restaurantes fast food eram cozinhas independentes, chamadas, chamadas cook shops em Londres, que ou cozinhavam os ingredientes oferecidos pelos clientes, ou ofereciam comidas quentes prontas para retirada — o que fazia sentido porque a maioria dos cidadãos não tinha utensílios de cozinha tampouco combustível para preparar a própria refeição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20094857690083.jpg" alt="(Fonte: The Ultimate History Project/Reprodução)">(Fonte: The Ultimate History Project/Reprodução)Mas nada disso costumava ser remotamente saboroso, sobretudo saudável. Na Londres medieval, onde as tortas e pastéis de carne eram o equivalente a um Big Mac, os cozinheiros costumavam cozinhar com a carne estragada ou adoentada de porcos devido ao preço baixo de compra.Fora isso, a carne mal cozida também foi um problema do período. Os cozinheiros ganharam uma má reputação tão grande que um ditado medieval dizia: “Deus manda a carne, mas o diabo manda o cozinheiro”. Eles eram conhecidos por terem os piores hábitos de higiene possíveis, que já eram escassos, e não se importavam o mínimo com a qualidade dos alimentos. Mas as pessoas compravam porque não tinham opção, ainda que os alimentos fedessem ou estivessem em estado de decomposição.<h2>O pior lugar da Terra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Medievalist&nbsp;" data-fonte-url="https://www.medievalists.net/wp-content/uploads/2009/03/558px-7-alimenti_pane_Taccuino_Sanitatis_Casanatense_4182-e1519944244467.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20095010160085.jpg" alt="(Fonte: Medievalist/Reprodução)">(Fonte: Medievalist/Reprodução)As denominadas cook shops se tornaram uma tendência global, descentralizando-se da Europa medieval dos becos onde os pobres moravam, chegando até mesmo em Jerusalém, onde a rua onde os estabelecimentos se enfileiravam foi apelidada de "rua da culinária do mal", graças ao trabalho desempenhado pelos cozinheiros.Assim como o negócio se espalhou, a conduta de trabalho dos empregados parece que foi franqueada para que todos tratassem os alimentos e a comida com o mesmo desprezo. Moradores e viajantes se queixaram ostensivamente sobre os métodos, causando pequenos tumultos e revoltar contra os cozinheiros, mas sem sucesso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20095300037086.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Apesar de tudo, foram nesses lugares que o paladar europeu começou a ficar mais açucarado com a adição desenfreada de mel nas receitas, que proporcionava uma saciedade ainda maior. Na Inglaterra, os cozinheiros recheavam a massa frita de bolinhos com amêndoas, gengibre e a cobria com mel. Em outras receitas, o mel também foi clarificado, misturado as migalhas de pão e fervido para compor um pão de gengibre.Foi esse desejo todo que fez surgir a famosa sobremesa como último prato de uma refeição completa.</body>

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Junk food: a nojenta refeição dos pobres na Idade Média

Imagem de Como são avaliados os quesitos no Carnaval do Rio de Janeiro? no megacurioso

Você é um fã assumido de samba? Entenda quais requisitos as escolas de samba precisam cumprir para conseguir boas notas no Carnaval

