Imagem de Por que o latim é uma língua morta? no megacurioso

Embora tenha servido como origem para diversas outras línguas contemporâneas, o latim parou de ser uma língua usada por nações

<head></head><body>Seja em textos sagrados ou na linguagem científica, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118604-o-latim-continua-vivo-e-pronto-para-ser-estudado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">latim</a> é uma língua que teve grande importância na história da humanidade. Afinal, foi dele que surgiram outras línguas muito usadas ao redor do planeta como o francês, o italiano, o espanhol, o romeno e o nosso tão querido português.Entretanto, seu uso cotidiano foi sumindo com o passar do tempo e o latim passou a ser considerado uma "língua morta" — um triste fim para algo que um dia foi tão relevante. Porém, o que é preciso para uma língua ser de fato considerada morta? Para sanar a sua curiosidade, nós falaremos mais sobre o assunto ao longo dos próximos parágrafos!<h2>Desuso do latim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05200129918569.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Se considerarmos um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118031-10-beneficios-de-aprender-um-novo-idioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idioma</a> como apenas uma forma de conversar dentro de uma comunidade, o fato de um idioma estar morto é menos importante do que uma língua morta. Isso ocorre porque, de acordo com especialistas, uma língua se torna morta quando ela deixa de ser a língua nativa de uma inteira comunidade de pessoas.Já a morte de um idioma poderia ser decretada caso esse idioma deixe de ser o principal instrumento de comunicação de alguém ou deixe de ser usado para a "comunicação comum". No caso do latim, a situação é tão grave que ele se encaixa em todas essas definições ao mesmo tempo.O latim era o principal idioma da Roma Antiga e eventualmente evoluiu para todas as outras línguas românticas após a queda do Império Romano. Isso não significa que nenhuma pessoa seja capaz de aprendê-lo atualmente ou que não é mais um idioma falado no mundo, mas que o latim simplesmente não é mais necessário para qualquer tipo de comunicação por falta de opção.<h2>Latim nos dias de hoje</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05200018199568.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Mesmo que o latim seja considerado uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/42206-conheca-4-das-linguas-mais-interessantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua</a> morta, não há grandes motivos para desespero. Afinal, ele ainda é usado em algumas vertentes de conhecimento nos tempos modernos e possui funções específicas — mesmo que isso signifique uma representatividade muito menor do que no passado.O latim não deixou de existir e ainda não há indícios de que isso pode acontecer em um futuro próximo. Essa é uma língua estudada por uma enorme gama de indivíduos até hoje, desde estudantes do ensino médio até estudiosos clássicos que preferem ler diversas obras em seu texto original. Por esse motivo, o latim está morto, mas ainda não foi extinto.Por mais que os estudantes de latim não falem o idioma corriqueiramente, partes dessa língua ainda têm relevância. Cientistas, por exemplo, usam nomes derivados do latim para batizar espécies recém-descobertas e isso virou fator de regra. A Cidade do Vaticano, por outro lado, ainda conta com o latim como uma de suas línguas oficiais, porém agora tem o italiano como sua vertente principal. No meio jurídico, jargões como "habeas corpus", "mea culpa" e "quid pro quo" são o latim em sua pura forma.Então, é aquele ditado: morreu, mas passa bem.</body>

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Por que o latim é uma língua morta?

Imagem de Brasil desperdiça 40% do talento de jovens, diz estudo no megacurioso

De acordo com levantamento feito pelo Banco Mundial, somente 60% do capital humano potencial brasileiro é aproveitado pelo país

<head></head><body>Independente se falamos de crianças de rua ou jovens negros em universidades brasileiras, existe um aspecto em comum: ambas as categorias se enquadram dentro do contingente de talentos desperdiçados pelo Brasil todos os dias. Para piorar a situação, os dados são bastante drásticos.Segundo um estudo inédito feito pelo Banco Mundial e publicado pela BBC, cada criança brasileira nascida em 2019 deve atingir, em média, somente 60% do seu capital humano potencial ao atingir a maior idade. Dessa forma, 40% de todo o talento dos jovens brasileiros com 18 anos é completamente deixado de lado ou jogado fora. Entenda a situação!<h2>Desperdício de capital humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05213430554590.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)De acordo com o Banco Mundial, capital humano é o nome dado para o conjunto de habilidades que os indivíduos acumulam ao longo de suas vidas. São essas habilidades que determinam as chances de uma pessoa prosperar, além de outros indicadores como nível de renda e oportunidades de trabalho ao longo da vida.Esses fatores não só geram problemas na esfera individual, como também impactam a produtividade de um país, como o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) e a capacidade de se gerar riqueza. O estudo, que faz parte da iniciativa Human Capital Project, foi lançado em 2018 para tentar alertar governos sobre a importância de se investir em pessoas.Segundo a estimativa do banco, o PIB brasileiro poderia ser 2,5 vezes maior se as crianças do país pudessem desenvolver suas habilidades ao máximo, com o Brasil chegando ao emprego pleno. Os dados que compõem o Índice de Capital Humano (ICH) são: taxas de mortalidade e déficit de crescimento infantil; anos esperados de escolaridade e resultados de aprendizagem; e taxa de sobrevivência dos adultos.&nbsp;<h2>Disparidade social e perspectivas para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05213217226589.jpg" alt="(Fonte: Banco Mundial/BBC)">(Fonte: Banco Mundial/BBC)Em comparação com países desenvolvidos, é possível notar como o ICH brasileiro está bem abaixo. Com ICH de 0,60 — os 60% de aproveitamento de talento humano —, o Brasil encontra-se bastante atrás de Japão (0,81) e Estados Unidos (0,70). Outras nações latino-americanas estão em nível de igualdade, como o Chile (0,65) e México (0,61).Países em desenvolvimento mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121215-os-5-paises-mais-pobres-do-mundo-em-2021.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobres</a> do que nós ficaram no fundo da tabela, com destaque para Índia (0,49), África do Sul (0,43) e Angola (0,36). O problema, no entanto, é que a média nacional brasileira conta apenas um pouco da história de <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/101731-6-dados-sobre-a-desigualdade-no-mundo-que-vao-deixar-voce-chocado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desigualdade</a> dentro do país. Se analisarmos bem os dados do Banco Mundial, podemos encontrar um Brasil dividido.Em 2019, o ICH das regiões do Norte e do Nordeste era de apenas 56,2% e 57,3%. Enquanto isso, Sul, Centro-Oeste e Sudeste variam de 61,6% a 62,2%. Na visão de especialistas, muito disso está relacionado com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122192-educacao-5-aspectos-da-escola-que-mudaram-em-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deficiência educacional</a> encontrada nas partes mais pobres do país.&nbsp;Por fim, o Banco Mundial também chamou atenção para a desigualdade racial que ocorre no desenvolvimento de talentos no Brasil. Conforme mostram os dados do estudo, crianças brancas possuem produtividade esperada de 63% do seu potencial, enquanto negros e indígenas possuem ICH de 56% e 52%.&nbsp;</body>

