Imagem de Mifepristona: a polêmica sobre a 'pílula do aborto' nos EUA no megacurioso

Por que um grupo antiaborto de profissionais da saúde entrou com uma ação para proibir o medicamento usado há 20 anos no país?

<head></head><body>Pelo menos nos Estados Unidos, foi a partir da segunda metade do século XX que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121905-o-que-a-biblia-fala-sobre-aborto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aborto</a> se tornou uma questão a ser debatida. Isso começou em 22 de janeiro de 1973, quando a Suprema Corte decidiu no caso Roe vs. Wade que o acesso à prática era protegido pelo Estado.Essa decisão teve um impacto ambivalente, pois ao alimentar o movimento antiaborto, também o congelou. Antes de Roe, ativistas antiaborto operavam apenas ao nível estadual, sendo que politicamente era uma questão bastante bipartidária. Muito diferente de agora, os evangélicos brancos não se mobilizaram contra a decisão porque não consideravam uma questão religiosa e estavam mais preocupados em defender a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119020-ruby-bridges-a-garotinha-que-enfrentou-a-segregacao-racial-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segregação racial</a> em instituições evangélicas, como a Universidade Bob Jones.&nbsp;Randall Balmer, professor de religião da Universidade Dartmouth, chama de "mito do aborto" a ficção de que a gênese do movimento antiaborto começou na direita religiosa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18205725187018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A direita evangélica absorveu o movimento antiaborto ao ser inflamada pelo ativista conservador Paul Weyrich, em resposta às tentativas da Receita Federal em rescindir o status de isenção fiscal dos centros de segregação e de suas políticas racializadas. Uma vez que o racismo não seria o suficiente para energizar a base de eleitores evangélicos, o roteiro foi invertido e passaram acusar a intromissão do governo em seus assuntos como ataque à liberdade religiosa. Tudo ocorreu às vésperas da eleição presidencial de 1980 de Jimmy Carter.Atualmente, a Suprema Corte interviu em um caso que tentava proibir o uso protegido por lei da Mifepristona, considerada a pílula do aborto.<h2>Um enredo de mentiras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210259428019.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Desenvolvido por pesquisadores franceses na década de 1980, o remédio mifepristona tornou-se disponível nos EUA apenas em meados dos anos 2000, sendo elencado na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde. Demorou até 2017 para que o remédio fosse aprovado no Canadá.A combinação da mifepristona com outro medicamento chamado misoprostol interrompe uma gravidez com até 10 semanas de gestação (70 dias ou menos desde o primeiro dia do último período menstrual) ao bloquear a produção de progesterona no organismo da mulher, um hormônio essencial para continuar a gravidez.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210333253020.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A polêmica ao redor de seu uso começou em abril desse ano, quando um juiz federal texano, Matthew Kacsmaryk, suspendeu a aprovação do medicamento pela Food And Drug Administration (FDA) depois que um grupo antiaborto de profissionais da saúde processou a agência alegando que o medicamento não era seguro. Essa foi a primeira vez na história dos EUA que um tribunal desconsiderou a determinação da FDA sobre a aprovação de uma droga, apesar de outras organizações de saúde, como a Associação Médica Americana, alegarem que o medicamento é seguro e eficaz para a mulher.Contudo, o tribunal determinou que a FDA apressou a aprovação da mifepristona, não considerando adequadamente seus efeitos colaterais.&nbsp;O problema ganhou repercussão internacional quando a Suprema Corte entrou em ação depois que o governo de Washington apelou para o Tribunal de Apelações do 5º Circuito, com sede em Nova Orleans. Lá, o juiz concordou em manter o medicamento no mercado sob a restrição de que só poderia ser usado nos primeiros sete dias do diagnóstico da gravidez.<h2>A decisão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210414193021.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Danco Laboratories, fabricante do remédio, recorreram à Suprema Corte para que intervisse e revogue essas restrições enquanto o recurso está sendo considerado pelo tribunal inferior. Foi argumentado que mudar as regras da FDA implicaria em um caos significativo para pacientes, prescritores e o sistema de prestação de cuidados de saúde.Apesar do conservadorismo em seu sistema, a Suprema Corte emitiu a decisão permitindo que o medicamento permaneça no mercado sem nenhuma restrição imposta pelos tribunais de primeira instância ao longo do país.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210521346022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)É importante ressaltar que por mais de 20 anos de uso, todas as organizações médicas tradicionais confirmaram que ambos os remédios são seguros. Os estudos indicam que o regime de medicação em duas etapas é cerca de 95% eficaz para interromper a gravidez e requer acompanhamento médico adicional em menos de 1% dos casos.&nbsp;A FDA divulgou anos de relatórios que indicam que há cinco mortes por milhão de usuários do remédio. Em 2001, o Journal of the American Medical Association descobriu que mais pessoas morriam devido a uma reação alérgica à penicilina do que ao remédio.A criminalização pública da mifepristona faz parte de uma campanha dos ativistas antiaborto, que chamam o remédio de "aborto químico".</body>

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Mifepristona: a polêmica sobre a 'pílula do aborto' nos EUA

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As bactérias do tártaro encontrada em dentes dos neandertais podem ajudar a desenvolver uma nova classe de remédios

