Imagem de Fluidos que jorram do fundo do oceano podem ajudar a prever terremotos no megacurioso

As aberturas que jorram os fluidos são muito pequenas, mas podem trazer respostas sobre as placas tectônicas da América do Norte

<head></head><body>No fundo do oceano, a 80 km da costa do estado do Oregon (EUA), existem algumas pequenas aberturas de 5 cm de largura. Esses buracos jorram fluidos que se originam a 4 km de profundidade, no encontro de várias placas tectônicas.&nbsp;Esse fenômeno, nunca antes visto, foi batizado como Oásis de Pythia — em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106777-as-previsoes-do-oraculo-de-delfos-tinham-influencias-de-alucinogenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">referência a uma sacerdotisa da Grécia antiga</a> que tinha o dom da clarividência. Isso porque os cientistas estão apostando que os buracos e seus fluidos podem fazer previsões sobre os terremotos.&nbsp;São, pelo menos, quatro aberturas. Elas ficam na falha submarina de Cascadia, que é menos famosa que a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/73014-the-really-big-one-alerta-sobre-grande-terremoto-volta-a-midia-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">San Andreas</a>, mas também tem potencial de causar terremotos gigantescos. Acredita-se que um terremoto nessa falha poderia alcançar a magnitude 9 na escala Richter e causar tsunamis de 30,5 metros de altura.&nbsp;É por isso que as aberturas e seus fluidos interessam tanto aos cientistas: elas podem ajudar a explicar o comportamento das placas tectônicas.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25203419076006.jpg" alt="Buracos têm cerca de 5 cm de comprimento (Fonte: Science/Reprodução)">Buracos têm cerca de 5 cm de comprimento (Fonte: Science/Reprodução)<h2>Uma grande descoberta por acaso</h2>O Oásis de Pythia foi descoberto por um estudante da Universidade de Washington, durante uma viagem de estudos, conta o professor de oceanografia Evan Solomon, que é co-autor de um estudo sobre as aberturas, publicado recentemente pela revista Science Advances.&nbsp;O sonar do navio detectou bolhas saindo do fundo do mar. Ao explorá-las, a equipe descobriu que não eram bolhas de metano, mas sim de água — como se o fundo do oceano tivesse uma mangueira de alta pressão. "É algo que eu nunca tinha visto e, pelo meu conhecimento, nunca tinha sido observado antes", afirmou o professor Solomon, em nota.&nbsp;Os fluidos estavam a 9 °C, mais quente que a água nessa região. Isso indica que eles vêm de regiões ainda mais profundas e quentes, quilômetros adentro da crosta terrestre. Ao estudar esses fluidos, os cientistas descobriram que eles carregam minerais como boro e lítio — que vem das pedras pelas quais o fluido passa, antes de sair pelas aberturas.&nbsp;<h2>Os fluidos e as placas tectônicas</h2>Os pesquisadores da Universidade de Washington ainda não têm certeza de como os fluidos interagem com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas</a>, mas têm algumas hipóteses interessantes. As aberturas podem ser como "válvulas de escape", que alteram a pressão dos fluidos na região onde as placas se encontram — e, em última instância, influenciam o próprio movimento das placas.É possível que esses fluidos com alta pressão suprimam a atividade sísmica, permitindo que as placas tectônicas se movimentem umas sobre as outras sem fricção ou sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124363-8-dicas-essenciais-de-como-sobreviver-a-um-terremoto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a>. Mas outros estudos são necessários para entender a extensão desse fenômeno, que só acabou de ser descoberto.&nbsp;Ainda assim, é impressionante que algo tão pequeno no fundo do oceano possa ser tão importância para a gente aqui em cima, não é mesmo?</body>

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Fluidos que jorram do fundo do oceano podem ajudar a prever terremotos

Imagem de Floyd Collins virou uma celebridade ao passar 17 dias soterrado no megacurioso

O sonho do homem era atrair turistas para sua caverna, e ele conseguiu da pior maneira possível

<head></head><body>A verdade é que nem a pessoa mais experiente está imune de ser vítima da própria especialidade, ou, em alguns casos, da imprevisibilidade da vida. Assim foi com os renomados vulcanólogos Katia e Maurice Kraft, que passaram a vida estudando e visitando vulcões, estando à beira de 1.200 °C, e morreram em um fluxo piroclástico no Monte Unzen, no Japão, em 3 de junho de 1991. A tragicamente bela história do casal foi indicada ao Oscar 2023 pelo documentário Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft.A história de Floyd Collins, nascido em 20 de junho de 1887, no Condado de Logan, Kentucky (EUA), segue pelo mesmo caminho trágico do casal de vulcanólogos, só que com requintes agonizantes e sem uma história de amor que envolve “até que a morte os separe”, como foi no caso dos Kraft.Muito pelo contrário, Floyd Collins ficou preso em uma caverna por 17 dias e a mídia acompanhou sua lenta e horrível morte enquanto o resgate tentava salvar sua vida.<h2>Um homem ambicioso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06092750277050.jpg" alt="Floyd Collins. (Fonte: NPS/Reprodução)">Floyd Collins. (Fonte: NPS/Reprodução)Os pais de Collins eram donos de um terreno agrícola próximo à Mammoth, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124407-5-das-cavernas-mais-estonteantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema de cavernas</a> mais conhecido do mundo, com mais de 591 km de extensão, que até hoje é destino de muitos curiosos e aventureiros.Naturalmente, o homem cresceu rondando o sistema, sempre querendo descobrir mais e ir mais longe e mais fundo. Não é para menos que descobriu a caverna de Cristal sob a fazenda da família, em meados de 1917.A essa altura, o hobby de Collins, na época com 30 anos, já havia se tornado um meio de lucro, tanto que, rapidamente, ele transformou a caverna em uma atração turística para aqueles a caminho de Mammoth. Mas ele não era o único no ramo — outras pessoas também estavam fazendo o mesmo por trás de empresas grandes que divulgavam em todo o país seus passeios guiados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06093002909053.jpg" alt="(Fonte: NPS/Reprodução)">(Fonte: NPS/Reprodução)A década de 1920 ficou conhecida como "Guerra das Cavernas" nos EUA, quando empresários escrutinaram o Kentucky em busca de cavernas para comercializá-las para o turismo. A ambição de Collins o fez procurar por uma nova caverna, visto que a caverna dos Cristais não estava dando lucro, e foi assim que encontrou uma localizada na propriedade de um fazendeiro chamado Beesly Doyel, com quem firmou sociedade.Ele se animou com a nova descoberta porque a caverna ficava ainda mais a caminho de Mammoth, portanto, o sucesso era quase certo em atrair o público. Sand Cave foi o nome que os sócios deram para o local, que se tornou internacionalmente conhecido não pelo seu lucro, mas por tomar a vida de Collins da pior maneira possível.<h2>O pior legado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06093049006054.jpg" alt="(Fonte: Moderskeppet/Reprodução)">(Fonte: Moderskeppet/Reprodução)O dia fatídico foi 30 de janeiro de 1925, quando Collins entrou na Sand Cave pela primeira vez com apenas uma lamparina e se deparou com o "ouro" das cavernas daquele período: um coliseu subterrâneo de 25 metros de altura a apenas 90 metros da entrada. A imagem que garantiria seu sucesso sumiu assim que a lamparina começou a piscar. Ele se apressou para a saída, mas, como em uma cena de filme, a lamparina caiu e, no que tentou agarrá-la, fez desmoronar uma pedra de 12 quilos sobre suas pernas.Demorou 24 horas para que Collins fosse descoberto preso na caverna pelo filho de Doyel. A notícia rapidamente se espalhou pela cidade, reunindo uma multidão entre curiosos pelo resgate e benfeitores dispostos a ajudar o homem.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06093148526055.jpg" alt="(Fonte: eBay/Reprodução)">(Fonte: eBay/Reprodução)À medida que os dias foram virando semanas, a tentativa de resgate de Floyd Collins se tornou um espetáculo angustiante, alcançando até o público fora do Kentucky. Era o que o explorador esperava com seu empreendimento, mas jamais naquelas circunstâncias. Engenheiros, geólogos, espeleólogos e mineiros até conseguiram alcançá-lo, mas os esforços em tirá-lo de lá falharam miseravelmente.E o que se tornava o caixão de Collins a cada instante também se transformou em um circo dos horrores que pessoas aproveitavam para lucrar às custas de sua desgraça, com encomendas de viagens para vê-lo, venda de comida, bebidas e até souvenires para a plateia de mais de 50 mil pessoas presente no local diariamente.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atlas Obscura&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/6BHKHYQoyl-PTTDPyMVxr36mkIk4tCuCgI1_stR3xbM/rs:fill:780:520:1/g:ce/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy84OWQzYzg0YWY2/NzRjNzhkNDJfZmxv/eWRjb2xsaW5zMDUu/anBn.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06093256668056.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)O jovem repórter William Burke Miller, do Louisville Courier-Journal, ganhou um prêmio Pulitzer pelas entrevistas que fez com Collins até 4 de fevereiro, quando parte do teto da caverna desabou e o isolou de seus salvadores. Em 16 de fevereiro, Floyd Collins foi retirado sem vida por meio de um poço recém-fabricado por equipes de resgate.Foi assim que ele conseguiu fazer de sua caverna um local famoso, atraindo turistas até hoje para ouvirem sobre sua história de ambição que acabou em tragédia.</body>

