Imagem de Alguns dinossauros eram coloridos para encantar parceiros no megacurioso

Mecanismo de atração utilizado por alguns dinossauros era semelhante ao existente nos pássaros atuais

Cientistas da Universidade do Texas (Estados Unidos) revelaram em estudo publicado originalmente na revista Evolution, que esp&eacute;cies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> exibiam diferentes colora&ccedil;&otilde;es em partes do corpo para atrair parceiros sexuais. O mecanismo adaptativo &eacute; similar ao encontrado em p&aacute;ssaros como pav&otilde;es, pombos e galos.
A conclus&atilde;o compartilhada pelos pesquisadores teve como base an&aacute;lises do corpo de parentes vivos de dinossauros &mdash; incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119081-tartarugas-cagados-e-jabutis-saiba-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas</a>, crocodilos e mais de quatro mil esp&eacute;cies de p&aacute;ssaros &mdash;, al&eacute;m de um antigo arcossauro que viveu perto do in&iacute;cio do per&iacute;odo Tri&aacute;ssico, entre 252 e 201 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s. De acordo com as observa&ccedil;&otilde;es, um ancestral comum desses grupos tinha 50% de probabilidade de apresentar uma colora&ccedil;&atilde;o brilhantes nos tecidos moles da pele, bicos e escamas, enquanto tinha 0% de chance de apresentar tons vivos em garras e penas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/28/28095048864013.jpg" alt="(Fonte: Jackson School of Geosciences / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jackson School of Geosciences/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As reconstru&ccedil;&otilde;es filogen&eacute;ticas &mdash; m&eacute;todo cient&iacute;fico usado para investigar a evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies &mdash; determinaram que as cores brilhantes eram derivadas, na maior parte, de pigmentos carotenoides, com maior incid&ecirc;ncia das cores vermelha, laranja e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120600-qual-o-significado-da-tampinha-amarela-nas-garrafas-de-coca-cola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amarela</a>.&nbsp;Normalmente extra&iacute;das a partir da dieta alimentar baseada em fontes vegetais e carn&iacute;voras, o h&aacute;bito fazia com que esp&eacute;cimes que mantivessem a subst&acirc;ncia em suas rotinas fossem mais propensos a desenvolver colora&ccedil;&atilde;o.
&ldquo;Os primeiros dinossauros eram do tamanho de um p&ocirc;nei e comiam grandes presas vertebradas&rdquo;, diz a coautora Julia Clarke, professora da Jackson School. &ldquo;Diferentes grupos mudaram para dietas dominadas por plantas ou misturadas. Essa rotina provavelmente levou a mudan&ccedil;as na colora&ccedil;&atilde;o da pele e dos tecidos que n&atilde;o s&atilde;o de penas. H&aacute; muito mais a se pensar sobre a cor das aves para al&eacute;m de sua plumagem &mdash; basta pensar na proje&ccedil;&atilde;o amarelo-laranja vibrante de um tucano.&rdquo;
<h2>Cores vivas em nova perspectiva</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03174338522316.jpg" alt="(Fonte: Science Focus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science Focus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Sarah Davis, autora principal do estudo, comentou que at&eacute; ent&atilde;o quase todo o espa&ccedil;o amostral de p&aacute;ssaros antigos analisados no projeto haviam sido classificados como monocrom&aacute;ticos em teses anteriores. Por&eacute;m, detalhes que se perpetuaram em novas esp&eacute;cies sugerem que parentes distantes apresentavam manchas corporais que se destacavam no ecossistema, chamando a aten&ccedil;&atilde;o de parceiros evolutivos.
Estima-se que cerca de 54% das 4.022 esp&eacute;cies de p&aacute;ssaros estudadas tinham cores brilhantes em diferentes propor&ccedil;&otilde;es, com 86% delas expressando tons vivos apenas em tecidos n&atilde;o franjados, ou seja, onde h&aacute; aus&ecirc;ncia de penas. &ldquo;Este estudo desvenda a hist&oacute;ria evolutiva da colora&ccedil;&atilde;o &agrave; base de carotenoides n&atilde;o apenas na plumagem, mas tamb&eacute;m no bico e na pele das aves e seus parentes&rdquo;, comenta Clarke.
&ldquo;P&aacute;ssaros vivos usam uma variedade de pigmentos e podem ser muito coloridos em seus bicos, pernas e ao redor dos olhos&rdquo;, conclui a l&iacute;der do projeto. &ldquo;Poder&iacute;amos esperar que os dinossauros extintos expressassem as mesmas cores.&rdquo;

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Alguns dinossauros eram coloridos para encantar parceiros

Imagem de Quetzalcoatlus: como voava o maior dinossauro alado já existente? no megacurioso

Novos estudos detalharam o voo do quetzalcoatlus, animal com uma intrigante relação entre peso e aerodinâmica

Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin (Estados Unidos) renovaram os estudos sobre os fósseis de quetzalcoatlus para descobrir como o maior animal voador da história era capaz de se manter no ar. Segundo eles, a colossal criatura usava um mecanismo motor interessantíssimo para alçar voo, carregando seus quase 226 quilos e 12 metros de envergadura em um dos mais curiosos desafios à capacidade física de um ser vivo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20074639944004.jpg" alt="(Fonte: Greenlane / Reprodução)">(Fonte: Greenlane/Reprodução)Descoberto em 1971, o quetzalcoatlus, criatura membro da família Azhdarchidae (batizada em&nbsp;referência à divindade serpente emplumada <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119835-veneza-do-novo-mundo-a-historia-asteca-de-tenochtitlan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteca</a>), percorreu o continente durante o período Cretáceo Superior, há cerca de 70 milhões de anos, quando exibia suas proporções com mais de 3,6 metros de altura em meio aos maiores titãs que já pisaram na Terra.Na época que os pterossauros adultos alcançavam altura de até 2,5 metros, do comprimento da ponta da cauda até o focinho, o quetzalcoatlus mostrou ser o verdadeiro rei do céu. Destacando-se entre seus semelhantes e desenvolvendo um sistema de voo que se provava inacreditável, especialmente por conta de suas dimensões, seu voo era um mistério, considerando suas proporções excessivamente pesadas para gerar um estado de planagem.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29121810790054.jpg" alt="(Fonte: James Kuether/Reprodução)">(Fonte: James Kuether/Reprodução)Agora, décadas após as escavações iniciais e as primeiras hipóteses sobre o funcionamento da dinâmica corporal da criatura, estudos apontam a sugestão mais clara sobre o voo do quetzalcoatlus. Isso porque, em uma pesquisa que contou com o apoio de cinco artigos, especialistas concluíram o modo como o ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120569-5-animais-pre-historicos-inacreditaveis-que-vagaram-pela-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-histórico</a> era capaz de se manter no ar partindo de pressupostos utilizados para sustentar teses vigentes."Esse antigo réptil voador é lendário, embora a maior parte da concepção pública do animal seja artística, não científica", disse Kevin Padian, coautor do projeto. "Esse é o primeiro olhar real para a totalidade do maior animal que já voou, até onde sabemos. Os resultados são revolucionários para o estudo dos pterossauros".<h2>O voo do quetzalcoatlus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20074812367005.jpg" alt="(Fonte: Behance / Reprodução)">(Fonte: Behance/Reprodução)Por meio de estudos sobre origens, distribuição geográfica, habitat, características físicas, taxonomia, morfologia e genealogia, especialistas da Universidade do Texas reconstruíram parcialmente os ossos de indivíduos menores (integrantes da subespécie Quetzalcoatlus northropi) para descobrir como os pterossauros se consolidaram como "excelentes voadores".Até então, estimava-se que o animal saía do solo com um movimento pendular para frente e para trás — parecido com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118857-guano-o-segredo-trazido-pelas-fezes-de-morcego.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcego</a> — ou simplesmente corria em alta velocidade para gerar impulso, mas as novas pesquisas refutaram essas possibilidades. Em vez disso, o quetzalcoatlus simplesmente saltava, a partir de um ponto fixo, cerca de 2,5 metros em direção ao ar, iniciando uma mecânica de bater as asas para alçar voos distantes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29122437369059.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)"Aplicamos muito do conhecimento aeroespacial para entender como algo como o aerofólio funciona e quanta velocidade é necessária para gerar sustentação", disse Matthew Brown, paleontólogo de vertebrados da Universidade do Texas. Além disso, o trabalho revelou que os colossos pré-históricos caçavam sozinhos em rios e riachos, com a espécie Quetzalcoatlus lawsoni&nbsp;— relativamente menor que a Quetzalcoatlus northropi&nbsp;— sendo mais sociável.

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Quetzalcoatlus: como voava o maior pterossauro já existente?

Imagem de Ovo de bebê dinossauro preservado é encontrado na China no megacurioso

Descoberta sem precedentes tem mais informações sobre o laço genealógico entre dinossauros e pássaros

Um f&oacute;ssil de 70 milh&otilde;es de anos foi descoberto recentemente na prov&iacute;ncia de Jiangxi, na China. A descoberta preserva um esqueleto embrion&aacute;rio de um dinossauro intacto dentro de um ovo de Oviraptoridae&nbsp;&mdash; dinossauros herb&iacute;voros e omn&iacute;voros extintos aparentados das aves &mdash;, apelidado de Baby Yingliang devido ao nome do museu que o abriga neste momento.
Pelo fato de ossos de beb&ecirc;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103620-este-provavelmente-foi-o-maior-dinossauro-que-ja-caminhou-sobre-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> serem extremamente raros e fr&aacute;geis, a descoberta &eacute; vista como um achado &uacute;nico. Na vis&atilde;o dos pesquisadores, a expectativa &eacute; que o f&oacute;ssil possa revelar uma nova perspectiva a respeito da rela&ccedil;&atilde;o entre algumas classes de dinossauros e p&aacute;ssaros que vivem hoje.
<h2 class="uk-text-justify">Achado &uacute;nico</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Birmingham/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.cnn.com/cnnnext/dam/assets/211221063523-03-baby-dinosaur-fossil-egg-restricted-exlarge-169.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/22/22155005615486.jpg" alt="(Fonte: University of Birmingham/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: University of Birmingham/Divulga&ccedil;&atilde;o)
De acordo com o relat&oacute;rio divulgado pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/85749-ovos-de-dinossauro-sao-recuperados-intactos-em-minas-gerais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovo</a> tem cerca de 17 cent&iacute;metros de comprimento e abrigava um dinossauro de 27 cent&iacute;metros medindo da cabe&ccedil;a aos p&eacute;s. Caso essa criatura tivesse sobrevivido at&eacute; sua fase adulta, os cientistas acreditam que ela teria atingido at&eacute; 3 metros de comprimento.
Conforme foi analisado em outros f&oacute;sseis de Oviraptoridae&nbsp;pelo mundo, os arque&oacute;logos indicam que os dinossauros mudavam de posi&ccedil;&atilde;o dentro do ovo de maneira muito parecida com algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45601-9-passaros-enormes-que-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves</a> contempor&acirc;neas. Em aves modernas, tal comportamento &eacute; descrito como o ato de "dobrar", que &eacute; controlado pelo sistema nervoso central e &eacute; fundamental para o sucesso da incuba&ccedil;&atilde;o.
Na vis&atilde;o do pesquisador Waisum Ma, respons&aacute;vel pelo estudo, a descoberta &eacute; uma novidade para diversos campos da Ci&ecirc;ncia. "Ficamos surpresos ao ver esse embri&atilde;o lindamente preservado dentro de um ovo de dinossauro, deitado em uma postura de p&aacute;ssaro. Essa postura n&atilde;o havia sido reconhecida em dinossauros n&atilde;o avi&aacute;rios anteriormente", ele disse.
<h2 class="uk-text-justify">Passado dos dinossauros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/22/22164623091519.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ao que sabemos atualmente, todos as aves evolu&iacute;ram diretamente da subordem de dinossauros b&iacute;pedes chamada de Theropoda, o que inclui criaturas como o T-Rex e outros velociraptors menores. Entretanto, o comportamento de pr&eacute;-incuba&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico que os p&aacute;ssaros modernos herdaram de seus ancestrais dinossauros.
Esses mesmos dinossauros eram conhecidos por se sentarem em cima de seus ovos para ajud&aacute;-los a chocar, dizem os pesquisadores. O f&oacute;ssil encontrado na prov&iacute;ncia de Jiangxi teria sido descoberto por uma empresa chamada Yingliang Group por volta dos anos 2000 e foi esquecido em um armaz&eacute;m por mais de 10 anos.&nbsp;
Ap&oacute;s esse per&iacute;odo, o artefato foi descoberto por funcion&aacute;rios do Museu de Hist&oacute;ria da Natureza da Pedra de Yingliang, subsidiado pela companhia. Desde ent&atilde;o, o f&oacute;ssil tem sido analisado por pesquisadores para identificar mais comportamentos comuns entre dinossauros e aves modernas.