Os pesquisadores descobriram bact&eacute;rias desconhecidas preservadas nos dentes dos neandertais que um dia poder&atilde;o auxiliar no desenvolvimento de novos antibi&oacute;ticos. Um estudo publicado na revista Science&nbsp;utilizou placas dent&aacute;rias de humanos antigos e modernos para investigar a evolu&ccedil;&atilde;o dos micr&oacute;bios presentes na boca.
Cada pessoa possui seu pr&oacute;prio microbioma oral, composto por centenas de esp&eacute;cies de organismos microsc&oacute;picos que colonizam a cavidade bucal. O microbioma oral &eacute; diversificado e varia de acordo com o ambiente de vida de cada indiv&iacute;duo.
A fim de estudar o microbioma oral humano ancestral, Christina Warinner, uma arque&oacute;loga biomolecular da Universidade de Harvard, desenvolveu novas t&eacute;cnicas para analisar o c&aacute;lculo dent&aacute;rio pr&eacute;-hist&oacute;rico, tamb&eacute;m conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120060-quais-os-riscos-de-dormir-sem-escovar-os-dentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t&aacute;rtaro</a>.
<h2>Pesquisa de DNA no t&aacute;rtaro dos dentes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15101938255082.jpg" alt="(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O c&aacute;lculo dent&aacute;rio &eacute; a &uacute;nica parte do corpo que se fossiliza rotineiramente enquanto uma pessoa ainda est&aacute; viva e cont&eacute;m a maior concentra&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125142-dna-antigo-revela-dona-de-pingente-de-20-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA antigo</a> de qualquer parte de um esqueleto antigo. Com apenas alguns miligramas de c&aacute;lculo dent&aacute;rio, Warinner conseguiu isolar bilh&otilde;es de fragmentos curtos de DNA de centenas de esp&eacute;cies diferentes.
A an&aacute;lise de restos antigos apresenta um desafio adicional, pois o DNA encontrado pode pertencer a micr&oacute;bios j&aacute; extintos. Os cientistas analisaram os dentes de 12 neandertais, bem como de 34 humanos arqueol&oacute;gicos e 18 humanos contempor&acirc;neos que viveram de 100 mil anos atr&aacute;s at&eacute; o presente na Europa e na &Aacute;frica.
<h2>Descoberta de bact&eacute;rias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15102021069083.jpg" alt="(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Werner Siemens Foundation/Felix Wey/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foram sequenciados mais de 10 bilh&otilde;es de fragmentos de DNA, dos quais 459 genomas bacterianos foram reconstru&iacute;dos, sendo cerca de 75% mapeados para bact&eacute;rias bucais conhecidas.
Os pesquisadores concentraram sua aten&ccedil;&atilde;o em duas esp&eacute;cies de um g&ecirc;nero de bact&eacute;ria chamado Chlorobium, encontradas em sete indiv&iacute;duos do per&iacute;odo do Pleistoceno Superior (de 126 mil a 11.700 anos atr&aacute;s). Essas esp&eacute;cies n&atilde;o correspondem exatamente a nenhuma esp&eacute;cie conhecida, mas s&atilde;o semelhantes a C. limicola, encontrada em cavernas.
Por isso, os cientistas acreditam que essas pessoas tenham entrado em contato com essas bact&eacute;rias por meio da &aacute;gua pot&aacute;vel em cavernas. As esp&eacute;cies de Chlorobium&nbsp;foram quase completamente ausentes do t&aacute;rtaro em pessoas que viveram nos &uacute;ltimos 10 mil anos.
<h2>Potencial uso em rem&eacute;dios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15102107570084.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A descoberta das bact&eacute;rias nos dentes dos neandertais tem o potencial de levar ao desenvolvimento de novos antibi&oacute;ticos. Isso ocorre porque as bact&eacute;rias s&atilde;o uma fonte importante de compostos bioativos, incluindo subst&acirc;ncias com propriedades antibacterianas.
No estudo mencionado, os pesquisadores identificaram agrupamentos de genes biossint&eacute;ticos (BGCs) nas esp&eacute;cies descobertas que, inseridos em bact&eacute;rias vivas, produziram duas novas enzimas relacionadas &agrave; fotoss&iacute;ntese. Essas enzimas podem ter propriedades ben&eacute;ficas para o desenvolvimento de medicamentos.
A pesquisa sugere que explorar o potencial das bact&eacute;rias encontradas nos dentes dos neandertais pode levar ao desenvolvimento de novas classes de antibi&oacute;ticos. Isso &eacute; importante, pois a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112278-bacterias-mutantes-desafiam-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resist&ecirc;ncia aos antibi&oacute;ticos</a> &eacute; um problema crescente, e encontrar novas op&ccedil;&otilde;es &eacute; essencial para combater infec&ccedil;&otilde;es bacterianas cada vez mais resistentes.

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Bactérias de dentes de neandertais podem ser fonte de novo remédio

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Entenda melhor como diferentes etapas garantem a segurança e a eficácia das vacinas