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Floyd Collins virou uma celebridade ao passar 17 dias soterrado

Imagem de Os 5 piores desastres da história que poderiam ser evitados no megacurioso

Certos momentos da história poderiam ter sido diferente, ou mesmo nem ocorrido, se a ação humana tivesse sido distinta da que foi

<head></head><body>Quem estuda a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120858-os-6-piores-anos-para-se-viver-na-historia-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">história da humanidade</a> encontra diversos momentos que fazem pensar: "isso poderia ter sido evitado". Ganância, guerras, pressa por resultados ou mesmo atitudes estúpidas podem causar catástrofes que ceifam inúmeras vidas.O ser humano já provou que consegue ser imprudente nos piores cenários, e para demonstrar isso nós elaboramos uma lista, trazendo alguns dos piores desastres já registrados pelos seres humanos que poderiam não ter ocorrido.<h2>1. Incêndio no Brooklyn Theatre</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/16/16134339883047.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Estrear uma peça teatral pressupõe um momento alegre e festivo, certo? Sim, em qualquer situação esse será um dia incrível, menos se você fosse um dos mil espectadores que lotaram o Brooklyn Theatre, em Nova York, em dezembro de 1876. Naquele dia, estreava The Two Orphans, adaptação de um dos melodramas franceses de maior sucesso no século XIX.Entre o quarto e quinto ator, por volta das 23h, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124244-6-dicas-essenciais-para-sobreviver-a-um-incendio-em-local-fechado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndio</a> iniciou no palco, começando pelas cortinas, após uma lâmpada estourar. Ao invés de interromper o espetáculo e avisar o público de que deveria sair, atores, produtores e funcionários do teatro subiram as cortinas para o ato final, como se tudo estivesse bem.Quando o público notou, era tarde demais para impedir que o caos reinasse. Pessoas morreram esmagadas, outras queimadas ou sufocadas por fumaça. Ao todo, 278 espectadores perderam a vida naquele dia.<h2>2. Rompimento da barragem de Banqiao</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/16/16141839054064.jpeg" alt="(Fonte: Medium/Reprodução)">(Fonte: Medium/Reprodução)Rompimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124091-5-dos-acidentes-em-barragens-mais-mortais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">barragem</a> é um risco sério como pudemos ver na tragédia de Brumadinho. Essa situação ocorreu na cidade chinesa de Banqiao, onde os construtores não estiveram atentos para trabalhar em sistemas de prevenção de acidentes, tampouco para controlar enchentes.Então, em 1975, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123058-qual-ciclone-causou-mais-danos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tufão</a> Nina chegou próximo à região, levando muita água para o rio Ru, que não suportou uma quantidade equivalente ao esperado para mil anos de chuvas. O problema poderia ser menor se os responsáveis tivessem tomado medidas ao notar que os níveis de água estavam subindo em virtude do tufão.Caso isso tivesse ocorrido, a pressão sobre a estrutura seria menor. Dois dias depois da chegada do Nina, a água subiu trinta centímetros, fazendo a barragem desabar, devastando 30 cidades e destruindo 7 milhões de casas. Ao todo, mais de 240 mil pessoas morreram.<h2>3. A emboscada no lago Trasimeno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/16/16142408487082.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A emboscada no lago Trasimeno é considerada a maior emboscada tática da história. Em junho de 217 a.C., o general cartaginês Aníbal atraiu o exército romano para uma região, onde conseguiu derrotar os comandados de Caio Flamínio durante as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110265-as-5-batalhas-mais-sangrentas-e-mortais-na-historia-das-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerras Púnicas</a>.Ansioso e sem criar nenhuma estratégia, Flamínio partiu com mais de 30 mil homens em direção ao sul para defender Roma. Aníbal percebeu a movimentação e enganou o comandante romano, encurralando-o, junto de suas tropas, próximo a um desfiladeiro no lago Trasimeno. Cerca de 15 mil homens morreram afogados na queda ou mortos no combate.<h2>4. Colapso do Hotel New World</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/16/16143921412096.jpg" alt="(Fonte: AsiaOne/Reprodução)">(Fonte: AsiaOne/Reprodução)Em 1969, a companhia Lian Yak Realty deu início à construção de um edifício de seis andares na cidade-Estado de Cingapura. O prédio foi concluído em 1971, passando abrigar o New Serangoon Hotel. Desde o início, muitos problemas ocorreram no espaço, entre eles um suspeito vazamento de monóxido de carbono que hospitalizou 35 hóspedes.Após o ocorrido, o espaço mudou de nome, passado a se chamar New World Hotel, que ocupava quatro andares. Sem causas aparentes, no dia 15 de março de 1986, o prédio veio abaixo em menos de um minuto.Uma investigação descobriu que os arquitetos e engenheiros responsáveis pela construção erraram cálculos básicos do projeto. Ele foi erguido sem levar em consideração o peso do próprio edifício. Ao todo, morreram 33 pessoas.<h2>5. Caos na ponte do Brooklyn</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/16/16144430343101.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na semana de inauguração da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122062-como-um-engenheiro-escondeu-adegas-de-vinho-sob-a-ponte-do-brooklyn.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ponte do Brooklyn</a>, um terrível desastre em que 12 pessoas morreram. Uma multidão partiu em direção à recém-inaugurada ponte, até então o ponto mais alto de Nova York. Porém, o espaço não comportava a quantidade de pessoas que estavam ali, e então um empurra-empurra fez que algumas pessoas caíssem no chão.Sem informação, o público imaginou que a ponte estivesse caindo, o que causou um pânico generalizado. Além das pessoas mortas por esmagamento, centenas ficaram feridas. Desde aquele época, policiais ficam na ponte, de modo a impedir que haja acúmulo de muitas pessoas.</body>

