Imagem de Papiro destruído na erupção do Vesúvio é decifrado com ajuda de IA no megacurioso

Descoberta foi divulgada pela Universidade do Kentucky. Alunos foram recompensados com US$ 50 mil. Expectativa é que a IA possa traduzir todo conteúdo do papiro

<head></head><body>Os "Pergaminhos de Herculano" são um conjunto de papiros antigos que, provavelmente, pertenciam à família do imperador romano Julio César, moradores da cidade de Herculano. Esses documentos foram danificados pela erupção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Vesúvio</a> e pelo passar dos séculos.Assim, é impossível abrir os pergaminhos e ler o que está escrito ali sem destruir completamente os documentos. Porém, com ajuda de alta tecnologia, dois estudantes universitários conseguiram ler o papiro sem destruí-lo — e receberam uma bela recompensa em dinheiro por isso.No ano de 79 d.C., o <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/100756-o-monte-vesuvio-que-destruiu-pompeia-pode-acordar-de-novo-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Vesúvio</a> entrou em erupção e matou moradores de várias cidades antigas ao seu redor. O caso mais famoso é o da cidade romana de Pompeia. Nela, os corpos das vítimas foram eternizados no momento da morte pelas cinzas vulcânicas e se tornaram as estátuas que fascinam o mundo até hoje.Mas ainda há muito o que se descobrir sobre esse fato trágico e sobre a vida e cultura dessas pessoas. Uma pista para conhecer esse passado são os registros escritos pelas pessoas que foram atingidas por essa tragédia — e esse é o caso dos famosos Pergaminhos de Herculano.<h2>Como esses estudantes leram os Pergaminhos de Herculano?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18134532659311.jpg" alt="Pergaminho não pode ser aberto sem ser destruído. (Fonte: Reprodução: Universidade de Kentucky )">Pergaminho não pode ser aberto sem ser destruído. (Fonte: Reprodução: Universidade de Kentucky )Como já mencionado, os pergaminhos não podem ser abertos. Por isso, cientistas da Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, lançaram neste ano o “Desafio do Vesúvio”. A ideia era convidar os estudantes a tentarem achar uma solução para que os papiros fossem lidos.A universidade disponibilizou aos universitários milhares de imagens dos pergaminhos. Essas imagens foram feitas em 3D, usando técnicas de raio-x. Dessa forma, os documentos não precisaram ser manipulados, o que os preservou.Além disso, a instituição desenvolveu um sistema de IA que ajudaria os estudantes a traduzirem as mensagens. Com todo esse investimento tecnológico, a missão de quem aceitasse o desafio ficaria bem mais simples.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18134733352316.jpg" alt="Luke foi o primeiro a conseguir traduzir os textos do papiro. (Fonte: Reprodução: Universidade do Kentucky)">Luke foi o primeiro a conseguir traduzir os textos do papiro. (Fonte: Reprodução: Universidade do Kentucky)O primeiro estudante a conseguir algum progresso nessa tarefa foi Luke Farritor, de 21 anos. Ele conseguiu descobrir que uma das palavras do pergaminho era “roxo”. Meses depois, outro universitário, Youssef Nader, que mora na Alemanha, confirmou que a descoberta de Luke estava correta.“Essa palavra é o nosso primeiro mergulho em um livro antigo fechado, evocativo da realeza, da riqueza e até da zombaria”, disse Brent Seales, cientista da computação da Universidade de Kentucky, ao The Guardian.Pelo sucesso em seus achados, Luke ganhou US$ 40 mil e Youssef foi bonificado com US$ 10 mil.<h2>Ainda é possível ganhar milhares de dólares no Desafio do Vesúvio</h2>Estudantes do mundo todo podem participar dessa iniciativa. Ao todo, a verba para premiação total é de um milhão de dólares, como explica o <a href="https://scrollprize.org/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">site oficial do concurso</a>.Nele, os estudantes têm acesso a códigos que estão sendo usados, além de poderem divulgar suas pesquisas junto à comunidade envolvida.As recentes descobertas dos estudantes têm animado pesquisadores, pois podem mudar a forma como vemos o passado. Jesus Cristo teria sido ridicularizado por usar roxo, então, saber o motivo dessa cor estar registrada em documentos romanos pode ajudar a entender o motivo dessa zombaria, por exemplo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18134641161313.jpg" alt="Reprodução: Universidade do Kentucky">Reprodução: Universidade do Kentucky“O Evangelho de Marcos descreve como Jesus foi ridicularizado quando estava vestido com vestes roxas antes da crucificação. O que esse pergaminho em particular está discutindo ainda é desconhecido, mas acredito que será revelado em breve. Uma história nova começa para nós com a palavra 'roxo' e isso é muito empolgante”, opina Federica Nicolardi, papirologista da Universidade de Nápoles Federico II, também ao The Guardian.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:13.965Z

Papiro destruído na erupção do Vesúvio é decifrado com ajuda de IA

Imagem de Por que o peixe-remo é considerado um presságio de terremotos? no megacurioso

Num mundo onde a ciência confronta a superstição, o peixe-remo é um enigma das profundezas oceânicas