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Brasil desperdiça 40% do talento de jovens, diz estudo

Imagem de Como o "chapéu de burro" deixou de ser um símbolo de inteligência no megacurioso

O chapéu cônico, que era usado para humilhar crianças desobedientes nas escolas, já foi um dia um ícone de alguém com intelecto elevado

Antigamente, quando uma crian&ccedil;a era desobediente ou ia mal na escola, v&aacute;rias puni&ccedil;&otilde;es eram aplicadas. E uma delas, pasme, era que a crian&ccedil;a ficasse num cantinho usando um bon&eacute; c&ocirc;nico, algo que chegou at&eacute; os dias de hoje especialmente por meio de desenhos animados mais antigos.
O objetivo era humilhar estas crian&ccedil;as no intuito que elas ficassem com vergonha e "tomassem jeito". Mas, por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, a origem do chap&eacute;u de burro &eacute; bem diferente: ele foi criado para ser o indicativo de uma mente brilhante. Contamos esta hist&oacute;ria aqui.
<h2>O chap&eacute;u de burro e a filosofia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Scotsman&nbsp;" data-fonte-url="https://www.scotsman.com/images-e.jpimedia.uk/imagefetch/http://www.scotsman.com/webimage/Prestige.Item.1.49128261!image/image.jpg?width=640&amp;quality=65&amp;smart&amp;enable=upscale"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04091306838111.jpg" alt="(Fonte: Scotsman)" />(Fonte: Orlando/Getty Images)
No s&eacute;culo XIV, um fil&oacute;sofo e te&oacute;logo escoc&ecirc;s chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118392-tafofobia-o-medo-de-ser-enterrado-vivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Duns Scotus</a> ficou muito conhecido por conta de suas teorias sobre o mundo e a religi&atilde;o, que se inspiravam nas ideias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120506-qual-e-a-diferenca-entre-platao-e-aristoteles-filosoficamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arist&oacute;teles</a>. Cat&oacute;lico ardoroso e devoto da Virgem Maria, ele buscava conectar os ensinamentos da B&iacute;blia com interpreta&ccedil;&otilde;es de ordem metaf&iacute;sica.
Scotus era da ordem franciscana e passou a dar aulas na Universidade de Paris. Entretanto, sua viv&ecirc;ncia entre a religi&atilde;o e o pensamento laico por vezes lhe causava problemas. Ele acabou entrando numa disputa p&uacute;blica com o rei da Fran&ccedil;a sobre a tributa&ccedil;&atilde;o das propriedades da Igreja. Como se posicionou do lado da Igreja, Scotus acabou sendo expulso da universidade, para onde s&oacute; retornaria anos depois.
Em raz&atilde;o de suas ideias, Scotus ganhou muitos seguidores, que continuaram estudando seus escritos ap&oacute;s a sua morte. Estes sujeitos se autodenominaram "Dunsmen", em homenagem ao mestre, e usavam chap&eacute;us pontudos para homenagear o fil&oacute;sofo (aparentemente, Scotus gostava muito de chap&eacute;us com formato pontiagudo, pois remeteriam ao adere&ccedil;o usado pelos magos).
N&atilde;o obstante, quando o tempo foi passando, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111271-as-9-melhores-invencoes-do-genio-renascentista-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascimento</a> floresceu e novas teorias surgiram, os acad&ecirc;micos come&ccedil;aram a notar que as ideias dos Dunsmen estavam atrasadas. Eles n&atilde;o eram t&atilde;o inteligentes quanto se imaginavam. Assim, os chap&eacute;us usados pelos membros do grupo passaram a ser vistos como rid&iacute;culos.
<h2>A ideia por tr&aacute;s do chap&eacute;u</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Telegraph&nbsp;" data-fonte-url="https://www.telegraph.co.uk/content/dam/opinion/2016/04/17/dunce_hat_trans_NvBQzQNjv4Bqpawb723fAyJ42k_1qfiW_OIFTN8ZHEUZThdwcDv6fo4.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04090930776109.jpg" alt="(Fonte: Telegraph)" />(Fonte: Telegraph)
Segundo o livro Hats and Headwear Around the World: A Cultural Encyclopedia, John Duns Scotus acreditava que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109595-por-que-relacionamos-o-chapeu-pontudo-com-as-bruxas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chap&eacute;u pontudo&nbsp;</a>teria o poder de canalizar o conhecimento do mundo exterior e distribu&iacute;-lo para o c&eacute;rebro. Esta &eacute; a raz&atilde;o pela qual ele e os Dunsmen adotaram este adorno, no intuito de torn&aacute;-lo um s&iacute;mbolo das pessoas inteligentes em geral.
Com o Renascimento, tanto a palavra "Dunsmen" quanto os chap&eacute;us que eles usavam come&ccedil;aram a ser vistos de forma pejorativa. Quem usasse esse adere&ccedil;o era reconhecido como algu&eacute;m incapaz e sem vontade de aprender algo novo.
E por que o chap&eacute;u de tornou s&iacute;mbolo de burrice? H&aacute; ind&iacute;cios de que o primeiro uso de "dunce" (a palavra original associada ao chap&eacute;u, que n&atilde;o tem a ver com o bicho) significando falta de intelig&ecirc;ncia ocorreu em uma pe&ccedil;a escrita em 1624. J&aacute; em 1840, no romance The Old Curiosity Shop, o escritor <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111885-conheca-5-escritores-que-escreviam-de-pe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Dickens</a> menciona um dunce cap encontrado em uma sala de aula, sendo um ind&iacute;cio de que estes chap&eacute;us eram usados como castigos em escolas brit&acirc;nicas.
O chap&eacute;u da humilha&ccedil;&atilde;o, ali&aacute;s, poderia aparecer sob algumas varia&ccedil;&otilde;es. Havia escolas em que o chap&eacute;u c&ocirc;nico era adornado com um grande D, de dunce, para deixar bem evidente que aquela crian&ccedil;a havia sido desobediente ou indisciplinada.
Vale lembrar que o dunce cap&nbsp;tamb&eacute;m teve algumas outras associa&ccedil;&otilde;es mais sombrias. Segundo algumas teorias, as ideias de Scotus tamb&eacute;m foram adotadas por outro grupo nem um pouco louv&aacute;vel, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120493-o-dia-em-que-a-ku-klux-klan-foi-derrotada-por-nativos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Klu Klux Klan</a>. Isto explicaria por que a organiza&ccedil;&atilde;o de supremacistas brancos tamb&eacute;m usava chap&eacute;us pontudos.
Orlando Orlando