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Os 5 piores desastres da história que poderiam ser evitados

Imagem de Os 5 mais intensos terremotos ocorridos no Brasil no megacurioso

O Brasil não é um país conhecido pela incidência de abalos sísmicos. No entanto, nossa história guarda alguns acontecimentos

<head></head><body>Quando pensamos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124452-e-possivel-que-um-terremoto-destrua-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a>, o Brasil, certamente, não é um país que vem à mente. Porém, isso não significa, em hipótese algum, que abalos sísmicos não ocorram em território nacional. De acordo com sismólogos entrevistados pela BBC Brasil, tremores ocorrem semanalmente no país.Não costumamos perceber estes abalos pois a maioria deles é de baixa magnitude, inferiores a 3 pontos na escala Richter. Tremores superiores a 5 pontos costumam ocorrer uma vez a cada cinco anos, enquanto os superiores a 6 somente uma vez a cada 50 anos. Levantamos os dados sobre os mais intensos já registrados no Brasil. Confira.<h2>1. Tarauacá (AC): 6,5 pontos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06135451891204.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Foi na cidade acreana de Tarauacá em que o Brasil registrou seu tremor de terra mais intenso. Em 2022, os sismógrafos detectaram abalos sísmicos na região noroeste do estado, tremores da ordem de 6,5 pontos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124310-qual-e-a-maior-potencia-possivel-de-um-terremoto-na-escala-richter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escala Richter</a>.O epicentro, isto é, o ponto da superfície terrestre que primeiro sentiu a onda sísmica, estava a 111 quilômetros da cidade e, apesar de sua grande magnitude, foi pouco percebido na superfície, em virtude de ter ocorrido em uma grande profundidade, aproximadamente 621 quilômetros.Detectado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos, o abalo em Tarauacá não deixou danos ou vítimas, e sua causa é considerada andina, isto é, a origem estava na Cordilheira dos Andes.<h2>2. &nbsp;Serra do Tombador (MT): 6,2 pontos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06142111046235.jpeg" alt="(Fonte: Daline Batista/Reprodução)">(Fonte: Daline Batista/Reprodução)Por mais de seis décadas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118142-terremoto-o-que-e-as-suas-causas-e-como-e-medido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a> ocorrido na Serra do Tombador, próximo à cidade de Porto dos Gaúchos, no Mato Grosso, 540 quilômetros de Cuiabá, foi o mais intenso registrado no Brasil. Seus 6,2 pontos na escala Richter não deixaram danos nem às pessoas, tampouco às cidades da região, em virtude do tremor ter ocorrido em uma região pouco habitada.Diferente do antecessor nesta lista, esse terremoto no Mato Grosso teve origem local, na placa Sul-Americana. Ela é considerada por estudiosos uma região com muita atividade sísmica, pois há uma falha geológica ali.Em 2022, a região registrou ao menos cinco terremotos, um deles na mesma Porto dos Gaúchos. A única diferença foi a intensidade: o mais atual registrou apenas 2,8 pontos na escala Richter.<h2>3. Vitória (ES): 6,1 pontos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06142400831237.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Vitória não registrou apenas um dos maiores tremores de terra já sentidos em território nacional, ela também é detentora do mais intenso <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124363-8-dicas-essenciais-de-como-sobreviver-a-um-terremoto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abalo sísmico</a> detectado em uma capital de estado. Em 1955, curiosamente, alguns dias após o tremor na Serra do Tombador (MT), a capital capixaba marcava 6,1 pontos na escala Richter.À época já bastante habitada (a cidade já tinha mais de 400 anos), teve a sorte de não registrar nenhum ferimento ou danos à infraestrutura. No entanto, o tremor levou pânico à população, que não entendia o que havia ocorrido. O sismo foi sentido, ainda, nas cidades de Cariacica, Vila Velha, Guarapari e Colatina, e seu epicentro ocorreu no mar, a 300 quilômetros da costa.<h2>4. Pacajus (CE): 5,2 pontos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06143619066243.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O maior tremor de terra da história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123119-grande-seca-de-1877-o-horror-que-destruiu-o-nordeste-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nordeste</a> ocorreu na cidade cearense de Pacajus. Ocorrido em novembro de 1980, o terremoto da cidade cearense marcou 5,2 pontos na escala Richter, tendo ocorrido logo após a meia-noite.O susto fez com que moradores saíssem às ruas, com medo de que as paredes de suas casas tombassem sobre eles. Ao menos 488 casas foram danificadas, mas ninguém morreu. Recentemente a região passou por um novo tremor, mas com intensidade muito menor, apenas 2,5 pontos.<h2>5. João Câmara (RN): 5,1 pontos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06145113018262.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Entre todos os terremotos já registrados em território brasileiro, nenhum foi tão devastador do que o ocorrido em João Câmara, no estado do Rio Grande do Norte. Na madrugada de 30 de novembro de 1986, uma sequência de 50 mil abalos, com a magnitude de 5,1 pontos, atingiu o pequeno município de 23 mil habitantes.Mais de 4 mil imóveis foram total ou parcialmente afetados, o que resultou em um grande contingente de desabrigados, sem contar os vários negócios que foram fechados, incluindo pequenas indústrias.</body>

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Os 5 mais intensos terremotos ocorridos no Brasil

Imagem de Qual a melhor forma de sobreviver a um apocalipse nuclear? no megacurioso

De acordo com pesquisadores, cogumelos, ratos e insetos poderiam se tornar principal fonte de alimento para sobreviventes