<head></head><body>Após a alta de casos da covid-19 ter causado um grande atraso no Carnaval do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113402-carnaval-do-rio-de-janeiro-origens-e-historias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio de Janeiro</a>, as escolas de samba do Grupo Especial estão prontas para desfilar pelo Sambódromo da Marquês de Sapucaí entre os dias 22 e 23 de abril. Assim como em todos os anos, a festa é muito esperada pelos foliões e sobretudo para quem estará participando do desfile.Outro momento que gera muitas expectativas é a divulgação das notas dos jurados — números que definem quem se consagrará a nova escola campeã do Rio de Janeiro. Os quesitos sempre estão lá escritos para todo mundo ver, mas será que você sabe como eles são julgados? Pensando nisso, nós nos aprofundaremos nesse tema durante os próximos parágrafos. Olha só!<h2>Livro de regras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19183253011574.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que todos os anos um grupo de jurados é selecionado pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para julgar a apresentação de quem irá desfilar e dar suas notas sobre cada quesito. Como base, os jurados deverão usar o Manual do Julgador, criado pela própria Liesa, para avaliar as agremiações.&nbsp;Isso evita com que existam notas tão discrepantes assim e que os jurados sejam parciais. Além disso, o Carnaval do Rio de Janeiro conta com uma certa "matemática" de descartes de notas, trazendo mais equidade para a competição.<h2>Cálculo de notas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Results_of_the_Rio_de_Janeiro_carnival#/media/File:Mapa_de_notas_do_Grupo_B_-_2015.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19183430309576.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ao todo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carnaval</a> do Rio de Janeiro possui nove quesitos que serão levados em consideração para julgar as escolas de samba. Cada jurado poderá distribuir notas que vão de 9 a 10 para cada quesito, sendo o valor mais alto atribuído para as escolas que alcançaram a perfeição naquela categoria e vice-versa.&nbsp;No Carnaval carioca, as notas variam em casas decimais como 9,1; 9,2; 9,3 e por aí vai. Uma escola pode perder pontos em determinada categoria por não cumprir o número exato de ritmistas na bateria, apresentar nudez nos representantes, levar animais para a apresentação ou simplesmente falhar em qualquer outro critério do Manual.É importante ressaltar que cada agremiação possui um tempo mínimo de 60 minutos para desfilar pela Sapucaí e máximo de 70 minutos. Cada minuto faltante ou estourado resulta na perda de um décimo.<h2>Categorias avaliadas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval_do_Rio_de_Janeiro#/media/Ficheiro:DESFILE_DAS_ESCOLAS_DE_SAMBA_DO_GRUPO_ESPECIAL_NO_SAMBoDROMO_DO_RIO_DE_JANEIRO_(33126487906).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19183600199577.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Como dito anteriormente, serão nove categorias avaliadas durante o tempo de apresentação de cada escola de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120541-samba-quando-o-ritmo-brasileiro-era-considerado-crime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">samba</a> — cada qual com sua particularidade. São elas:<ul><li>Harmonia: os jurados devem avaliar se existe igualdade no canto do samba-enredo pelos componentes da escola em consonância com o intérprete. Alas que não estiverem cantando, errarem a letra ou cantarem fora do tom estarão prejudicando suas agremiações;</li><li>Samba-enredo:&nbsp;nesse quesito, letra e melodia são avaliadas separadamente. Uma boa letra deverá estar adequada ao enredo, ser rica poeticamente, bela e de bom gosto. Já a melodia deverá se encaixar nas características rítmicas do samba e facilitar o canto e a dança dos envolvidos;</li><li>Bateria: o grupo será julgado pela sua versatilidade e criatividade, além da perfeita conjugação dos sons dos instrumentos. Uma boa bateria também deve estar em consonância com o samba-enredo;</li><li>Alegoria:&nbsp;nesse quesito, é analisado se os carros da escola de samba estão bem acabados, se são pertinentes ao enredo e se estão sendo realizados de maneira correta;</li><li>Comissão de Frente:&nbsp;fantasias e coreografia são os temas principais desse quesito. Além disso, os participantes devem ter a capacidade de impactar o público;</li><li>Enredo: esse quesito é julgado por sua concepção e realização. Sendo assim, é importante que a escola traga um tema importante e com densidade cultural. Por fim, toda essa história precisa ser contada através das alegorias, fantasias e outros elementos expositivos;</li><li>Fantasia:&nbsp;as fantasias são julgadas pelas suas riquezas de cores, criatividade e riqueza de informação transmitida;</li><li>Mestre-sala e porta-bandeira:&nbsp;o casal que representa a escola é julgado pela sua graça, leveza e majestade. Além disso, devem estar em sintonia apresentar uma sequência de movimentos coordenados;</li><li>Evolução: aqui é julgado a fluência da apresentação. Espaçamento devido entre setores da agremiação, espontaneidade, criatividade, empolgação e vibração do desfile são pontos importantes. Buracos na avenida e atrasos são descontados nessa categoria.</li></ul></body>

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Como são avaliados os quesitos no Carnaval do Rio de Janeiro?

