Imagem de Vida da sogra da Rainha Elizabeth: surda, freira e vítima de Freud no megacurioso

Nascida surda, Alice de Battenberg foi diagnosticada com esquizofrenia e tratada por Freud que lhe receitou seções de radiação para adiantar a menopausa

<head></head><body>Quando faleceu na semana passada (9), o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118330-principe-philip-marido-da-rainha-elizabeth-ii-morre-aos-99-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">príncipe Philip de Edimburgo</a>, esposo da rainha Elizabeth II da Inglaterra, deixou uma história de vida quase centenária, e diversos episódios polêmicos e até cômicos, explorados pela série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/the-crown" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Crown</a>, exibida pela Netflix a partir de 2016. No ano passado, a série introduziu na trama a mãe do príncipe consorte, Alice de Battenberg, que tinha uma relação complicada com o filho.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/15/15172038431343.jpg" alt="Fonte: Getty Images/Reprodução">Fonte: Getty Images/ReproduçãoNa vida real, a princesa teve uma vida tão fascinante que, certamente, mereceria uma série própria. Identificada como surda ao nascer, Alice foi diagnosticada com <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/71790-sera-que-a-esquizofrenia-tem-cura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquizofrenia</a>, trancada em um sanatório, resgatou judeus da mão dos nazistas (entre os quais, encontravam-se seus genros) e acabou fundando a sua própria ordem religiosa.A princesa surge no terceiro episódio da quarta temporada da série, tentando vender um broche de safiras em Atenas para angariar fundos para sua congregação. Após o golpe militar de 1967, na Grécia, ela se muda para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117653-por-que-os-chapeus-dos-guardas-da-rainha-sao-tao-altos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Palácio de Buckingham</a>, onde passa a ocupar um pequeno sótão, onde divide confidências e cigarros com sua neta, a princesa Anne.<h2>A vida fascinante de Alice de Battenberg</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/15/15172409938344.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsNeta da rainha Vitória, Alice de Battenberg nasceu surda em 1885, no castelo de Windsor. Casou-se aos 18 anos com o príncipe André da Grécia e Dinamarca, e tiveram cinco filhos, quatro meninas e um menino, Philip, que se tornaria o duque de Edimburgo e depois consorte de Elizabeth II da Inglaterra.Quando Philip ainda era um garoto, a família deixou a Grécia e se desfez: ele foi para internatos do Reino Unido e o pai se mudou sozinho para Monte Carlo. Aos 45 anos, Alice foi diagnosticada com esquizofrenia paranoide e internada em um sanatório suíço, onde foi tratada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/88035-bizarro-4-doencas-malucas-do-passado-que-eram-atribuidas-as-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sigmund Freud</a> que a diagnosticou com “frustração sexual”, indicando seções de radiação para acelerar sua menopausa, o que não deu certo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/15/15172919186345.jpg" alt="Fonte: Rex/ANL/Shutterstock /Reprodução">Fonte: Rex/ANL/Shutterstock /ReproduçãoFugindo do sanatório, a princesa voltou à Grécia, onde fundou uma ordem ortodoxa de freiras. Só voltou a Londres em 1937 para o funeral de sua filha Cecília, morta em um acidente aéreo. Entre as joias que não vendeu para sua obra de caridade, mandou fazer um anel de compromisso nos anos de 1940, que Philip utilizou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113078-por-que-o-marido-da-rainha-elizabeth-nao-e-chamado-de-rei.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para pedir a mão</a> da futura rainha da Inglaterra.</body>

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Vida da sogra da Rainha Elizabeth: surda, freira e vítima de Freud

Imagem de A Trégua de Natal de 1914: quando a Primeira Guerra Mundial parou no megacurioso

Pela primeira vez na história, os inimigos interromperam um conflito para celebrarem juntos o Natal

<head></head><body>Em um período tão violento, tenso e sangrento como foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> que matou e feriu mais de 25 milhões de pessoas em 3 anos de duração, é improvável que uma trégua durante o conflito acontecesse, por isso houve um espanto quando os soldados alemães emergiram de suas trincheiras em 24 de dezembro de 1914 e cruzaram o campo de batalha em direção ao território das tropas aliadas.Desarmados, os homens gritavam "Feliz Natal!" para seus inimigos e no idioma deles, o que causou ainda mais surpresa a todos. A princípio, os soldados aliados temeram que se tratasse de algum tipo de emboscada, tanto que permaneceram em suas posições, prontos para contra-atacar; então, percebendo que centenas de combatentes faziam o mesmo, eles entenderam que a motivação era genuína.De acordo com o diário escocês de um oficial do Royal Irish Rifles, foi relatado ao quartel-general que os alemães iluminaram suas trincheiras às 20h30 e começaram e entoar canções natalinas.<h2>O cessar-fogo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09185318611379.jpg" alt="(Fonte: BG Independent News/Reprodução)">(Fonte: BG Independent News/Reprodução)Na manhã seguinte, a magia do Natal parecia ter contagiado a todos, pois eles jogaram futebol, trocaram cigarros, pudins de ameixa e até dividiram bebidas em meio ao cenário de destruição que havia ao redor deles. &nbsp;Existem relatos de que até uma árvore de Natal improvisada foi construída de ambos os lados dos territórios, próximo das trincheiras que cheiravam solidão e morte.“Como era maravilhoso, mas como era estranho também ver toda aquela celebração”, relembrou o tenente alemão Kurt Zehmisch. “O Natal, a celebração do Amor, conseguiu reunir os inimigos mortais como amigos por um tempo. É algo admirável”.Estima-se que mais de 100 mil soldados embarcaram no espírito natalino. Além da notória partida de futebol, também destacaram-se as filas que os homens fizeram para se barbear e cortar o cabelo nas cadeiras daqueles que sabiam realizar o trabalho. Enquanto isso, alguns aproveitaram o momento para realizar a tarefa triste e sombria de recuperar os cadáveres de outros combatentes que acabaram ficando no campo de batalha, longe de qualquer chance de serem recuperados e entregues para suas famílias.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09185429284380.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)A intitulada "Trégua de Natal de 1914" aconteceu apenas 5 meses depois que a guerra eclodiu na Europa, e foi considerada o último exemplo de demonstração de humanidade entre inimigos de guerra em prol de um momento em comum. As futuras tentativas de cessar-fogo em outras guerras até tentaram acontecer, porém, foram anuladas por ameaças de ação disciplinar de oficiais superiores.Muito embora a trégua não tenha agradado os líderes dos exércitos, de qualquer forma, o que aconteceu naquele Natal de 1914 deixou claro que guerras não são travadas por forças, mas sim por seres humanos – apesar de tudo.</body>