<head></head><body>O mundo animal tem sido frequentemente associado a superstições e presságios de desastres naturais. De corvos, que supostamente previam a queda de nações, à má fama dos gatos pretos, muitas criaturas foram consideradas mensageiras de calamidades. Nesse contexto, temos o intrigante caso do peixe-remo, uma criatura misteriosa que, segundo uma lenda japonesa, pode prever quando um terremoto vai ocorrer.<h2>Uma criatura das profundezas do oceano</h2>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115471-peixe-remo-conheca-a-especie-que-parece-uma-serpente-gigante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe-remo</a>, como é conhecida a espécie Regalecus glesne, é uma criatura que normalmente habita as profundezas do oceano, a até 1 km de profundidade. Sua aparência alongada e escamosa, juntamente com sua capacidade de nadar verticalmente, o torna quase invisível para predadores e presas acima e abaixo dele. Esta criatura pode crescer até mais de 10 metros de comprimento, o que equivale à altura de um poste telefônico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04213811936485.jpg" alt="Peixe-remo, a serpente do mar">Peixe-remo, a serpente do mar<h2>A lenda do "peixe do terremoto"</h2>No Japão, o peixe-remo está envolto em uma antiga superstição. Segundo a lenda japonesa, avistar um peixe-remo em águas rasas é um presságio de terremotos. Essa crença tem raízes que remontam ao século XVII, quando o peixe era chamado de "ryugu no tsukai", que significa "mensageiro do palácio do deus do mar".A associação entre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe</a> e os terremotos ganhou notoriedade entre 2010 e 2011, quando diversos peixes-remo foram encontrados na costa do Japão antes do terremoto e tsunami devastadores que se seguiram. Desde então, avistar esses peixes nas praias ou águas rasas tem causado preocupação em várias regiões, embora os temores de terremotos subsequentes tenham se mostrado infundados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04213955373487.jpg" alt="Ocorrência de terremotos após aparição do peixe-remo">Ocorrência de terremotos após aparição do peixe-remo<h2>A investigação científica</h2>A conexão entre o comportamento incomum dos animais e desastres iminentes é uma questão que tem intrigado cientistas e pesquisadores ao longo da história. Para entender de vez se há relação entre essas ocorrências, alguns pesquisadores conduziram estudos para investigar essa possível ligação. Suas conclusões são consistentes: não há evidência científica que comprove a relação entre o comportamento dos peixes-remo e os terremotos.<h2>Uma criatura de mistério e fascínio</h2>Embora a superstição do "peixe do terremoto" tenha sido desacreditada pela ciência, o peixe-remo continua a atrair a atenção devido à sua aparência impressionante. Sua semelhança com uma serpente marinha e suas dimensões gigantescas evocam lendas e folclores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04214307472488.jpg" alt="O peixe-remo parece uma serpente marinha">O peixe-remo parece uma serpente marinhaAlém disso, a sua raridade contribui para a sua aura de mistério. No entanto, é importante lembrar que o peixe-remo não é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124942-7-dos-mais-estranhos-monstros-marinhos-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monstro marinho</a>, mas sim uma criatura maravilhosa da natureza que ainda é pouco compreendida.O peixe-remo é um exemplo cativante de como as superstições podem se entrelaçar com a ciência e a realidade. Embora a pesquisa tenha desconstruído sua lenda como "peixe do terremoto", sua misteriosa aparência e seu comportamento continuam a encantar e intrigar aqueles que têm a sorte de encontrá-lo nos oceanos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:12.923Z

Por que o peixe-remo é considerado um presságio de terremotos?

Imagem de Lagos 'assassinos': os desastres naturais mais raros no mundo no megacurioso

Em 1980, dois lagos entraram em erupção em Camarões e suas explosões inesperadas introduziram um novo tipo de desastre natural no planeta

<head></head><body>No dia 21 de agosto de 1986, um homem que se dirigia para Nyos, uma aldeia perto de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107609-conheca-12-dos-lagos-mais-belos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lago</a> de cratera no noroeste de Camarões, se deparou com dezenas de animais mortos ao longo do seu trajeto. Ao tentar entrar em contato com os moradores locais para saber se alguém tinha visto o que aconteceu, ele descobriu que todos na aldeia também estavam mortos — embora parecessem ilesos.Em poucos dias, as autoridades locais confirmaram que mais de 1,7 mil pessoas morreram no local, juntamente com vários milhares de animais. Embora ninguém tivesse certeza do que causou o desastre, o evento estranho e trágico parecia semelhante ao ocorrido dois anos antes, a apenas 100 km ao sul de Camarões.<h2>Explosões inesperadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/27/27233348471002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No ano de 1984, os moradores ao redor do lago Monoun encontraram 37 pessoas e muitos animais mortos ao longo de suas margens. Inicialmente, as autoridades ficaram perplexas com a situação e até mesmo cogitaram "terrorismo doméstico" como causa. Diversas testemunhas foram entrevistadas, as quais relataram ter ouvido sons estrondosos e visto o surgimento repentino de uma estranha nuvem branca vinda do lago.A tragédia na região intrigou geólogos e algumas instituições locais. Contudo, o caso do lago Nyos anos depois chamou a atenção do mundo inteiro. Cientistas de todas as partes do planeta reuniram-se na região para investigar. Como o lago fica sobre um vulcão adormecido, a primeira teoria deles foi que o vulcão entrou em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126877-erupcao-vulcanica-pode-ter-causado-a-era-da-terra-bola-de-neve-ha-700-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erupção</a> e enviou gases venenosos para o ar.Após muitas pesquisas, eles descobriram que a causa era muito mais incomum. Os eventos mortais no lago Monoun e no lago Nyos foram desastres naturais extremamente raros, chamados de erupções límnicas. Inclusive, esses são os dois únicos casos registrados desse tipo de evento na história registrada do planeta.&nbsp;<h2>Erupções límnicas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/27/27233444091003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora as erupções límnicas sejam completamente mortíferas e aterrorizantes, elas são extremamente improváveis de acontecer porque requerem uma combinação bastante específica de fatores para ocorrer — fatores estes encontrados nas duas tragédias em Camarões na década de 1980.Esse tipo de erupção ocorre quando o dióxido de carbono dissolvido (CO2) irrompe repentinamente das águas profundas de um lago, formando uma nuvem de gás mortal acima da superfície. Como o dióxido de carbono é mais pesado que o ar, a nuvem afundará em direção ao solo, sufocando a vida selvagem, o gado e humanos.As erupções límnicas ocorrem somente em locais onde há alta concentração de CO2 na água, que pode ser criado por vários processos geológicos. Porém, as fontes mais comuns são os gases vulcânicos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124362-o-que-aconteceria-se-um-humano-caisse-em-um-mar-de-lava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">magma</a> da Terra que se moveram para cima. Esses eventos só são possíveis em lagos estratificados, o que significa que a água permanece em camadas que raramente se misturam, mantendo o CO2 preso no fundo enquanto a pressão aumenta cada vez mais.Quaisquer mudanças na temperatura ou pressão podem desencadear a liberação rápida e forte do dióxido de carbono acumulado no lago, causando uma erupção. Não está claro até hoje o que exatamente desencadeou essas explosões no lago Monoun e no lago Nyos, mas considerando a proximidade dos dois com o Campo Vulcânico de Oku, é possível que um terremoto ou uma pequena erupção vulcânica tenham sido responsáveis pelas inúmeras vidas perdidas.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:06.926Z