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Como o 'chapéu de burro' deixou de ser um símbolo de inteligência

Imagem de Celular na infância: como o uso afeta a formação da criança? no megacurioso

Estudo publicado pela Revista Multidisciplinar de Ciência Latina, mostra a importância do aprendizado nos primeiros anos de vida

&Eacute; durante a inf&acirc;ncia que as crian&ccedil;as conhecem o mundo &mdash; e elas o fazem por meio de perguntas, na famosa &ldquo;fase dos porqu&ecirc;s&rdquo;. &Eacute; nessa etapa que o c&eacute;rebro prossegue com o desenvolvimento que ocorre ainda na sua forma&ccedil;&atilde;o, a chamada neuroplasticidade.
Esse processo ocorre de forma mais intensa na inf&acirc;ncia e &eacute; crucial para o desenvolvimento cerebral dos pequenos. Entretanto, nem todas as mem&oacute;rias e aprendizados consolidadas no enc&eacute;falo s&atilde;o positivas: o uso de celulares nesse contexto pode ser um grande vil&atilde;o na forma&ccedil;&atilde;o das crian&ccedil;as.
<h2>O que &eacute; neuroplasticidade?</h2>
Ainda durante a gesta&ccedil;&atilde;o ocorre um processo chamado &ldquo;neurala&ccedil;&atilde;o&rdquo;, respons&aacute;vel pela forma&ccedil;&atilde;o do sistema nervoso. J&aacute; a neuroplasticidade &eacute; uma das respons&aacute;veis por dar continuidade a esse processo de desenvolvimento.
O processo de neuroplasticidade &eacute; crucial para a aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, motor e de personalidade. Durante esse processo, ocorre a consolida&ccedil;&atilde;o de engramas de mem&oacute;ria, que consiste no aprendizado por experi&ecirc;ncia &mdash; s&atilde;o mem&oacute;rias s&oacute;lidas e duradouras no enc&eacute;falo.
<h2>Interfer&ecirc;ncia do uso do celular na forma&ccedil;&atilde;o da crian&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/a-05181212694523.jpg" alt="a" />(Fonte: gettyimages)
Um estudo realizado por mim e publicado pela Revista Multidisciplinar de Ci&ecirc;ncia Latina, intitulado &ldquo;Como desenvolver uma personalidade curiosa na crian&ccedil;a: formatando novos engramas de mem&oacute;ria e consolidando as informa&ccedil;&otilde;es como projeto de personalidade&rdquo;, se dedica a analisar esse fen&ocirc;meno e conclui que o celular estimula comportamentos prejudiciais &agrave; crian&ccedil;a por meio de doses de dopamina &mdash; neurotransmissor respons&aacute;vel pela sensa&ccedil;&atilde;o de satisfa&ccedil;&atilde;o e recompensa.
&ldquo;Alguns estudos apontam in&uacute;meros problemas relacionados &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o de telas, que afetam de maneiras n&atilde;o s&oacute; cognitivas como estruturais. [...] Ao entreter sempre os filhos dessa maneira, criamos e refor&ccedil;amos no indiv&iacute;duo uma nova conex&atilde;o neural. Nesse contexto, a crian&ccedil;a aprende por meio do refor&ccedil;o e da secre&ccedil;&atilde;o de dopamina [...] que sempre que ela tiver um comportamento parecido, ser&aacute; recompensada com aparelhos eletr&ocirc;nicos, aumentando a frequ&ecirc;ncia destes comportamentos&rdquo;.
A neuroplasticidade exerce um importante papel no desenvolvimento da crian&ccedil;a, consolidando engramas de mem&oacute;ria e auxiliando na aquisi&ccedil;&atilde;o de conhecimento, portanto, esse processo deve ser estimulado e o uso de aparelhos eletr&ocirc;nicos para entretenimento dos pequenos deve ser evitado, sendo substitu&iacute;do pela presen&ccedil;a dos pais e o acompanhamento na forma&ccedil;&atilde;o da crian&ccedil;a.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Celular na infância: como o uso afeta a formação da criança?

