Imagem de Cientistas usam raio-x para analisar múmia de quase 2 mil anos no megacurioso

O estudo levou quase três anos para sua conclusão e promoveu avanços importantes para a arqueologia


<p>Há três anos, cientistas da <em>Northwestern University</em>, no estado de Illinois, EUA, iniciaram estudos de uma múmia de quase 2 mil anos. O objeto foi cuidadosamente transportado para um departamento de pesquisa e exposto as análises de raio-x que revelariam detalhes importantes sobre sua composição. Recentemente, os resultados da pesquisa foram publicados no <em>Journal of the Royal Society Interface, </em>uma revista científica de prestígio, e confirmaram diversas características sobre a múmia.</p>



<p>Descoberto em 1911 em Harwara, no Egito, o corpo mumificado datava ainda do período do Império Romano, no ano 30 Antes de Cristo, e pertencia a uma menina de aproximadamente 5 anos — segundo a análise. Ela teria falecido por conta de uma enfermidade não identificada e foi enterrada junto de ornamentos e joias para guiá-la em sua jornada no reino da pós vida, como acreditavam os antigos egípcios. </p>



<p>Para os cientistas, uma das metas mais importantes do estudo era identificar a composição dos itens enterrados com a múmia, avaliando seu material. Dessa maneira, o uso do raio-x, auxiliado pelas tomografias computadorizadas, facilitaram a identificação dos materiais pelas suas distintas assinaturas. Além disso, essa abordagem também permitiu que eles estudassem os objetos de forma não invasiva, preservando o conteúdo mumificado e sua montagem. Veja no vídeo abaixo parte do processo:</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="X-rays unwrap mummy’s secrets at Argonne’s Advanced Photon Source" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/BMByEhCr0v0?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Segundo Jonathan Almer, co-autor do estudo, o uso do raio-x foi fundamental para estudar os conteúdos enterrados com a múmia, devido à ausência de aberturas e ao uso da assinatura dos materiais. Ele comenta: <em>“Cada um desses materiais tem uma assinatura única,” </em>explica, “<em>p</em><em>or exemplo, osso e cerâmica têm padrões extremamente diferentes, então isso é muito fácil de diferenciar.”</em></p>



<p>Por conta da logística de trabalho, é improvável que o método de investigação de múmias usando o raio-x se popularize no futuro. Contudo, ainda é um dos que mais preservam a integridade dos objetos de estudo enquanto revelam seus segredos.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208112-cientistas-usam-raio-x-analisar-mumia-2-mil-anos.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208112-cientistas-usam-raio-x-analisar-mumia-2-mil-anos.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Cientistas usam raio-x para analisar múmia de quase 2 mil anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Cientistas usam raio-x para analisar múmia de quase 2 mil anos

Imagem de 2 julgamentos absurdos utilizados na época da caça às bruxas no megacurioso

A histeria da caça às bruxas gerou provações absurdas, que geralmente levavam a morte do acusado


<p>Os séculos 16 e 17 foram marcados pela ascensão do cristianismo e histeria religiosa da caça às <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm" target="_blank">bruxas</a>. E mesmo a cidade de <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/43090-17-sinais-de-que-voce-seria-considerada-uma-bruxa-no-seculo-xvii.htm" target="_blank">Salém</a>, nos Estados Unidos, tendo se tornado o caso mais famoso desta situação brutal, com 20 mortes, a Europa também contou com uma miríade de julgamentos injustos, atingindo no século XVIII entre 40 a 60 mil execuções pelo crime de pacto demoníaco.</p>



<p>Homens, mulheres e até crianças eram acusados pelos menores motivos, sendo obrigados a enfrentarem provas desumanas para tentarem provar sua inocência. Porém, algumas eram tão cruéis e tendenciosas, que se tornava quase impossível não só sobreviver, como também encontrar qualquer chance de absolvição.</p>



<p>Confira abaixo dois testes absurdos utilizados nesta época para descobrir se uma pessoa realmente era praticante de bruxaria ou não:</p>