Lagos 'assassinos': os desastres naturais mais raros no mundo

Imagem de A erupção em Tonga causou o calor extremo em 2023? no megacurioso

Em 2022, o vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai explodiu, podendo ter contribuído para os níveis de calor elevados neste ano

<head></head><body>Em janeiro de 2022, o vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai entrou em erupção, o que foi considerada uma das maiores erupções vulcânicas registradas na história do planeta — explodindo debaixo d'água com a força de 100 bombas atômicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115482-bomba-de-hiroshima-completa-75-anos-e-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima</a>. O fenômeno foi responsável por enviar milhões de toneladas de vapor d'água para a atmosfera.Alguns especialistas especularam nas últimas semanas que o vulcão pode ser o culpado pelas temperaturas extremas do verão no Hemisfério Norte em 2023, até mesmo questionando o papel dos humanos nas alterações climáticas dos últimos anos.<h2>Influência humana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28165848291381.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em entrevista à Live Science, a pesquisadora sênior da NorthWest Research Associates e do Instituto de Mineração e Tecnologia do Novo México, Gloria Manney declarou que acha pouco provável que o vulcão de Tonga seja culpado pelas temperaturas extremas no verão de 2023.&nbsp;"Embora o El Niño tenha aumentado a temperatura global e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126877-erupcao-vulcanica-pode-ter-causado-a-era-da-terra-bola-de-neve-ha-700-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erupçã</a>o Hunga Tonga-Huna Ha'apai possa ter afetado algumas regiões por um curto período, o principal culpado são as alterações climáticas", disse. Além disso, numerosos estudos mostram que a erupção massiva não está causando essa mudança climática — as quais são muito mais influenciadas pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis.&nbsp;<h2>Culpando o vulcão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28165932830382.jpg" alt="(Fonte: Serviços Geológicos de Tonga)">(Fonte: Serviços Geológicos de Tonga)Erupções vulcânicas massivas geralmente reduzem as temperaturas do mundo porque expelem grandes quantidades de dióxido de enxofre, que formam aerossóis de sulfato que podem refletir a luz solar de volta ao espaço e resfriar temporariamente a superfície da Terra. Então, por que algumas pessoas estão culpando a erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha'apai pelo calor extremo recente?Isso acontece por que a erupção de Tonga veio debaixo d'água. "Essa erupção é peculiar porque, além de causar o maior aumento de aerossóis estratosféricos em décadas, também injetou grandes quantidades de vapor d'água na estratosfera", afirmou Manney.O vapor d'água é um gás natural de efeito estufa que absorve a radiação solar e retém o calor da atmosfera. O aerossol e o vapor d'água têm impacto no sistema climático de formas opostas, mas vários estudos propuseram que, devido à sua pluma de vapor maior e mais persistente, a erupção poderia ter um efeito temporário de aquecimento da superfície.<h2>Cenário Real</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28170050237385.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um estudo publicado na revista Nature Climate Chance estimou que a erupção de Tonga aumentou o conteúdo de vapor d'água na atmosfera em cerca de 10 a 15% — o maior aumento documentado pelos cientistas. Usando um modelo, calcularam que esse vapor poderia aumentar a temperatura média global em até 0,035 graus Celsius.Por conta disso, alguns especialistas associaram a erupção ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> em 2023 devido a estudos como esse que sugerem um potencial efeito de aquecimento. Contudo, esses estudos também deixam claro que o vulcão não é um fator tão determinante assim em tudo que está acontecendo.A tendência de aquecimento do planeta vem de muito antes da erupção. Os cinco meses mais quentes de julho, por exemplo, aconteceram nos últimos cinco anos. Na visão dos especialistas, são necessários modelos mais detalhados para entender os reais impactos da erupção. De qualquer forma, espera-se que os efeitos sejam muito menores do que os da queima de combustíveis fósseis.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:06.648Z

A erupção em Tonga causou o calor extremo em 2023?