Imagem de Como agitações políticas e crises globais fazem as línguas evoluírem? no megacurioso

Os diversos caminhos que a humanidade trilha por motivos políticos trazer profundas alterações na maneira como as pessoas falam

As mudan&ccedil;as na linguagem s&atilde;o inevit&aacute;veis. Palavras antigas que param de ser usadas ou ganham novos significados, novas palavras que s&atilde;o criadas, pron&uacute;ncias que mudam, regras gramaticais que s&atilde;o revisadas e o que &eacute; visto como educado ou sarc&aacute;stico, evolui. Podemos perceber isso, por exemplo, conversando com pessoas de outras gera&ccedil;&otilde;es e at&eacute; mesmo de diferentes regi&otilde;es do mesmo pa&iacute;s.
Mas quando uma comunidade sofre alguma mudan&ccedil;a repentina ou d&eacute;cadas/s&eacute;culos de disputas, os idiomas podem mudar dr&aacute;stica e rapidamente. Essas inst&acirc;ncias de contato lingu&iacute;stico &ndash; que &eacute; quando usu&aacute;rios de duas ou mais l&iacute;nguas interagem entre si com alguma frequ&ecirc;ncia &ndash; podem vir de trocas bem-intencionadas, como o com&eacute;rcio de mercadorias, mas tamb&eacute;m s&atilde;o frequentemente o resultado de disputas pol&iacute;ticas perturbadoras, e at&eacute; mesmo opressivas.
Todos esses fatores nunca deixar&atilde;o claro qual ser&aacute; o reflexo para a linguagem da comunidade: ela ser&aacute; alterada, adotada por outros, dar&aacute; origem a uma nova linguagem, ou ser&aacute; perdida?
<h2>O movimento das palavras</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/a-04161259505421.jpg" alt="a" />(Fonte: GettyImages)
Uma maneira pela qual a mudan&ccedil;a lingu&iacute;stica acontece &eacute; por meio do movimento de refugiados, o que leva a um deslocamento &uacute;nico de falantes para uma nova &aacute;rea. Isso pode fazer com que uma comunidade lingu&iacute;stica se encontre de repente em uma comunidade completamente diferente. Quando as pessoas sofrem mudan&ccedil;as repentinas, a linguagem &eacute; apenas uma parte de sua cultura que est&aacute; sujeita &agrave; incerteza.
Uma parte triste da hist&oacute;ria que os povos precisaram se adaptar foi durante o Holocausto, quando milh&otilde;es de judeus de l&iacute;ngua i&iacute;diche foram mortos, e aqueles que sobreviveram emigraram e adotaram os idiomas de seus novos pa&iacute;ses. Como refugiados, os judeus asquenazes trabalharam para preservar sua l&iacute;ngua da melhor maneira poss&iacute;vel em suas novas comunidades e para tentar aprender uma nova l&iacute;ngua ao lado de seus filhos. O resultado: anos depois, as gera&ccedil;&otilde;es mais jovens nos EUA usam mais ingl&ecirc;s e, em algumas comunidades, o i&iacute;diche se tornou um idioma falado principalmente pelas gera&ccedil;&otilde;es mais velhas.
No Duolingo, por exemplo, n&oacute;s desenvolvemos cursos de l&iacute;nguas minorit&aacute;rias, que fazem parte de uma iniciativa do app que visa ajudar a proteger estes idiomas e as suas culturas. O curso de i&iacute;diche est&aacute; dispon&iacute;vel desde o in&iacute;cio de 2021, e todos os falantes de ingl&ecirc;s podem aprend&ecirc;-lo no app. Al&eacute;m dele, outros idiomas minorit&aacute;rios tamb&eacute;m est&atilde;o na plataforma, como o guarani, havaiano, navajo, escoc&ecirc;s ga&eacute;lico, irland&ecirc;s e gal&ecirc;s.
<h2>L&iacute;nguas africanas no Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/a-04161437255422.jpg" alt="a" />(Fonte: GettyImages)
A linguagem reflete todas as complexidades da hist&oacute;ria de uma comunidade. Outro exemplo que podemos citar, vivenciado no Brasil, aconteceu na &eacute;poca da escravid&atilde;o. Donos de escravos e colonizadores nas Am&eacute;ricas muitas vezes separavam intencionalmente os escravos africanos que tinham uma mesma l&iacute;ngua, na tentativa de impedir uma poss&iacute;vel rebeli&atilde;o.
Sem um idioma comum para se comunicar, os escravos improvisaram e criaram novas l&iacute;nguas que misturavam sons, vocabul&aacute;rio e gram&aacute;tica da l&iacute;ngua colonizadora, suas diferentes l&iacute;nguas nativas e outras l&iacute;nguas ind&iacute;genas americanas da &aacute;rea. Se hoje em dia ainda &eacute; dif&iacute;cil ir para outro pa&iacute;s em que n&atilde;o temos conhecimento claro do idioma, j&aacute; imaginou naquela &eacute;poca?
Mas novas l&iacute;nguas tamb&eacute;m surgiram na &Aacute;frica, do outro lado do tr&aacute;fico transatl&acirc;ntico de escravos. Os colonizadores brancos tomaram o poder em muitas partes da &Aacute;frica e seus idiomas, incluindo ingl&ecirc;s, alem&atilde;o e portugu&ecirc;s, vieram com eles. Nas Am&eacute;ricas, esse contato lingu&iacute;stico for&ccedil;ado resultou no ingl&ecirc;s pidgin camaron&ecirc;s, uma l&iacute;ngua falada em Camar&otilde;es&nbsp;&mdash; que &eacute; um dos pa&iacute;ses com maior diversidade lingu&iacute;stica do mundo!
O idioma, seu uso por uma comunidade ou uma fam&iacute;lia e quais decis&otilde;es voc&ecirc; toma sobre ele varia de pessoa para pessoa. Quem nunca foi na casa de algu&eacute;m ou viajou para outro pa&iacute;s e sentiu essas diferen&ccedil;as? Isso acontece por diversos motivos, at&eacute; mesmo, pela pr&oacute;pria cria&ccedil;&atilde;o e estrutura familiar. E assim como acontece no mundo, pelas fortes influ&ecirc;ncias pol&iacute;ticas e por estruturas de poder em escalas nacionais e globais.
<ul>
<li>Com colabora&ccedil;&atilde;o de Cindy Blanco</li>
</ul>
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Analigia Martins &eacute; diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Como agitações políticas e crises globais fazem as línguas evoluírem?