H&aacute; 66 milh&otilde;es de anos, um asteroide despencou na atmosfera da Terra e caiu no fundo do mar, causando uma explos&atilde;o 6,5 mil vezes mais poderosa do que a bomba nuclear que os Estados Unidos lan&ccedil;aram sobre Hiroshima. O impacto foi t&atilde;o absurdo que enviou nuvens de detritos e enxofre para todos os lados, bloqueando a luz e o calor do Sol por cerca de dois anos.
Nesse per&iacute;odo, a fotoss&iacute;ntese parou e as plantas deixaram de crescer. Com isso, mesmo os dinossauros sobreviventes morreram de fome at&eacute; a extin&ccedil;&atilde;o. E o aconteceria se algo similar acontecesse com os seres humanos? Ser&iacute;amos n&oacute;s capazes de sobreviver a um <a href="https://www.megacurioso.com.br/fim-do-mundo/42088-voce-sabe-a-diferenca-entre-apocalipse-e-armagedom-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse</a> nuclear? Veja s&oacute; quais seriam nossas sa&iacute;das, segundo os cientistas!
<h2>Crescimento de fungos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03130603427394.jpg" alt="(Fonte: Reposit&oacute;rio de imagens NZN)" />(Fonte: Getty Images)
Embora a queda do asteroide tenha impedido o crescimento de novas plantas, registros f&oacute;sseis daquele tempo mostram que os fungos seguiram prosperando. Sendo assim, em um eventual apocalipse, &eacute; bastante prov&aacute;vel que o consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119521-as-6-especies-de-cogumelos-mais-bizarras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos</a> se tornasse crucial para a sobreviv&ecirc;ncia humana. &nbsp;
De acordo com o jornalista cient&iacute;fico da Vox e autor do livro End Times (2019), Bryan Walsh, existem tr&ecirc;s tipos de eventos catastr&oacute;ficos poss&iacute;veis que amea&ccedil;am a nossa exist&ecirc;ncia: impactos de asteroides, erup&ccedil;&otilde;es de supervulc&otilde;es e guerras nucleares. Todos eles t&ecirc;m em comum o fato de poder bloquear a luz do sol necess&aacute;ria para alimentar as plantas.
Para sobreviver, as pessoas ent&atilde;o teriam que adotar uma agricultura sem luz solar &mdash; cultivando cogumelos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121857-6-fatos-impressionantes-sobre-os-ratos.htm#:~:text=Ratos%20n%C3%A3o%20costumam%20morder%20por,osso%20de%20um%20ser%20humano." rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos</a> e insetos. Sem luz solar, em outras palavras, nosso sistema alimentar entraria em colapso. Segundo Walsh, trilh&otilde;es de &aacute;rvores morreriam com o esfriamento r&aacute;pido do planeta, virando material perfeito para o crescimento de fungos. Para cada 1 metro de comprimento e 10 cent&iacute;metros de madeira morta, seria poss&iacute;vel produzir 1 kg de cogumelo em quatro anos, calculou o pesquisador.
Por mais que a quantia n&atilde;o pare&ccedil;a enorme, &eacute; preciso ressaltar que muitas pessoas teriam perdido suas vidas em um cen&aacute;rio p&oacute;s-apocal&iacute;ptico. Logo, uma popula&ccedil;&atilde;o reduzida e uma produ&ccedil;&atilde;o eficiente de fungos poderia ser suficiente para salvar a humanidade da extin&ccedil;&atilde;o.
<h2>Fontes de prote&iacute;na</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/03/03130546077392.jpg" alt="(Fonte: Reposit&oacute;rio de imagens NZN)" />(Fonte: Getty Images)
Assim como os cogumelos, as &aacute;rvores mortas tamb&eacute;m poderiam se tornar alimento para outras formas de vida, como os ratos e insetos citados anteriormente. E o porqu&ecirc; disso? Os ratos s&atilde;o conhecidos por poder digerir a celulose, o a&ccedil;&uacute;car que comp&otilde;e 50% da madeira. Portanto, qualquer coisa deixada para tr&aacute;s pelos cogumelos tamb&eacute;m poderia servir de comida para os ratos &mdash; criando uma fonte de carne para os humanos.
Al&eacute;m disso, os ratos s&atilde;o animais que se reproduzem rapidamente e provavelmente n&atilde;o precisam de luz solar para isso. Esses animais atingem a maturidade sexual com apenas seis semanas e precisam de 70 dias para produzir de sete a nove beb&ecirc;s. Nesse sentido, seria preciso apenas dois anos para que todas as pessoas pudessem consumir a carne de rato sem se preocupar com esgotamento.
Os insetos tamb&eacute;m poderiam fornecer &oacute;timas prote&iacute;nas para nossa sobreviv&ecirc;ncia, visto que muitos deles sobreviveriam a uma cat&aacute;strofe nuclear. Muitas esp&eacute;cies resistissem at&eacute; mesmo &agrave;s mais extensas cat&aacute;strofes existenciais que alteram o clima, como os besouros. Portanto, at&eacute; que as condi&ccedil;&otilde;es da Terra se estabilizassem, n&oacute;s ter&iacute;amos que viver uma vida completamente diferente das que fomos habituados para evitar nosso fim.
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Qual a melhor forma de sobreviver a um apocalipse nuclear?

Imagem de É possível que um terremoto destrua o planeta? no megacurioso

Com os devastadores terremotos que já destruíram países pelo mundo, o questionamento é inevitável