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A Trégua de Natal de 1914: quando a Primeira Guerra Mundial parou

Imagem de O que é o Conselho de Segurança da ONU?  no megacurioso

Criado para assegurar a paz e a segurança internacional, pasta das Nações Unidas é usada para ordenar e organizar países

<head></head><body>Em 1942, a Organização das Nações Unidas (<a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/100313-o-que-a-onu-tem-a-ver-com-a-epidemia-de-colera-que-vem-arrasando-o-haiti.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ONU</a>) criou o seu Conselho de Segurança, um grupo exclusivo criado com objetivo de realizar a manutenção da segurança e da paz mundial. Além disso, a pasta do órgão internacional é responsável por aprovar mudanças na Carta das Nações Unidas e recomendar novos países para participar da Assembleia Geral da ONU.Conhecido por ser um dos principais órgãos das Nações Unidas, o Conselho de Segurança é também a "força militar" da ONU. Os países participantes são quem definem a aplicação de atos militares e sanções internacionais, além de seres os únicos com autoridade para emitir resoluções vinculadas aos Estados que formam a organização.<h2>Influência da Segunda Guerra Mundial</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:At_United_Nations_Security_Council,_Warren_Austin,_U.S._delegate,_holds_Russian-made_sub-machine_gun_dated_1950..._-_NARA_-_541962.tif"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/14/14035535069000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Assim como a criação da própria ONU e do Tribunal Internacional de Justiça, o surgimento do Conselho de Segurança esteve diretamente relacionado ao final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Com as relações políticas internacionais abaladas após o catastrófico conflito armado, existia uma necessidade de restaurar a ordem mundial.Então, o órgão apareceu como uma tentativa de aprimorar as decisões diplomáticas que instituições antigas, como a Liga das Nações, foram ineficientes no passado. A primeira reunião do grupo ocorreu em 1946, mas teve os encontros posteriores paralisados durante a ocorrência da Guerra Fria.&nbsp;Apesar de ter surgido como um órgão mediador da paz mundial, o Conselho de Segurança da ONU tem um histórico de autorização de conflitos bélicos. Ao longo dos anos, o grupo apoiou a<a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/40524-conheca-3-dos-maiores-impostores-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Guerra da Coreia</a> em 1950 e outras intervenções militares por outras regiões do mundo.<h2>Membros do Conselho de Segurança</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/14/14035546381001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU conta com 15 países participantes, dos quais apenas cinco possuem cadeira cativa e participam desde a data inaugural do órgão: Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França e China. Além de fazerem parte do lado vencedor da Segunda Guerra Mundial, todas essas nações possuem programas nucleares ativos e contam com arsenais de bombas atômicas.As outras 10 vagas do conselho são determinadas por eleições que ocorrem em cada região do planeta com mandatos de dois anos. A presidência do grupo tem rotatividade mensal entre seus participantes. Além dos outros fatores listados anteriormente, o conselho tem a capacidade de vetar a admissão ou candidatura de nações ao Secretariado-Geral da ONU.</body>

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O que é o Conselho de Segurança da ONU? 

Imagem de As inacreditáveis bizarrices do Imperador Calígula! [vídeo] no megacurioso

Na animação de hoje vamos visitar esse polêmico e absurdo personagem da nossa história! Mas será que é tudo verdade? 