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Ovo de bebê dinossauro preservado é encontrado na China

Imagem de Amostras de DNA ajudam reescrever a história da Era do Gelo no megacurioso

Segundo uma pesquisa recente, alguns animais antigos começaram a desaparecer antes do que se pensava

Em 2010, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120156-5-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amostras do permafrost</a> do Canad&aacute; foram retiradas e guardadas em um freezer, mas at&eacute; hoje nenhum trabalho havia sido conduzido a partir delas.&nbsp;
Contudo, uma an&aacute;lise recente sugere que essas amostras de gelo, recolhidas h&aacute; mais de uma d&eacute;cada, podem ajudar a reescrever a hist&oacute;ria sobre como os&nbsp;animais da Idade do Gelo, a exemplo do mamute peludo, desapareceram.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15133328388326.jpg" alt="(Fonte: Chemistry World/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Chemistry World/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De acordo com um estudo publicado na Nature Communications, as amostras de DNA encontrados no gelo revelaram que bis&otilde;es da estepe, cavalos selvagens e mamutes peludos s&oacute; come&ccedil;aram a andar pela Terra h&aacute; 5 mil anos.&nbsp;
Essas novas evid&ecirc;ncias s&oacute; foram poss&iacute;veis gra&ccedil;as &agrave; iniciativa da arque&oacute;loga especialista em &aacute;cido desoxirribonucleico (DNA) antigo, Tyler Murchie, que encontrou as amostras de solo por acaso em um freezer na Universidade McMaster (Canad&aacute;) e decidiu investig&aacute;-las com mais aten&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15133536872327.jpg" alt="(Fonte: Beringia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Beringia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em uma entrevista para o site Gizmodo, Murchie disse que estava &agrave; procura de um novo projeto para ocupar o tempo enquanto fazia seu doutorado. A principal autora da pesquisa tamb&eacute;m comentou que uma de suas responsabilidades era cuidar da manuten&ccedil;&atilde;o do freezer no antigo centro de DNA da universidade, ent&atilde;o ela tinha uma expectativa de que poderia encontrar algo legal que estivesse apenas "esperando" algu&eacute;m para estud&aacute;-lo.
<h2 class="uk-text-justify">Novas possibilidades</h2>
Quando se fala em amostras de DNA, a maioria das pessoas pensa em cabelos e ossos. No entanto, elas podem ser encontradas em res&iacute;duos gen&eacute;ticos que ficaram presos no solo pelos quais os animais passaram.
A equipe liderada por Murchie come&ccedil;ou a pesquisar como e por qual motivo grandes animais que viveram na Am&eacute;rica do Norte sobreviveram por v&aacute;rios milhares de anos antes de serem extintos.
Entre 11 e 14 mil anos atr&aacute;s, durante a transi&ccedil;&atilde;o do Pleistoceno-Holoceno, o clima do planeta Terra sofreu uma s&eacute;rie de mudan&ccedil;as r&aacute;pidas, o que ocasionou a extin&ccedil;&atilde;o de diversas esp&eacute;cies comuns na Idade do Gelo, como os tigres dente-de-sabre e os mastodontes.
Com base nas pesquisas feitas at&eacute; agora, os cientistas imaginavam que a extin&ccedil;&atilde;o desses animais estava relacionada a dois fatores principais: a ca&ccedil;a excessiva por humanos e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118272-o-que-foi-a-pequena-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento do clima</a>.
Para a CBS News, Murchie disse que, utilizando cerca de 0,5 e 1 grama de sedimentos, &eacute; poss&iacute;vel reconstruir todo um ecossistema, incluindo a variedade de animais que viveram na regi&atilde;o. Ali&aacute;s, no artigo publicado, a equipe da pesquisadora apresentou registros de DNA tanto animal quanto vegetal de 30 mil anos atr&aacute;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15133901825329.jpg" alt="(Fonte: Phys/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Phys/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Analisando as amostras com recursos tecnol&oacute;gicos de ponta, como a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono, Murchie e seus parceiros descobriram que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105931-cientistas-afirmam-que-cometa-causou-era-do-gelo-ha-12-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes mam&iacute;feros da Era do Gelo</a> j&aacute; estavam desaparecendo antes mesmo de a temperatura do clima come&ccedil;ar a subir &mdash; ao contr&aacute;rio do que se pensava at&eacute; agora.
Estudar o permafrost &eacute; uma excelente forma de compreender o aconteceu no passado do planeta Terra. No entanto, pesquisas assim podem estar com os dias contados: com o aquecimento do planeta, as camadas de gelo de milh&otilde;es de anos est&atilde;o derretendo em uma escala crescente, fazendo desaparecer resqu&iacute;cios de qualquer material que possa ser analisado por meio de DNA.

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Amostras de DNA ajudam reescrever a história da Era do Gelo

Imagem de Dinossauro similar a peixe-espada tinha um arsenal mortal de dentes  no megacurioso

Datado de 100 a 145 milhões de anos atrás, novo ictiossauro 'monstruoso' foi uma espécie adaptada para devorar presas grandes