Imagem de 5 mudanças drásticas no mundo caso a Antártida derretesse no megacurioso

Entenda o que seria do nosso planeta caso o aquecimento global se tornasse tão intenso a ponto de derreter a Antártida por completo

Tendo em mente que o aquecimento global tem sido uma realidade cada vez mais brutal para o nosso planeta, o derretimento de todo o gelo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99000-10-coisas-sobre-a-antartida-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ant&aacute;rtida</a> n&atilde;o &eacute; mais uma possibilidade t&atilde;o distante assim. A magnitude desse evento, por sua vez, acarretaria em mudan&ccedil;as consider&aacute;veis para a Terra.
A camada de gelo dessa regi&atilde;o do planeta cobre uma &aacute;rea de aproximadamente 36 milh&otilde;es de km&sup2; &mdash; o equivalente ao territ&oacute;rio dos Estados Unidos e M&eacute;xico juntos. Logo, consequ&ecirc;ncias &oacute;bvias como a eleva&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel do mar e impactos severos no clima seriam inevit&aacute;veis. Mas o que poderia acontecer al&eacute;m disso?
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124402-geleira-do-juizo-final-esta-perto-de-colapsar-dizem-cientistas.htm" target="_blank" rel="sponsored">'Geleira do Ju&iacute;zo Final' est&aacute; perto de colapsar, dizem cientistas</a>
<h2>1. Mudan&ccedil;a na gravidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17030533208008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O processo de derretimento da Ant&aacute;rtida &eacute; muito mais complexo do que apenas o aumento do n&iacute;vel do mar. O volume de &aacute;gua rec&eacute;m-derretida dos oceanos provavelmente resultaria em uma mudan&ccedil;a de gravidade no planeta todo, fazendo com que algumas &aacute;reas de terra se expandissem e se elevassem.
Isso atenuaria o impacto do aumento do n&iacute;vel do mar, mas teria outras consequ&ecirc;ncias significativas. O hemisf&eacute;rio norte, por exemplo, seria muito mais afetado pela quantidade sobressalente de &aacute;gua no planeta. Essas distribui&ccedil;&otilde;es desiguais dificultariam o deslocamento seguro de grandes popula&ccedil;&otilde;es de pessoas para o interior &mdash; que estariam fugindo das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122470-saint-malo-a-cidade-murada-com-as-mares-mais-altas-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mar&eacute;s crescentes</a>.
<h2>2. Diferen&ccedil;a nos dias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17030509239006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O derretimento de todo o gelo da Ant&aacute;rtida teria efeitos interligados nos sistemas da Terra, tornando dif&iacute;cil prever exatamente o que aconteceria. Contudo, estudos indicam que as dura&ccedil;&otilde;es dos dias no planeta mudariam. A rota&ccedil;&atilde;o da Terra, medida por sat&eacute;lites e m&eacute;todos astron&ocirc;micos, j&aacute; sofre mudan&ccedil;as modestas com o aquecimento global atual.
Quando o gelo derrete e sua &aacute;gua se desloca pelo globo, isso faz com que o mundo gire visivelmente mais r&aacute;pido ou mais devagar. N&atilde;o est&aacute; claro o quanto aumentaria a dura&ccedil;&atilde;o de um dia nesse processo, mas estimativas sugerem que nos pr&oacute;ximos anos o dia poderia ter at&eacute; 20 segundos a mais.
<h2>3. Desaparecimento de cidades</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17030453437004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Como dito anteriormente, as mudan&ccedil;as nos n&iacute;veis do mar seriam bastante percept&iacute;veis com o derretimento das geleiras. Por consequ&ecirc;ncia, muitas cidades costeiras como Nova York, Londres e Buenos Aires ficariam completamente submersas, e outras grandes &aacute;reas seriam severamente afetadas.
Isso seria um desastre para as popula&ccedil;&otilde;es locais e ecossistemas que dependem dessas &aacute;reas. Milh&otilde;es de pessoas seriam deslocadas de suas terras natais e comunidades de longa data morreriam aos poucos.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124180-o-que-acontece-quando-um-iceberg-se-descola-de-sua-geleira.htm" target="_blank" rel="sponsored">O que acontece quando um iceberg se descola de sua geleira?</a>
<h2>4. Falta de &aacute;gua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17030437683002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Parece conflitante afirmar que o aumento de &aacute;gua no mar causaria problemas de disponibilidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122659-como-encontrar-agua-potavel-na-natureza.htm#:~:text=Voc%C3%AA%20pode%20buscar%20por%20uma,detritos%2C%20n%C3%A3o%20contaminantes%20e%20parasitas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;gua pot&aacute;vel</a> no mundo. Por&eacute;m, &eacute; isso que os cientistas acreditam que aconteceria. &Agrave; medida que a &aacute;gua do mar sobre, a &aacute;gua salgada pode se infiltrar nas reservas de &aacute;gua subterr&acirc;neas e contaminar fontes de &aacute;gua pot&aacute;vel.
Al&eacute;m disso, a irriga&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola seria prejudicada pelo enorme teor de sal em seus recursos h&iacute;dricos. Mesmo para pessoas que vivem em altitudes acima dos 76 metros, o acesso &agrave; &aacute;gua do po&ccedil;o pode estar em risco de contamina&ccedil;&atilde;o.
<h2>5. Doen&ccedil;as em massa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17030422312000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O gelo ant&aacute;rtico manteve microrganismos intactos por cerca de 750 mil anos &mdash; muito antes dos humanos existirem. Portanto, com o derretimento dessas camadas de gelo, &eacute; bem prov&aacute;vel que n&oacute;s nos tornar&iacute;amos extremamente vulner&aacute;veis &agrave;s doen&ccedil;as e pat&oacute;genos escondidos nessas terras.
Inclusive, &eacute; bem prov&aacute;vel que existam doen&ccedil;as mortais nesses dep&oacute;sitos de genes. No passado recente, bact&eacute;rias descongeladas se espalharam e causaram surtos de doen&ccedil;as mortais, como var&iacute;ola, peste bub&ocirc;nica e antraz. Sendo assim, a tend&ecirc;ncia &eacute; que o planeta entrasse em um estado de calamidade p&uacute;blica.