Finalmente! Um dos v&iacute;deos mais pedidos aqui do canal! Na anima&ccedil;&atilde;o de hoje vamos visitar esse pol&ecirc;mico e absurdo personagem da nossa hist&oacute;ria! Mas ser&aacute; que &eacute; tudo verdade? E ser&aacute; que a gente deve fazer uma parte 2 em uma vers&atilde;o sem censura?? - Isso voc&ecirc;s v&atilde;o nos dizer aqui nos coment&aacute;rios!
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/ZHpFBUjA2QM?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Cr&eacute;ditos:
<ul>
<li>DIRE&Ccedil;&Atilde;O E ROTEIRO: Mike Ale</li>
<li>TEXTO: Mike Ale e Renan Hamann</li>
<li>ANIMA&Ccedil;&Atilde;O: Coletivo Gueri Gueri</li>
<li>NARRA&Ccedil;&Atilde;O: Renan Pagliarusi</li>
<li>SONORIZA&Ccedil;&Atilde;O: Pablo Mello</li>
<li>ARTE DA THUMB: Vanessa Velozo e Fernando Perazzoli</li>
<li>FINALIZA&Ccedil;&Atilde;O: Matheus Zimmer</li>
</ul>

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As inacreditáveis bizarrices do Imperador Calígula! [vídeo]

Imagem de Ramadan: 7 questões sobre o mês sagrado para 1,6 bilhão de pessoas no mundo no megacurioso

Descubra o significado dessa importante festividade muçulmana e como ela é celebrada