<h2>1. Boiar ou afundar</h2>



<p>Esta ideia começou na Inglaterra, espalhando-se posteriormente para Espanha e Alemanha. Considerado um dos métodos mais populares, também era relativamente simples. Após um indivíduo ser acusado de usar feitiçaria, ele era levado até o corpo d’água mais próximo e despido até ficar apenas com as roupas íntimas. Depois, tinha os braços atados e jogado na água para ver se flutuaria ou não.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09201130384347.jpg" alt="(Fonte: History Collection/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: History Collection/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O pesquisador Russel Zguta acredita que essa provação vinha da crença religiosa de que a água era sagrada, e se alguém realmente estivesse <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/93777-mais-5-casos-aterrorizantes-de-possessoes-demoniacas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">possuído</a> pelo mal, seria recusado pelo líquido e forçado a boiar.</p>



<p>É claro que essa forma de julgamento apresentava um dilema bem claro, afinal, pessoas inocentes amarradas iriam se afogar. A solução então foi amarrar a corda em volta do torso, para no momento que o acusado afundasse, pudesse nadar ou ser resgatado imediatamente. Porém, afogamentos acidentais não eram incomuns.</p>



<h2>2. A marca do diabo</h2>



<p>Talvez esta seja uma das formas mais estranhas e tendenciosas utilizadas pelos caçadores de bruxas a encontrar seus alvos e se originou do infame <em>Malleus Maleficarum</em>, um manual criado no século XV para avaliar e capturar pessoas suspeitas.</p>



<p>Segundo este livro, que foi escrito pelos inquisidores Heinrich Kramer e Jacob Sprenger, aqueles que formavam um pacto com o demônio acabavam um sinal especial que poderia ser como uma verruga, sarda, cicatriz ou marca de nascença no corpo.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09201358042349.png" alt="(Fonte: Domínio Público/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Domínio Público/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Sendo assim, os acusadores despiam suas vítimas publicamente para que fossem examinadas de forma minuciosa atrás da confirmação de adoração demoníaca, chegando até a raspar pelos corporais para garantir que nada escapasse às vistas.</p>



<p>Os tais sinais nunca foram definidos claramente, mas qualquer mancha que tivesse um formato como um animal, especialmente um sapo, era considerada suspeita o bastante. Até mesmo lóbulos mais soltos poderiam servir como prova de bruxaria, por isso durante o ápice desta caçada histérica, pessoas com marcas de nascença ou cicatrizes faziam de tudo para se livrar destes traços, em um desespero completo para não serem acusadas.</p>


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2 julgamentos absurdos utilizados na época da caça às bruxas

Imagem de 6 aplicativos para tradução de Código Morse no megacurioso

Ferramentas também podem propagar a comunicação por meio de som, vibração e luz.


<p>Samuel Finley Breese Morse é uma das pessoas mais conhecidas no meio da <a href="http://xn--comunicao-s2a7b/" rel="noreferrer noopener" target="_blank">comunicação</a> e eu acredito que você também já deve ter ouvido falar dele. A certeza que temos é de que o norte-americano ficou muito mais conhecido pelo seu sobrenome do que propriamente pelo nome. Para quem não sabe, Samuel foi o inventor do Código Morse.</p>



<h2>O que é o Código Morse?</h2>



<p>É uma das formas mais antigas de comunicação à distância da história. Ela funciona por meio de um <a href="https://www.tecmundo.com.br/busca?q=sistema+bin%C3%A1rio" rel="noreferrer noopener" target="_blank">sistema binário</a> de representação de sinais gráficos, números e letras, utilizando diversas formas de comunicação:</p>



<ul><li>pulsos elétricos transmitidos por cabo cabo;</li><li>ondas mecânicas;</li><li>sinais visuais (luzes acendendo e apagando);</li><li>ondas eletromagnéticas (sinais de rádio).</li></ul>



<p>Mas fique tranquilo, atualmente não é necessário aprender o Código Morse, pois existem aplicativos para <a href="https://www.tecmundo.com.br/busca?q=celular" rel="noreferrer noopener" target="_blank"><em>s</em><em>martphone</em></a> capazes de realizar esse trabalho.</p>



<h2>Apps que traduzem o Código Morse</h2>



<p>Abaixo, mostraremos uma lista com os 3 apps de <em>Android</em> e os 3 de <em>iPhone (IOS)</em> mais bem avaliados na <em>Google Play</em> e <em>App Store</em> para você escolher. </p>