As vacinas representam, desde o seu surgimento, um marco para a sa&uacute;de global, impedindo o desenvolvimento de sintomas mais agressivos de uma s&eacute;rie de doen&ccedil;as e sendo consideradas primordiais para o aumento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122717-5-avancos-da-medicina-que-aumentaram-nossa-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expectativa de vida</a> da popula&ccedil;&atilde;o.&nbsp;Para garantir que as vacinas sejam entregues em conformidade, elas passam por v&aacute;rios processos pensados cuidadosamente para garantir que tudo esteja em ordem.
Ao todo, pode ser necess&aacute;rio cerca de 10 a 15 anos para que elas estejam prontas para aplica&ccedil;&atilde;o, mas em outros casos, esse processo pode ser muito mais r&aacute;pido. Entenda agora como funciona cada uma dessas etapas e como &eacute; poss&iacute;vel certificar a seguran&ccedil;a da vacina:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/61bk5BI6bms?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Como as vacinas s&atilde;o desenvolvidas?</h2>
<h3>Fase pr&eacute;-cl&iacute;nica</h3>
De uma forma geral, as vacinas podem ter diferentes formula&ccedil;&otilde;es. Mas em todas h&aacute; a presen&ccedil;a de um composto ativo, o ant&iacute;geno, que induz a uma resposta imunol&oacute;gica ou apresenta uma esp&eacute;cie de instru&ccedil;&atilde;o para o organismo se defender.
Isso pode ser feito tanto em doses com o organismo inativado, quanto por meio de vacinas que contenham um pequeno fragmento do agente causador da doen&ccedil;a, como uma prote&iacute;na.
Pensando nisso, ocorre uma pesquisa laboratorial envolvendo c&eacute;lulas ou animais, onde pesquisadores se dedicam a identificar os ant&iacute;genos que devem ser inclu&iacute;dos numa vacina.
Em seguida, s&atilde;o iniciados testes de seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia que avaliam se as vacinas est&atilde;o no caminho certo, provocando a resposta imune desejada e at&eacute; mesmo se elas precisam de algum tipo de mudan&ccedil;a no seu processo de formula&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10000344981005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h3>Primeira etapa</h3>
Num primeiro momento, a vacina &eacute; aplicada num grupo menor de indiv&iacute;duos, geralmente composto por adultos saud&aacute;veis, e os pesquisadores s&oacute; prosseguem numa nova fase se os participantes do estudo desenvolvem uma resposta imune satisfat&oacute;ria.
<h3>Segunda etapa</h3>
Em seguida, um n&uacute;mero maior de pessoas recebe a aplica&ccedil;&atilde;o da vacina. Isso permite aos pesquisadores estabelecer compara&ccedil;&otilde;es entre diferentes grupos e avaliar outros aspectos, como as doses necess&aacute;rias para que a doen&ccedil;a seja efetivamente combatida.
<h3>Terceira etapa</h3>
S&oacute; ent&atilde;o &eacute; conduzido um estudo randomizado onde &eacute; aplicada tanto a vacina desenvolvida, quanto placebo, num grupo que pode alcan&ccedil;ar milh&otilde;es de pessoas, com idades e gen&eacute;ticas variadas. Assim, nesses processos que levam mais alguns anos para serem conclu&iacute;dos, &eacute; poss&iacute;vel acompanhar se porventura algum efeito adverso se manifesta a longo prazo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09235346082002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h3>Revis&atilde;o, produ&ccedil;&atilde;o e distribui&ccedil;&atilde;o das doses</h3>
Uma vez que tudo est&aacute; dentro dos conformes e com resultados devidamente comprovados, &eacute; poss&iacute;vel solicitar a aprova&ccedil;&atilde;o da vacina nos &oacute;rg&atilde;os regulat&oacute;rios. No Brasil, esse trabalho &eacute; realizado pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (ANVISA). Para ser regulamentada, a vacina deve atender a todos os crit&eacute;rios de seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia.
Agora, com a vacina devidamente certificada, chega o t&atilde;o aguardado momento de realizar a produ&ccedil;&atilde;o em massa. Nela, os processos de fabrica&ccedil;&atilde;o, distribui&ccedil;&atilde;o e controle de qualidade s&atilde;o considerados nos m&iacute;nimos detalhes.
E como nenhum cuidado &eacute; demais, as doses fabricadas seguem sendo monitoradas. Assim, &eacute; poss&iacute;vel tanto detectar a ocorr&ecirc;ncia de efeitos mais raros, quanto fazer eventuais ajustes para doses de refor&ccedil;o.
Lembrando que, como as vacinas n&atilde;o fazem pessoa desenvolver a doen&ccedil;a, o que pode ocorrer &eacute; a resposta do organismo nesse processo de aprendizagem de como se defender. Assim, no momento em que h&aacute; a produ&ccedil;&atilde;o de anticorpos, rea&ccedil;&otilde;es leves que eventualmente surjam n&atilde;o representam nenhum tipo de perigo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10000419544006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Tornando as vacinas mais seguras e eficazes</h2>
Levando esses aspectos em considera&ccedil;&atilde;o, &eacute; importante destacar o quanto <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119390-voce-sabe-como-surgiram-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> que conseguem se desenvolver atendendo a todos esses requisitos num menor intervalo de tempo, como vimos ocorrer com a vacina contra a covid, demonstra a import&acirc;ncia dos investimentos realizados na ci&ecirc;ncia e tecnologia.
Al&eacute;m disso, considerando que determinados agentes, como os v&iacute;rus, passam por muta&ccedil;&otilde;es, todos esses avan&ccedil;os possibilitaram que a vacina seja adaptada de tempos em tempos, de modo que seja vi&aacute;vel aproveitar parte do material desenvolvido em laborat&oacute;rio para torn&aacute;-la eficaz contra um n&uacute;mero maior de pat&oacute;genos.
&Eacute; isso o que ocorre, por exemplo, anualmente com a vacina contra a gripe e explica a import&acirc;ncia do refor&ccedil;o anual. Neste momento, o mesmo est&aacute; sendo feito com a vacina contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122239-4-questoes-importantes-sobre-vacinas-contra-covid-19-para-criancas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid</a>, possibilitando que a popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m esteja protegida de outras variantes.

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Como os cientistas sabem que as vacinas são seguras para a população?

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Governo norte-americano aprovou pílula que pode auxiliar no tratamento de infecções

A FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos aprovou recentemente a primeira p&iacute;lula fabricada a partir de fezes humanas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124880-6-alimentos-mais-propensos-a-causar-intoxicacao-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratar infec&ccedil;&otilde;es causadas pela bact&eacute;ria</a> Clostridioides difficile.
Apesar de parecer estranho, esse novo medicamento tem o potencial de salvar muitas vidas. Te contamos mais neste texto!&nbsp;
<h2>A infec&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04155945331330.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A infec&ccedil;&atilde;o por Clostridioides difficile (tamb&eacute;m chamada de C. diff) &eacute; frequentemente adquirida em ambientes de cuidados de sa&uacute;de, como postos de sa&uacute;de ou hospitais, ap&oacute;s os pacientes tomarem antibi&oacute;ticos para outro prop&oacute;sito.
Os antibi&oacute;ticos podem interromper o equil&iacute;brio das bact&eacute;rias no intestino, e isso d&aacute; a C. diff&nbsp;a oportunidade de se proliferar. Essas bact&eacute;rias, que se replicam rapidamente, secretam toxinas que podem causar diarreia, dor abdominal, febre, colite e, em alguns casos, fal&ecirc;ncia de &oacute;rg&atilde;os e morte.
As infec&ccedil;&otilde;es por C. diff est&atilde;o associadas a cerca de 15 a 30 mil mortes por ano nos EUA, de acordo com o FDA.
<h2>A p&iacute;lula de fezes humanas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04160143383333.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A Vowst &eacute; uma p&iacute;lula de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125014-coco-revela-que-humanos-consumiam-queijo-e-cerveja-ha-2700-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microbiota fecal</a> que cont&eacute;m bact&eacute;rias vivas para reabastecer o microbioma intestinal, ou seja, a comunidade de microorganismos no trato digestivo inferior. Essa &eacute; uma nova maneira de prevenir infec&ccedil;&otilde;es recorrentes por C. diff, uma vez que a terapia com antibi&oacute;ticos pode perturbar ainda mais o microbioma intestinal e aumentar o risco de infec&ccedil;&otilde;es recorrentes.
Os pacientes que receberam a Vowst em ensaios cl&iacute;nicos apresentaram uma taxa de 12,4% de infec&ccedil;&atilde;o recorrente por C. diff&nbsp;dentro de oito semanas ap&oacute;s a recupera&ccedil;&atilde;o de um ataque infeccioso inicial. Em compara&ccedil;&atilde;o, pessoas que receberam placebo tiveram uma taxa de infec&ccedil;&atilde;o de 39,8%.&nbsp;
<h2>Como a p&iacute;lula &eacute; feita?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04160322703335.jpg" alt="As p&iacute;lulas s&atilde;o feitas a partir da doa&ccedil;&atilde;o de fezes de pessoas saud&aacute;veis. (Fonte: Getty Images)" />As p&iacute;lulas s&atilde;o feitas a partir da doa&ccedil;&atilde;o de fezes de pessoas saud&aacute;veis. (Fonte: Getty Images)
A fabrica&ccedil;&atilde;o da Vowst envolve fezes doadas que s&atilde;o cuidadosamente examinadas antes de serem usadas na fabrica&ccedil;&atilde;o. No entanto, ainda h&aacute; riscos de exposi&ccedil;&atilde;o a pat&oacute;genos e al&eacute;rgenos alimentares ao tom&aacute;-la. Al&eacute;m disso, alguns pacientes que tomaram a p&iacute;lula relataram efeitos colaterais como distens&atilde;o abdominal, fadiga, constipa&ccedil;&atilde;o, calafrios e diarreia.
Embora a ideia de tomar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124201-como-as-fezes-humanas-estao-sendo-usadas-para-construir-casas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma p&iacute;lula feita de fezes humanas</a> possa parecer nojenta para muitos, os benef&iacute;cios da terapia de microbiota fecal s&atilde;o significativos. A terapia tem sido usada com sucesso em outras doen&ccedil;as gastrointestinais, como colite ulcerativa e doen&ccedil;a de Crohn. A Vowst &eacute; uma nova op&ccedil;&atilde;o que torna o tratamento mais acess&iacute;vel e conveniente para os pacientes.