Imagem de Como surgiram as primeiras escolas de samba? no megacurioso

O Carnaval não surgiu no Brasil, mas aqui encontrou a sua melhor casa. Saiba como começaram as escolas de samba que trazem tanta alegria para o país

<head></head><body>A festa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carnaval</a> não surgiu no Brasil. Há precursores desta grande celebração já nas festas do Egito Antigo, nos rituais dedicados a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112699-busto-de-dionisio-de-2-mil-anos-e-encontrado-em-roma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dionísio</a>, na Grécia, e a Baco, em Roma, e nos bailes de rua de Veneza na época <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">renascentista</a>. Mas uma coisa é verdade: é apenas no Brasil que a chamada "festa da carne" encontrou a sua verdadeira casa.O Carnaval é uma festa que, para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120665-perseguicao-e-morte-a-vida-dos-cristaos-durante-o-imperio-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a>, antecede a <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/42317-quaresma-por-que-algumas-pessoas-nao-comem-carne-nesta-epoca-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quaresma</a>. Seria, portanto, um período de celebração e hedonismo que nos "prepara" para as restrições que se seguem nos próximos quarenta dias após a Quarta-Feira de Cinzas. E talvez nada represente tão bem o espírito desta festa quanto a forma pela qual ela se desenvolveu no Rio de Janeiro, com a criação das chamadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113403-como-funciona-uma-escola-de-samba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escolas de Samba</a>.<h2>O surgimento do samba</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19194622984611.jpg" alt="(Fonte: O Globo/ Reprodução)">(Fonte: O Globo/ Reprodução)Até o começo do século XX, o Rio de Janeiro realizava um Carnaval que seria hoje considerado bem-comportado. Era uma festa dedicada à classe trabalhadora, que reunia brasileiros e imigrantes (como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105711-estas-imagens-que-revelam-o-curioso-estilo-de-vida-dos-ciganos-dos-mares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciganos</a>, os afro-brasileiros, os judeus, os russos) que tocavam os ritmos de sua terra nesses dias. Estes povos, quando vieram para o Brasil e se fixaram no Rio, foram morar em regiões periféricas da cidade, como os estaleiros, instalados próximos aos morros.Estas regiões portuárias passaram a ser chamadas de Pequena África depois que o comércio de escravos se tornou ilegal, em 1831. Com o tempo, os escravos libertos permaneceram morando no local. A influência da população negra e a mistura com os ritmos de outros imigrantes ajudaram que dali surgisse o samba - que misturava passos de dança vindos da Bahia e os movimentos presentes nos rituais do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118084-os-5-orixas-mais-populares-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Candomblé</a>.