<h3>1 – <a href="https://play.google.com/store/apps/details?id=me.lam.morsecode" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Código Morse (<em>Android</em>)</a></h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://ci3.googleusercontent.com/proxy/5UhT9uFcI9HvNu829Y1Jyg-jHA2sLqWXYRlN2s1deXRswYHzf4xjlgiNtYIw1YTTlDhsG6ljLpaorLi8Ss0yNiwabwRecpTSbw=s0-d-e1-ft#https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07074733673002.webp" alt="..." /></figure>



<p>O <em>software </em>criado pela<em> Predefault</em> permite traduzir textos em código Morse e vice-versa. Você pode compartilhar a mensagem com seus amigos por meio de sinais com o flash, vibração do celular e, até mesmo, por som. Um dos mais bem avaliados aplicativos de tradução de Código Morse possui um porém: não tem tradução para o Português. Todos os textos acabam sendo mostrados em Inglês.</p>



<h3>2 – <a href="https://play.google.com/store/apps/details?id=co.fourapps.morseconverter" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Morse Code Translator (Android)</a></h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://ci5.googleusercontent.com/proxy/is587Hxqni3xB6mV6NGhyWczJDAe6Gh3bmcpoIoXToii51HbVjjPb_V9K18ky5D_Vk0NhA8a6lFB1YD5-0aQSAYXlbxxX-1LMA=s0-d-e1-ft#https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07075451320007.webp" alt="..." /></figure>



<p>Além de traduzir textos do Código Morse, o aplicativo da <em>Bilgi Teknolojileri Ltd.</em> permite o envio dos textos por meio de sons, vibração e luminosidade. O grande diferencial frente aos demais é que o app pode ser totalmente customizado. É possível mudar a velocidade, a frequência e o espaço em que se propaga a comunicação, facilitando a vida de quem quer aprender o código.  O aplicativo também está em Inglês.</p>



<h3>3 – <a href="https://play.google.com/store/apps/details?id=net.marlove.morse" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Morse (Android)</a></h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://ci6.googleusercontent.com/proxy/WupWOkq1VZWZ1iRtmfUXQJGCjuNOVMFy4Suq_fJECDUyhF-iYJexqusxnasjf5r3R9Zuh6CZsSKKF78FoDtx6cxoD_hNbVr-Ug=s0-d-e1-ft#https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07080331717008.webp" alt="..." /></figure>



<p>A ferramenta da <em>Marlove</em> possui uma grande diferença frente aos demais: pode ser utilizado em Português. A interface é simples e fácil de entender, só que ele é bem simples: apenas servirá para traduzir o Código Morse. Ele não permite compartilhar as mensagens.</p>



<h3>4 – <a href="https://apps.apple.com/br/app/transmissor-de-c%C3%B3digo-morse/id1372696136" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Transmissor de Código Morse (IOS)</a></h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://ci5.googleusercontent.com/proxy/ahbInbS2TmNplhH3J3y5esJKJR_NOr-K_4syknyXH0OAcbJi7g7_yGrZZtPyRvTlwPbZdqsoYqmkDsrIr5DRoW_S3EO3EX7M=s0-d-e1-ft#https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07084439259033.jpg" alt="..." /></figure>



<p>Este é o aplicativo mais bem avaliado para leitura de Código Morse da <em>App Store</em>. Criado pela <em>Ivan Antic</em>, não é totalmente gratuito, pois oferece compra dentro do programa. O <em>software</em> traduz o Código Morse e possui diversas funcionalidades, como transmissão de quatro maneiras diferentes e ainda traz a possibilidade de aprender a comunicação, com três níveis de dificuldade.</p>



<h3>5 – <a href="https://apps.apple.com/us/app/morse-code/id1290770473" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Morse-Code</a></h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://ci4.googleusercontent.com/proxy/dhy9BGtZr_vyF6eHtymRzroXVpnM4zhNofaELYCDpOcSWockz2bphBxxRfORL2HkzA1YvQLX1PpCLGx_KCFdGmRTI95ELm1W=s0-d-e1-ft#https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07082927421018.jpg" alt="..." /></figure>