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Primeira pílula feita de fezes humanas já está liberada para uso

Imagem de Xarope para tosse dos anos 1900 com ingredientes perigosos viraliza na web no megacurioso

Remédio viralizou na internet por ter ingredientes inesperados, capazes de parar não só a tosse como possivelmente o corpo todo do paciente também

N&atilde;o h&aacute; sombra de d&uacute;vidas que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> moderna &eacute; muit&iacute;ssimo superior &agrave; de alguns anos atr&aacute;s, quem dir&aacute; &agrave; de mais de um s&eacute;culo. Por&eacute;m, isto n&atilde;o quer dizer que os m&eacute;dicos eram incapazes de tratar pacientes h&aacute; cem ou duzentos anos &mdash; ainda que, em muitos casos, seus m&eacute;todos fossem, digamos, question&aacute;veis.
Hoje temos uma compreens&atilde;o muito maior sobre o corpo humano e podemos tratar doen&ccedil;as com seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia, mas muitas vezes nos surpreendemos com o tipo de tratamentos utilizados no passado. E foi justamente gra&ccedil;as aos seus ingredientes duvidosos que um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124331-xaropes-para-tosse-podem-ajudar-fumantes-a-largar-o-cigarro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">xarope para tosse</a>&nbsp;dos anos 1900 viralizou recentemente na internet.
<h2>Rem&eacute;dio para tosse com mais de um s&eacute;culo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/22/22112510239157.jpg" alt="(Fonte: Jonathan Harford/Flickr)" />(Fonte: Jonathan Harford/Flickr)
Por mais esquisito que possa parecer, uma coisa &eacute; certa: enquanto atualmente muitas vezes perdemos o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122842-7-dicas-para-ter-melhores-noites-de-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono</a> com crises de tosse, mesmo tomando os devidos medicamentos, a turma do passado nem sempre sofria deste mal.
Afinal, eles tinham &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o rem&eacute;dios como o One Night Cough Syrup&nbsp;(algo como "Xarope para Tosse de Uma Noite," em portugu&ecirc;s) que, pelo visto, realmente fazia o paciente parar de tossir, gra&ccedil;as aos seus ingredientes para l&aacute; de pesados.
Se hoje temos dispon&iacute;veis xaropes &agrave; base de Acetilciste&iacute;na, Ambroxol, Bromexina e Dropropizina, por exemplo, o mesmo n&atilde;o ser dito dos populares xaropes para a tosse do final do s&eacute;culo XIX e in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, como o One Night Cough Syrup.
Fabricado pela Kohler Manufacturing desde os anos 1880, este medicamento "milagroso" possu&iacute;a &aacute;lcool, cannabis, clorof&oacute;rmio e morfina em sua composi&ccedil;&atilde;o. Se a tosse n&atilde;o parasse, pelo menos o sofrimento era aliviado pelo barato consequente de tantas drogas. Outro ponto interessante em seu r&oacute;tulo &eacute; a "informa&ccedil;&atilde;o" que, al&eacute;m dos componentes listados, v&aacute;rios outros ingredientes "essenciais" s&atilde;o "habilmente combinados" &agrave; mistura.
<h2>Fim da festa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/22/22112941782158.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ainda que soe totalmente inacredit&aacute;vel para os padr&otilde;es atuais, a verdade &eacute; que era assim que as coisas funcionavam no passado. <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/70328-produzir-heroina-pode-se-tornar-tao-simples-quanto-fabricar-cerveja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Derivados de papoula</a>,&nbsp;como a hero&iacute;na e a morfina, eram frequentemente utilizados para diminuir dores e tratar casos de tosse. Enquanto isso, para deixar o paciente mais calmo e sonolento, m&eacute;dicos utilizavam &aacute;lcool, cannabis e, obviamente, clorof&oacute;rmio.&nbsp;
De acordo com as informa&ccedil;&otilde;es vistas no r&oacute;tulo do One Night Cough Syrup, o frasco que viralizou na internet parece ter sido fabricado ap&oacute;s o ano de 1906, j&aacute; que o texto indica que o medicamento est&aacute; de acordo com o Pure Food and Drug Act (algo como Lei da Pureza de Alimentos e Medicamentos, em portugu&ecirc;s).
Por&eacute;m, anos depois, opi&aacute;cios e opi&oacute;ides passaram a ser melhor regulados pelo governo nos Estados Unidos, causando imensa diminui&ccedil;&atilde;o de sua presen&ccedil;a em rem&eacute;dios. Al&eacute;m disso, na d&eacute;cada de 1970, estudos apontaram que o uso de clorof&oacute;rmio aumentava risco de ataque card&iacute;aco e c&acirc;ncer, fazendo com que o componente deixasse de ser utilizado pelos fabricantes de medicamentos.