<head></head><body>No último 6 de fevereiro, o mundo parou com a notícia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124363-8-dicas-essenciais-de-como-sobreviver-a-um-terremoto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a> que atingiu o sul e o centro da Turquia, a 34 km a oeste da cidade de Gaziantep, bem como o norte e oeste da Síria. Às 4h17, a terra sofreu um abalo que atingiu 7,8 na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124310-qual-e-a-maior-potencia-possivel-de-um-terremoto-na-escala-richter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escala Richter</a>, configurando o terremoto mais forte que já atingiu o país desde 1939, e se enquadrando como o segundo mais forte na história, após o terremoto de 1668 no norte da Anatólia.É o terremoto mais mortal em todo o mundo desde o que destruiu o Haiti em 2010, sentido no Egito, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e na costa do Mar Negro da Turquia.Seguido por mais de 2 mil tremores secundários, até o momento, a catástrofe já reuniu mais de 42 mil mortes, das quais 36.100 aconteceram em solo turco e 5.800 na Síria. Para piorar, uma grande tempestade de inverno derrubou a temperatura, prejudicando os esforços de resgate com o acúmulo de neve nos escombros.&nbsp;Estima-se que o terremoto tenha causado danos no valor de US$ 81 bilhões, se enquadrando como o quarto terremoto mais caro já registrado. A magnitude do evento mortífero fez o mundo repensar novamente:&nbsp;é possível um terremoto destruir o planeta?<h2>O sistema de falhas</h2><span class="img-fc" data-fonte="Mehmet Kacmaz/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/deep-rifts-formed-after-the-earthquake-in-the-set-foto-jornalistica/1247415421?"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28175049570557.jpg" alt="(Fonte: Mehmet Kacmaz/Getty Images)">(Fonte: Mehmet Kacmaz/Getty Images)Para entender essa possibilidade, primeiro, é preciso recorrer à Escala Richter, criada em 1935 por Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, como um dispositivo matemático para comparar o tamanho e magnitude de um terremoto.A escala é logarítmica de base 10, ou seja, cada ordem de magnitude é dez vezes mais intensa do que a última. Por exemplo, um terremoto de magnitude 2 é dez vezes mais intenso que 1, sendo que um de 3 é 100 vezes maior.&nbsp;Esse aumento está associado com a amplitude da onda. Em outras palavras, a amplitude da onda em um terremoto de nível 6 é dez vezes maior do que um terremoto de nível 5. A quantidade de energia liberada aumenta 31,7 vezes entre os valores do número inteiro.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28175138276558.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O tamanho de um terremoto está associado não somente a uma função da quantidade de deslocamento, mas também da zona de plano de falha que se rompe. Quanto maior é a área de ruptura, maior é o terremoto. Um terremoto de magnitude 7 rompe uma zona de falha de cerca de 1000 km². Com isso, deve se considerar também o fator profundidade no núcleo sólido da Terra, que influencia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124324-e-possivel-uma-tecnologia-antigravidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidade&nbsp;</a>do abalo.Quanto mais profundo o tremor, mais poderoso ele é, portanto, muito menos provável que atinja a superfície. Por si só, isso já explicaria a possibilidade. Os danos mortais que um terremoto causa é devido ao quão raso acontecem, porque os danos às estruturas superfícies são mais possíveis.O terremoto que atingiu o Chile em 1960, com magnitude 9,5 na escala, foi o mesmo que destruiu o Japão em 2011, fazendo jus ao seu período de 50 anos para acontecer.<h2>A possibilidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17102440442084.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Todos esses terremotos são chamados de megassismos e só acontecem em zonas de subducção, nas fronteiras entre as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123812-por-que-a-islandia-esta-aumentando-de-tamanho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas</a>, onde uma placa desliza para debaixo de outra.Um tremor de magnitude 10 ou, principalmente, superior a isso, não pode acontecer devido a sua relação com o comprimento da falha em que ocorre. As redes de falhas geralmente tem menos de 80 quilômetros de profundidade, podendo chegar no máximo a 600 quilômetros. A falha nada mais é que uma ruptura nas rochas que compõem a crosta terrestre, ao longo da qual as rochas de ambos os lados se movem umas sobre as outras. Não se conhece nenhuma falha longa o suficiente para gerar um terremoto de magnitude 10.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17102548342087.jpg" alt="(Fonte: Karsten Schneider/Science Photo Library)">(Fonte: Karsten Schneider/Science Photo Library)Portanto, um megaterremoto poderia abrir a crosta terrestre e dividir o planeta ao meio? Bem, até onde os geólogos podem dizer, não. A maior parte do manto inferior, que fica entre a crosta e o núcleo da Terra, é tão sólido e quente que seria cientificamente impossível rompê-lo. E, ainda que tentasse, a pressurização que existe faria o material do manto se apressar para preencher a menor lacuna, sendo que o choque em si seria absorvido.Mas não se engane, é possível criar megaimpulsos em um terremoto artificial que poderiam penetrar a crosta da terra. A quantidade de energia, porém, é quase impossível de ser fabricada.</body>