Cientistas da Universidade McGill, em Montreal (Canad&aacute;), identificaram o f&oacute;ssil de um esp&eacute;cime de ictiossauro datado do Cret&aacute;ceo Inferior (entre 145 milh&otilde;es e 100,5 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s), que configura entre os &uacute;ltimos sobreviventes da esp&eacute;cie. Segundo o estudo, o animal apresentava similaridades &oacute;sseas com o peixe-espada atual (Trichiurus lepturus) e era dotado de uma estrutura dent&aacute;ria monstruosa feita para devorar presas grandes.
De acordo com Dirley Cort&eacute;s, uma estudante de gradua&ccedil;&atilde;o do Museu Redpath, o Kyhytysuka sachicarum, nome que significa "aquele que corta com algo afiado" em uma l&iacute;ngua <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119601-qual-e-a-origem-do-dia-internacional-dos-povos-indigenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ind&iacute;gena</a> da regi&atilde;o central da Col&ocirc;mbia &mdash; local onde o f&oacute;ssil foi encontrado &mdash;, era um indiv&iacute;duo com quase 3,5 metros de comprimento e com estrutura similar &agrave; de um peixe comum. Por&eacute;m, seu grande diferencial estava presente na por&ccedil;&atilde;o do cr&acirc;nio, j&aacute; que a esp&eacute;cie desenvolveu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119926-como-a-camuflagem-ajudou-na-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adapta&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a>que espa&ccedil;ou seus dentes, permitindo que criaturas maiores pudessem ser predadas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02090819315033.png" alt="(Fonte: Museu Redpath / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Museu Redpath / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Enquanto outros ictiossauros tinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120076-dentes-podres-ja-foram-padrao-de-riqueza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentes</a> pequenos e do mesmo tamanho para se alimentar de pequenas presas, essa nova esp&eacute;cie modificou o tamanho e o espa&ccedil;amento dos dentes para construir um arsenal de dentes para despachar presas, como peixes grandes e outros r&eacute;pteis marinhos&rdquo;, diz Hans Larsson, diretor do Museu Redpath.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">A natureza em mudan&ccedil;a</h2>
Por estar situado no &uacute;ltimo est&aacute;gio do Cret&aacute;ceo Inferior &mdash; &eacute;poca em que surgiram os primeiros mam&iacute;feros placent&aacute;rios e que aumentaram os n&iacute;veis do mar, causando a separa&ccedil;&atilde;o do eixo vertical da Pangeia &mdash;, o ictiossauro pode indicar um novo panorama da evolu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o apenas do grupo no reino animal, mas tamb&eacute;m do pr&oacute;prio ecossistema marinho, visto os aprimoramentos carn&iacute;voros sofridos pela sua estrutura &oacute;ssea e o consequente novo nicho ecol&oacute;gico vivenciado ap&oacute;s a adapta&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02090853643034.png" alt="(Fonte: Museu Redpath / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Museu Redpath / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Muitos ecossistemas marinhos jur&aacute;ssicos cl&aacute;ssicos de ictiossauros que se alimentam de &aacute;guas profundas, plesiossauros de pesco&ccedil;o curto e crocodilos adaptados aos mares foram sucedidos por novas linhagens de plesiossauros de pesco&ccedil;o longo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120356-qual-a-diferenca-entre-tartaruga-cagado-e-jabuti.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas-marinhas</a>, grandes lagartos marinhos chamados mosassauros e agora este ictiossauro monstruoso&rdquo;, disse Cort&eacute;s.&nbsp;
&ldquo;Estamos descobrindo muitas esp&eacute;cies novas nas rochas de onde vem esse novo ictiossauro. Estamos testando a ideia de que essa regi&atilde;o e aquela &eacute;poca na Col&ocirc;mbia eram antigos pontos-chave de biodiversidade. Ent&atilde;o, estamos usando os f&oacute;sseis para entender melhor a evolu&ccedil;&atilde;o dos ecossistemas marinhos durante este per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o&rdquo;, concluiu a pesquisadora.

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Dinossauro similar a peixe-espada tinha um arsenal mortal de dentes 

Imagem de 6 mitos sobre dinossauros que existem até hoje no megacurioso

Desde que os dinossauros foram citados pela primeira vez na literatura no século XIX, algumas informações falsas ainda continuam circulando

Mesmo extintos h&aacute; cerca de 66 milh&otilde;es de anos, os dinossauros continuam aparecendo na cultura popular como uma das criaturas mais relevantes. Entretanto, esse &eacute; um processo que dificulta a vida de pesquisadores, uma vez que muitas informa&ccedil;&otilde;es incorretas s&atilde;o difundidas e ficam presas no imagin&aacute;rio das pessoas.
Sendo assim, torna-se uma miss&atilde;o para o meio cient&iacute;fico desmistificar alguns dados incorretos sobre os grandes r&eacute;pteis que um dia habitaram a Terra. Pensando nisso, n&oacute;s criamos uma lista com seis informa&ccedil;&otilde;es que continuam circulando por a&iacute; at&eacute; hoje, mas s&atilde;o incorretas. Confira!
<h2>1. Desaparecimento dos dinossauros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29160145026435.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Apesar de muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/85241-como-seria-a-terra-se-os-dinossauros-ainda-existissem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> terem morrido com o impacto do asteroide que atingiu o nosso planeta no passado, alguns deles teriam sobrevivido e continuado entre n&oacute;s at&eacute; os dias de hoje. Ao menos foi isso que disse o paleont&oacute;logo do Museu de Hist&oacute;ria Natural (NHM) de Londres, Paul Barrett, em entrevista &agrave; BBC.
Segundo o pesquisador, os p&aacute;ssaros que conhecemos atualmente fazem parte do mesmo grupo de criaturas ao qual os dinossauros pertenciam. Dessa forma, n&atilde;o s&oacute; as&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45601-9-passaros-enormes-que-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves</a> seriam dinossauros vivos, como estatisticamente haveria mais esp&eacute;cies de dinossauros hoje do que h&aacute; 66 milh&otilde;es de anos.
<h2>2. Capacidade de vis&atilde;o do T-Rex</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30160026141360.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Nos filmes da franquia Jurassic Park, o T-Rex &eacute; mostrado como um enorme predador com dificuldades de enxergar suas presas quando elas n&atilde;o se movem. No entanto, Barrett afirma que o baixo campo de vis&atilde;o n&atilde;o era uma caracter&iacute;stica comum entre os grandes predadores cret&aacute;ceos.
Um estudo conduzido em 2006 indica que o Tiranossauro Rex provavelmente tinha uma capacidade visual mais desenvolvida do que qualquer outro animal que j&aacute; pisou na Terra. Sendo assim, ficar parado em sua frente seria provavelmente uma ideia muito est&uacute;pida.
<h2>3. Velocidade na compara&ccedil;&atilde;o com carros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29160441010441.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Apesar de estudos iniciais terem apontado que os T-Rexs conseguiriam correr em uma velocidade de at&eacute; 50 quil&ocirc;metros por hora, estima-se que a velocidade m&eacute;dia do predador era de 20 a 29 km/h. Sendo assim, velocidades mais baixas eram mais confort&aacute;veis para eles, pelo menos na maior parte do tempo.
Isso indica que esses gigantes dinossauros poderiam at&eacute; mesmo ser bastante velozes em curtas dist&acirc;ncias, mas que provavelmente isso n&atilde;o seria suficiente para superar um carro em movimento em uma persegui&ccedil;&atilde;o.
<h2>4. Clonagem de dinossauros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29160527260444.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando falamos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115996-cavalo-selvagem-ameacado-de-extincao-ganha-clone-perfeito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clonagem</a>, conseguir replicar uma criatura t&atilde;o distante de nosso tempo geol&oacute;gico &eacute; uma tarefa muito complexa, se n&atilde;o imposs&iacute;vel. Afinal, simplesmente existem muitas vari&aacute;veis desconhecidas.
Mesmo se consegu&iacute;ssemos avan&ccedil;ar cientificamente ao ponto de decifrar a sequ&ecirc;ncia gen&eacute;tica dessas criaturas, isso n&atilde;o necessariamente resultaria em um processo bem-sucedido. Al&eacute;m disso, parte do DNA de dinossauros que temos hoje tamb&eacute;m cont&eacute;m fragmentos de bact&eacute;rias, solo e fungos.
<h2>5. Intelig&ecirc;ncia dos dinossauros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29160642167450.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Na vis&atilde;o da pesquisadora Mariana Di Giacomo, restauradora do Museu Peabody de Hist&oacute;ria Nacional da Universidade de Yale, os dinossauros t&ecirc;m variados tipos de intelig&ecirc;ncia. "Eles eram t&atilde;o inteligentes quanto precisavam ser para o mundo em que viviam", descreveu.
Por exemplo, alguns tinham de ser mais sagazes para ca&ccedil;ar durante a noite e evitar a competi&ccedil;&atilde;o com animais maiores. Dessa forma, alguns apresentavam c&eacute;rebros mais desenvolvidos do que os demais, assim como melhores sentidos de audi&ccedil;&atilde;o, vis&atilde;o e olfato.
<h2>6. Dinossauros e solid&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/29/29160724589451.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ao longo dos s&eacute;culos, os dinossauros sempre foram apontados como criaturas solit&aacute;rias e que n&atilde;o se mantinham perto de seus filhos ap&oacute;s o nascimento. Entretanto, estudos recentes mostram que algumas dessas criaturas jur&aacute;ssicas eram &oacute;timas m&atilde;es e at&eacute; mesmo &oacute;timos pais.
Para se ter ideia, a esp&eacute;cie Citipati recebeu o apelido de "Big Mama" (Grande Mam&atilde;e, em tradu&ccedil;&atilde;o livre) por ter sido encontrada em uma posi&ccedil;&atilde;o protetora sobre seus ovos.