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One Night Cough Syrup: o perigoso xarope para tosse dos anos 1900

Imagem de Varfarina: como o antigo veneno de ratos salva vidas no megacurioso

E que foi, acidentalmente, inventado por um recruta da Marinha que tentou suicídio

Assim como toda a insalubridade, morte, medo e situa&ccedil;&atilde;o de desolamento que assolou os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119035-pesadelo-a-vida-nas-trincheiras-durante-a-1-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">brit&acirc;nicos nas trincheiras em 1914</a>, o mesmo aconteceu com os soldados norte-americanos na d&eacute;cada de 1950 com o envolvimento dos Estados Unidos nos conflitos b&eacute;licos da &Aacute;sia, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119223-fragging-o-ato-de-matar-os-proprios-companheiros-de-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietn&atilde;&nbsp;</a>e a Guerra da Coreia.
Pela primeira vez em muito tempo, os soldados norte-americanos tiveram contato com a necessidade de desertar, abandonando princ&iacute;pios considerados fundamentais do patriotismo que permeia todos os aspectos da sociedade dos EUA, sobretudo em uma &eacute;poca em que havia a forte ideia de que isso era o que havia levado a na&ccedil;&atilde;o at&eacute; onde estava.
Essa &eacute; a hist&oacute;ria de como um desertor suicida inventou a varfarina, o f&aacute;rmaco que impede co&aacute;gulos&nbsp;e tamb&eacute;m salvou a vida do presidente Dwight Eisenhower.
<h2>O trevo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29153814468315.jpg" alt="(Fonte: Keir Morse/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Keir Morse/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um soldado da Marinha deu entrada no Hospital Naval da Filad&eacute;lfia, EUA, em 4 de abril de 1951, com o nariz jorrando sangue e sentindo dores abdominais fort&iacute;ssimas. Aquele estado acendeu nos m&eacute;dicos a possibilidade de que o trauma tinha algo a ver com envenenamento &ndash; e eles estavam certos, afinal, o pa&iacute;s estava em meio a Guerra da Coreia, e atitudes de desertar como aquela eram cada vez mais comuns.
No entanto, o recruta acabou se arrependendo de sua decis&atilde;o no meio do processo, mas j&aacute; havia ingerido o veneno de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115982-utopia-dos-ratos-experimento-previu-a-extincao-da-humanidade-.htm#:~:text=Em%202%20anos%20de%20experimento,estudo%20por%20mais%2024%20vezes." rel="noopener noreferrer" target="_blank">rato</a>. A carga que o homem tomou era o bastante para mat&aacute;-lo assim que entrasse em contato com seu organismo, no entanto, s&oacute; o fez se contorcer de dor &ndash; o que duraria quatro longos dias.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29153922834318.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O homem n&atilde;o morreu porque recorreu &agrave; subst&acirc;ncia varfarina, que diminui a capacidade do corpo humano de coagular o sangue. O agente t&oacute;xico incolor e inodoro, um not&oacute;rio veneno que al&eacute;m de afetar o gado, &eacute; usado para matar morcegos-vampiros e ratos ao for&ccedil;ar uma hemorragia interna, faz parte de uma poderosa fam&iacute;lia de anticoagulantes naturais.
Ela foi encontrada acidentalmente por fazendeiros que n&atilde;o entendiam o motivo de seu gado sangrar at&eacute; a morte ao comer trevo-de-cheiro (Melilotus indicus) estragado.
Acontece que, quando o mofo impregna a planta, consegue reprogramar um determinado produto qu&iacute;mico nela. Sendo assim, enquanto em animais o anticoagulante os mata, em humanos evita que o sangue coagule em situa&ccedil;&otilde;es de risco. A capacidade da planta foi usada para essa finalidade durante as cirurgias dos soldados da Segunda Guerra Mundial.
<h2>A situa&ccedil;&atilde;o que mudou tudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29154004563320.jpg" alt="Dwight Eisenhower. (Fonte: NPS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Dwight Eisenhower. (Fonte: NPS/ENHS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando os pesquisadores da Wisconsin Alumni Research Foundation faziam testes para encontrar mais vers&otilde;es dos anticoagulantes com base na subst&acirc;ncia qu&iacute;mica do trevo, descobriram o composto que apelidaram varfarina, que se provou muito &uacute;til para matar ratos.
N&atilde;o demorou muito para os EUA usarem a subst&acirc;ncia no controle de pragas enquanto pesquisas ainda eram feitas sobre o desempenho de suas propriedades em contato com o sangue humano. Depois que o soldado arrependido chegou at&eacute; um hospital com o est&ocirc;mago cheio do composto, ele s&oacute; n&atilde;o morreu porque seu quadro p&ocirc;de ser revertido com vitamina K, que atua na coagula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea ao estimular o processamento de importantes prote&iacute;nas no organismo.
Apesar de um ato impensado, foi assim que estudos come&ccedil;aram a ser feitos com base nos efeitos da varfarina no corpo humano, descobrindo que, al&eacute;m de prevenir co&aacute;gulos sangu&iacute;neos fatais, a subst&acirc;ncia pode tamb&eacute;m restaurar o fluxo sangu&iacute;neo em v&iacute;timas de derrame.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29160046369335.jpg" alt="(Fonte: Dra. Regina Biasoli/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Com isso, um rem&eacute;dio foi formulado e rapidamente aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) para seu uso no tratamento de co&aacute;gulos sangu&iacute;neos, que aconteceu da forma mais emblem&aacute;tica o poss&iacute;vel, na sexta-feira de 23 de setembro de 1955, enquanto o ent&atilde;o presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, visitava amigos e familiares em Denver.
Em um instante o chefe de Estado estava bebendo e conversando, no outro j&aacute; estava no ch&atilde;o, arrebatado por um infarto do mioc&aacute;rdio que, a princ&iacute;pio, ele atribuiu o desconforto que sentia ao hamb&uacute;rguer que havia comido no almo&ccedil;o.
Temendo que os co&aacute;gulos errantes pelo corpo do presidente pudessem causar um derrame, levando-o ao &oacute;bito ou o incapacitando, os m&eacute;dicos administraram a Eisenhower uma dose da rec&eacute;m-aprovada varfarina. Em poucas horas, o presidente estava bem e teve uma recupera&ccedil;&atilde;o mais r&aacute;pida do que imaginavam.
Naquele dia, o curso da hist&oacute;ria mudou porque um aspirante a marinheiro tomou uma atitude impensada 4 anos antes, e a ci&ecirc;ncia p&ocirc;de vasculhar o caso e descobrir que um veneno podia salvar vidas.