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É possível que um terremoto destrua o planeta?

Imagem de Entenda as 5 (agora 6) extinções em massa do planeta Terra no megacurioso

A Terra passou por cinco extinções em massa, com a maioria das espécies sendo extintas — e, ao que tudo indica, a sexta está acontecendo agora

<head></head><body>A gente ouve falar bastante sobre a catástrofe que acabou dizimando os dinossauros. Essa é a extinção em massa mais conhecida, mas outras quatro aconteceram no planeta antes dessa. E, ao que tudo indica, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120523-6-mitos-sobre-dinossauros-que-existem-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desaparecimento dos dinossauros</a> não foi o último fenômeno desse tipo: uma extinção em massa estaria acontecendo agora, no período em que vivemos.A extinção de espécies não é nada extraordinário por si só: cerca de 98% dos seres vivos que já habitaram o planeta, em seus 4,5 bilhões de anos, não existem mais. Contudo, isso costuma acontecer a uma taxa de 0,1 a 1 por 10 mil espécies, a cada 100 anos. Ou seja, bem lentamente.Durante esses fenômenos, as espécies foram extintas a uma velocidade muito maior, sem que outras pudessem surgir para substituí-las. Segundo o Museu de História Natural do Reino Unido, uma extinção em massa acontece quando "cerca de 75% das espécies do mundo são perdidas em um 'curto' <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121599-era-geologica-um-guia-de-quando-os-dinossauros-viveram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período de tempo geológico</a>". Curto, nesse caso, é algo bem relativo: menos de 2,8 milhões de anos.De qualquer maneira, são eventos muito extensos, de escala global, que impactam a grande maioria dos seres vivos que habitam o planeta. A seguir, explicamos quais são as seis extinções em massa que aconteceram na Terra.<h2>1. Extinção do Ordoviciano</h2><h3>Quando aconteceu: cerca de 440 milhões de anos atrás</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22204829306317.jpg" alt="Representação da fauna ordoviciana. (Fonte: Wikimedia Commons)">Representação da fauna ordoviciana. (Fonte: Wikimedia Commons)A primeira extinção em massa do nosso planeta aconteceu entre o fim do período Ordoviciano e o início do Siluriano. Essa foi uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121599-era-geologica-um-guia-de-quando-os-dinossauros-viveram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era geológica</a>&nbsp;em que os animais marinhos se desenvolveram e diversos tipos de plantas terrestres surgiram.&nbsp;Acredita-se que uma era glacial no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105655-descubra-como-os-paises-ficariam-distribuidos-no-supercontinente-pangeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supercontinente de Gondwana</a> tenha posto fim a 85% das espécies. Conforme as placas se movimentavam para o sul, a temperatura caía e glaciares se formavam, o nível dos mares também foi reduzido. Assim, muitas espécies ficaram sem o seu habitat — especialmente os pequenos invertebrados marinhos.<h2>2. Extinção do Devoniano</h2><h3>Quando aconteceu: entre 370 e 360 milhões de anos atrás</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22211054121322.gif" alt="Desenho com peixes do período devoniano. (Fonte: Wikimedia Commons)">Desenho com peixes do período devoniano. (Fonte: Wikimedia Commons)70 milhões de anos depois da primeira extinção em massa, o planeta era habitado por peixes primitivos, insetos, plantas mais altas e as primeiras espécies de animais terrestres vertebrados com quatro patas. Até que 70% a 80% dos seres vivos sumiram.Ainda não foi possível traçar uma linha do tempo com exatidão. Mas acredita-se que a extinção em massa tenha acontecido em, pelo menos, dois eventos separados, com poucos milhões de anos de diferença.&nbsp;Alterações diversas e intercaladas no ambiente — aumento e diminuição de temperaturas e do nível do mar —, além dos baixos índices de oxigênio na atmosfera, podem ser os responsáveis pela catástrofe. Atividade vulcânica, impactos e até uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121415-supernova-explosao-foi-observada-em-tempo-real-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supernova</a> também são especulados como motivos.&nbsp;<h2>3. Extinção do Permiano-Triássico</h2><h3>Quando aconteceu: 250 milhões de anos</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22211551764323.jpg" alt="Muitas espécies de vertebrados pereceram na extinção do Permiano. (Fonte: Wikimedia Commons)">Muitas espécies de vertebrados pereceram na extinção do Permiano. (Fonte: Wikimedia Commons)Esse evento é conhecido como "A Grande Morte", pois atingiu a maior parcela da vida na Terra: 95% das espécies que existiam nessa época teriam sumido do planeta. A extinção em massa é, também, a fronteira entre os períodos Permiano e Triássico.&nbsp;Os altos níveis de dióxido de carbono na atmosfera — decorrentes de erupções vulcânicas — seriam os principais responsáveis por esse fenômeno. Além disso, o impacto de um asteroide teria deixado o ar cheio de poeira, bloqueando a luz solar e causando chuvas ácidas.<h2>4. Extinção do Triássico-Jurássico</h2><h3>Quando aconteceu: 200 milhões de anos atrás</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22212316715324.jpg" alt="O Redondasaurus foi uma das espécies extintas há 200 milhões de anos. (Fonte: Wikimedia Commons)">O Redondasaurus foi uma das espécies extintas há 200 milhões de anos. (Fonte: Wikimedia Commons)O quarto processo de extinção em massa do planeta Terra aconteceu na passagem da Era Triássica para a Jurássica. A principal causa seria a separação do supercontinente da Pangeia, que desencadeou a erupção de vulcões, liberando muito dióxido de carbono na atmosfera e deixando os oceanos mais ácidos.&nbsp;Estima-se que três quartos das espécies foram extintas durante esse processo. Mas aquelas que conseguiram sobreviver se desenvolveram muito bem no Jurássico — é o caso de várias espécies de dinossauros, plantas gimnospermas e dos primeiros mamíferos.<h2>5. Extinção do Cretáceo</h2><h3>Quando aconteceu: 65 milhões de anos atrás</h3><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Tyrannosaurus#/media/File:Tyrannosaurus_and_Triceratops_at_Natural_History_Museum_of_Los_Angeles_County.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22213838165325.jpg" alt="Os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos. (Fonte: Wikimedia Commons)">Os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos. (Fonte: Wikimedia Commons)Enfim chegamos à extinção em massa mais conhecida, que dizimou os dinossauros. Estima-se que 80% das espécies tenham perecido — entre os "dinos", só sobraram os que deram origem às aves. Todos os animais maiores, que precisavam de mais recursos para sobreviver, sumiram — e isso abriu espaço para o desenvolvimento de aves e mamíferos menores.O impacto de um asteroide é a principal causa dessa extinção em massa: provavelmente, ele caiu na Península de Yucatán, atual México. Mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120523-6-mitos-sobre-dinossauros-que-existem-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ele não foi o responsável direto e único</a> pelo fim de todas as espécies. Na realidade, ele desencadeou diversas mudanças no ambiente que, ao longo de um milhão de anos, acabou com os dinossauros.&nbsp;<h2>6. Extinção do Holoceno ou Antropoceno</h2><h3>Acontecendo agora</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22220243058330.jpg" alt="A poluição e o uso indiscriminado de recursos naturais estão causando a sexta extinção em massa. (Fonte: Pixabay)">A poluição e o uso indiscriminado de recursos naturais estão causando a sexta extinção em massa. (Fonte: Pixabay)Muitos cientistas argumentam que a Terra está passando por um sexto processo de extinção em massa — agora, causado pelos humanos, a espécie que mais alterou o planeta.O Homo sapiens transformou 70% da superfície terrestre e usa três quartos de toda a água doce, destruindo o habitat de diversas espécies. Além disso, o uso de combustíveis fósseis <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumenta a temperatura da atmosfera</a>, estimulando catástrofes naturais.&nbsp;De fato, muitos seres vivos estão desaparecendo — a uma taxa bem maior que aquela de 0,1 a 1 espécie por 10 mil a cada século. Porém, classificar esse fenômeno como extinção em massa ainda não é um consenso porque não é possível compará-lo com outros períodos. Afinal, o que vemos é um período muito curto: nossa espécie existe há cerca de 2 milhões de anos.Para terminar, é interessante observar que a extinção do Antropoceno pode ser a sétima — e não a sexta —, pois um processo ocorrido há 550 milhões de anos está sendo pesquisado por cientistas dos Estados Unidos. O&nbsp;Os cientistas "descobrem" esses eventos estudando fósseis e fazendo suas datações: se uma espécie deixa de existir em determinado período, significa que ela foi extinta naquela época — e se muitas espécies deixam de existir na mesma época, temos uma extinção em massa.</body>