Imagem de Inglês x Britânico: qual é a diferença entre aos termos? no megacurioso

Embora sejam palavras vistas como sinônimos, diferenças históricas e geográficas criam uma separação de significado

<head></head><body>O motivo pelo qual os Estados Unidos da América falam inglês como língua materna foi a colonização do país pelos britânicos no século XVI. Por esse motivo, é muito comum que as pessoas utilizem os termos "inglês" e "britânico" para falar de forma intercambiável de qualquer tópico relacionado à região dos exploradores da América do Norte.No entanto, "inglês" e "britânico" não estão nem perto de ser a mesma coisa — uma vez que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42767-proxima-parada-inglaterra-que-tal-viajar-pela-terra-da-rainha-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inglaterra</a> e a Grã-Bretanha não são o mesmo lugar. Para entender todo esse imbróglio, precisamos ter uma noção maior sobre todas as questões históricas e geográficas que envolvem esse assunto. Entenda!<h2>Entendendo o Reino Unido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/01/01142544810298.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112425-reino-unido-explora-energia-limpa-em-busca-da-descarbonizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reino Unido</a> envolve tantos séculos de acontecimentos que seria basicamente impossível falar sobre tudo em um curto texto. Entretanto, se resumirmos a situação, saberemos que a Inglaterra é um dos três países que compõem a ilha da Grã-Bretanha, junta do País de Gales e da Escócia.Por sua vez, a Grã-Bretanha faz parte do Reino Unido, a qual o título completo de Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, o quarto país que está sobre tutela da família real. Até algum tempo, a Irlanda também fazia parte desse grupo, mas tornou-se uma nação separada em 1949.Pelo fato da Inglaterra fazer parte da Grã-Bretanha, todas as coisas consideradas inglesas também são automaticamente britânicas. No entanto, o processo reverso não pode ser feito. Um exemplo simples sobre isso é o Monstro do Lago Ness, que essencialmente é uma lenda da Escócia. Logo, podemos dizer que "Nessie" é escocesa ou britânica, jamais inglesa.Na Irlanda, a situação é mais complexa. Se alguém vem da República da Irlanda, ela será apenas irlandesa. Os nortenhos, por outro lado, estão qualificados com a cidadania britânica e podem se considerar tanto britânicos quanto irlandeses.&nbsp;<h2>Territórios Ultramarinos Britânicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28200857286706.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No ápice de suas forças bélicas e comerciais, o Império Britânico conseguiu se expandir por várias partes do mundo. Nessa fase, Inglaterra e Reino Unido tinham um vasto domínio sobre os países na América do Norte, África e Ásia. Porém, no início do século XX, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/42112-como-era-o-rio-de-janeiro-antes-da-colonizacao-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonialismo</a> chegou ao fim e vários desses países conquistaram as duas independências.Mesmo assim, ainda existem 14 territórios que são considerados Territórios Ultramarinos Britânicos. A maioria dessas nações são autogovernadas, mas permanecem sob tutela do Reino Unido em relação às políticas de defesa e relações exteriores.A lista é composta pelos seguintes países: Anguilla, Bermudas o Território Antártico Britânico; o Território Britânico do Oceano Índico; as Ilhas Virgens Britânicas; as Ilhas Cayman; as Ilhas Malvinas; Gibraltar; Montserrate; Ilhas Pitcairn, Henderson, Ducie e Oeno; Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha; Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul; Áreas de Base Soberana de Akrotiri e Dhekelia; e Ilhas Turcas e Caicos.&nbsp;Mesmo sendo territórios britânicos, os nascidos nesses locais não possuem a cidadania britânica e são chamados pelas suas respectivas nacionalidades. Além disso, o Território Antártico Britânico, o Território Britânico do Oceano Índico e as Ilhas Geórgia do Sul nem sequer possuem residentes e servem mais como áreas de domínio militar e para pesquisas científicas.&nbsp;</body>

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'Inglês' e 'britânico': qual é a diferença entre os termos?

Imagem de Qual é a origem do "alô" ao atender o telefone? no megacurioso

Relatos históricos indicam que a primeira pessoa a usar esse termo foi um célebre inventor