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar a respeito do Ramadan, o m&ecirc;s sagrado para os mu&ccedil;ulmanos que &eacute; celebrado anualmente pelo mundo, certo? O de 2021 teve in&iacute;cio h&aacute; alguns dias, no dia 13 de abril, terminar&aacute; no comecinho da noite do dia 12 de maio, e ser&aacute; seguido por grande parte do 1,8 bilh&atilde;o de isl&acirc;micos que existem no planeta.
Sim, caro leitor, a festividade &eacute; enorme e muito importante, e aqui no Brasil, onde o cristianismo &eacute; a cren&ccedil;a predominante, muita gente desconhece o significado do Ramadan. Ent&atilde;o, que tal expandir o seu conhecimento sobre uma das principais religi&otilde;es do mundo e descobrir o que essa celebra&ccedil;&atilde;o significa?
<h2>1 &ndash; O que &eacute; o Ramadan?</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10161428940306.jpg" />A festividade representa o m&ecirc;s mais sagrado do islamismo
Para os mu&ccedil;ulmanos, foi durante o m&ecirc;s do Ramadan que Deus revelou a Maom&eacute; os primeiros versos do Alcor&atilde;o, em uma noite que ficou conhecida como Laylat al-Qadr &mdash; ou &ldquo;Noite do Destino&rdquo;. Segundo disse o Profeta, quando o m&ecirc;s sagrado tem in&iacute;cio, os port&otilde;es do para&iacute;so se abrem, os do inferno se fecham, e todos os dem&ocirc;nios s&atilde;o acorrentados. Em suma: o per&iacute;odo &eacute; considerado sagrado mesmo!
<h2>2 &ndash; Quando ele &eacute; celebrado?</h2>
Os mu&ccedil;ulmanos seguem o calend&aacute;rio lunar para estabelecer suas festas religiosas, um que se baseia, como voc&ecirc; j&aacute; deve ter imaginado, nas fases da Lua. Ele soma 354 dias, ou seja, 11 a menos do que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/89254-12-curiosidades-sobre-os-calendarios-video.htm" target="_blank">calend&aacute;rio gregoriano</a>, que &eacute; o adotado pela maior parte do mundo; portanto, isso significa que o Ramadan n&atilde;o cai exatamente no mesmo dia todos os anos &mdash; tipo o que acontece com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/21813-o-que-a-pascoa-tem-a-ver-com-a-lua-.htm" target="_blank">P&aacute;scoa</a>, cuja data varia anualmente.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10161508018308.jpg" />A data exata varia de ano para ano
No caso do Ramadan, que acontece no nono m&ecirc;s do calend&aacute;rio lunar, como a cada ano o calend&aacute;rio &ldquo;volta&rdquo; cerca de 11 dias em rela&ccedil;&atilde;o ao gregoriano, o mesmo acontece com a celebra&ccedil;&atilde;o; ou seja, todo ano ela retrocede tamb&eacute;m.
Vale destacar que, dependendo da regi&atilde;o do mundo na qual os mu&ccedil;ulmanos estejam celebrando o Ramadan, essa varia&ccedil;&atilde;o de datas faz uma enorme diferen&ccedil;a. Isso porque a festividade pode coincidir com os meses de ver&atilde;o &mdash; e voc&ecirc; j&aacute; vai entender qual &eacute; a dificuldade quanto a isso...
<h2>3 &ndash; Como os mu&ccedil;ulmanos guardam esse m&ecirc;s?</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10161542471310.jpg" />Esse &eacute; um per&iacute;odo de introspec&ccedil;&atilde;o pessoal
Durante o m&ecirc;s do Ramadan inteiro, os mu&ccedil;ulmanos fazem jejum absoluto do nascer at&eacute; o p&ocirc;r do sol, todos os dias. Al&eacute;m disso, a festividade &eacute; encarada como um per&iacute;odo de contempla&ccedil;&atilde;o espiritual, durante o qual os seguidores da religi&atilde;o devem refletir sobre sua rela&ccedil;&atilde;o com Deus, estudar o Alcor&atilde;o com mais afinco, ser mais generosos, praticar mais a caridade e rezar mais &mdash; ou seja, quase a mesma ideia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/42317-quaresma-por-que-algumas-pessoas-nao-comem-carne-nesta-epoca-.htm">quaresma</a> para os crist&atilde;os, s&oacute; que mais severa.
<h2>4 &ndash; Jejum de um m&ecirc;s? Socorro!</h2>
O jejum guardado pelos mu&ccedil;ulmanos no Ramadan n&atilde;o se limita apenas a restringir a ingest&atilde;o de alimentos durante o dia. Al&eacute;m de n&atilde;o comer, no per&iacute;odo que duram as festividades, eles n&atilde;o podem consumir nenhuma bebida, devem se abster do sexo, n&atilde;o podem fumar nem tomar rem&eacute;dio, mesmo que seja sem a ajuda de um golinho de &aacute;gua. Ali&aacute;s, nem mascar chiclete &eacute; permitido!
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10161811360314.jpg" />Tudo proibido!
Entretanto, existem algumas exce&ccedil;&otilde;es: idosos, doentes, gr&aacute;vidas e mulheres que estejam amamentando seus filhos, crian&ccedil;as pequenas, quem estiver viajando ou em per&iacute;odo menstrual s&atilde;o dispensados de se abster. Al&eacute;m disso, quem &mdash; por alguma raz&atilde;o &mdash; &ldquo;furar&rdquo; o jejum pode compensar o deslize dando de comer a uma pessoa necessitada ou cumprindo o per&iacute;odo de abstin&ecirc;ncia em outra &eacute;poca do ano.
<h2>5 &ndash; Como &eacute; um dia t&iacute;pico do Ramadan?</h2>
Os mu&ccedil;ulmanos acordam bem cedinho, antes do nascer do sol, para poder fazer sua primeira refei&ccedil;&atilde;o do dia &mdash; j&aacute; que eles s&oacute; poder&atilde;o comer novamente ap&oacute;s o entardecer. Assim, normalmente, eles favorecem a ingest&atilde;o de grandes quantidades de alimentos ricos em prote&iacute;nas e tentam consumir a maior quantidade poss&iacute;vel de l&iacute;quidos. Ent&atilde;o, quando o sol come&ccedil;a a surgir, todos param para a primeira ora&ccedil;&atilde;o do dia.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10162221453328.jpg" />A rotina continua normal
Depois, todos seguem com suas rotinas normais &mdash; as pessoas v&atilde;o trabalhar, para a escola, e se ocupam com seus afazeres di&aacute;rios &mdash;, embora alguns pa&iacute;ses reduzam (e n&atilde;o suspendam!) o hor&aacute;rio comercial e escolar. Ent&atilde;o, no fim do dia, quando os mu&ccedil;ulmanos s&atilde;o chamados para realizar a &uacute;ltima ora&ccedil;&atilde;o do dia, antes de rezar, eles fazem um lanchinho chamado Iftar. S&oacute; depois de tudo isso eles podem se alimentar novamente.
<h2>6 &ndash; E por que tanto sacrif&iacute;cio?</h2>
Os mu&ccedil;ulmanos encaram o jejum do Ramadan como um dos cinco pilares de sua f&eacute; &mdash; juntamente com fazer a peregrina&ccedil;&atilde;o a Meca ao menos uma vez na vida, o testemunho da f&eacute;, fazer as ora&ccedil;&otilde;es di&aacute;rias e realizar a&ccedil;&otilde;es de caridade &mdash;, e todos os seguidores da religi&atilde;o devem guard&aacute;-lo anualmente.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10161914813317.jpg" />Jejuar durante o Ramadan &eacute; t&atilde;o importante quanto fazer a peregrina&ccedil;&atilde;o a Meca
Ele tem o prop&oacute;sito de recordar os mu&ccedil;ulmanos sobre a fragilidade humana e sua depend&ecirc;ncia de Deus para obter seu sustento, assim como de lembr&aacute;-los de como &eacute; sentir fome e sede &mdash; de forma a despertar a compaix&atilde;o pelos mais necessitados e o sentido do dever de ajudar o pr&oacute;ximo.
Durante esse per&iacute;odo, os mu&ccedil;ulmanos tamb&eacute;m devem tentar driblar os pensamentos e as emo&ccedil;&otilde;es negativas &mdash; como a raiva e o ci&uacute;me &mdash; e evitar ficar resmungando sobre a vida, fazer mexericos sobre os outros, al&eacute;m de conter a l&iacute;ngua para n&atilde;o soltar palavr&otilde;es. Quem se sentir realmente engajado tamb&eacute;m pode limitar ou cortar de vez atividades como assistir TV e ouvir m&uacute;sica, usando esse tempo para ler ou ouvir passagens do Alcor&atilde;o.
<h2>7 &ndash; E essa celebra&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; muito chata?</h2>
Em realidade, em vez de encarar o Ramadan como uma celebra&ccedil;&atilde;o enfadonha &mdash; na qual as pessoas passam o dia sem comer ou beber nada e rezando &mdash;, para os mu&ccedil;ulmanos, esse &eacute; um per&iacute;odo de alegria e uni&atilde;o que eles passam com os entes queridos. Ademais, ao final da festividade, existem tr&ecirc;s dias, chamados Eid al-Fitr, que marcam o fim do jejum.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10162135422325.jpg" />Trata-se de um per&iacute;odo de uni&atilde;o e festividades
Pense no Eid como uma esp&eacute;cie de Natal, j&aacute; que nesses dias os mu&ccedil;ulmanos se re&uacute;nem com amigos e familiares para fartos jantares e trocas de presentes. Assim, tal como acontece com muitos crist&atilde;os, que aguardam ansiosamente pelas festas natalinas, o mesmo ocorre com os seguidores do Isl&atilde;.
<h2>8 &ndash; Perguntinha b&aacute;sica...</h2>
Se o Ramadan &eacute; t&atilde;o sagrado para os mu&ccedil;ulmanos e um per&iacute;odo durante o qual os seguidores do islamismo devem se dedicar a estudar o Alcor&atilde;o, praticar o bem, ajudar o pr&oacute;ximo etc., por que &eacute; que parece que os ataques de fundamentalistas se intensificam nessa &eacute;poca?
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/10/10162305234330.jpg" />Uma coisa &eacute; uma coisa, outra coisa &eacute; outra coisa...
Simples: porque os terroristas s&atilde;o imbecis e n&atilde;o representam a maioria dos mu&ccedil;ulmanos que praticam a sua religi&atilde;o em paz pelo mundo.
*Publicado originalmente em&nbsp;10/06/2016 e atualizado em 21/05/2018.