<p>Feito pela <em>Bhandarkar</em>, a ferramenta possui um excelente visual. Além de traduzir os textos e códigos, ele permite o aprendizado do Código Morse, por meio de um tutorial. O único problema é que ele não apresenta uma versão em Português.</p>



<h3>6 – <a href="https://apps.apple.com/us/app/real-time-morse-translator/id1315435864" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Real-time morse translator (IOS)</a></h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://ci5.googleusercontent.com/proxy/9CBEB6s4rPljBdPbk1t0qPUyAOiXCR5lpD23c4FGxD66Axl6MonLIEc-_o-JtkKwE7XCHgsozzQwK1gfPckIKpl1JkwRKpMM=s0-d-e1-ft#https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07084140554031.jpg" alt="..." /></figure>



<p>Desenvolvido por <em>Kasper Bentsen</em>, o <em>software</em> é bem simples de ser utilizado e possui poucas funcionalidades, se comparado aos concorrentes. Ele suporta 50 caracteres e pode traduzir o texto para o Código Morse e vice-versa. Ainda possibilita copiar e colar os caracteres, mas não possui emissão de comunicação via Morse, por som, vibração ou áudio.</p>



<p>Reforçamos que todos os aplicativos são feitos por terceiros e previamente aprovados pelas lojas online. Não possuímos responsabilidade com relação a compatibilidade dos aplicativos no seu celular. </p>



<p><a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/software/208156-6-aplicativos-traducao-codigo-morse.htm?f" target="_blank">6 aplicativos para tradução de Código Morse</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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6 aplicativos para tradução de Código Morse

Imagem de Chan Hol 3: o esqueleto desfigurado de 10 mil anos no megacurioso

O fóssil pertence a uma das primeiras habitantes da história do México


<p>O Chan Hol é um cenote (cavidade natural) que integra as cavernas To ha, um sistema de cavernas submersas que fica em Quintana Roo, na Península de Iucatã (México). Com aproximadamente 5 mil metros de comprimento, Chan Hol fica a 15 km da comunidade de Tulum e a cerca de 11,5 km do litoral.</p>



<p>O local é conhecido por ser um dos berços de pesquisa dos paleoantropólogos devido à quantidade de esqueletos que os cientistas encontraram ao longo dos anos. À princípio, eles achavam que apenas um grupo de humanos havia cruzado a<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113436-cranios-antigos-podem-revelar-dados-sobre-primeiros-americanos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> Ponte Terrestre de Bering</a>, que conectava a Ásia à América do Norte há mais de 12 mil anos. Entretanto, foram escavados das cavernas em Iucatã nove ossadas do período paleolítico, incluindo a de uma adolescente que pertencia aos povos nativos americanos modernos.</p>



<h2>Nas profundezas do tempo</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09130929339138.jpg" alt="(Fonte: Underwater Project/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Underwater Project/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Entre 2006 e 2009, os cientistas encontraram nas cavernas submersas o Chan Hol I e II, dois fósseis de milhares de anos que foram apelidados de <em>El Joven </em>e <em>La Niña,</em> respectivamente. Apesar de terem significado um grande avanço para a pesquisa paleoantrolopógica, os esqueletos não conseguiram alcançar o mesmo patamar de mistério e relevância de Chan Hol III, mais conhecido como Chan Hol 3.</p>



<p>Descoberto em 2016 pelos mergulhadores Iván Hernández e Vicente Fito, o fóssil estava em um túnel de caverna a 8 metros de profundidade, a cerca de 140 metros de distância de Chan Hol II. </p>



<p>Chan Hol 3, que foi apelidada de <em>Ixchel</em> em homenagem à deusa maia da fertilidade, era uma mulher que viveu na era paleolítica, há cerca de 10 mil anos, em uma época em que o nível do mar era mais baixo e os sistemas de cavernas eram altos e secos antes de serem inundados.</p>



<h2>O crânio que grita</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09131136184139.jpg" alt="(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Os pesquisadores acreditam que o fóssil tinha por volta de 30 anos quando morreu, e que estava em profunda dor, visto que parte do osso do crânio está deformado em uma expressão de horror. Chan Hol 3 perdeu os dentes antes de morrer, provavelmente devido à uma pancada que teria deslocado ou quebrado sua mandíbula, fazendo-a perder vários dentes. </p>