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120541-samba-quando-o-ritmo-brasileiro-era-considerado-crime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">samba</a> passaria a ser associado ao Carnaval em 1917, com o sucesso de "Pelo Telefone", a música de Donga e Mauro de Almeida que ficou conhecida como "o primeiro samba" (embora, de fato, não tenha sido a primeira música do gênero, e sim a primeira a ficar famosa).Aos poucos, o ritmo começou a se popularizar - o que significava que passou a circular entre as camadas mais pobres da população. Um dos pontos onde se tornou muito forte foi no bairro do Estácio. Foi lá que, na década de 1920, um grupo formado por Ismael Silva, Bide e Nilton Bastos criou um novo ritmo para o samba, com uma nova cadência, que seria mais apropriado para acompanhar os desfiles na rua. O ritmo logo se espalharia e alcançaria outros morros, como os da Mangueira e do Salgueiro.<h2>O nascimento das escolas de samba cariocas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19194222937610.jpg" alt="(Fonte: O Globo/ Reprodução)">(Fonte: O Globo/ Reprodução)A primeira escola de samba (que ainda era chamada de bloco, e não de escola) surgiu em 1928, no Estácio, e se chamava Deixa Falar. A ideia, surgida com o cantor Ismael Silva, era de fazer um bloco carnavalesco em que os participantes fossem "evoluindo" ao ritmo do samba.&nbsp;Em 1932, aconteceria o primeiro desfile oficial das escolas de samba do Rio de Janeiro. Foi organizado pelo jornalista Mario Filho, que dá nome ao estádio <a href="https://www.megacurioso.com.br/copa-do-mundo-2014/44604-10-curiosidades-sobre-estadios-de-varias-copas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maracanã</a> e era irmão do cronista Nelson Rodrigues. Ele ocorreu na Praça 11 e reuniu 19 grupos, que foram avaliados por conta de critérios de julgamento como o samba inédito, a ala das baianas, a presença de mais de cem componentes e a ausência de instrumentos de sopro. Quem venceu este primeiro concurso foi a Mangueira.Uma curiosidade desta época é que a ala das baianas era formada por homens, que vinham armados de canivetes para defender a escola em caso de brigas. A princípio, não havia conexão entre a música, o enredo e o desfile. Esta prática foi inaugurada pela Portela em 1939, quando o enredo "Teste ao Samba" propôs unificar a letra do samba e a performance na avenida.Em 2022, o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro completa 90 anos de existência. Neste período, as maiores campeãs do concurso são a Portela, com 22 vitórias, e a Mangueira, com 20.<h2>A chegada dos desfiles em São Paulo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;G1&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/G06Ck_mZJBMXNT3mc10P4vqzTMQ=/0x0:1000x1420/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/02/10/lavapes.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19193924235609.jpg" alt="(Fonte: G1/ Divulgação)">(Fonte: G1/ Divulgação)No quesito Carnaval, São Paulo foi influenciado pelo Rio de Janeiro: as transmissões radiofônicas dos desfiles no Rio teria estimulado o nascimento das primeiras agremiações de samba na terra da garoa. Em 1935, nasce a primeira escola de samba paulista, a Primeira de São Paulo, que se situava no bairro da Pompeia.Em 1937, uma mulher, conhecida como Madrinha Eunice, criaria a escola de samba Lavapés, localizada no bairro da Liberdade, e que configura hoje com a escola mais antiga que permanece em atividade - ainda que não esteja mais entre os grupos de elite. Em seguida, surgiram outras como a Vai-Vai, Nenê da Vila Matilde e Peruche.Uma característica interessante do carnaval paulista é a associação entre as escolas de samba e os times de futebol. Isso se iniciou nas décadas de 1970 e 1980, com o surgimento de entidades como a Gaviões da Fiel, do Corinthians, e a Mancha Verde, do Palmeiras.</body>