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Ramadan: 8 questões sobre o mês sagrado para 1,8 bilhão de pessoas no mundo

Imagem de 'Big Bertha': a temida arma alemã da Primeira Guerra Mundial no megacurioso

O obus de grosso calibre foi a maior vantagem da Alemanha no campo de batalha

<head></head><body>A década de 1850 foi um período marcado pelo avanço da tecnologia no desenvolvimento de armas, onde aconteceu a primeira corrida armamentista entre as nações, principalmente na criação de artilharias de cerco – armamento pesado projetado para bombardear fortificações, cidades e outros tipos de alvos fixos. Foi nessa época em que os obuses, uma espécie de canhão de tiros de longa distância, foram aprimorados.Em resposta a esse tipo de criação, países fortificaram suas fronteiras, por isso Helmuth von Moltke, o Velho, então Chefe do Estado-Maior do Império Alemão, desejava algo que conseguisse romper os fortes franco-belgas. Muito embora a artilharia que eles possuíam tivesse sido eficaz durante a Guerra Franco-Prussiana, com um obus de campo de 21 centímetros – o mais poderoso do exército –, elas não seriam páreas para as novas fortificações. Então, ele solicitou que fossem feitas armas mais poderosas que aquela.Em 1890, a Comissão de Testes de Artilharia (APK), em parceria com a fábrica de metal e armamento Krupp AG, apresentaram para o líder o obus Beta-Gerät, porém ainda não era o suficiente para destruir os fortes franceses.<h2>Construindo Bertha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09182743565370.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodução)">(Fonte: Britannica/Reprodução)Após muitos anos de testes e armas que foram criadas e descartadas, no outono de 1911, a Krupp e a APK conseguiram desenvolver um obus com rodas que pesava 42 toneladas chamado Minenwerger-Gerät (M- Gerät). Ele possuía um alcance de disparo de quase 10 quilômetros em seu cano de 5 metros de comprimento, que lançava projéteis de 1 tonelada. Foram realizados testes de mobilidade da arma em dezembro de 1913 para que ela estivesse pronta para combate até outubro do ano seguinte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09183034643377.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)No início da Primeira Guerra Mundial, a arma foi apelidada pelos soldados alemães de "Big Bertha", em homenagem a Dicke Berta, a chefe da família e das indústrias Krupp. Com o fim da Batalha de Ligège, o nome ganhou a mídia alemã e se tornou tão popular que todo o tipo de artilharia pesada, especialmente canhões e obus, foi chamada pelo nome."Big Bertha" foi usada ostensivamente pelo exército alemão nos estágios iniciais da Primeira Guerra Mundial, conseguindo destruir os fortes belgas e franceses com sua artilharia de grosso calibre. A arma construiu uma reputação de poder, e o seu nome a precede.</body>

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'Big Bertha': a temida arma alemã da Primeira Guerra Mundial

Imagem de Como as terras indígenas são demarcadas no Brasil? no megacurioso

Pertencentes ao território brasileiro, as terras indígenas são patrimônio da União e não dos povos que habitam dentro delas

<head></head><body>Em evidência no século XXI e marcada por um passado de conflitos e violência, a luta indígena é algo que gera debates no Brasil. Um dos tópicos mais polêmicos sobre o assunto envolve a demarcação do território indígena. Afinal, quem são as pessoas responsáveis por essas decisões e por que elas são tão importantes para a sociedade brasileira?O tema é de tamanha relevância que foi citado dentro da Constituição Federal de 1988 e fala sobre o direito social dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118345-qual-a-ligacao-entre-indigenas-do-brasil-e-antigos-povos-australianos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">povos indígenas</a>. Portanto, entender um pouco mais sobre esse tópico é um processo importante para compreender uma parte da história do Brasil e da cultura nacional.<h2>Demarcação do território</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/14/14044954338001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Atualmente, as terras indígenas servem de lar para 305 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113396-raca-etnia-e-a-busca-do-entendimento-da-genetica-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">etnias</a> diferentes existentes no Brasil e servem como suporte à cultura e ao estilo de vida desses cidadãos. Portanto, a demarcação dos territórios é um processo importante para que continue havendo a reprodução física e cultural desses povos.Conforme descrito pelo artigo n.º 24, inciso VII da Constituição, a proteção ao patrimônio histórico e cultural brasileiro e a garantia da diversidade cultural e étnica por meio da demarcação das terras é um dever da União e das Unidades Federativas em que elas estiverem localizadas.Além disso, o artigo n.º 255 também diz que a demarcação das terras indígenas é um processo valioso e direito constitucional para assegurar o bem-estar da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112961-biodiversidade-71-novas-especies-foram-registradas-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiversidade</a> e garantir a proteção do meio ambiente, um dos maiores patrimônios do Brasil. Portanto, ter seus territórios demarcados é um direito que os povos indígenas adquiriram através de muita luta e resistência.<h2>Regularização fundiária</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Terras_indigenas_do_Brasil#/media/Ficheiro:indios_no_plenario_da_Camara_dos_Deputados_-_Brasil.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/14/14044929322000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Existem quatro formas distintas para que os povos indígenas consigam a regularização fundiária e adquiram direito aos seus territórios no Brasil. São elas:&nbsp;<ul><li>Ocupações tradicionais: o artigo n.º 231 da Constituição diz que as terras indígenas de ocupações tradicionais, com direito originário dos povos indígenas, devem ser demarcadas através do Decreto n.º 1775/96, auxiliado por uma antropólogo designado</li><li>Reservas indígenas:&nbsp;essa são terras que foram doadas por terceiros, adquiridas ou desapropriadas pela União e que se tornam de posse permanente dos povos indígenas. Nesse modelo, o território continua sendo patrimônio do governo federal, mas não correspondem a ocupação tradicional da etnia em questão</li><li>Terras dominais: territórios adquiridos por meio de compra ou por doação e que se tornam propriedade das comunidades indígenas. Neste caso em específico, o terreno não é de propriedade da União e apenas cedido aos povos indígenas</li><li>Interditadas: os territórios indígenas interditados são áreas reservadas para a proteção dos povos indígenas em isolamento voluntário. Eles possuem controle de entrada e circulação de terceiros. A interdição da área é determinada, ou não, junto ao processo de demarcação relatado no Decreto n.º 1775/96</li></ul> </body>

