Ciência
14/06/2023 às 13:00•2 min de leitura
Desde que o homem passou a se entender como um ser racional, o fogo sempre acompanhou nosso progresso como sociedade. No entanto, se nós nos gabamos de ter conseguido controlar a "natureza", o fogo é um elemento volátil e que, por diversas vezes, já se mostrou capaz de deixar enormes rastros de destruição.
Uma prova disso são os incêndios florestais em grande escala que costumam acontecer em épocas de estiagem — algo que se tornou uma preocupação recorrente no oeste dos Estados Unidos. Sendo assim, mais uma vez nós precisamos aprender a domar o fogo. Veja só cinco táticas usadas pelos bombeiros para combater incêndios naturais dessa proporção!
(Fonte: GettyImages)
O primeiro passo para frear um incêndio florestal é o que os bombeiros chamam de "linhas de controle", que nada mais são do que limitações empregadas pelas forças de segurança para controlar como e onde o fogo se espalha. Nesse sentido, um cume rochoso ou rio podem servir como linhas de controle naturais.
Por outro lado, os bombeiros podem estabelecer uma linha artificial, como limpar uma extensa linha de mato para onde o fogo poderia se alastrar. Quando escutamos nos noticiários que um incêndio está "X% contido", isso quer dizer que alguma porcentagem do perímetro definido pelas autoridades foi parada.
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Uma vez que as linhas de controle foram estabelecidas, uma estratégia usada pelos bombeiros para deter as chamas costuma ser iniciar uma chama controlada a favor do vento do incêndio principal. Sendo assim, é como se estivéssemos combatendo o incêndio com ainda mais fogo — mas dessa vez controlado pelos humanos.
Esse tipo de chama tende a empurrar o incêndio principal de volta para o centro da floresta e longe do limite das linhas de controle, queimando todo combustível que fica dentro dessa área até se esgotar.
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Para os casos de incêndios florestais em escalas menores, alguns métodos diretos podem ser usados para apagar o fogo de uma vez por todas. E tudo isso começa com a terra que já foi queimada, o que definirá a região que precisa ser "atacada" pelas autoridades.
Normalmente, os bombeiros contornam a borda do incêndio para pulverizar as chamas como areia ou água. Ao percorrerem todo o perímetro do incêndio, é bem provável que a situação já esteja sob controle.
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No combate aos incêndios florestais, uma das prioridades traçadas pelos bombeiros é definir quais são os "pontos mais quentes" da queimada. Essas áreas precisarão de atenção extra dada às partes mais ativas e perigosas para as horas subsequentes.
Portanto, as autoridades devem avaliar quais partes do incêndio têm mais probabilidade de se espalhar e, então, elaborar a melhor estratégia para manter essas regiões sob controle. A localização dos pontos quentes também pode envolver o desvio de força humana extra para a tarefa de extinguir brasas e detectar incêndios com risco de explosão.
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Enquanto muitos bombeiros trabalham para conter as chamas pelo chão, uma das formas de lidar com um incêndio florestal pode surgir do céu. Caso as fontes de água mais abundantes estiverem próximas do foco do fogo, aviões e helicópteros podem pegar baldes de água e carregá-los para serem jogados no topo das chamas.
Essa água é normalmente misturada com um retardador de espuma antes de cair. A água espumada funcionará como uma barreira mais eficaz à propagação do fogo e isolará o combustível que ainda não queimou.