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Varfarina: como o antigo veneno de ratos salva vidas

Imagem de Bebidas com cafeína podem alterar efeitos de alguns remédios? no megacurioso

Cafés, chás e refrigerantes são algumas das bebidas que não devem ser usadas ao tomar comprimidos

<head></head><body>Tomar remédio com café faz mal? Esta é uma dúvida bastante comum entre as pessoas que precisam ingerir algum medicamento e, na ausência da água, apelam para outro tipo de bebida disponível no momento, e também entre aquelas que procuram uma alternativa para despistar o eventual gosto amargo do comprimido.Uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros, o café aparece como opção. No entanto, ele pode não ser a melhor solução para ajudar a engolir o remédio, pois se trata de uma grande fonte de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118799-como-a-cafeina-funciona-no-nosso-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cafeína</a>, substância com potencial para interagir, de diferentes maneiras, com os fármacos.Conhecido estimulante do sistema nervoso central, a cafeína, também encontrada em chás, refrigerantes e energéticos, apresenta capacidade de interagir com cerca de 60 medicamentos. Misturá-la com fórmulas que objetivam produzir um efeito sedativo, por exemplo, pode ser problemático.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06100630310074.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Tomar remédio para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121412-crise-de-ansiedade-x-crise-de-panico-como-diferencia-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a> ou insônia — que objetiva tranquilizar o usuário — com uma xícara de café, faz com que a pessoa receba a ação relaxante do fármaco e a estimulação da cafeína ao mesmo tempo. Assim, os efeitos da fórmula podem ser anulados, com o tratamento não apresentando o resultado esperado.<h2>Outros remédios que não devem ser tomados com café</h2>Além dos benzodiazepínicos, que atuam provocando uma sensação de relaxamento, há outros medicamentos cujo uso combinado com cafeína não é recomendado. Os fármacos utilizados para tratar esquizofrenia estão entre eles.Neste caso, o problema está no aumento da concentração destes remédios no organismo, uma vez que eles usam as mesmas enzimas e proteínas que a cafeína durante a metabolização no fígado. E a maior quantidade da fórmula pode representar riscos para o paciente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06100746905076.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Também há chances de interação da bebida com alguns antibióticos, como as quinolonas, com o medicamento inibindo ou diminuindo o metabolismo da cafeína, potencializando os efeitos dela. Já as tetraciclinas podem acabar não sendo absorvidas e consequentemente não apresentando resultado, se ingeridas em uma mistura de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124326-cafe-com-leite-tem-acao-anti-inflamatoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">café com leite</a>.Outro exemplo de combinação problemática é entre broncodilatadores e cafeína. Prescritos para tratar bronquite, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica, estes remédios podem ter a toxicidade elevada ao se associarem à substância, levando à taquicardia, agitação e falta de ar.<h2>Siga as orientações</h2>A melhor forma de evitar a diminuição ou a potencialização dos efeitos e a não absorção do remédio, como as causadas pelo uso de alguns fármacos com bebidas que contêm cafeína, é seguir as recomendações médicas. Provavelmente, a maioria dos profissionais vai indicar a&nbsp;ingestão do comprimido com água.Também é importante ler a bula com atenção para verificar as interações medicamentosas da fórmula que está sendo usada e, em caso da dúvida persistir, pode ser interessante consultar um farmacêutico antes de escolher qualquer bebida. Vale lembrar que alguns sucos, como o de uva, são capazes de alterar os efeitos de certos medicamentos.</body>

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Bebidas com cafeína podem alterar efeitos de alguns remédios?

Imagem de O que são probióticos e qual é sua importância para a saúde humana? no megacurioso

Relevantes em toda a área médica, os probióticos podem contribuir com diversas condições no organismo a partir de bactérias 'do bem'

<head></head><body>Um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos</a> mais promissores e importantes para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> moderna, os probióticos estão relacionados aos mais diversos departamentos da saúde e são frequentemente lançados em modelos mais eficientes para os consumidores. Baseados em micro-organismos vivos como Lactobacillus, Bifidobacterium, Streptococcus, eles garantem inúmeros benefícios ao corpo humano, especialmente quando há o consumo diário e bem dosado.O probiótico tem sua origem atribuída ao russo Eli Metchnikoff, sendo analisado, pela primeira vez, durante o início do século XX. Seu nome remete à ideia de "a favor da vida" e traz o conceito da introdução de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bacterias-e-protozoarios/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a> "do bem", equilibrando a microbiota intestinal (conjunto de bactérias e fungos responsáveis pela imunidade) e atuando no arranjo digestivo, na absorção dos nutrientes e em outras vantagens ainda exploradas pela comunidade científica.Além disso, eles reduzem o risco de constipação e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122193-novo-tratamento-consegue-curar-pacientes-com-cancer-de-colon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer de cólon</a>, aumentam a resistência contra patógenos e inibem a ação de Escherichia coli, salmonela e outros. Usuários do medicamento também sofrem efeitos na imunidade humoral e celular, na liberação de vitaminas e na ativação dos linfócitos T e B.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/12/12184422720010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Hoje, os medicamentos da categoria mais conhecidos são leites fermentados (leite acidófilo) e iogurtes naturais. Também é possível obter benefícios dos probióticos por meio do kefir (grande quantidade de oxidantes) e da coalhada (altos níveis de cálcio e importante para a saúde de ossos e dentes). Os probióticos, quando não são produzidos e distribuídos artesanalmente, chegam ao mercado no formato de cápsulas e de pó.Vale lembrar que os probióticos, apesar de colaborarem com um estilo de vida mais saudável, devem ser tratados como suplementos. Assim, mesmo sendo consumidos, precisam estar vinculados a bons hábitos alimentares, físicos e mentais.<h2>Probióticos como tratamento de skincare</h2>Os probióticos também podem ser utilizados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/77519-7-tratamentos-de-beleza-para-seu-rosto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamentos de pele</a> e estão disponíveis em fragmentos de cepas, restaurando o microbioma cutâneo e estimulando a produção de ácido hialurônico, ácido lático e ceramidas na pele. Essas propriedades reforçam a defesa dos tecidos, hidratam a pele e a protege contra potenciais doenças cutâneas. Algumas dessas bactérias estão em cosméticos e potencializam os benefícios em hidratantes faciais.No caso do skincare, o uso dos micro-organismos é recomendado em casos de tratamento da acne, da dermatite e de eczema, na cicatrização após procedimentos clínicos e no aumento da elasticidade da pela. As cepas mais comuns no mercado são BifidO (inibe a entrada de agentes infecciosos), Lacto B (inibe o crescimento de bactérias causadoras de doenças), Kopyeast (impulsiona a síntese do colágeno), Strep C (produz grandes quantidades de ceramidas) e Ecoskin (auxilia a pele nas agressões diárias).</body>