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Como as terras indígenas são demarcadas no Brasil?

Imagem de O que eram as esferas misteirosas vistas no céu da Suécia em 1808? no megacurioso

Até hoje, ninguém conseguiu explicar o fenomeno

<head></head><body>De acordo com documentos do Transactions of the Swedish Academy of Sciences, na tarde de 16 de maio de 1808, algo estranho aconteceu em uma pequena cidade que era chamada Biskopsberga, na Suécia. Na época, o local abrigava aproximadamente 300 pessoas, em sua maioria aldeões que tiravam o sustento das terras férteis para comercializar na cidade de Skanninge, na província histórica da Gotlândia Oriental.Foi relatado que os habitantes viram vários objetos esféricos voarem pelo céu, todos indo juntos em direção ao Sol. Eles alternavam a velocidade em uma espécie de procissão bem organizada, que ia de leste ao oeste, e que durou mais de 2 horas. Então, de repente, elas começaram a desaparecer depois de deixarem os habitantes apavorados.<h2>O vulcão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08200823575369.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Algumas bolas <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115415-kentucky-meat-shower-o-dia-em-que-choveu-carne-do-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caíram do céu</a> e foram comparadas com bolhas de sabão. O solo onde caíram foi investigado, porém nenhum resíduo conseguiu ser coletado para análise. Os cientistas apenas perceberam que essas "esferas" deixaram uma espécie de película bem fina, como uma teia de aranha, que mudou de cor até que secasse totalmente e sumisse no chão.A única pessoa que confirmou e documentou esse fenômeno foi K.G Wettermark, que foi secretário da Academia Sueca de Ciências. Inclusive, o homem deixou registrado que uma dessas "esferas" caiu bem próximo a ele.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08200942748370.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Alguns geólogos que estudaram o caso deduziram que as “esferas suecas”, como ficaram conhecidas, poderiam ser algum tipo de poeira vulcânica, visto que no final da manhã de 1º de maio de 1808, o Vulcão da Urzelina, localizado na ilha de São Jorge, nos Açores (Portugal), explodiu. A erupção devastou a freguesia da Urzelina, criou o mistério basáltico que hoje forma a Ponta da Urzelina, e também foi a responsável por deixar um rastro de destruição por onde passou.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mountain Forecast&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ5V4vFPtRsRyeqAh9AhcvLixlNx7oQW5eBGwAYaLDBZeBQW2tnhriu1N4y18HABZpc36w&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08201108999371.jpg" alt="(Fonte: Mountain Forecast/Reprodução)">(Fonte: Mountain Forecast/Reprodução)Os cientistas só conseguem pensar nos gases que emanaram do vulcão após dias de intensa atividade sísmica para a origem dessas "esferas". No entanto, eles ainda não entendem como o vulcão teria formado essas "bolhas" que Wettermark descreveu em seus arquivos históricos.</body>

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O que eram as esferas misteirosas vistas no céu da Suécia em 1808?

Imagem de 2 HQs para aprender sobre o choque cultural entre índios e europeus no megacurioso

Os primeiros contatos entre os nativos do Brasil e os viajantes vindos da Europa foram marcados pela enorme diferença de culturas