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Como surgiram as primeiras escolas de samba?

Imagem de Baba Vanga, a vidente búlgara que fez previsões assustadoras no megacurioso

Morta em 1996, a vidente cega da Bulgária teria feito menções aos ataques da Rússia contra a Ucrânia

Falecida em 1996, a vidente cega b&uacute;lgara Vangeliya Pandeva Gushterova, conhecida como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/futurologia-e-previsoes/85201-voce-ja-ouviu-falar-de-baba-vanga-que-previu-o-fim-do-mundo-em-5079.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Baba Vanga</a>", fez uma s&eacute;rie de previs&otilde;es para os anos seguintes &agrave; sua morte. Comparada ao vidente franc&ecirc;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/futurologia-e-previsoes/98733-5-coisas-que-voce-nao-previu-sobre-a-vida-de-nostradamus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nostradamus</a>, Baba Vanga teria, inclusive, feito refer&ecirc;ncias a um conflito que seria iniciado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120964-russia-e-ucrania-entenda-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">R&uacute;ssia contra a Ucr&acirc;nia</a>.
Sua hist&oacute;ria tamb&eacute;m foi um tanto bizarra. Vangeliya nasceu prematuramente em 1911, na regi&atilde;o onde atualmente &eacute; a Maced&ocirc;nia. Ela teve uma inf&acirc;ncia dif&iacute;cil: enfrentou a pobreza, a perda de sua m&atilde;e e a experi&ecirc;ncia de ver seu pai partir para lutar na guerra.
Mesmo assim, ela era uma crian&ccedil;a normal, mas tudo mudou quando a pequena Vanga tinha 12 anos. Enquanto brincava com seus primos, um tornado teria atingido a vila onde ela morava, e a menina foi envolvida pelo tornado e jogada em um campo pr&oacute;ximo. Depois de um tempo, ela foi encontrada pela fam&iacute;lia, mas seus olhos estavam tomados pela poeira e pela sujeira.
<h2 class="uk-text-justify">A cegueira e as previs&otilde;es sobre o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/10/10093716664002.jpg" alt="(Fonte: Grupo Saedal)" />(Fonte: Grupo Saedal)
Aos poucos, Vanga come&ccedil;ou a ficar cega, mas ela tamb&eacute;m come&ccedil;ou a ter sonhos e vis&otilde;es estranhas, nos quais ela via situa&ccedil;&otilde;es que ainda aconteceriam. Ela nunca deixou nada por escrito: tudo o que sabemos de suas previs&otilde;es foi registrado pela "equipe" de pessoas que a auxiliavam.
Mas quem cr&ecirc; na Baba Vanga, diz que muitas das suas vis&otilde;es se concretizaram. Ela se tornou famosa quando, em 1980, "previu" o desastre com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109438-a-historia-por-tras-do-desastre-do-submarino-russo-kursk.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">submarino nuclear de Kursk</a>.
O submarino afundou no Mar de Barents, em 1994, matando os 118 tripulantes. Vanga havia dito que "Kursk seria coberto de &aacute;gua, e o mundo choraria por isso".
Em 1989, ela tamb&eacute;m fez uma previs&atilde;o sobre o ataque &agrave;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119877-11-de-setembro-ataque-as-torres-gemeas-completa-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Torres G&ecirc;meas em Nova York</a>, em 11 de setembro de 2001, quando disse: &ldquo;Horror, horror! Os irm&atilde;os americanos cair&atilde;o depois de serem atacados pelos p&aacute;ssaros de a&ccedil;o. Os lobos estar&atilde;o uivando em um arbusto, e sangue inocente estar&aacute; jorrando&rdquo;.&nbsp;Vanga ainda teria previsto o tsunami em 2004, a ascens&atilde;o de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/101143-15-vezes-em-que-o-presidente-obama-foi-gente-como-a-gente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presidente negro</a> nos Estados Unidos e outros eventos mundiais.
<h2 class="uk-text-justify">As pr&oacute;ximas previs&otilde;es</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Meio Norte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.meionorte.com/uploads/imagens/2022/2/12/pandemia-e-falta-d-agua-2022-na-visao-da-mulher-que-previu-o-11-setembro-a-origem-do-seu-dom-e6b4b09d-d498-485e-af4a-21899a8c3b82.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/10/10094110461003.jpg" alt="(Fonte: Meio Norte)" />(Fonte: Meio Norte)
O nome de Baba Vanga foi retomado recentemente porque ela fez alus&otilde;es aos ataques feitos pela R&uacute;ssia &agrave; Ucr&acirc;nia e aos poss&iacute;veis desdobramentos desse conflito. Em 1979, ela disse: &ldquo;tudo vai derreter, como se fosse gelo, apenas um permanecer&aacute; intocado &mdash; a gl&oacute;ria de Vladimir, a gl&oacute;ria da R&uacute;ssia&rdquo;.
H&aacute; quem entenda nisso uma poss&iacute;vel men&ccedil;&atilde;o ao l&iacute;der russo Vladimir Putin. Baba Vanga tamb&eacute;m se referiu a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121222-russia-e-ucrania-teremos-uma-3-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terceira Guerra Mundial</a>, dizendo: &ldquo;a R&uacute;ssia n&atilde;o apenas sobreviver&aacute;, mas dominar&aacute; o mundo&rdquo;.
Para quem n&atilde;o aguenta mais ouvir falar de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120998-hamsters-estao-sendo-sacrificados-por-conta-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronav&iacute;rus</a>, uma m&aacute; not&iacute;cia: a vidente previu tamb&eacute;m o surgimento de outra pandemia em 2022. Segundo ela, um novo v&iacute;rus mortal seria descoberto na Sib&eacute;ria, e 2022 tamb&eacute;m seria marcado por uma grave crise h&iacute;drica com escassez de &aacute;gua pot&aacute;vel em v&aacute;rias cidades.
Baba Vanga colocou at&eacute; uma data para o fim do mundo. Segundo uma previs&atilde;o dela, tudo que existe de natural na Terra acabaria em 3797 e o fim do mundo finalmente ocorreria em 5079.