Das muitas coisas que fazemos no modo autom&aacute;tico, uma delas &eacute; dizer "al&ocirc;" sempre que atendemos ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119644-como-dom-pedro-ii-salvou-o-telefone-de-graham-bell.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">telefone</a>. Por&eacute;m, em que momento da hist&oacute;ria isso realmente come&ccedil;ou? Caso tenha essa curiosidade, a resposta est&aacute; nas linhas a seguir.
O uso da palavra "al&ocirc;" aconteceu gra&ccedil;as a uma sugest&atilde;o do inventor <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111486-thomas-edison-matou-animais-eletrocutados-para-provar-um-ponto.htm#:~:text=Com%20o%20passar%20dos%20anos%2C%20criou-se%20a%20afirma%C3%A7%C3%A3o,elefante%20para%20provar%20a%20teoria%20da%20corrente%20cont%C3%ADnua." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thomas Edison</a>. No per&iacute;odo da cria&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122269-da-comunicacao-ao-crime-como-o-telefone-publico-transformou-a-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">telefone</a>, mais especificamente durante o seu processo de patenteamento em 1876, Alexander Graham Ball, que deu vida ao aparelho, queria que todo mundo dissesse "ahoy" (uma sauda&ccedil;&atilde;o n&aacute;utica) como cumprimento inicial &mdash; algo que, como podemos perceber, n&atilde;o evoluiu e caiu por terra rapidinho.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121105-6-erros-de-portugues-mais-comuns-entre-os-brasileiros.htm" target="_blank">6 erros de portugu&ecirc;s mais comuns entre os brasileiros</a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/30/30145856301255.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />O inventor da l&acirc;mpada tamb&eacute;m "criou" a sauda&ccedil;&atilde;o que usamos ao iniciar uma chamada telef&ocirc;nica nos dias atuais. (Fonte: Unsplash)
Curiosamente, em algum momento desse processo chegou a ser cogitada a ideia de usar uma campainha para que as pessoas soubessem quando algu&eacute;m queria falar. Foi ent&atilde;o que, em 1877, Edison sugeriu que um simples "hello" ("ol&aacute;", em portugu&ecirc;s) j&aacute; resolveria o problema de saber que algu&eacute;m gostaria de iniciar um di&aacute;logo. Isso fez com que a ideia fosse melhor aceita por muitos, e aqui estamos n&oacute;s falando "al&ocirc;" a cada liga&ccedil;&atilde;o que fazemos.
Quanto &agrave; origem do termo "al&ocirc;", &eacute; poss&iacute;vel que ele derive de uma palavra h&uacute;ngara que at&eacute; se aproxima do portugu&ecirc;s: "hallod". Entretanto, no idioma h&uacute;ngaro ela significa "est&aacute; me ouvindo", o que &eacute; bem condizente para o in&iacute;cio de uma chamada telef&ocirc;nica.
<h2>O "al&ocirc;" nos Estados Unidos</h2>
Um dado curioso sobre o uso da palavra "al&ocirc;": nos Estados Unidos, havia uma profiss&atilde;o conhecida como operadora de telefone, que eram basicamente profissionais respons&aacute;veis por fazer as conex&otilde;es entre duas pessoas que queriam se comunicar por telefone. Por conta disso, elas foram denominadas como "hello girls", exatamente por serem o canal inicial de contato nas liga&ccedil;&otilde;es.

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Qual é a origem do 'alô' ao atender o telefone?

Imagem de A biblioteca em que empresta pessoas em vez de livros no megacurioso

Projeto dinamarquês cria bibliotecas em que os livros são pessoas que contam suas histórias.

<head></head><body>Bibliotecas são lugares dos livros, certo? E que tal a ideia de uma biblioteca que "empresta" pessoas? É esta a proposta da <a href="https://humanlibrary.org/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Human Library</a>, uma biblioteca criada na Dinamarca em 2000 e que hoje existe em mais de 80 países.A ideia é simples: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115078-7-das-bibliotecas-mais-arrepiantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biblioteca</a> empresta, na verdade, 30 minutos com uma pessoa para que os "leitores" conversem com ela. São sujeitos que enfrentam preconceitos por conta de alguma característica marcante — como, por exemplo, "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121632-quais-sao-os-maiores-equivocos-sobre-pessoas-trans-e-nao-binarias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transgênero</a>", "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120413-relacao-aberta-5-casais-famosos-que-nao-eram-monogamicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poliamoroso</a>", "<a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/85663-e-voce-satanas-5-formas-alternativas-de-satanismo-que-existem-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">satanista</a>", "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105270-13-fatos-interessantes-sobre-o-autismo.htm#:~:text=1%20%E2%80%93%20Em%20todo%20o%20mundo,sua%20licen%C3%A7a%20m%C3%A9dica%20por%20isso." rel="noopener noreferrer" target="_blank">autista</a>", "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111737-risco-de-depressao-e-transtorno-bipolar-aumenta-com-poluicao-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bipolar</a>" — e que talvez, de alguma forma, gerem algum desconforto naqueles que os lerão.O lema da Human Library é unjudge someone,&nbsp;ou seja, "desjulgue alguém", convidando os participantes a conhecerem uma pessoa diferente deles para que possam despir-se de seus preconceitos.<h2>Pessoas como livros abertos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/26/26180839765011.jpg" alt="(Fonte: Spotlight English)">(Fonte: Spotlight English)O projeto surgiu num festival de música na Dinamarca, quando Ronni Abergel, seu fundador, resolveu juntar alguns voluntários que topassem participar desta empreitada. Já no primeiro dia, a ideia deu certo e todos os 50 "volumes" foram emprestados.Abergel diz que a iniciativa é um convite para que as pessoas sejam vistas como livros abertos que podem ensinar coisas novas. "Não temos tempo para parar e aprender o que não sabemos, então colocamos as pessoas em caixinhas", disse. Por isso, a proposta da biblioteca é que os leitores reservem seu tempo para se dedicar a alguém."Em nossa biblioteca, recomendamos sentar e conhecer pessoas com quem você normalmente não conversaria porque há algo nelas que talvez te provoque um incômodo peculiar. Assim, você não aprende muito sobre elas, mas aprende ainda mais sobre você mesmo", declarou Abergel à BBC.<h2 dir="ltr">Os projetos da biblioteca humana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/26/26181214062012.jpg" alt="(Fonte: The Yellow Sparrow)">(Fonte: The Yellow Sparrow)A biblioteca realiza vários eventos nas suas filiais. Há, por exemplo, o "Livro do Mês", em que uma pessoa é destacada para falar com um grupo. Neste caso, o "livro" em questão é alguém que é convidado para compartilhar sua história com um público maior.Samantha, uma crossdesser do Peru, foi o livro do mês de fevereiro de 2022. No site do projeto, ela comentou sobre como foi a experiência: "quando sou publicada, sinto que posso testemunhar como meus leitores apagam a imagem que tinham de mim em suas mentes".Vários países já exploraram algumas aplicações práticas da biblioteca. Em Glasgow, na Escócia, 300 estudantes de medicina foram estimulados a se tornarem membros da Human Library, no intuito de desenvolver suas habilidades como profissionais da saúde.Segundo a professora Lynsay Crawford, que fez a recomendação, a ideia é "desprogramar" os julgamentos dos futuros médicos. "Os estudantes de medicina precisam ter uma ampla base de conhecimento que pode ser aprendida em livros tradicionais, mas para serem médicos verdadeiramente eficazes e compassivos, eles precisam desenvolver habilidades mais sutis -—comunicação, empatia, escuta, reflexão — e que melhor maneira de conseguir isso do que por meio de interações e conexões com pessoas e suas experiências vividas - os livros humanos", declarou à Forbes.</body>