O choque cultural que os europeus tiveram ao chegar ao Brasil, pouco tempo depois do descobrimento, precisando lidar com os diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108791-indios-isolados-na-amazonia-sao-registrados-por-drone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">povos ind&iacute;genas</a> vivendo por aqui, &eacute; abordado por duas <a href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/71717-27-filmes-que-sao-baseados-em-quadrinhos-e-voce-tavez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revistas em quadrinhos</a> de leitura essencial para quem deseja conhecer melhor a nossa hist&oacute;ria.
Uma das HQs sobre o tema &eacute; Hans Staden: Um Aventureiro no Novo Mundo, de J&ocirc; Oliveira, lan&ccedil;ada em 2013, que consiste em uma adapta&ccedil;&atilde;o para o universo dos quadrinhos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/43008-fa-de-literatura-confira-9-dos-livros-mais-caros-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livro</a> Duas Viagens ao Brasil, escrito pelo aventureiro e mercen&aacute;rio alem&atilde;o Hans Staden em 1557, ap&oacute;s suas duas passagens pelo territ&oacute;rio nacional.
Na obra, o viajante que se tornou comandante do forte portugu&ecirc;s em Bertioga (S&atilde;o Paulo), conta sobre o per&iacute;odo quando ficou aprisionado pelos ind&iacute;genas Tupinamb&aacute;, aliados dos franceses, escapando diversas vezes de ser devorado pelos nativos ao fingir ser um cidad&atilde;o da Fran&ccedil;a e usar outras estrat&eacute;gias.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13180626972345.jpg" alt="Hans Staden: Um Aventureiro no Novo Mundo" />Hans Staden: Um Aventureiro no Novo Mundo
Durante a pris&atilde;o, que durou quase um ano, Staden teve a oportunidade de conhecer de perto diversos costumes ind&iacute;genas, com destaque para o ritual do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45701-canibalismo-conheca-os-korowai-a-ultima-tribo-antropofaga-existente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>. Estes e outros relatos sobre os primeiros moradores do Brasil s&atilde;o contados nos quadrinhos impressos em preto e branco, que est&atilde;o &agrave; venda em sites de livrarias e grandes varejistas.
<h2>A conflituosa rela&ccedil;&atilde;o entre ind&iacute;genas e colonizadores</h2>
J&aacute; na HQ Os brasileiros, de 2009, escrita pelo antrop&oacute;logo, historiador e quadrinista Andr&eacute; Toral, temos sete hist&oacute;rias fict&iacute;cias que retratam o in&iacute;cio das rela&ccedil;&otilde;es entre os ind&iacute;genas brasileiros e os portugueses, cujos reflexos podem ser encontrados at&eacute; hoje.
Em um per&iacute;odo no qual se falava em &ldquo;Am&eacute;rica portuguesa&rdquo; em vez de Brasil, os nativos eram considerados um mero obst&aacute;culo para os colonizadores, sendo tratados tamb&eacute;m como m&atilde;o de obra gratuita e em abund&acirc;ncia, &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o de todos os tipos de aventureiros que desembarcavam na terra rec&eacute;m-descoberta.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13171535101327.jpg" alt="(Fonte: Amazon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Amazon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Neste contexto, o choque de culturas era quest&atilde;o de tempo e fez nascer uma rela&ccedil;&atilde;o bastante conflituosa e moldada por essa imensa diferen&ccedil;a de costumes, que podemos conhecer ao longo de 88 p&aacute;ginas, algumas delas em cores e outras em preto e branco.
A HQ, que traz hist&oacute;rias contadas em ordem cronol&oacute;gica, do s&eacute;culo XVI at&eacute; a atualidade, tamb&eacute;m pode ser encontrada nos sites das principais livrarias do pa&iacute;s.

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2 HQs para aprender sobre o choque cultural entre indígenas e europeus

Imagem de Alexandre VII, o papa que salvou Roma da peste no século XVII no megacurioso

Conhecido por sua intelectualidade, o papa Alexandre VII decretou 'lockdown' para livrar italianos de epidemia assombrosa