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.250Z

5 mudanças drásticas no mundo caso o gelo da Antártida derreta

Imagem de Incêndio no Havaí: tudo o que você precisa saber para entender no megacurioso

Os cidadãos havaianos vivem um verdadeiro filme de terror, fruto de um incêndio em larga escala que poderia ter sido evitado

<head></head><body>Semana passada, a cidade de Lahaina, a principal de Maui, no Havaí, queimou até os alicerces devido a um catastrófico <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125452-5-taticas-que-os-bombeiros-usam-para-combater-incendios-florestais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndio florestal</a>. Apesar de uma investigação ainda em andamento, há fortes evidências, inclusive capturadas em vídeo, de que uma das fontes do incêndio teria sido a queda de árvores em uma linha de energia elétrica da empresa Hawaiin Eletric.Isso é tudo o que você precisa saber sobre o incêndio do Havaí.<h2>Já é o evento mais mortal do Havaí</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16152413408296.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo o Departamento de Polícia de Maui, os incêndios florestais já mataram pelo menos 106 pessoas, sendo que há grande chances de que esse número aumente. Isso porque menos de um terço das áreas queimadas foram revistadas até a manhã de terça-feira (16), e centenas de pessoas continuam desaparecidas.Com isso, o evento já é considerado o desastre natural mais mortal da história do Havaí, mais do que o tsunami de 1960 que atingiu o estado, matando 61 pessoas. Pode levar semanas até que as autoridades saibam o número exato de mortos na tragédia, podendo superar as fatalidades do incêndio florestal de Minnesota, em 1918, que teve mil vítimas.<h2>O fogo consumiu mais de 2 mil estruturas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16152624384300.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O fogo danificou ou destruiu mais de 2.200 estruturas em Lahaina, causando um prejuízo estimado em US$ 5,5 bilhões, segundo o Centro de Desastres do Pacífico e a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências. A cidade de 13 mil habitantes era conhecida por seu turismo intenso, como um "paraíso de férias", e pelos edifícios históricos de grande valor cultural.Uma árvore banyan, também conhecida como figueira-de-bengala, que se estendia por um quarteirão inteiro em Lahaina, foi totalmente carbonizada, mas se mantêm em pé. A árvore tem 150 anos e muitos nativos dizem que ela representa o espírito da cidade. Ainda é incerto se ela poderá ser salva.“Pouco resta lá”, disse Josh Green, governador do Havaí, em um comunicado no último domingo (13), e isso nunca fez tanto sentido para o futuro da cidade.<h2>O governo do Havaí foi negligente desde o início</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16152649693301.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar de ainda não se saber o que causou o incêndio, a maneira como as chamas se deflagaram e causaram estragos é culpa da resposta dada a desastres. Afinal, os incêndios de Maui não foram de grandes proporções, como aqueles que devastaram a Califórnia em 2018.Existe um sistema de sirenes espalhados pela ilha projetado para alertar as pessoas sobre eventos ameaçadores, como furacões e tsunamis, mas que não dispararam na hora do incêndio. As autoridades até enviaram alertas por meio de mensagens de texto para os cidadãos, mas o serviço móvel foi interrompido na semana anterior ao desastre em grande parte da ilha devido aos fortes ventos do furacão Dora, que atingiu o sul das ilhas havaianas e derrubou as estruturas de comunicação móvel.Além de essa falta de respaldo emergencial, os moradores também criticam a resposta dos órgãos locais e federais após a tragédia. Conforme uma matéria do The New York Times, eles lutam para encontrar comida, abrigo, água potável, gasolina e outros itens de necessidade. A maioria alega que encontraram apoio não do governo, mas de grupos comunitários e voluntários que estão fazendo o trabalho de encaminhar as vítimas diretas e indiretas dos incêndios.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16152728658302.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas a negligência das autoridades começou bem antes, quando os meteorologistas alertaram que os ventos fortes poderiam criar condições de incêndio em partes do Havaí, sobretudo pelo tempo extremamente quente e seco. No entanto, a Hawaiian Eletric, que fornece a energia a 95% dos moradores do estado, não desligou a força em regiões onde essas condições poderiam danificar linhas de energia e provocar um incêndio.Jennifer Potter, ex-membro da Comissão de Serviços Públicos do Havaí, em entrevista ao Washington Post, disse que a empresa não foi tão proativa quanto deveria. Enfrentando uma ação coletiva por não fazer o que deveria para evitar o desastre, em sua defesa a empresa disse que é difícil desligar a energia com curto prazo e que tomou, sim, algumas medidas para tornar suas linhas de energia mais seguras antes dos ventos previstos.<h2>Como o Havaí está agora?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16152746971303.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O pior passou, mas ainda há incêndios queimando em algumas partes de Maui. Até a última terça-feira (15), as chamas estavam 85% contidas. Um comunicado revelou que não há ameaças ativas no momento. Enquanto isso, a Hawaiian Eletric disse que restaurou a energia para todos os cidadãos, exceto 2 mil dos seus 12.400 clientes que perderam a eletricidade em West Maui.Apesar disso, os riscos à saúde permanecem até que os últimos focos de incêndio sejam extintos, porque as chamas podem fazer vazar produtos químicos nocivos no ar e na água, como chumbo ou amianto de edifícios mais antigos.Há também a possibilidade que o escoamento da terra queimada leve centenas de toxinas e lodo para o oceano, podendo danificar o recife de coral de Maui.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.122Z

Incêndio no Havaí: tudo o que você precisa saber para entender

Imagem de Como os nativos de Vanuatu preveem ciclones usando apenas a própria natureza? no megacurioso

Moradores do país insular descobriram que o comportamento das vespas pode indicar a incidência de ciclones