<p>Ela também tinha muitas cáries, o que é normal entre os esqueletos encontrados em Quintana Roo, visto que em vida eles faziam uma dieta rica em açúcar, frutas e tubérculos silvestres ricos em amido. Além disso, o abuso de mel pode estar entre uma das causas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09131517613144.jpg" alt="(Fonte: The Independent/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Independent/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Como só 30% do esqueleto foi encontrado, foi feito o possível para tentar determinar como Chan Hol 3 viveu. Acredita-se que ela tinha 1,64 de altura e teve que lidar com duas hérnias de discos e uma degeneração óssea característica da artrite. As marcas que o crânio apresenta podem estar associadas à uma doença treponêmica, sendo a sífilis uma das doenças mais famosas da classe dos treponemas responsáveis por deixar marcas pelo corpo.</p>



<p>Não existem evidências que confirmem que Chan Hol 3 sofria de sífilis, mas, se confirmado, ela seria o fóssil <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108735-conheca-rosto-mulher-mais-antiga-americas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mais antigo das Américas </a>a apresentar uma doença treponêmica, além de ser uma das primeiras habitantes do México. O crânio também apresenta dois ataques não letais que resultaram em traumas em regiões diferentes da cabeça.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09131654834145.jpg" alt="(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Ainda não se sabe como Chan Hol 3 morreu, nem o motivo de a dor tê-la desfigurado. Existe a possibilidade de que ela tenha sido depositada em uma laje de calcário no fundo das cavernas antes de o local ser inundado, um destino muito diferente de a maioria dos fósseis daquela região.</p>



<p>Os pesquisadores afirmam que o resto dos ossos de Chan Hol 3 pode ser a única maneira de explicar como ela morreu. Enquanto eles não forem encontrados, o silêncio é tudo o que resta.</p>


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Chan Hol 3: o esqueleto desfigurado de 10 mil anos

Imagem de Kalachi: aldeia no Cazaquistão sofria com estranha doença do sono no megacurioso

Em 2013, os habitantes eram arrebatados por um sono que poderia durar dias e que deixava sequelas graves!


<p>Em meados de março de 2013, os habitantes de uma aldeia rural chamada Kalachi, localizada no nordeste do Cazaquistão, começaram a desabar em qualquer lugar. O motivo? Um sono incontrolável. Afetando desde crianças até idosos, a “doença do sono”, como ficou conhecida, causava uma lentidão repentina, torpor, visão dupla e confusão mental antes de fazer a pessoa apagar.</p>



<p>Lyubov Belkova foi a primeira a ser acometida. Era abril de 2010 quando ela estava trabalhando em um mercado e foi arrebatada por uma sonolência incontrolável que a fez apagar. Ela só foi acordar quase quatro dias depois em um hospital, onde foi informada pelo médico que havia sofrido de um derrame.</p>



<p>Logo em seguida, mais cinco mulheres da aldeia foram atingidas pela estranha doença ao mesmo tempo, incluindo uma criança chamada Misha Plyukhin. Em alguns meses, dos 810 habitantes do assentamento, em sua maioria alemães e russos, a doença afetara 140 deles, no que já aparentava ser um grau epidêmico.</p>



<h2>Ninguém está a salvo</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08112432171069.jpg" alt="(Fonte: Metro/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Metro/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Além dos sintomas que as vítimas apresentavam, elas também passaram a sofrer com alucinações severas, náuseas e euforia, tanto antes de dormirem quanto depois de acordarem. Quando recuperavam a consciência, a maioria dos afetados tinha perda significativa de memória – o que desencadeou um pânico entre os moradores, principalmente porque muitos adquiriram a doença por várias vezes, dormindo por até seis dias seguidos.</p>