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A biblioteca que empresta pessoas em vez de livros

Imagem de Criatividade e inteligência: Qual a relação entre elas? no megacurioso

A criatividade foi um fator crucial para o desenvolvimento da sociedade humana e é alvo de diversos estudos que buscam compreendê-la

A criatividade &eacute; sempre um ponto intrigante entre as incr&iacute;veis&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120164-e-possivel-ensinar-o-cerebro-a-nao-sentir-dor.htm" target="_blank" title="&Eacute; poss&iacute;vel ensinar o c&eacute;rebro a n&atilde;o sentir dor?">capacidades que o c&eacute;rebro humano possui</a> e a habilidade de correlacionar diferentes fatos para criar ideias inovadoras j&aacute; foi alvo de diversos estudos que buscaram entender melhor o funcionamento dessa compet&ecirc;ncia.
<h2>O estudo da criatividade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/a-28192653261690.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Em um artigo escrito por mim e publicado pela F&eacute;d&eacute;ration Internationale d&rsquo;Education Physique (FIEP), intitulado A criatividade precisa ser trabalhada constantemente, com treinos e desafios para desenvolver suas habilidades, esse fen&ocirc;meno &eacute; analisado mais profundamente.
Nele, analisei o funcionamento cerebral que leva &agrave;s habilidades criativas. Elas ocorrem devido &agrave; fun&ccedil;&atilde;o, principalmente, de duas &aacute;reas do c&eacute;rebro, o c&oacute;rtex frontal &mdash; respons&aacute;vel pela mem&oacute;ria de curto prazo, flexibilidade cognitiva, planejamento e diversas fun&ccedil;&otilde;es que colaboram para o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119167-6-invencoes-que-mudaram-completamente-o-mundo.htm" target="_blank" title="6 inven&ccedil;&otilde;es que mudaram completamente o mundo">processo criativo</a> &mdash; e o hipocampo &mdash; conhecido por armazenar e recuperar mem&oacute;rias, bem como relacionar experi&ecirc;ncias para a formula&ccedil;&atilde;o de novas ideias.
Em um estudo bastante interessante realizado em 2018, que analisou a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119979-como-o-cerebro-define-a-qualidade-das-nossas-memorias.htm" target="_blank" title="Como o c&eacute;rebro define a qualidade das nossas mem&oacute;rias?">atividade cerebral de pacientes</a> durante a cria&ccedil;&atilde;o e a lembran&ccedil;a de ideias originais, foi observada uma ativa&ccedil;&atilde;o de regi&otilde;es para-hipocampais &mdash; regi&otilde;es pr&oacute;ximas ao hipocampo &mdash; e do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal bilateral, mostrando que a gera&ccedil;&atilde;o de ideias ocorre por meio da lembran&ccedil;a de ideias originais e refor&ccedil;ando a a&ccedil;&atilde;o do c&oacute;rtex frontal e do hipocampo na criatividade.
<h2>A criatividade pode ser estimulada?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/a-28192759433692.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
O pensamento criativo se d&aacute; baseado na capacidade imaginativa do ser humano e na habilidade de visualiza&ccedil;&atilde;o de possibilidades que ainda n&atilde;o aconteceram. A mesma regi&atilde;o cerebral ligada &agrave; imagina&ccedil;&atilde;o do futuro tamb&eacute;m est&aacute; relacionada &agrave;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118967-como-formamos-memorias-falsas-nas-quais-acreditamos-sem-saber.htm" target="_blank" title="Como formamos mem&oacute;rias falsas nas quais acreditamos sem saber?">lembran&ccedil;a do passado</a> &mdash; a rela&ccedil;&atilde;o entre os dois contrapontos favorece a capacidade imaginativa e, portanto, a criatividade.
Esse processo pode ser aprimorado por meio de alguns h&aacute;bitos simples como:
<ul>
<li>Exerc&iacute;cios f&iacute;sicos: alguns neurotransmissores importantes s&atilde;o liberados com o exerc&iacute;cio f&iacute;sico e auxiliam no desenvolvimento criativo;</li>
<li>Curiosidade: estimule a busca por conhecer campos ainda n&atilde;o explorados, a curiosidade e a criatividade andam lado a lado;</li>
<li>Desafios: quando o c&eacute;rebro &eacute; movido por atividades desafiantes a realizar tarefas complexas, a criatividade &eacute; estimulada para a realiza&ccedil;&atilde;o da metaproposta.</li>
<li>Exerc&iacute;cio cerebral: jogos que desafiam e exercitam o c&eacute;rebro e o estimulam a criar estrat&eacute;gias s&atilde;o &oacute;timos para fortalecer a criatividade.</li>
</ul>
<h2>Criatividade e intelig&ecirc;ncia: existe rela&ccedil;&atilde;o?</h2>
Alguns estudos apontam que pessoas que possuem um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122038-como-e-o-encontro-da-sociedade-de-alto-qi-mais-restrita-do-mundo.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o encontro da sociedade de alto QI mais restrita do mundo?">QI elevado</a> possuem as regi&otilde;es do c&eacute;rebro respons&aacute;veis pela criatividade mais desenvolvidas, no entanto, n&atilde;o s&atilde;o habilidades que andam sempre juntas &mdash; o tamanho da criatividade n&atilde;o possui rela&ccedil;&atilde;o com o tamanho do QI.
A personalidade &eacute; outro fator importante no processo criativo, atua como uma facilitadora aliada ao n&iacute;vel de conhecimento que, juntamente com experi&ecirc;ncias, interferem na criatividade, mas n&atilde;o a determinam totalmente.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander