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6 mitos que existem até hoje sobre dinossauros

Imagem de O cemitério de baleias no Chile que há 10 anos intriga cientistas no megacurioso

Pesquisadores ainda tentam entender como dezenas de baleias morreram no mesmo lugar

O Deserto do Atacama, no Chile, est&aacute; entre os mais &aacute;ridos do mundo, mas foi l&aacute; que, em 2011, &nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113164-tecnologia-e-arqueologia-se-unem-para-desvendar-enigmas-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dezenas de f&oacute;sseis</a>&nbsp;de baleias foram encontrados. Rapidamente, descobriu-se que se tratava de mais de 40 animais, al&eacute;m de diversos outros que, por algum motivo, amontoaram-se no lugar entre 6 e 9 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s e, simplesmente, morreram.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09133953019331.jpg" alt="(Fonte: Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O local foi batizado de Cerro Ballena (Colina das Baleias) e &eacute; considerado de extrema import&acirc;ncia para as investiga&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas sobre o que aconteceu na regi&atilde;o no per&iacute;odo Mioceno.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">As teorias sobre o cemit&eacute;rio</h2>
O cemit&eacute;rio de baleias no Atacama &eacute; a descoberta de onde existe a maior concentra&ccedil;&atilde;o desses mam&iacute;feros. No entanto, estudar esses f&oacute;sseis n&atilde;o &eacute; nada f&aacute;cil, mesmo considerando que a grande maioria deles est&aacute; completa e em perfeito estado.
Uma das maiores dificuldades para se chegar a uma conclus&atilde;o definitiva sobre o que ocasionou a morte desses grandes animais marinhos &eacute; que os pesquisadores sabem pouqu&iacute;ssimas informa&ccedil;&otilde;es sobre como eles viveram ou ainda vivem.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09133846628329.jpg" alt="Scanner 3D para analisar os f&oacute;sseis. (Fonte: Smithsonian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Scanner 3D para analisar os f&oacute;sseis. (Fonte: Smithsonian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; mesmo os estudos mais s&oacute;lidos j&aacute; feitos encontraram uma s&eacute;rie de complica&ccedil;&otilde;es. Por exemplo, &eacute; quase imposs&iacute;vel saber o que as baleias fazem nas profundezas dos oceanos.&nbsp;
Al&eacute;m disso, quando a Ci&ecirc;ncia tem a oportunidade de estudar esses animais, geralmente &eacute; com base em carca&ccedil;as que j&aacute; est&atilde;o em processo de decomposi&ccedil;&atilde;o h&aacute; v&aacute;rios dias, o que pode atrapalhar as an&aacute;lises e at&eacute; fazer que os cientistas cheguem a conclus&otilde;es incorretas.
No caso de Cerro Ballena, alguns pesquisadores avaliam que, h&aacute; milh&otilde;es de anos, pode ter ocorrido um encalhe em massa, que &eacute; quando as baleias nadam para &aacute;guas rasas e morrem nelas. Naquela &eacute;poca, o deserto do Atacama n&atilde;o ficava t&atilde;o distante do oceano quanto fica hoje.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09134338144336.jpg" alt="(Fonte: Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nicholas Pyenson, pesquisador do Smithsonian e que estuda os f&oacute;sseis desde que foram descobertos, aponta para a possibilidade de a regi&atilde;o ter abrigado algo parecido com uma lagoa, que, por algum motivo, ficou isolada do Pac&iacute;fico. Ent&atilde;o, as baleias acabaram mortas quando a &aacute;gua secou ou por algum grande deslizamento de terra.
<h2 class="uk-text-justify">Morte s&uacute;bita</h2>
Todavia, uma das linhas de pesquisas mais s&oacute;lidas sugere que a morte em massa dessas baleias ocorreu por meio de uma morte s&uacute;bita no mar. Ali&aacute;s, essa tamb&eacute;m &eacute; uma das apostas de Nicholas Pyenson em suas an&aacute;lises.&nbsp;
As algas oce&acirc;nicas comuns seriam as culpadas por tamanho desastre h&aacute; milh&otilde;es de anos. Segundo essa linha de pesquisa, entre 6 e 9 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, esses organismos se desenvolveram abundantemente na regi&atilde;o, produzindo uma neurotoxina letal. Uma vez inalada ou ingerida pelos animais, esse composto t&oacute;xico levaria &agrave; fal&ecirc;ncia dos &oacute;rg&atilde;os, causando uma morte r&aacute;pida.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Adam Metallo/ Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/02/140226_cemiterio_baleias_chile_fn"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09134138331333.jpg" alt="(Fonte: Adam Metallo/ Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Adam Metallo/ Instituto Smithsonian/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para os cientistas, a prolifera&ccedil;&atilde;o exagerada de algas foi provocada por um escoamento rico em ferro vindo da Cordilheira dos Andes.
Segundo Pyenson, que tamb&eacute;m &eacute; o autor do principal estudo sobre esse achado, uma pista que sugere a possibilidade do evento citado &eacute; que boa parte dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/71400-fossil-de-115-milhoes-de-anos-e-descrito-como-a-mais-antiga-ave-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esqueletos de baleias</a>&nbsp;est&aacute; com a barriga para cima.
De acordo com o pesquisador, assim como as baleias jubarte e azuis que conhecemos hoje, esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119066-ovos-de-crocodilo-da-era-dos-dinossauros-sao-achados-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais pr&eacute;-hist&oacute;ricos</a> tamb&eacute;m tinham uma enorme bolsa na garganta. Ent&atilde;o, quando morreram e entraram em decomposi&ccedil;&atilde;o, essa bolsa encheu- se de g&aacute;s fazendo com que ficassem de barriga para o alto. E &eacute; exatamente essa posi&ccedil;&atilde;o que indica que as baleias do Cerro Ballena morreram em alto mar.
No entanto, como os f&oacute;sseis est&atilde;o em n&iacute;veis diferentes, os cientistas acreditam que as mortes aconteceram ao longo de quatro eventos separados, por&eacute;m parecidos, que ocorreram ao longo de alguns milhares de anos.