<p>E para piorar a situação e deixar os habitantes da aldeia de Kalachi ainda mais abalados, eles descobriram que nem mesmo os animais de estimação estavam imunes à condição. Em entrevista ao jornal <em>Vremya</em>, a moradora Yelena Zhavoronkova disse que seu gato Marquis, em uma noite de sexta-feira, de repente passara a agir de maneira errática, atacando qualquer um e colidindo com as paredes como se estivesse embriagado. “Ele adormeceu pela manhã e roncou como um humano até a hora do almoço no sábado. Ele não reagia a nada”, relatou Zhavoronkova.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08112558749070.jpg" alt="(Fonte: Time Magazine/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Time Magazine/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Assim que a comunidade médica ouviu falar sobre a doença misteriosa, muitos rapidamente supuseram que poderia se tratar de um novo surto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114039-a-intrigante-epidemia-do-sono.htm#:~:text=Foi%20por%20volta%20de%201915,de%20letargia%20e%20confus%C3%A3o%20profunda." target="_blank" rel="noopener noreferrer">Epidemia do Sono</a>, a encefalite letárgica, que acometera milhares de pessoas em 1915, bem no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106240-13-curiosidades-sobre-a-primeira-guerra-mundial-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Primeira Guerra Mundial</a>.</p>



<p>No entanto, após fazerem avaliações e observarem que até os animais sofriam com a doença, os médicos diagnosticaram “encefalopatia de origem desconhecida”, um termo genérico para doenças cerebrais, visto que eles não possuíam explicações mais aprofundadas.</p>



<h2>As minas soviéticas</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08112737467071.jpg" alt="(Fonte: The Astana Times/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Astana Times/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O professor Leonid Rikhvanov, do departamento de geoecologia e geoquímica da Tomsk Polytechnic University, foi o primeiro a apresentar a tese de que a doença poderia ser consequência de intoxicação por gás rádon, normalmente presente em minas.</p>



<p>O governo do Cazaquistão passou a desempenhar estudos nas minas de urânio próximas de Kalachi, e que foram fechadas após a queda da União Soviética, que resultou em cidades fantasmas como a de Krasnogorsk, que de 6.500 habitantes foi reduzida a apenas 130. O Ministério da Saúde não encontrou níveis de radiação ou de metais pesados na área. A quantidade de rádio detectado em algumas casas não foi o suficiente para explicar o fenômeno que causava o sono nas pessoas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08112902826074.jpg" alt="(Fonte: Patrika/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Patrika/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em seguida, o então Ministro do Trabalho e Proteção Social da População do Cazaquistão, Berdibek Saparbaev informou em um relatório que a doença era fruto de “contaminação por monóxido de carbono, junto com outros hidrocarbonetos, resultado da inundação de uma mina soviética de urânio.”</p>



<p>“As minas de urânio foram fechadas em algum momento, e as vezes uma concentração de monóxido de carbono acaba acontecendo lá dentro”, explicou Saparbaev. “O oxigênio no ar é reduzido em conformidade, por isso esse tipo de doença nas pessoas”.</p>



<p>No entanto, de acordo com a <em>BBC</em>, um canal de TV realizou testes com amostras de água coletadas do solo do vilarejo e nenhuma leitura anormal foi encontrada nos resultados, o que deixa apenas uma inquietante sensação de dúvida e falsa conclusão.</p>



<p>E sem mais nenhuma explicação, o governo cazaque simplesmente realocou os habitantes do vilarejo e deu o caso por encerrado.</p>


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Kalachi: aldeia no Cazaquistão sofria com estranha doença do sono

Imagem de Pirâmides de energia de Visoko: fonte de cura ou apenas fraude? no megacurioso

Embora muitos cientistas tentem desmentir, um número crescente de pessoas acredita que as pirâmides da Bósnia têm poderes de cura


<p>Montanhas cobertas de árvores cujas encostas se encontram num cume pontiagudo se tornaram, nos últimos quinze anos, atrações turísticas e locais de peregrinação à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108956-bosnia-e-herzegovina-afinal-deu-ou-nao-deu-praia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cidade bósnia</a> de Visoko, entre Zenica e Sarajevo. Chamadas de “<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/23889-visite-as-piramides-do-egito-online-e-em-3d.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">pirâmides</a> de energia”, o complexo atrai milhares de visitantes anuais.</p>



<p>A Colina Pljesevica, de 107 metros de altura, hoje conhecida como Pirâmide da Lua; e a Colina Visocica, com 219,5 metros, agora chamada de Pirâmide do Sol, tornaram-se dois marcos que, com uma terceira “pirâmide” nas colinas próximas, são consideradas fontes massivas de “força energética” com poder de cura e influência positiva na vida das pessoas.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.odditycentral.com/wp-content/uploads/2020/12/Bosnia-pyramids.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07224052749000.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons" /></a><figcaption>Fonte: Wikimedia Commons</figcaption></figure>