Nascido em 1599 em Siena, na It&aacute;lia, Fabio Chigi se tornaria uma pessoa simb&oacute;lica dentro na hist&oacute;ria da humanidade. No dia 7 de abril de 1655, o italiano foi eleito o 237&ordm; papa da Igreja Cat&oacute;lica e passou a ser conhecido pelo nome de Alexandre VII. Entretanto, sua maior contribui&ccedil;&atilde;o para o mundo foi marcada no campo da sa&uacute;de.
Extremamente intelectual, f&atilde; de arquitetura e artes, doutor em filosofia, teologia e direito, o pont&iacute;fice jamais imaginou que precisaria ter que lidar com uma epidemia de peste enquanto estivesse ocupando o cargo. De acordo com historiadores, o papa Alexandre VII foi respons&aacute;vel por decretar meditas sanit&aacute;rias que contribu&iacute;ram para diminuir a letalidade da doen&ccedil;a e livrar a popula&ccedil;&atilde;o de Roma de males maiores.
<h2>Controle sanit&aacute;rio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13031841029000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de o bacilo causador da peste s&oacute; ter sido descoberto em 1894 pelo bacteriologista Alexandre Yersin, a doen&ccedil;a j&aacute; matava milhares de pessoas s&eacute;culos antes dessa data. Pesquisadores da Universidade de Roma La Sapienza estimam que, &nbsp;entre 1656 e 1657, a peste matou 55% da popula&ccedil;&atilde;o da Sardenha, metade da popula&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117552-mafia-ordena-ambulancias-a-desligarem-sirenes-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">N&aacute;poles</a> e 60% dos habitantes de G&ecirc;nova.
Roma, por&eacute;m, parecia ter um destino diferente. Mesmo com sua popula&ccedil;&atilde;o de 120 mil habitantes e sendo considerada um grande centro urbano na &eacute;poca, a cidade teve apenas 9,5 mil mortos nesse mesmo intervalo de tempo &mdash; n&uacute;meros que giram na casa dos 8%.&nbsp;
Cientistas estimam que a peste dizimou metade da popula&ccedil;&atilde;o europeia durante diversas levas, mas n&atilde;o progrediu da forma que se esperava na capital italiana. Quando os primeiros relatos de mortes vindas de N&aacute;poles se espalhavam, Alexandre VII havia acabado de assumir a Igreja e se preparava para enfrentar esse novo desafio.
<h2>O poder do papa</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Alexander_VII#/media/File:Allegori_over_drottning_Kristinas_underkastelse_infor_katolska_kyrkan_och_paven_Alexander_VII_-_Nationalmuseum_-_35788.tif"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13032038253001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Se hoje o papado serve mais como uma figura representativa e com poder diminuto sobre uma pequena regi&atilde;o encravada em Roma &mdash; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107405-11-curiosidades-sobre-o-vaticano-o-menor-pais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vaticano</a> &mdash;, antigamente as propor&ccedil;&otilde;es eram muito maiores. Na &eacute;poca em que Alexandre VII assumiu o t&iacute;tulo de papa, o pont&iacute;fice comandava os chamados Estados Pontif&iacute;cios, o que englobava Roma e praticamente todo o centro da It&aacute;lia.
Ent&atilde;o, vendo que a popula&ccedil;&atilde;o estava morrendo pelas ruas, o l&iacute;der religioso estipulou um sistema de medidas de vigil&acirc;ncia sanit&aacute;ria para controlar a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a. Em seu primeiro ato, o papa convocou a Congrega&ccedil;&atilde;o da Sa&uacute;de, um conselho criado em um surto anterior para ajudar nas tomadas de decis&atilde;o.
No dia 20 de maio de 1656, o primeiro decreto mais r&iacute;gido passou a funcionar. Todas as atividades comerciais de N&aacute;poles foram suspensas por tempo indeterminado e os habitantes locais ficaram proibidos de se locomover at&eacute; Roma. A esp&eacute;cie de "lockdown" tinha como objetivo manter os romanos afastados do foco da <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/85419-por-que-ainda-existe-a-peste-negra-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peste</a>.
O mesmo acabou acontecendo com a cidade de Civitavecchia quando houve o registro dos primeiros casos da doen&ccedil;a. Nos meses seguintes, diversos Estados Papais foram colocados em isolamento e os port&otilde;es de entrada para Roma quase todos estiveram fechados para forasteiros.
<h2>Rastreio da doen&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13032401978002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A &uacute;nica maneira de entrar em Roma durante a epidemia era com uma justificativa registrada e entregue &agrave;s autoridades. Mesmo assim, a capital italiana detectou o primeiro caso de peste em seu territ&oacute;rio quando um soldado napolitano morreu em um hospital local no dia 15 de julho de 1656.
Cinco dias depois, Alexandre VII desenvolveu uma lei que obrigava os habitantes a comunicarem qualquer caso conhecido da doen&ccedil;a. Dessa forma, ficava mais f&aacute;cil fazer o rastreio de casos e evitar com que fam&iacute;lias potencialmente contaminadas entrassem em contato e transmitissem a doen&ccedil;a para outros romanos.
A legisla&ccedil;&atilde;o foi endurecendo at&eacute; chegar a necessidade da cria&ccedil;&atilde;o de um lockdown completo. Reuni&otilde;es p&uacute;blicas, festividades, encontros diplom&aacute;ticos e religiosos, todos foram suspensos at&eacute; que a situa&ccedil;&atilde;o se acalmasse. Em dado momento, ficou decretado a pena de morte para qualquer habitante que descumprisse com as medidas.&nbsp;
<h2>Luta contra o negacionismo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Vatican_City#/media/File:St._Peters_Square_and_Basilica,_Vatican_(Ank_Kumar)_06.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13032511414003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar do n&uacute;mero de casos pipocando por todos os campos da It&aacute;lia, o papa Alexandre VII n&atilde;o escapou da cr&iacute;tica dos negacionistas. Pelas ruas de Roma, parte da popula&ccedil;&atilde;o desdenhava da epidemia e dizia que ela havia sido inventada pelo pr&oacute;prio pont&iacute;fice para angariar popularidade.
Nos bastidores, o l&iacute;der da Igreja Cat&oacute;lica era aconselhado a evitar o conflito com comerciantes e largar m&atilde;o de medidas que atrapalhassem o com&eacute;rcio. Mesmo assim, ele decidiu bater o p&eacute; e estipulou que as pol&iacute;ticas sanit&aacute;rias eram o melhor caminho para sair da crise do melhor modo poss&iacute;vel.
Em agosto de 1657, o surto foi vencido e Roma saiu como uma grande vencedora. Gra&ccedil;as ao papa Alexandre VII, muito menos vidas foram perdidas do que o esperado. Como marca da celebra&ccedil;&atilde;o de uma vit&oacute;ria e do renascimento da Igreja Cat&oacute;lica, o l&iacute;der cat&oacute;lico decretou a cria&ccedil;&atilde;o de novos monumentos que marcassem aquele per&iacute;odo.
Um dos exemplos disso fica pelo conjunto de colunas da Pra&ccedil;a de S&atilde;o Pedro, obra do escultor e arquiteto Gian Lorenzo Bernini e que permanecem de p&eacute; pela pra&ccedil;a do Vaticano at&eacute; os dias de hoje.

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