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O cemitério de baleias no Chile que há 10 anos intriga cientistas

Imagem de Ave mais perigosa do mundo foi domesticada por humanos há 18 mil anos no megacurioso

Comparado com um dinossauro por causa de sua aparência, o casuar é conhecido por ser um animal de garras longas, agressivo e ameaçador

Segundo estudo publicado pela Penn State University (Estados Unidos), o casuar, ave considerada a mais perigosa do mundo, pode ter sido o primeiro indiv&iacute;duo do g&ecirc;nero a ser domesticado por humanos h&aacute; cerca de 18 mil anos. A pesquisa indica que o processo de cria&ccedil;&atilde;o ocorria mesmo antes dos esp&eacute;cimes nascerem, porque ovos ainda n&atilde;o eclodidos eram coletados na antiga regi&atilde;o que hoje &eacute; ocupada pela Nova Guin&eacute;.
O estudo teve como base a an&aacute;lise de mais de mil fragmentos de cascas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119907-a-grande-guerra-dos-ovos-causou-quase-uma-extincao-na-california.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovos</a> fossilizadas encontradas durante escava&ccedil;&otilde;es de abrigos de rochas utilizados por ca&ccedil;adores-coletores na Nova Guin&eacute;. Processos de data&ccedil;&atilde;o por carbono indicaram que os artefatos t&ecirc;m idades que variam de 18 mil a 6 mil anos, localizadas aproximadamente na mesma &eacute;poca em que os humanos domesticaram as primeiras esp&eacute;cies de galinhas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/30/30102749620089.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em paralelo &agrave; observa&ccedil;&atilde;o dos fragmentos, os especialistas utilizaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119230-vitima-de-acidente-de-moto-tem-rosto-reconstruido-com-impressoes-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imagens 3D</a> de alta resolu&ccedil;&atilde;o para inspecionar o interior dos ovos de animais vivos, como perus, emas e avestruzes, possibilitando a constru&ccedil;&atilde;o de um modelo que apresentava diversas vers&otilde;es dos ovos durante todos os processos de incuba&ccedil;&atilde;o. Assim, ao compar&aacute;-los com os artefatos dos abrigos, os cientistas conclu&iacute;ram que grande parte dos f&oacute;sseis estavam maduros e com embri&otilde;es plenamente formados.
<h2>Para criar ou para comer?</h2>
De acordo com Kristina Douglass, professora assistente de antropologia e estudos africanos na Penn State University, os humanos aparentemente estavam tanto coletando os ovos para cria&ccedil;&atilde;o quanto para alimenta&ccedil;&atilde;o. Isso porque a consist&ecirc;ncia do material das cascas variava, e enquanto umas mostravam sinais de amadurecimento, outras mostravam evid&ecirc;ncias de que n&atilde;o havia nada dentro.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/30/30102603339086.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os ovos de casuar eram ent&atilde;o cozidos e consumidos apenas quando o conte&uacute;do interno era estritamente l&iacute;quido. &ldquo;Hoje nas terras altas as pessoas criam filhotes de casuar at&eacute; a idade adulta para coletar penas e consumir ou comercializar as aves. &Eacute; poss&iacute;vel que os casuares tamb&eacute;m tenham sido muito valorizados no passado, j&aacute; que est&atilde;o entre os maiores animais vertebrados da Nova Guin&eacute;&rdquo;, disse Douglass.
A especialista ainda sugere que os ca&ccedil;adores encontravam os ninhos dos animais ao irem atr&aacute;s de indiv&iacute;duos machos, j&aacute; que eles n&atilde;o deixam o ninho enquanto n&atilde;o houver outro companheiro supervisionando e n&atilde;o saem para procurar comida durante o est&aacute;gio de incuba&ccedil;&atilde;o.
<h2>A ave mais perigosa do mundo</h2>
Com caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas que se assemelham &agrave;s de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120009-fim-dos-tempos-o-mundo-na-1-hora-apos-a-morte-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>, o casuar &eacute; o maior vertebrado existente na Nova Guin&eacute; e serve como mat&eacute;ria-prima para a fabrica&ccedil;&atilde;o de enfeites, acess&oacute;rios e roupas cerimoniais. Atualmente, o grupo se encontra dividido entre tr&ecirc;s esp&eacute;cies, geograficamente localizadas na Nova Guin&eacute; e Austr&aacute;lia, e o menor indiv&iacute;duo deles, o casuar-an&atilde;o, consegue atingir um peso de at&eacute; 20 quilos.
O animal chama a aten&ccedil;&atilde;o pelas garras longas e por ser bastante territorialista, o que lhe denota uma certa agressividade contra amea&ccedil;as a sua zona. Por&eacute;m, domestic&aacute;-lo n&atilde;o foge totalmente das possibilidades, j&aacute; que o animal &eacute; conhecido por se apegar &agrave; primeira coisa que v&ecirc; depois que deixa o ovo.