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Baba Vanga, a vidente búlgara que fez previsões assustadoras

Imagem de Como o refrigerante Pepsi se tornou uma obsessão na União Soviética no megacurioso

O frenesi foi tamanho que o governo soviético usou como moeda de troca os veículos militares do exército para poder adquirir a bebida

<head></head><body>Existe um motivo pelo qual a imagem da <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/39086-coca-cola-10-curiosidades-sobre-uma-das-bebidas-mais-consumidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coca-Cola</a> ficou totalmente vinculada aos Estados Unidos, e isso vai muito além de o país ser sua sede. Foi decisão do magnata e fundador, Asa Griggs Candler, a ideia de fazer do refrigerante um estilo de vida. Em vez de dizer incansavelmente como a marca Coca-Cola era a melhor que você poderia adquirir, o marketing focou em como a bebida fazia parte de todos os aspectos da vida americana, de uma reunião com os amigos até o momento de relaxar em uma tarde quente de verão.O começo do século XX foi propício para a disseminação da construção de que beber Coca-Cola era ser legal, era sinônimo de fraternidade, união e, principalmente, patriotismo, por ser um produto totalmente norte-americano. Isso acabou atraindo a atenção de várias outras marcas que tentaram fazer o mesmo, especialmente na metade do século, com o gás industrial e tecnológico gerado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.Foi durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121593-varas-de-deus-a-arma-mortal-projetada-para-ser-lancada-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116352-pepsi-number-fever-a-promocao-mais-desastrosa-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pepsi</a> ganhou o mundo prometendo não só se opor à gigante Coca-Cola, mas também conquistando o coração dos inimigos dos americanos: os soviéticos.<h2>Amor ao primeiro gole</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atlas Obscura&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/u2spU3z8xGOKh-IZGB3dljDvOcmGxp_AND5LybQ-Hbo/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy84NzFmMzkwNDM1/ZTg1NDQ5ZmVfREUy/RVlZLmpwZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13142243926307.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Em 1959, durante a Exposição Nacional Americana, em Moscou, o então vice-presidente Richard Nixon apresentou a bebida Pepsi ao líder soviético Nikita Khrushchov, referindo-se a ela como uma das vantagens do capitalismo e tentando provar o seu ponto de como esse sistema econômico era melhor que o comunismo. O movimento foi extremamente político e econômico, instigado pelo ex-chefe da divisão internacional da marca, Donald Kendall.Khrushchov ficou obcecado pelo refrigerante, exatamente como Kendall esperava, visto que havia apostado todas as suas fichas para levar a bebida até a exposição para tentar ganhar o coração do líder e entrar no mercado soviético — um feito inalcançável pela concorrência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13142441582311.jpg" alt="(Fonte: Russia Beyond/Reprodução)">(Fonte: Russia Beyond/Reprodução)Com o sucesso que suas relações públicas fizeram durante a feira, Kendall conseguiu ascender ao título de CEO da Pepsi em meados de 1963, preparando-se para dominar a União Soviética e levar seu refrigerante para os jornais do mundo inteiro, angariando mais uma penca de investidores.No entanto, isso só aconteceu em 1972, após muito esforço.<h2>A guerra da sede &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13142707973313.jpg" alt="(Fonte: Business Insider/Reprodução)">(Fonte: Business Insider/Reprodução)Isso aconteceu porque o rublo soviético não tinha valor fora da União Soviética, então Kendall e o governo da URSS tiveram que recorrer a métodos de troca tradicionais: a cada garrafa de Pepsi vendida, a União Soviética forneceria uma quantidade equivalente de vodka Stolichnaya para revenda nos EUA.O acordo funcionou até o final da década de 1980, quando a empresa americana percebeu que o consumo do refrigerante na União Soviética superava o do mercado americano, que passou a sofrer com os estoques excedentes de vodka que não conseguiam vender devido aos protestos dos cidadãos americanos contra a guerra soviético-afegã. Ou seja, muita bebida saindo e pouco dinheiro entrando.O governo soviético chegou em um beco sem saída, pois cortar o fornecimento da Pepsi ao seu povo significava interditar uma máquina de dinheiro vivo e também causar o desgosto de uma nação que não vivia mais sem o produto. Após muitas ideias, eles chegaram a uma alternativa infame: usar como moeda de troca os veículos militares do exército soviético.<h2>Uma solução escandalosa</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2020/09/25/obituaries/22Kendall1-print/merlin_177375183_789dee2b-750f-4807-8295-e1b4196ba895-articleLarge.jpg?quality=75&amp;auto=webp&amp;disable=upscale"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13142821067315.jpg" alt="Donald Kendall. (Fonte: The New York Times/Reprodução)">Donald Kendall. (Fonte: The New York Times/Reprodução)Apesar das controvérsias e da quantidade de líderes do alto-escalão do governo se oporem veementemente à decisão, a União Soviética vendeu 17 submarinos, uma fragata, um cruzador e um destróier para a Pepsi em 1989 para que o fornecimento não fosse cortado.Mas em vez de usar a frota adquirida, que a tornou a sexta maior frota naval do mundo, a Pepsi vendeu tudo como sucata. No ano seguinte, Kendall formulou o que ficou conhecido como "acordo do século", em que era ratificado que a União Soviética deveria construir petroleiros para pagar US$ 3 bilhões em dívida à fornecedora de refrigerantes.Tudo isso veio abaixo com o colapso da União Soviética, o que só dificultou a vida de Kendall em tentar fazer negócios com o novo governo. E para piorar, veio a entrada da Coca-Cola no mercado russo durante os Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, fazendo a primeira vantagem da Pepsi virar história.</body>