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Criatividade e inteligência: qual a relação entre elas?

Imagem de Educação: 5 aspectos da escola que mudaram em 100 anos no megacurioso

Muita coisa mudou no último século na educação e não apenas no conteúdo. Confira 5 grandes mudanças na escola ocorridas de 100 anos para cá

<head></head><body>A escola e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">educação</a> evoluem constantemente. Não é bobagem quando se quis que o ensino de séculos passados pareceria hoje do tempo jurássico. E isso vai além do conteúdo: práticas, costumes e até o perfil étnico e socioeconômico mudou bastante, mesmo se o recorte não for tão grande, digamos algo próximo a um século.Tópicos como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120406-6-possiveis-temas-de-redacao-para-os-vestibulares-de-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evasão escolar</a>, por exemplo, eram dignos de pânico. Nos Estados Unidos, no início do século XX, apenas 51% das crianças e adolescentes estavam matriculados na escola. Para mostrar as gritantes diferenças nestes 100 anos, acompanhe conosco 5 diferenças da educação no início do século passado para a atual.<h2>1. Escola se tornou inclusiva</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13151906166280.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Quase todos sabem que a educação sempre foi um atributo de poder. Logo, como ele sempre foi exercido pelas elites financeiras dos países (em muitos casos, restrita à monarquia e a alguns elementos do clero), não era qualquer pessoa que tinha acesso à educação. Nem mesmo com o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120917-5-brasileiros-que-lutaram-pelo-fim-da-escravidao-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão</a>, negros puderem chegar às escolas.Nos Estados Unidos, ainda houve o período de escolas segregadas racialmente. Ao longo dos últimos 100 anos, além de negros, mulheres e indígenas puderam estudar, inclusive sem diferenciação de escolas e de conteúdo. Mesmo com dificuldades (maiores nos países do cone Sul do mundo), hoje são raros os casos em que a escola não é plural e inclusiva.<h2>2. O material escolar evoluiu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13152016870283.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Não é nem questão do avanço da tecnologia, durante muito tempo até o papel, caneta e lápis foram artigos de luxo. No início do século XX, os estudantes de várias partes do mundo utilizavam pequenas lousas e alguns pedaços de giz, já que cadernos e canetas tinteiro eram caros e de difícil acesso.Até por isso, a lição de casa também é uma invenção, digamos, recente. Já outros acessórios escolares como borrachas, réguas, esquadros, lápis coloridos, enfim, são todas invenções relativamente recentes - e mesmo elas demoraram a ser de acesso universal.Já uma invenção que é antiga e primordial é a merenda escolar. No início dos anos 1900, pequenas escolas dos Estados Unidos já serviam comida quente às crianças que frequentavam as instituições de ensino. Desde aquela época, muita gente só conseguia se alimentar ao ir estudar.<h2>3. Aprender um novo idioma deixou de ser ilegal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13152304901289.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Parece loucura, não? Mas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122030-por-que-o-exercito-foi-abolido-de-alguns-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geopolítica</a> (e alguns governantes malucos) pode explicar esse tópico. Idiomas como o alemão, o japonês e o russo já foram proibidos de serem ensinados nos Estados Unidos, por exemplo, nos períodos de pós-guerra.Línguas nativas também costumam ser alvo de perseguição, sendo seu ensino dificultado em países com grande participação de populações indígenas ou constituídos por diferentes tribos, como nos países africanos e no Oriente Médio.<h2>4. Educadores não são mais exclusivamente mulheres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13152449073292.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Sabe a imagem perpetuada na cultura popular de uma sala de aula comandada por uma professora? Pois saiba que isso não era fruto apenas da ficção. Em países como os Estados Unidos, as salas de aula eram redutos majoritariamente femininos. Aproximadamente 84% dos responsáveis pela educação norte-americana em 1919 eram mulheres.Esse número era ainda maior um século antes, fruto de políticas públicas que até acreditavam no poder da educação, mas não estavam tão interessadas em investir rios de dinheiro para isso. Assim, preferiam contratar mulheres, que recebiam menos do que homens para o mesmo tipo de trabalho.<h2>5. O chapéu de burro foi aposentado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13152644417293.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Conhece a musiquinha "não sabe, não sabe, tem que aprender"? Então, a parte do burro é relativamente verdadeira. Em muitas escolas pelo mundo, crianças que os professores consideravam estar atrapalhando o bom desenvolvimento das aulas, ou que não sabiam responder perguntas elaboradas por eles, acabavam usando um "chapéu de burro".Esses alunos eram colocados em um canto da sala com uma espécie de chapéu pontudo, com o objetivo único de humilhação pública. E a prática foi comum até meados da década de 1950. Imagine o <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/239807-google-condenado-pagar-r-3-4-milhoes-bullying-politico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bullying</a> se essas crianças se tivessem celulares com acesso à internet?</body>

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