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Ave mais perigosa do mundo foi domesticada por humanos há 18 mil anos

Imagem de Fim dos tempos: o mundo na 1ª hora após a morte dos dinossauros no megacurioso

Nos primeiros momentos após a queda do asteroide, o mundo viveu um apocalipse, mas era só o começo do fim

<head></head><body>Enquanto o <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/85241-como-seria-a-terra-se-os-dinossauros-ainda-existissem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo perdido dos dinossauros</a> vivia mais um dia normal há cerca de 66 milhões de anos, um asteroide do tamanho de uma montanha estava vindo em direção à Terra a uma velocidade de 64 mil quilômetros por hora.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21171322399341.jpg" alt="(Fonte: Mia von Steinkirch / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Mia von Steinkirch / Pexels/ Reprodução)Por alguns momentos, a gigantesca bola de fogo, que parecia ser maior e mais brilhante que o próprio Sol, cruzou os céus. Pouco depois, o asteroide atingiu em cheio o nosso planeta causando um impacto explosivo que seria correspondente a mais de 100 trilhões de toneladas de TNT.Mas o que aconteceu na primeira hora após esse impacto? Cientistas têm estudado vestígios do que sobrou da rocha, a região onde ela caiu (Península do Iucatã, no México) e realizado projeções e simulações. Os resultados, claro, montam uma visão desoladora de um dos piores dias da história do nosso planeta.<h2>O impacto</h2>Gareth Collins, professor de ciência planetária no Imperial College, em Londres, está entre os cientistas que estudam esse tema. Ele ajudou a desenvolver um programa para analisar o que teria acontecido nos primeiros momentos após o impacto do asteroide.De acordo com Collins, se uma pessoa estivesse a uma distância de 1 mil quilômetros da área, seria quase instantaneamente, ou em apenas alguns segundos, morta pela bola de fogo.&nbsp;Na verdade, <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/46807-voce-sabia-que-a-extincao-dos-dinossauros-nao-foi-a-maior-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros mais próximos já estariam "crocantes"</a> enquanto ondas sísmicas viajavam ao redor do planeta por várias vezes. E, isso, apenas durante os primeiros nove segundos após o evento.Depois do fogo, veio a água. O asteroide teria causado ondas gigantes, verdadeiros tsunamis, com até 305 metros de altura.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21172637275352.jpg" alt="(Fonte: Jess Loiterton / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Jess Loiterton / Pexels/ Reprodução)Em 10 minutos, o material expelido devido à explosão começaria a “se derramar” sobre o planeta, acabando com paisagens e sufocando a vida como uma espécie de &nbsp;cobertor composto de cinzas e areia quente.E, claro, nas zonas mais próximas do local da queda, o solo original ficaria soterrado sob centenas e até milhares de metros de entulho, tanto do nosso planeta quanto do asteroide. Já nesse espaço de tempo de pouco menos de 10 minutos, bilhões de toneladas de produtos químicos estariam se espalhando pelo planeta.<h2>A 1° hora do apocalipse</h2>Entre 45 minutos e 1 hora após a queda da gigantesca rocha espacial, uma intensa rajada de vento varreria tudo que estivesse por sua frente a uma velocidade de 900 quilômetros por hora. Além de espalhar detritos, derrubaria tudo aquilo que, de alguma forma, ainda pudesse ter ficado de pé. Enquanto isso, uma explosão sonora na escala de 105 decibéis podia ser ouvida.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: lassedesignen/Stock.adobe.com/ Silicon Republic/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.siliconrepublic.com/innovation/dinosaurs-decline-prior-to-asteroid-hit"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21172730306355.jpeg" alt="(Fonte: lassedesignen/Stock.adobe.com/ Silicon Republic/Reprodução)">(Fonte: lassedesignen/Stock.adobe.com/ Silicon Republic/Reprodução)Já a uma distância fora do alcance dos efeitos diretos do impacto do asteroide, seria possível observar um espetáculo no melhor estilo "fim dos tempos": a medida em que o céu fosse escurecendo, uma chuva de destroços estaria despencando de volta à Terra como se fossem milhões de estrelas cadentes caindo ao mesmo tempo.Durante essa primeira hora, 70% das florestas do mundo já estariam incendiadas.<h2>O início do fim</h2>Quase sempre quando se fala dos primeiros momentos após o impacto, o foco principal tende a ser a violência espetacular. Contudo, o “fim do mundo” foi causado pelas consequências a longo prazo. E foi isso, de fato, o que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119915-asteroide-que-matou-os-dinossauros-pode-ter-privilegiado-as-cobras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acabou com a maior parte da fauna e da flora</a> do Cretáceo Superior.De resto, seriam necessários meses para que a fuligem, cinzas e poeira desaparecessem da atmosfera. Enquanto isso, a obscuridade generalizada no planeta reduziria a fotossíntese, enormes quantidades de toxinas permaneceriam por algum tempo na camada de ozônio do planeta e uma chuva de lama ácida cairia sobre a Terra.Mas o planeta permaneceu e estamos aqui. Ou citando uma das muitas frases sábias ditas pelo Dr. Ian Malcolm, no filme Jurassic Park – Parque dos Dinossauros: “a vida sempre encontra um meio”.</body>

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Fim dos tempos: o mundo na 1ª hora após a morte dos dinossauros

Imagem de Por que surgiu a ideia de que existiam dinossauros no espaço? no megacurioso