<head></head><body>No início deste ano, um pequeno país insular chamado Vanuatu foi atingido por três terremotos e dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/saturno/33389-nasa-fotografa-incrivel-ciclone-em-saturno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclones</a>. Felizmente, os moradores desse arquipélago, localizado no meio do oceano Pacífico, não foram totalmente surpreendidos, uma vez que, devido à sua localização, esse tipo de evento extremo é bastante comum por lá.Os moradores dessa ilha já entenderam que a natureza dá sinais do que virá e isso os ajuda na tentativa de se prepararem para lidar com eventos climáticos de grande porte.Em entrevista ao site da revista Hakai Magazine, Manuel Nawairea, um oficial da agência humanitária CARE International que nasceu em Futuna, mas agora trabalha na vizinha ilha de Tanna, conta como observar a natureza é essencial para a sobrevivência dos moradores de Vanuatu. “Quando a mangueira floresce cedo – antes de outubro – sabemos que provavelmente haverá um ciclone”, explica.Outro sinal que a natureza envia é a movimentação das vespas: "Também observamos onde as vespas constroem seu ninho. Na maioria das vezes, fica nas árvores, mas quando há um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115054-ciclone-bomba-o-que-e-o-fenomeno-registrado-no-sul-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclone</a> chegando, ele se acumula no nível do solo", revela.<h2>Vanuatu é país mais vulnerável do mundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20111219716129.jpg" alt="Vulcão em erupção em Vanuatu . Fonte: Getty Images">Vulcão em erupção em Vanuatu . Fonte: Getty ImagesLocalizado no círculo de fogo do Pacífico, Vanuatu é considerado o país mais vulnerável a eventos climáticos extremos em todo o mundo. Além dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124447-ciclone-de-bhola-o-desastre-natural-que-fez-um-novo-pais-nascer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclones</a> e terremotos, essa nação pode lidar com erupções vulcânicas, secas prolongadas, enchentes e deslizamentos de terras.De fato, a natureza não costuma ser muito generosa com a ilha — e para piorar a situação, a humanidade também a tem prejudicado. É que Vanuatu está entre os países mais vulneráveis às consequências do aquecimento global. Os desastres que já são constantes e poderosos tendem a piorar.A gravidade é tamanha que não é exagero afirmar que a ilha está na iminência de desaparecer. No início deste ano, o presidente do país, Nikenike Vurobaravu, usou a tribuna da ONU para pedir ao mundo um tratado de “não proliferação de energias fósseis”."Nossos jovens estão horrorizados com o futuro e com o mundo que estamos deixando para eles se continuarmos aumentando nossa dependência das energias fósseis", discursou o presidente. A ideia proposta foi inspirada no tratado de não proliferação de armas nucleares.<h2>Ainda assim, um povo feliz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20111320895131.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesCada dia vivido pode ser um dia de comemoração em Vanuatu. Esse clima de incerteza e de constante reconstrução do país pode ser exaustivo e triste. Mas, por incrível que pareça, o povo dessa ilha está entre os mais felizes do mundo.Vanuatu conseguiu sua independência recentemente, em 1980. Desde então, as terras da ilha pertencem aos nativos. 90% dos moradores têm acesso a terras para produzirem seus alimentos, sendo que 75% vivem na zona rural. O país tem cerca de 298 mil moradores.Um ranking elaborado pela New Economics Foundation listou Vanuatu como a segunda nação mais feliz do mundo, no ano de 2021, perdendo apenas para a Costa Rica.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:58.720Z

Como os nativos de Vanuatu preveem ciclones usando apenas a própria natureza?

Imagem de 5 táticas que os bombeiros usam para combater incêndios florestais no megacurioso

Comuns nos períodos de estiagem, os incêndios florestais podem ser um problema natural extremamente difícil de lidar

<head></head><body>Desde que o homem passou a se entender como um ser racional, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125203-fogo-alto-realmente-cozinha-os-alimentos-mais-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fogo</a> sempre acompanhou nosso progresso como sociedade. No entanto, se nós nos gabamos de ter conseguido controlar a "natureza", o fogo é um elemento volátil e que, por diversas vezes, já se mostrou capaz de deixar enormes rastros de destruição.Uma prova disso são os incêndios florestais em grande escala que costumam acontecer em épocas de estiagem — algo que se tornou uma preocupação recorrente no oeste dos Estados Unidos. Sendo assim, mais uma vez nós precisamos aprender a domar o fogo. Veja só cinco táticas usadas pelos bombeiros para combater incêndios naturais dessa proporção!<h2>1. Linhas de controle</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13012034051001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O primeiro passo para frear um incêndio florestal é o que os bombeiros chamam de "linhas de controle", que nada mais são do que limitações empregadas pelas forças de segurança para controlar como e onde o fogo se espalha. Nesse sentido, um cume rochoso ou rio podem servir como linhas de controle naturais.Por outro lado, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125323-3-vezes-que-bombeiros-causaram-desastres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bombeiros</a> podem estabelecer uma linha artificial, como limpar uma extensa linha de mato para onde o fogo poderia se alastrar. Quando escutamos nos noticiários que um incêndio está "X% contido", isso quer dizer que alguma porcentagem do perímetro definido pelas autoridades foi parada.<h2>2. Incêndio reverso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13012051972003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Uma vez que as linhas de controle foram estabelecidas, uma estratégia usada pelos bombeiros para deter as chamas costuma ser iniciar uma chama controlada a favor do vento do incêndio principal. Sendo assim, é como se estivéssemos combatendo o incêndio com ainda mais fogo — mas dessa vez controlado pelos humanos.Esse tipo de chama tende a empurrar o incêndio principal de volta para o centro da floresta e longe do limite das linhas de controle, queimando todo combustível que fica dentro dessa área até se esgotar.<h2>3. Flanqueamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13012111099004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para os casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120175-incendios-zumbis-o-fenomeno-que-esta-destruindo-as-florestas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndios florestais</a> em escalas menores, alguns métodos diretos podem ser usados para apagar o fogo de uma vez por todas. E tudo isso começa com a terra que já foi queimada, o que definirá a região que precisa ser "atacada" pelas autoridades.&nbsp;Normalmente, os bombeiros contornam a borda do incêndio para pulverizar as chamas como areia ou água. Ao percorrerem todo o perímetro do incêndio, é bem provável que a situação já esteja sob controle.<h2>4. Pontos quentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13012128999007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No combate aos incêndios florestais, uma das prioridades traçadas pelos bombeiros é definir quais são os "pontos mais quentes" da queimada. Essas áreas precisarão de atenção extra dada às partes mais ativas e perigosas para as horas subsequentes.&nbsp;Portanto, as autoridades devem avaliar quais partes do incêndio têm mais probabilidade de se espalhar e, então, elaborar a melhor estratégia para manter essas regiões sob controle. A localização dos pontos quentes também pode envolver o desvio de força humana extra para a tarefa de extinguir brasas e detectar incêndios com risco de explosão.<h2>5. Ataque aéreo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13012159946012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Enquanto muitos bombeiros trabalham para conter as chamas pelo chão, uma das formas de lidar com um incêndio florestal pode surgir do céu. Caso as fontes de água mais abundantes estiverem próximas do foco do fogo, aviões e helicópteros podem pegar baldes de água e carregá-los para serem jogados no topo das chamas.&nbsp;Essa água é normalmente misturada com um retardador de espuma antes de cair. A água espumada funcionará como uma barreira mais eficaz à propagação do fogo e isolará o combustível que ainda não queimou.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.569Z