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Como o refrigerante Pepsi se tornou uma obsessão na União Soviética

Imagem de Zumbis: qual é a verdadeira origem dos mortos-vivos? no megacurioso

Crenças religiosas são a base das histórias de zumbis

Muitas pessoas podem imaginar que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/zumbis/101634-estudo-revela-quanto-tempo-a-humanidade-aguentaria-a-um-apocalipse-zumbi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hist&oacute;rias de zumbi</a> foram inventadas pelo cinema e se popularizaram nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas com games, s&eacute;ries e filmes cheios de maquiagem e efeitos nojentos.
Embora o zumbi (popularmente conhecido como morto-vivo) tenha uma longa trajet&oacute;ria no cinema e na literatura, a sua origem &eacute; bem mais interessante, cultural e envolve uma viagem pelo mundo.
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<h2 class="uk-text-justify">Origens africanas</h2>
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/zumbis/100572-6-teorias-reais-e-assustadoras-a-respeito-dos-zumbis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conceito de zumbi</a> tem&nbsp;origem nas cren&ccedil;as religiosas de alguns povos africanos. De acordo com o Oxford English Dictionary, "zumbi" &eacute; um termo origin&aacute;rio da &Aacute;frica Ocidental sendo que foi registrado pela primeira vez na l&iacute;ngua inglesa em 1819.
Na l&iacute;ngua Kikongo, falada no Congo e em &aacute;reas circundantes, a palavra "zumbi" est&aacute; relacionada ao significado de fetiche, bem como ao termo nzambi, que significa &ldquo;um deus&rdquo;. Originalmente, zumbi ou zombi, tamb&eacute;m servia para se referir a um deus-cobra da religi&atilde;o Vodu.
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Entre o s&eacute;culo XVIII e XIX, quando povos da &Aacute;frica Ocidental foram levados para o Haiti e outras regi&otilde;es do Caribe para serem escravizados, as cren&ccedil;as e pr&aacute;ticas religiosas deles tamb&eacute;m foram junto.&nbsp;
Nessas regi&otilde;es das Am&eacute;ricas, o medo dos mortos-vivos e da possess&atilde;o por esp&iacute;ritos malignos assumiram diversas formas.&nbsp;Uma delas &eacute; o jumbi, uma esp&eacute;cie de esp&iacute;rito ou fantasma dos mortos que re&uacute;ne alguns conceitos de mitologias africanas e amer&iacute;ndias.&nbsp;No Haiti, o jumbi&nbsp;se transformou em zumbi, j&aacute; que era associado &agrave; morte, &agrave; possess&atilde;o e ao terror do sofrimento mental e f&iacute;sico impostos aos escravizados.
A cren&ccedil;a na zumbifica&ccedil;&atilde;o era uma amea&ccedil;a constante aos escravizados, visto que os governantes locais e colonizadores a utilizavam como meio para controlar os africanos, impedindo-os de fugir. Por exemplo, amea&ccedil;ando contratar um feiticeiro para zumbificar os fugitivos.
Essa cren&ccedil;a se tornou t&atilde;o forte entre os haitianos que, mesmo depois da independ&ecirc;ncia do pa&iacute;s, em 1804, e o consequente fim da escravid&atilde;o, muitas pessoas ainda tinham medo de serem possu&iacute;das espiritualmente ou se transformarem em cad&aacute;veres amaldi&ccedil;oados ressuscitados por meio da feiti&ccedil;aria.