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Entenda as 5 (agora 6) extinções em massa do planeta Terra

Imagem de Ciclone de Bhola: o desastre natural que fez um novo país nascer  no megacurioso

A indignação com a resposta do governo paquistanês à pior tempestade tropical da história estimulou a independência de Bangladesh

<head></head><body>Os desastres naturais podem ser agravados por e utilizados com objetivos políticos. O terrível Ciclone de Bhola de 1970, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123058-qual-ciclone-causou-mais-danos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestade tropical</a> mais mortal de que se tem notícia, é um dos maiores exemplos disso. Seus desdobramentos levaram ao nascimento de uma nova nação com a independência de Bangladesh.Mas essa história começa muito antes disso: o Raj Britânico era o domínio do Reino Unido no sudeste asiático — compreendendo os territórios dos atuais Paquistão, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123993-populacao-da-india-deve-superar-a-da-china-em-abril-de-2023-segundo-onu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Índia</a> e Bangladesh. A partir dos movimentos de independência dos anos 1940, os britânicos organizaram a transição de poder em suas ex-colônias com base na religião.Na chamada "Partição da Índia", de 1947, foram criados dois estados nacionais: um de maioria hindu, a Índia, e outro da maioria islâmica, o Paquistão. O problema é que o país islâmico tinha seu território totalmente dividido pelo vizinho hindu. Ficava metade para cada lado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23040621981390.jpg" alt="O Raj Britânico foi dividido em países pela religião, criando o Paquistão Ocidental e Oriental (Fonte: Wikimedia Commons)">O Raj Britânico foi dividido em países pela religião, criando o Paquistão Ocidental e Oriental (Fonte: Wikimedia Commons)<h2>Um país dividido — e destruído pelo ciclone</h2>Embora tivesse praticamente metade da população, o Paquistão Oriental (atual Bangladesh) tinha muito menos representação política, já que o centro das decisões ficava no lado Ocidental, em Islamabad. Os investimentos governamentais também ficavam no Ocidente.Entre os anos 1950 e 1960, a tensão política entre os dois lados do país crescia continuamente. O Paquistão Ocidental tentava, inclusive, reprimir os movimentos políticos, a cultura e o idioma bengalês — elegendo o urdu como sua língua oficial.&nbsp;Alheios a essas discussões, milhares de cidadãos comuns viviam da pesca e da agricultura nas inúmeras ilhas da Baía de Bengala, no Paquistão Oriental. Quando muito, alguma notícia vinha da capital da província, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121259-as-7-maiores-cidades-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dhaka</a>, ou pela rádio. Até que o desastre bateu à porta.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23042058350395.png" alt="Mapa de Bangladesh, com suas inúmeras ilhas na Baía de Bengala (Fonte: Wikimedia Commons)">Mapa de Bangladesh, com suas inúmeras ilhas na Baía de Bengala (Fonte: Wikimedia Commons)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23042159380398.jpg" alt="Foto de satélite mostra o ciclone se aproximando da Baía (Fonte: Britannica/Reprodução)">Foto de satélite mostra o ciclone se aproximando da Baía (Fonte: Britannica/Reprodução)Na noite de 12 de novembro de 1970, uma tempestade tropical — depois batizada de Bhola, uma ilha da região — atingiu a Baía de Bengala. Ciclones eram comuns nessa região, mas nenhum com tal intensidade.&nbsp;Ventos de mais de 220 km/h e ondas de mais de 10 m de altura invadiram as ilhas. O ciclone chegou em época de maré alta e lua cheia, o que contribuiu para aumentar o nível da água. Há relatos de pessoas que não conseguiram se proteger nem no segundo andar das casas, tendo que se agarrar no topo de palmeiras para não serem levadas pelas águas.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121542-3-desastres-ambientais-causados-pelo-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">3 desastres ambientais causados pelo homem</a></li></ul><h2>Um desastre natural, mas também político</h2>Estima-se que algo entre 300 mil e 500 mil bengaleses tenham morrido durante a passagem do Ciclone de Bhola pelo Paquistão Oriental. Em ilhas como Manpura, mais de 80% das pessoas pereceram — além das colheitas e animais, fazendo os sobreviventes lutarem contra a fome.O ciclone atingiu o país quando faltavam apenas duas semanas para as eleições presidenciais do Paquistão — as primeiras democráticas, com participação dos dois lados do país. O general Yahya Khan esperava que seu colega ocidental ganhasse "de lavada", já que os bengaleses só iriam participar por formalidade, para dar um verniz democrático à eleição.&nbsp;O que Yahya Khan não contava era com a indignação dos bengaleses com desastre político que foi sua atuação no desastre natural.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23042501222399.jpeg" alt="Ciclone de Bhola de 1970 vitimou entre 300 e 500 mil pessoas em Bangladesh (Fonte: Banco Mundial)">Ciclone de Bhola de 1970 vitimou entre 300 e 500 mil pessoas em Bangladesh (Fonte: Banco Mundial)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23042648496400.jpeg" alt="Algumas ilhas perderam 80% de sua população (Fonte: Get Bengal/Reprodução)">Algumas ilhas perderam 80% de sua população (Fonte: Get Bengal/Reprodução)A princípio, o mandatário culpou oficiais do Paquistão Oriental e estrangeiros por não avisarem sobre a chegada do ciclone. Mas investigações mostraram existirem sistemas de detecção de desastres, que poderiam ter sido utilizados para fazer a população procurar um abrigo adequado. Sistemas que foram ignorados.&nbsp;Os oficiais do Paquistão Oriental afirmaram ter avisado o Ocidente — mas eles precisavam de autorização de Islamabad para emitir avisos. Quando os avisos chegaram, mandaram o recado errado, sem dar a dimensão real da gravidade do ciclone. Por isso, ainda que 90% das pessoas soubessem que uma tempestade estava chegando, só 1% procurou abrigo adequado.Enquanto isso, em Islamabad, alguns militares até respiraram aliviados: o desastre tirou 500 mil votos do partido Liga Awami, que lutava pela independência de Bangladesh.<h2>Do desastre à Guerra de Libertação</h2>O Paquistão Ocidental esqueceu dos bengaleses e se preocupou com sua eleição. Eles até recusaram ajuda dos vizinhos indianos, com quem viviam em tensão. Assim, os próprios civis tiveram que organizar os esforços de resgate e reconstrução, após o ciclone.Contudo, partidos como a Liga Awami foram às ilhas para prestar algum auxílio. Isso fez com que milhares de pessoas que estavam alheias à política se interessassem em votar. Isso levou à inesperada vitória do líder bengalês Sheikh Mujibur Rahman nas eleições de 1970.&nbsp;Yahya Khan e o Paquistão Ocidental não aceitaram esse resultado. Ele arquitetou uma invasão ao Paquistão Oriental, dando início a uma guerra civil. Bangladesh declarou sua independência em março de 1971.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23040911739391.jpeg" alt="Yahya Khan com o presidente estadunidense Richard Nixon (Fonte: Wikimedia Commons)">Yahya Khan com o presidente estadunidense Richard Nixon (Fonte: Wikimedia Commons)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23040953743392.jpeg" alt="A rendição das tropas paquistanesas, em dezembro de 1971 (Fonte: Wikimedia Commons)">A rendição das tropas paquistanesas, em dezembro de 1971 (Fonte: Wikimedia Commons)O novo país recebeu apoio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123993-populacao-da-india-deve-superar-a-da-china-em-abril-de-2023-segundo-onu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Índia</a> — que, por sua vez, era próxima da União Soviética. No contexto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, a separação do Paquistão e um eventual domínio indiano na região preocupavam os Estados Unidos. Então, o governo Nixon apoiou Islamabad — mas de forma discreta, já que grande parte da opinião pública estimulava o apoio a Bangladesh.Nixon tentou negociar um cessar-fogo com a primeira-ministra indiana <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124136-5-lideres-mundiais-que-governavam-pela-astrologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indira Gandhi</a>, sem sucesso. Com o envolvimento do vizinho na guerra, o Paquistão Ocidental perdeu força e ofereceu sua rendição em 16 de dezembro de 1971. E assim nasceu Bangladesh. &nbsp; </body>

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Ciclone de Bhola: o desastre natural que fez um novo país nascer 

Imagem de 5 cidades refeitas após serem parcial ou totalmente destruídas no megacurioso

Seja por guerras ou desastres naturais, algumas cidades do mundo acabaram destruídas, sendo reerguidas após longo processo de reconstrução. Confira.