5 táticas que os bombeiros usam para combater incêndios florestais

Imagem de O Dia dos Mil Mortos: uma das maiores tragédias da seca no Nordeste no megacurioso

O Dia dos Mil Mortos foi uma consequência da grande seca de 1877 a 1879, que foi agravada pela epidemia de varíola na região

<head></head><body>Considerado <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124936-dom-helder-camara-o-arcebispo-perseguido-pela-ditadura-militar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o dia mais trágico da história de Fortaleza</a>, a data de 10 de dezembro de 1878 ficou conhecida como “o Dia dos Mil Mortos”. Naquela fatídica terça-feira, morreram 1.004 pessoas na cidade. O natural esgotamento da capacidade dos cemitérios fez com que uma enorme vala comum fosse aberta na região praiana de Jacareacanga.<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122969-4-dos-maiores-funerais-da-historia-recente.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiqnretpoz_AhVTuJUCHR25CmQ4ChAWegQIBxAC&amp;usg=AOvVaw1dmIwJezhFVyTPaiVyJzY_" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Para enterrar um número tão grande de corpos</a>, foram convocados 60 presidiários e coveiros. Como não havia caixões disponíveis, os cadáveres eram transportados em redes ou, na falta destas, amarradas em peças de madeira. Devido ao avançado estado de putrefação, muitos pedaços dos defuntos ficavam espalhados pelo caminho.&nbsp;Esquecida pela História, a tragédia do século XIX ficou literalmente enterrada na chamada "terra da luz" até janeiro de 1994, quando um grupo de operários do Sanear, o Serviço de Saneamento de Fortaleza, encontrou dezenas de ossadas na cova coletiva. Após diversas especulações, concluiu-se de que o local era o histórico cemitério da epidemia de varíola ocorrida 116 anos antes.<h2>Seca e epidemia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23163326383246.jpg" alt="A Grande Seca foi o fenômeno mais terrível da história do Brasil, durante o período imperial.">A Grande Seca foi o fenômeno mais terrível da história do Brasil, durante o período imperial.O evento gerador da tragédia fortalezense <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123119-grande-seca-de-1877-o-horror-que-destruiu-o-nordeste-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi a chamada Grande Seca</a> que assolou a região entre os anos de 1877 e 1879. O fenômeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125218-por-que-a-europa-esta-secando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não somente secou todos os reservatórios de água</a>, como acrescentou graves problemas sanitários para uma população já sofrida. Durante esses três anos, a estiagem exilou mais de 100 mil sertanejos para a capital, que possuía na época cerca de 30 mil habitantes.Abrigada em barracas montadas nos subúrbios de Fortaleza, essa multidão ficou à mercê do calor sufocante e dormindo praticamente ao relento em condições sub-humanas. Para piorar, irrompeu entre eles uma epidemia de varíola, doença para a qual já existia vacina, mas as autoridades se negavam a promovê-la e a população, a se vacinar, uma tradição maldita que parece nunca ter fim.Após o enterro coletivo do dia 10 de dezembro, as procissões de mortos até o cemitério da Lagoa Funda continuaram intensas, espalhando o vírus. Segundo o incentivador da vacina, Rodrigo Teófilo, o pânico se espalhou entre a população com a notícia de que até mesmo a primeira-dama Marieta Raja Gabaglia havia sido vítima da doença.&nbsp;<h2>A reação das autoridades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23163858854255.jpg" alt="&quot;Criança Morta&quot;, de Cândido Portinari, retrata vidas marcadas pela seca.">"Criança Morta", de Cândido Portinari, retrata vidas marcadas pela seca.Com a multiplicação das mortes, a situação se tornou caótica em Fortaleza: o comércio fechou as portas, o povo não saía às ruas, agora frequentadas apenas pelos "bexiguentos" e pelos desfiles de enterros. A Câmara Municipal determinou que, durante à noite, vasos de alcatrão fossem acesos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119799-cemiterada-a-revolta-na-bahia-de-1836-contra-os-cemiterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para desinfectar os miasmas</a>, uma teoria popular na época.Viúvo, o governador da província José Júlio de Albuquerque Barros, o Barão de Sobral, determinou, a conselho dos médicos, que fossem transferidos os acampamentos dos refugiados da seca, para locais onde os ventos soprassem para fora da cidade. A remoção foi feita sem economizar “energias para convencer os flagelados a aceitarem a mudança”, segundo Teófilo.A situação demorou a chegar à Corte. Como dom Pedro II se encontrava em viagem pelos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio e só retornou em 1877, quando a epidemia já havia se espalhado pelos sertões. Em 1878, o imperador enviou 360 navios com alimentos para a região. &nbsp;<h2>Transposição do rio São Francisco e açudes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23170612874271.jpg" alt="A transposição das águas do rio São Francisco foi considerada desde a seca de 1844.&nbsp;">A transposição das águas do rio São Francisco foi considerada desde a seca de 1844.&nbsp;Desde a seca de 1844, a ideia da transposição das águas do rio São Francisco já era cogitada como a única solução para a seca no Nordeste. A ideia foi, no entanto, descartada pelo Barão de Capanema, que demonstrou não haver recursos técnicos para transpor a Chapada do Araripe. A ideia da obra foi retomada somente em 2007, e efetivamente concluída e inaugurada no início de 2022.&nbsp;Após a Grande Seca, a ideia de levar água aos nordestinos foi adaptada por dom Pedro II, que determinou a construção do primeiro açude do País: o Cedro, em Quixadá, no sertão central da província. Embora os projetos tenham sido feitos durante o período do Império, as obras só tiveram início durante a República, com o açude sendo concluído em 1906, já no século XX.Conta a História que a seca do Nordeste levou dom Pedro II a prometer que estaria disposto a vender as joias da Coroa para não deixar os sertanejos morrerem de fome. Fato é que centenas de milhares de mortes ocorreram desde então. Ao que se sabe, as tais joias jamais foram vendidas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108954-antes-das-chamas-a-historia-por-tras-do-museu-nacional-do-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e estavam no acervo do Museu Nacional</a>, que pegou fogo no dia 2 de setembro de 2018.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.933Z