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O que são probióticos e qual é sua importância para a saúde humana?

Imagem de Cogumelo-juba-de-leão pode ajudar portadores de doenças neurodegenerativas no megacurioso

Usado há séculos pela medicina chinesa, veja como este fungo 'do bem' pode auxiliar no tratamento de doenças neurológicas degenerativas no futuro

<head></head><body>Séculos atrás, curandeiros utilizavam itens da natureza como ervas, folhas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119521-as-6-especies-de-cogumelos-mais-bizarras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos</a> nos mais variados tratamentos para diversos tipos de doenças diferentes. Pode até ser que, comparado à medicina atual, curar alguém usando plantas pareça uma ideia atrasada, mas parece que em alguns casos eles estavam no caminho certo.Um bom exemplo disto é o caso do cogumelo-juba-de-leão, usado há centenas de anos nas medicinas chinesa e europeia, pode auxiliar até mesmo no tratamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119819-quais-doencas-no-cerebro-levam-a-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças neurológicas degenerativas</a> no futuro.<h2>Uso medicinal do cogumelo-juba-de-leão</h2>Embora saibamos que fungos podem ser bastante prejudiciais à saúde, com a versão fictícia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cordyceps vista na série The Last of Us</a> da HBO botando o reino fungi no radar do público, é importante lembrar que nem todos eles são nocivos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/20/20121938900078.jpg" alt="Cogumelo-juba-de-leão pode auxiliar no tratamento de doenças neurodegenerativas">Cogumelo-juba-de-leão pode auxiliar no tratamento de doenças neurodegenerativasAlguns fungos são comestíveis e outros são&nbsp;usados em tratamentos medicinais há muitos e muitos anos, como o cogumelo-juba-de-leão (Hericium erinaceus), utilizado há séculos pela medicina tradicional chinesa. Já o grego <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109434-dia-do-medico-quem-foi-hipocrates-o-pai-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hipócrates</a>, considerado o "pai da medicina," também utilizava este cogumelo em outros tratamentos, como em casos de inflamações e até para cauterizar feridas.Agora, um time de pesquisadores da Austrália e da Coreia do Sul descobriu que o cogumelo-juba-de-leão tem ainda propriedades benéficas para o nosso cérebro. De acordo com o estudo, publicado no início deste ano no Journal of Neurochemistry, este cogumelo (que é comestível) pode, entre outras coisas, auxiliar no crescimento de células do cérebro.Falando ao site EurekAlert, o coautor do estudo Frederic Meunier explicou que o extrato do juba-de-leão já vinha sendo usado há muitos séculos pela medicina tradicional asiática mas seu time queria "determinar cientificamente seu efeito potencial em células cerebrais." Segundo ele, testes pré-clínicos mostraram que o cogumelo tem "impacto significativo no crescimento de células cerebrais e na melhora da memória."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/20/20122132171079.jpg" alt="Cogumelo-juba-de-leão auxilia no crescimento de neurônios">Cogumelo-juba-de-leão auxilia no crescimento de neurôniosMeunier explicou ainda que sua equipe observou como os componentes encontrados no juba-de-leão impactam as células do cérebro, verificando que eles auxiliam no crescimento e na conexão entre os neurônios.<h3>Benefícios do fungo do bem</h3>De acordo com os pesquisadores, os componentes do juba-de-leão podem ser usados no tratamento de doenças neurodegenerativas como o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119381-qual-a-diferenca-entre-demencia-e-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a>. Segundo o PopSci, o co-autor do estudo Ramon Martinez-Marmol afirmou que a ideia do time era "identificar componentes bioativos de fontes naturais que poderiam agir no cérebro e regular o crescimento de neurônios, resultando em uma melhora da formação de memórias."O cogumelo-juba-de-leão cresce em troncos de árvores de folhas grandes e largas, como as encontradas no norte do nosso país, e tem componentes que ajudam a reduzir a pressão sanguínea e o nível de açúcar no sangue. Suas propriedades também podem ser aplicadas em tratamentos da saúde mental, como em casos de depressão; além de auxiliarem no tratamento de doenças neurológicas degenerativas e lesões cerebrais.</body>

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Cogumelo-juba-de-leão pode ajudar portadores de doenças neurodegenerativas

Imagem de Por que não temos vacinas contra doenças causadas por fungos? no megacurioso

Apesar dos estudos feitos na área, desenvolver uma vacina contra doenças fúngicas tem muitos obstáculos. Alguns deles, até fora da área da saúde