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Enquanto a Am&eacute;rica do Norte via o zumbi como uma criatura imagin&aacute;ria, mas perigosa e mortal, os haitianos temiam realmente o&nbsp;poder incontest&aacute;vel do Bokor, <a href="https://www.megacurioso.com.br/zumbis/39595-o-caso-do-haitiano-zumbi-que-voltou-para-casa-21-anos-depois-de-morto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um feiticeiro que seria capaz de criar zumbis</a>. Essa ideia, inclusive, assombra a popula&ccedil;&atilde;o do Haiti at&eacute; atualmente.
Mas n&atilde;o eram apenas os mortos que corriam o risco de virar zumbis, os vivos tamb&eacute;m podiam ser zumbificados ou for&ccedil;ados a fazer a&ccedil;&otilde;es contra a pr&oacute;pria vontade. Curiosamente, o poder de criar zumbis n&atilde;o estava restrito a feiticeiros e bruxas, pois at&eacute; crian&ccedil;as com habilidades especiais podiam fazer isso.
A boa not&iacute;cia &eacute; que se existe o mal, tamb&eacute;m h&aacute; o bem, que, nesse caso, &eacute; o sagoma. Este &eacute; um xam&atilde; com poderes de cura gra&ccedil;as &agrave; sua capacidade de manipular as for&ccedil;as do mundo espiritual, o que o permite quebrar a maldi&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Zumbi no cinema</h2>
As hist&oacute;rias de zumbi come&ccedil;aram a se popularizar nos Estados Unidos (EUA) depois que soldados do pa&iacute;s retornaram da ocupa&ccedil;&atilde;o militar ao Haiti iniciada em 1915. White Zombies foi a 1&ordf; produ&ccedil;&atilde;o cinematogr&aacute;fica a apresentar um morto-vivo ao p&uacute;blico estadunidense.
O filme combinou o amor tr&aacute;gico, motivos g&oacute;ticos e lendas de zumbis haitianos, tentando capturar um pouco do medo da zumbifica&ccedil;&atilde;o. Embora seja de 1932, White Zombies compartilha e se baseia muito mais nas lendas haitianas sobre a ideia de zumbi do que a maioria dos filmes de hoje.&nbsp;
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Por&eacute;m, isso n&atilde;o cativou muito o p&uacute;blico dos EUA, pois eles queriam horror e sangue. Ent&atilde;o, na d&eacute;cada de 1960, surgiu o zumbi americanizado, que distanciou ainda mais as pessoas da hist&oacute;ria e das lendas origin&aacute;rias da &Aacute;frica e estabelecidas no Haiti e Caribe.&nbsp;Talvez, a mais famosa representa&ccedil;&atilde;o desse zumbi adaptado &agrave; demanda do p&uacute;blico seja A Noite dos Mortos-Vivos, de 1968, filme dirigido por George Romero.&nbsp;
Na &eacute;poca, a produ&ccedil;&atilde;o n&atilde;o agradou muito, mas o crescimento do mercado e a cria&ccedil;&atilde;o de uma cultura pop em torno dos zumbis acabaram transformando o filme em um cl&aacute;ssico cult d&eacute;cadas depois.
<h2 class="uk-text-justify">A met&aacute;fora do zumbi</h2>
Para alguns estudiosos da Antropologia, todos n&oacute;s somos zumbis metaf&oacute;ricos, pois expressamos sempre querer mais algo e muitas vezes sem explica&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o importando o custo, ou seja, enquanto um zumbi come c&eacute;rebros sem saber porque, compramos produtos e desejamos algo sem ter motivo.

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