Uma publicação de 1895 levou o fascínio popular para outro nível

Foi gra&ccedil;as &agrave; rivalidade ferrenha dos paleont&oacute;logos norte-americanos Edward Drinker Cope e Othniel Charles Marsh em um epis&oacute;dio conhecido como Guerra dos Ossos &mdash; em que esses homens entraram em um conflito envolvendo suborno, roubo e outras manobras clandestinas &mdash; que a sociedade do final do s&eacute;culo XIX na Am&eacute;rica do Norte e na Europa come&ccedil;aram a ser tomadas pelo frenesi da ideia de existirem dinossauros no espa&ccedil;o.
A dupla se tornou famosa por uma corrida t&atilde;o acirrada quanto &agrave; espacial, que foi disputada pelos Estados Unidos e pela Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica para identificar mais de 130 novas esp&eacute;cies de dinossauros, entre 1870 e 1890, pelo oeste americano.
Os espectadores ficaram chocados quando os restos dos animais extintos foram exibidos em museus de hist&oacute;ria natural; contudo, eles n&atilde;o estavam apenas deslumbrados com as propor&ccedil;&otilde;es enormes das criaturas.
<h2>A ruptura cient&iacute;fica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25180553912436.jpg" alt="(Fonte: Tudo Celular/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tudo Celular/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Conforme Zo&euml; Lescaze, autora de&nbsp;Paleoart: Visions of the Prehistoci Past, disse em entrevista para a Vice: &ldquo;No final do s&eacute;culo XIX, as pessoas passavam por tremendos cataclismos sociais e uma revolu&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica indiscriminada que mudava completamente sua compreens&atilde;o da maneira como o mundo funcionava em todos os n&iacute;veis&rdquo;.
At&eacute; aquele momento, a cren&ccedil;a social era de que todas as criaturas foram feitas por Deus, por&eacute;m os dinossauros foram respons&aacute;veis pela ruptura cient&iacute;fica dessa consci&ecirc;ncia religiosa universal ao for&ccedil;ar as pessoas a lidar com a idade do planeta e as formas de vida que existiam antes dos seres humanos.
Para Lescaze, as pessoas estavam experimentando a desestabiliza&ccedil;&atilde;o fundamental da import&acirc;ncia humana, da garantia da pr&oacute;pria sobreviv&ecirc;ncia e da benevol&ecirc;ncia de Deus, ensinando que Ele poderia simplesmente exterminar a pr&oacute;pria cria&ccedil;&atilde;o, como fez com os dinossauros. &ldquo;Essa ideia n&atilde;o foi exatamente reconfortante&rdquo;, pontuou a autora.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25180739646437.jpg" alt="(Fonte: Artstation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Artstation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Agrave; medida que a sociedade foi se acostumando com a ideia de que o planeta n&atilde;o havia sido feito s&oacute; para os seres humanos, surgiu um sentimento de rivalidade terrestre com os dinossauros. Havia uma sede p&uacute;blica de imaginar confrontos entre humanos e os gigantescos animais, representados como monstruosos, enquanto os humanos assumiram a posi&ccedil;&atilde;o de "avatares" de superioridade com armas equipadas e um senso de salvador da domina&ccedil;&atilde;o da humanidade.
<h2>Dinossauros em V&ecirc;nus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25180933334439.jpg" alt="(Fonte: ESO Supernova/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ESO Supernova/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1895, Gustavus W. Pope deu um passo adiante quando transportou todo esse fasc&iacute;nio pelos dinossauros para o planeta V&ecirc;nus em sua obra&nbsp;Journey to Venus, unindo o espa&ccedil;o, que havia olhado por milhares de mil&ecirc;nios para a Terra, como mais um integrante desse deslumbramento social.
&ldquo;Ao longo da costa, aquecendo-se na areia ou chafurdando nos p&acirc;ntanos lamacentos, havia enormes r&eacute;pteis terrestres, os iguanodontes, os megalossauros e os dinossauros&rdquo;, escreveu Pope. &ldquo;Estes foram apenas o in&iacute;cio das maravilhas exibidas neste Mundo Primevo&rdquo;, segundo ele.
O astr&ocirc;nomo Carl Sagan, em um programa de 1980 da PBS Cosmos, foi o respons&aacute;vel por desmontar a "fal&aacute;cia do dinossauro venusiano", que foi altamente difundida durante o s&eacute;culo XX com o advento da corrida espacial.
Em 1950, a exist&ecirc;ncia de dinossauros em V&ecirc;nus ganhou for&ccedil;a no imagin&aacute;rio popular com a explos&atilde;o da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica no mundo, a partir de uma colet&acirc;nea de hist&oacute;rias futur&iacute;sticas publicadas pela&nbsp;Revista Coronet&nbsp;chamada Sr. Smith Vai para V&ecirc;nus.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Smithsonian&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs-prod.si-cdn.com/_IfA0dHqUaqiVpHU_-1AN6yonmU=/fit-in/1072x0/https://public-media.si-cdn.com/filer/7f/0e/7f0e808e-08b3-414a-88a2-0e80d0c7eae9/1950-march-coronet-dinosaurs-sm.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25181110349440.jpg" alt="(Fonte: The Smithsonian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Smithsonian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Sem dar cr&eacute;dito a nenhum autor, a hist&oacute;ria se passava ao redor de uma fam&iacute;lia que tirou f&eacute;rias em V&ecirc;nus no ano de 2500, unindo a revolu&ccedil;&atilde;o social e tecnol&oacute;gica proporcionada pela Era At&ocirc;mica, explicando que essa energia poderia ser a chave para a paz universal e a viagem para planetas distantes. A ideia teve um significado especial para aqueles que acreditavam que o poder at&ocirc;mico podia ser a chave para "as realiza&ccedil;&otilde;es mais magn&iacute;ficas do homem".
Tamb&eacute;m unindo o fasc&iacute;nio pela viagem de avi&atilde;o, que dava seus primeiros passos no pa&iacute;s, a hist&oacute;ria inclu&iacute;a uma ilustra&ccedil;&atilde;o feita por Chesley Bonestell de uma arma de raios apontando para um triceratopes. Conforme a hist&oacute;ria, os animais n&atilde;o eram apenas ca&ccedil;ados, eles tamb&eacute;m estariam em zool&oacute;gicos em V&ecirc;nus.
<h2>O fasc&iacute;nio eterno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25181259193441.png" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em seu document&aacute;rio, Sagan explicou que a cren&ccedil;a de que V&ecirc;nus poderia estar escondendo dinossauros secretos em um h&aacute;bitat espec&iacute;fico de floresta tropical foi impulsionada por telesc&oacute;pios poderosos que permitiram aos astr&ocirc;nomos observarem as caracter&iacute;sticas mais sutis dos mundos vizinhos.
Muito parecido com os &ldquo;canais&rdquo; mal-identificados de Marte, que se transformaram em "alien&iacute;genas invasores e hostis", o mesmo aconteceu quando os astr&ocirc;nomos disseram que V&ecirc;nus tinha nuvens &mdash; automaticamente se tornando em um "planeta-dinossauro".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25181418256442.jpg" alt="(Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A ideia foi derrubada pela Ci&ecirc;ncia a partir de 1961 com o sovi&eacute;tico Programa Venera, que enviou uma s&eacute;rie de sondas espaciais para coleta de informa&ccedil;&otilde;es em V&ecirc;nus. Contudo, os dinossauros venusianos j&aacute; estavam enraizados no imagin&aacute;rio popular e ainda faziam parte da certeza de muitos negacionistas com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s alturas que o homem alcan&ccedil;ou fora da Terra.
Para o produtor Michael Uslan, criador da s&eacute;rie animada Dinosaucers, a&nbsp;desmistifica&ccedil;&atilde;o dessas teorias selvagens sobre o planeta foi fundamental para o impulsionamento da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica.
&ldquo;Precis&aacute;vamos de um novo senso de admira&ccedil;&atilde;o, fazendo fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica enquanto tentamos acompanhar os fatos do que est&aacute; acontecendo com viagens espaciais, tecnologia e descobertas de dinossauros&rdquo;, disse Uslan.

Dinossauros e Fósseis

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