Voc&ecirc; sabia que a doen&ccedil;a provocada por fungos&nbsp;na s&eacute;rie da HBO, The Last of Us, est&aacute; mais pr&oacute;xima da realidade do que muitas pessoas imaginam? Na adapta&ccedil;&atilde;o, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma infec&ccedil;&atilde;o por fungos, que transforma as pessoas em "zumbis"</a>, foi respons&aacute;vel por destruir boa parte da humanidade.
A t&iacute;tulo de curiosidade, o fungo da s&eacute;rie foi inspirador por fungos reais, mas que n&atilde;o representam um perigo desse tipo para a humanidade. N&atilde;o obstante, especialistas e pesquisadores nos &uacute;ltimos tempos alertaram sobre as infec&ccedil;&otilde;es f&uacute;ngicas: elas j&aacute; s&atilde;o consideradas uma grande amea&ccedil;a &agrave; sa&uacute;de, respons&aacute;veis por ceifar a vida de milh&otilde;es de pessoas em todo mundo.
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124104-the-last-of-us-uma-pandemia-zumbi-causada-por-fungos-e-possivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Para muitos cientistas, o futuro pode reservar algo mais grave</a>. Isso nos leva a outra quest&atilde;o: com tanta tecnologia e inova&ccedil;&atilde;o, por que ainda n&atilde;o temos uma vacina contra essa classe de doen&ccedil;as?&nbsp;Bom, a resposta para essa pergunta &eacute; simples &ndash; e complexa ao mesmo tempo.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" target="_blank" rel="sponsored">Cordyceps: 5 fatos sobre o fungo da s&eacute;rie The Last of Us</a>
Quem pode ter infec&ccedil;&otilde;es f&uacute;ngicas?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15102942479095.jpg" alt="(Fonte: mohamed_hassan/Pixabay)" />(Fonte: mohamed_hassan/Pixabay)
Qualquer indiv&iacute;duo, mesmo aqueles que se encontram em bom estado de sa&uacute;de, pode adquirir infec&ccedil;&otilde;es f&uacute;ngicas. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123278-mofo-em-casa-conheca-os-perigos-e-como-resolver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungos s&atilde;o amplamente encontrados no meio ambiente</a>, podendo ser inalados, ou ainda entrar em contato com nossa pele diariamente sem causar nenhuma enfermidade. Mas, claro que existem aqueles que causam problemas.&nbsp;
Ali&aacute;s, indiv&iacute;duos com imunidade debilitada s&atilde;o mais propensos a desenvolver uma infec&ccedil;&atilde;o f&uacute;ngica, uma vez que esses fungos podem agir como pat&oacute;genos oportunistas. Quando falamos sobre infec&ccedil;&otilde;es oportunistas estamos nos referindo a infec&ccedil;&otilde;es que se desenvolvem quando o sistema imunol&oacute;gico de um indiv&iacute;duo encontra-se comprometido. Tais enfermidades podem ser provocadas n&atilde;o somente por fungos, mas tamb&eacute;m por bact&eacute;rias e v&iacute;rus.
<h2>Por que n&atilde;o temos vacinas contra doen&ccedil;as f&uacute;ngicas?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15103111775097.jpg" alt="(Fonte: Edward Jenner/Pexels)" />(Fonte: Edward Jenner/Pexels)
At&eacute; o presente momento, n&atilde;o existe uma &uacute;nica vacina dispon&iacute;vel para prevenir infec&ccedil;&otilde;es causadas por pat&oacute;genos f&uacute;ngicos em humanos. Se olharmos o cen&aacute;rio geral, fica claro que &eacute; urgente, investimentos e estudos nessa &aacute;rea para evitar poss&iacute;veis doen&ccedil;as, ou melhor ainda, para prevenir v&aacute;rios tipos de infec&ccedil;&otilde;es f&uacute;ngicas com uma &uacute;nica vacina.
Mas voc&ecirc; pode estar pensando: se j&aacute; desenvolvemos tantas vacinas, para tantas finalidades diferentes, por que ainda n&atilde;o temos vacinas f&uacute;ngicas em pleno ano de 2023?
Veja bem, al&eacute;m dos desafios na &aacute;rea cient&iacute;fica, o desenvolvimento de imunizantes f&uacute;ngicos esbarra em aspectos econ&ocirc;micos. Mesmo que uma vacina se mostre segura e eficaz em ensaios cl&iacute;nicos, isso n&atilde;o garante que ela ser&aacute; produzida em massa e disponibilizada no mercado.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15103245655099.jpg" alt="(Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay)" />(Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay)
Para uma vacina ser vi&aacute;vel comercialmente, &eacute; preciso que ela apresente potencial para gerar lucro. Afinal, as empresas farmac&ecirc;uticas n&atilde;o fazem caridade. A grande quest&atilde;o &eacute; que essas infec&ccedil;&otilde;es f&uacute;ngicas n&atilde;o ocorrem com alta frequ&ecirc;ncia em muitos pacientes. Por isso, o desenvolvimento de um imunizante para esse fim pode n&atilde;o ser t&atilde;o atraente para as grandes fabricantes e investidores.
Tamb&eacute;m n&atilde;o podemos esquecer que, apesar das dificuldades econ&ocirc;micas, as vacinas f&uacute;ngicas podem ser altamente ben&eacute;ficas para estabelecer imunidade em pacientes que passaram por um transplante de &oacute;rg&atilde;o, para aqueles em est&aacute;gio inicial de HIV ou para dessensibilizar indiv&iacute;duos com alergia a fungos.
Essas vacinas podem prevenir muitas doen&ccedil;as e mortes em um grupo de pessoas, reduzindo tamb&eacute;m os custos associados aos cuidados m&eacute;dicos, embora esses benef&iacute;cios possam ser mais percept&iacute;veis para os indiv&iacute;duos afetados e os sistemas de sa&uacute;de, e n&atilde;o para as empresas farmac&ecirc;uticas.
<h2>Quais fungos infectam seres humanos?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15103517670104.jpg" alt="(Fonte: Geralt/Pixabay)" />(Fonte: Geralt/Pixabay)
Existem diversos tipos de fungos capazes de causar infec&ccedil;&otilde;es em humanos. Mas h&aacute; aqueles que tem mais chances de nos afetar. Nesse sentido, vale destacar os que causam as seguintes infec&ccedil;&otilde;es: candid&iacute;ase, aspergilose, criptococose, pneumocistose e fungos termicamente dim&oacute;rficos como histoplasmose, blastomicose, coccidioidomicose, e paracoccidioidomicose.
Embora tenham sido desenvolvidas novas drogas antif&uacute;ngicas, as taxas de sucesso no tratamento de muitas micoses ainda s&atilde;o baixas e o uso dessas drogas &eacute; limitado por sua toxicidade, resist&ecirc;ncia e alto custo. Para superar essas dificuldades, novas abordagens de preven&ccedil;&atilde;o e tratamento est&atilde;o sendo investigadas, incluindo, claro, o desenvolvimento e o uso de vacinas.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122172-por-que-a-vacina-contra-malaria-levou-35-anos-para-ser-criada.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por que a vacina contra mal&aacute;ria levou 35 anos para ser criada?</a>

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