O Dia dos Mil Mortos: uma das maiores tragédias da seca no Nordeste

Imagem de Tsunamis podem surgir na Antártida devido a mudanças climáticas no megacurioso

Segundo estudo, deslizamentos subaquáticos na Antártida tem potencial para provocar tsunamis que podem atingir a América do Sul, Oceania e sudeste asiático

<head></head><body>Um novo estudo que busca avaliar os possíveis impactos das mudanças climáticas foi publicado no último dia 18, no periódico Nature Communications. Conduzido por uma equipe de pesquisadores internacionais, o documento aponta uma perspectiva bastante preocupante para o continente antártico – e que pode afetar outras regiões do planeta.Para chegar a esse resultado, estudiosos se dedicaram a perfurar a superfície abaixo do mar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártida</a>, e avaliar as diferentes camadas de sedimentos encontradas nas amostras. Esse procedimento possibilitou entender melhor como determinados fenômenos ocorridos no continente teriam se originado em dois períodos, ocorridos 3 e 15 milhões de anos atrás.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25191541131401.jpg" alt="Pesquisadores avaliaram amostras de sedimentos localizadas cerca de 100 metros no fundo do mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Pesquisadores avaliaram amostras de sedimentos localizadas cerca de 100 metros no fundo do mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Estudo alerta sobre riscos de novos deslizamentos de terra submarinos na Antártida</h2>Por meio de uma análise multidisciplinar, foi possível identificar que os padrões de variações glaciais e de redução da camada de gelo estariam relacionados ao acúmulo de sedimentos formados por materiais fossilizados. Por constituírem camadas mais frágeis, regiões com esse padrão seriam mais suscetíveis a ação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117072-praia-de-sao-vicente-foi-atingida-por-um-maremoto-em-1541.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a> no continente antártico.Historicamente, a desintegração desses sedimentos, quando provocada por abalos sísmicos, gerou tsunamis que atingiram regiões da América do Sul, Oceania e sudeste asiático. Ainda segundo o estudo, isso teria ocorrido nos dois períodos estudados.Em ambos, a temperatura se apresentava 3 °C acima da média atual e o nível do mar também estava num patamar mais elevado, como resultado do derretimento do gelo. Com isso, existe a possibilidade que esses eventos voltem a se repetir se essa antiga dinâmica se tornar presente, destacou Jenny Gales, da Universidade de Plymouth, em comunicado oficial.Ou seja, à medida que as mudanças climáticas provocam o aumento do nível do mar, aumenta também o risco de formação de tsunamis violentos, como desdobramento de eventuais terremotos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25191619811402.jpg" alt="Segundo estudo, deslizamentos de porções de terras subaquáticas provocariam novos tsunamis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Segundo estudo, deslizamentos de porções de terras subaquáticas provocariam novos tsunamis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Mudanças climáticas podem afetar a estabilidade da Antártida</h2>O estudo ainda alerta que, com a redução das camadas de gelo, haveria um alívio na pressão exercida sobre as placas tectônicas – o que pode reduzir a estabilidade do continente antártico.Vale lembrar que, em 13 de fevereiro deste ano, a Antártida apresentou o menor nível de gelo já registrado, com índice de 1,91 milhão de quilômetros quadrados. Esse valor é inferior ao apresentado em 25 de fevereiro de 2022, de 1,92 milhão de quilômetros quadrados.Incidentes provocados por deslizamentos submarinos, por sua vez, também ocorreram em períodos mais recentes: como desdobramento do terremoto de Grand Banks, no Canadá, um deles deu origem a um tsunami violento em 1929. Na ocasião, as ondas atingiram os 13 metros de altura, deixando vítimas fatais e danificando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123784-como-os-cabos-submarinos-funcionam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabos submarinos</a>.Por apresentar uma perspectiva inserida num contexto de mudança climática, o estudo se mostra importante para auxiliar na previsão de fenômenos, além de permitir uma melhor compreensão de como se dariam as dinâmicas num continente que não é povoado.</body>

Desastres Naturais

Novidades