<head></head><body>Quando pensamos em cidades destruídas que precisaram renascer das cinzas, vem à mente o caso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, municípios japoneses afetados por bombardeios atômicos feitos pelos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Todavia, abundam histórias de lugares que precisaram ser reconstruídos, e por diferentes razões.Terremotos, incêndios, enchentes, alagamentos e guerras moldaram e remoldaram cidades de muitos países. Na atualidade, as causas naturais são presença mais frequente nestes casos, em especial pelo agravamento do aquecimento global e suas consequências. Conheça a história de cidades que precisaram ser reconstruídas.<h2>1. Lisboa, Portugal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122536055149.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Sim, a capital portuguesa é uma das cidades que foram destruídas e precisaram ser reerguidas. Em 1755, durante a celebração do Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118305-o-terremoto-de-lisboa-de-1755-mudou-a-historia-de-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lisboa foi abalada por um terremoto</a> de grandes magnitudes. Como consequência, um tsunami foi formado, cerca de quarenta minutos após os abalos sísmicos.A cidade lusitana viu o fogo tomar conta de diferentes construções, se espalhando por toda a capital nos cinco dias seguintes. Palácios, bibliotecas e igrejas ruíram, além de 30 mil pessoas que perderam suas vidas. A estimativa é de 85% de Lisboa tenha virado pó.O processo de reconstrução foi conduzido pelo Marquês de Pombal, que projetou edifícios reforçados para suportar terremotos, mantendo a arquitetura clássica do local. O Arco do Triunfo, localizado na Rua Augusta, é um símbolo do ressurgimento de Lisboa.<h2>2. São Francisco, Estados Unidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122639618151.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No início do século XX, a cidade norte-americana de São Francisco foi destruída por conta de um terremoto ocorrido na falha de San Andreas. Conhecido como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106956-ha-112-anos-um-terremoto-destruiu-san-francisco-veja-fotos-da-tragedia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto de 1906</a>", o fenômeno causou diversos estragos em São Francisco, gerando incêndios que se seguiram pela cidade, até então o principal centro cultural e financeiro do oeste dos Estados Unidos.&nbsp;Aproximadamente 3 mil pessoas morreram, muitas delas dormindo - o terremoto iniciou às 5 da manhã, e o incêndio que se alastrou pela cidade veio na sequência. Foram necessários 9 anos para que São Francisco fosse reconstruída, inclusive com a expansão territorial e surgimento de novas áreas.<h2>3. Guernica, Espanha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122733044152.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A cidade espanhola de Guernica foi eternizada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121456-4-obras-de-arte-inspiradas-em-terriveis-acontecimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pintura de Pablo Picasso</a>. Durante a Guerra Civil Espanhola, um ataque aéreo conduzido por aviões da Alemanha nazista, em apoio aos nacionalistas, bombardeou toda a cidade, que ficou em ruínas.Quase toda a cidade, na região conhecida como País Basco, ficou destruída, além de inúmeras vítimas - pesquisas atuais sugerem que 400 indivíduos tenham morrido nos bombardeios, cerca de 10% do total de habitantes. Cerca de 90% de Guernica foi abaixo, e sua reconstrução desconfigurou o layout pré-industrial da cidade.<h2>4. Varsóvia, Polônia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17122846760156.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A força aérea nazista bombardeou Varsóvia, na Polônia, com muita força a partir de 1939. Já em 1943, a repressão ao Levante do Gueto de Varsóvia também causou muitos estragos à cidade, mas foi a vingança ao movimento conhecido como Revolta de Varsóvia que deu a pá de cal para levar 85% da capital polonesa ao chão.Os nazistas lançaram um intenso ataque, com o objetivo de destruir a maior cidade polonesa. Após bombardeios, equipes com lança-chamas entraram pelas ruas para botar fogo no que restava em pé.A cidade foi reerguida a partir da década de 1950, com a formação de um comitê, que usou mapas e fotos antigas para manter a arquitetura e estrutura de Varsóvia, atualmente considerada Patrimônio Mundial da Unesco.<h2>5. Tóquio, Japão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17123517148160.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outra cidade a ser destruída por conta de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/71416-terremoto-o-que-aconteceria-se-o-big-one-acontecesse-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a> foi Tóquio. A capital japonesa, junto a Yokohama e outras pequenas cidades da região do Kanto, foram atingidas por abalos sísmicos em 1º de setembro de 1923. Ele atingiu as localidades por volta do horário do almoço, sendo seguido de grandes incêndios.O asfalto das ruas derreteu, cooperando a levar mais de 38 mil pessoas à morte, apenas na região central da cidade. A dificuldade de acesso à água para apagar o fogo fez com que Tóquio fosse ainda mais afetada. Sua reconstrução foi conduzida pelo governo central japonês, que decidiu investir em espaços mais verdes e avenidas mais largas entre os edifícios.</body>

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5 cidades refeitas após serem parcial ou totalmente destruídas

Imagem de 5 impactos que o asteroide que matou os dinossauros teve na Terra no megacurioso

Além de dizimar com os dinossauros, o asteroide que atingiu o planeta alterou a estrutura da Terra por anos

<head></head><body>A maioria das pessoas já sabe que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124294-nova-especie-de-pterossauro-com-500-dentes-e-descoberto-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> foram extintos devido à colisão de um asteroide com a Terra. O que nem sempre é compreendido é que esse fato foi significativo não só para a trajetória desses animais, antes donos do planeta.O impacto desse asteroide transformou o clima, interveio na evolução de algumas espécies e deixou cicatrizes que são visíveis hoje em alguns países. Por isso, vamos conhecer alguns dos fatos mais importantes relacionados ao asteroide que matou os dinossauros.<h2>1. O asteroide desencadeou um grande tsunami na Terra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://img.freepik.com/free-photo/small-boat-facing-huge-ocean-waves-fantasy-illustration_456031-160.jpg?w=826&amp;t=st=1677254824~exp=1677255424~hmac=2e0151fe5e87ee8acb9e95a35092c8b3149dbc3adf2658141fdc75e1ce67a227"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24130745340530.jpg" alt="(Fonte: Freepik)">(Fonte: Freepik)Nas últimas décadas, a humanidade testemunhou o poder destruidor de um tsunami. Contudo, as ondas gigantes geradas pelo impacto do asteroide que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124186-fosseis-quebrados-mostram-como-esses-5-dinossauros-lutavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matou os dinossauros</a> são inimagináveis para nós.O Tsunami criado nesse evento foi capaz de dar a volta em todo o planeta nas 48 horas que sucederam o impacto. A energia dessas ondas era milhares de vezes maior do que qualquer tsunami moderno.<h2>2. Oceano ácido</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://img.freepik.com/free-photo/fantastic-seascape-with-ripples_1232-424.jpg?w=740&amp;t=st=1677254900~exp=1677255500~hmac=348faacb566bb85b57390f755442a48cb2e64625b13ade949b94f62189731d29"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24130837858531.jpg" alt="(Fonte: Freepik)">(Fonte: Freepik)O impacto do asteroide alterou drasticamente o pH das águas dos oceanos. Isso fez com que os mares se tornassem mais ácidos. Normalmente, associamos a palavra “ácido” com a imagem de um produto que corrói materiais, como o metal.Mas aqui estamos falando da variação entre algo mais alcalino para o mais ácido. Apesar de não ser necessariamente corrosivo, um oceano mais ácido foi fatal para a vida marinha.<h2>3. Tempestade de fogo a milhares de quilômetros da queda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24131203857534.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Há alguns anos, cientistas do Brasil, México e Reino Unido analisaram a casca fossilizada de uma árvore na Califórnia. Os pesquisadores descobriram que aquela região foi incendiada após a queda do asteroide.Como sabemos, o impacto aconteceu no sul do México. Minutos depois, as florestas do território que hoje conhecemos como Califórnia foram imediatamente queimadas.<h2>4. Terremotos de até seis meses</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24131430435535.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)De tempos em tempos, terremotos atingem algumas regiões do planeta. Em alguns minutos, eles conseguem por abaixo a estrutura de cidades inteiras.Acontece que algumas regiões do mundo lidaram com terremotos de até seis meses, após a queda do asteroide que matou os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123876-qual-era-o-som-que-os-dinossauros-emitiam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>.Essa hipótese foi divulgada no ano passado. Em 2014, pesquisadores analisaram um material muito pequeno, semelhante ao vidro, que teria sido formado pelo intenso calor e pressão que a região da Colômbia sofreu durante o impacto.“Essas contas de vidro se formaram quando o calor e a pressão do impacto derreteram e espalharam a crosta da Terra, ejetando pequenas bolhas derretidas na atmosfera, para então cair de volta à superfície como vidro sob a influência da gravidade”, afirma o estudo.Graças a essa análise, foi possível entender que aquela região lidou com terremotos constantes após a colisão. Alguns tremores duraram por seis meses.Cientistas afirmam que esses terremotos também atingiram outras regiões do continente americano, como partes dos EUA e México.<h2>5. Dois anos de escuridão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24131835753536.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Todos os incêndios causados pela queda do asteroide jogaram na atmosfera uma quantidade gigantesca de fuligem — essa fuligem resultou em cerca de dois anos de escuridão no planeta.Além de devastar com as plantas, que dependiam da luz para fazer a fotossíntese, esse acúmulo de poluição teve dois efeitos colaterais: o esfriamento do planeta, já que não havia luz solar, e a destruição da camada de Ozônio — o que permitiu que doses mortais de radiação ultravioleta conseguissem atingir o planeta, conforme a fuligem se dissipava.</body>

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