<p>Embora durante os últimos tempos os cientistas tenham tentando desmentir as afirmações sobre as propriedades fantásticas das montanhas, um grande número de pessoas acredita firmemente que as colinas são antigas pirâmides feitas por uma civilização com conhecimentos mágicos. Entre os crentes está um herói nacional, o tenista Novak Djokovic.</p>



<h2>O descobridor das pirâmides</h2>



<p>O autodenominado “descobridor das pirâmides” é o explorador Semir “Sam” Osmanagic, um homem de 60 anos que, em 2005, percebeu o potencial do lugar, comprou inúmeros terrenos na área, perfurou <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/51309-15-tuneis-magicos-feitos-pela-natureza.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">túneis</a> até as colinas e construiu o polêmico parque piramidal, que recebe milhares de visitantes todos os anos.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.odditycentral.com/wp-content/uploads/2020/12/Bosnia-pyramids3.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07224248110001.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons" /></a><figcaption>Fonte: Wikimedia Commons</figcaption></figure>



<p>Vestindo jaqueta de couro e um chapéu estilo Indiana Jones, Osmanagic declarou numa entrevista recente à AFP que, quando viu as costas de uma colina orientadas para os pontos cardeais, “era óbvio para mim que não era um morro natural, mas sim a construção de uma civilização tecnologicamente superior”.</p>



<p>Após inúmeras aparições na TV durante os últimos anos, Osmanagic se transformou numa espécie de celebridade nacional. Ainda que não garanta que a energia das pirâmides vá curar a todos, ele enumera casos de curas de hipertensão, diabetes e até câncer, após as pessoas visitarem o seu parque.</p>



<h2>Reação dos cientistas</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Bosnia’s ‘Healing’ Mountain: Tennis player Novak Djokovic visits energy pyramid" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/XTCDs9f0T28?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Um ano após Osmanagic anunciar a sua “descoberta” das pirâmides de energia, um grupo de arqueólogos escreveu uma declaração denunciando a publicidade dada a uma “fraude cruel contra um público desavisado, que não tem lugar no mundo da ciência genuína”.</p>



<p>Para entrar no parque, com direito ao acesso à rede de túneis subterrâneos, cada visitante paga um ingresso de 5 €, o equivalente a R$ 31.  </p>


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Pirâmides de energia de Visoko: fonte de cura ou apenas fraude?

Imagem de Cidade histórica de Hegra, de 2 mil anos, é aberta para visitação no Megacurioso

Cidade saudita possui 111 tumbas cheias de detalhes únicos e datadas do século I a.C.


<p>A cidade histórica de Hegra, na Arábia Saudita, está aberta ao público e já pode receber novos visitantes. Datada de dois mil anos atrás, a nova atração do Oriente Médio é lar de dezenas de tumbas e configura como um dos sítios arqueológicos mais importantes da região, tendo contribuído com muitas revelações sobre um antigo império local.</p>



<p>Abandonada por milhares de anos, Hegra, também conhecida como Mada&#8217;in Saleh ou Al-Hijr, chegou a ser considerada a segunda <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116941-5-dias-de-neve-em-cidade-russa-ja-equivalem-a-2-meses-do-esperado.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cidade</a> mais importante do reino de Nabateu, funcionando com metrópole comercial referência na venda e troca de aromáticos e especiarias como raiz de gengibre, açúcar, pimenta em grão, olíbano e mirra.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08093054875012.jpg" alt="(Fonte: Royal Commission for Alula / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Royal Commission for Al-Ula/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Atualmente, a maior parte de seus atrativos está concentrada na impressionante arquitetura das edificações, similares às encontradas na cidade antiga de Petra, Jordânia. Rodeada por falésias, Hegra é o reflexo de uma mistura de diversas culturas, trazendo traços de assírios, egípcios e fenícios.</p>



<p>Durante o século IV a.C. e 1 a.C., o local também passou a ser influenciado pelo Império Romano, que anexou diversos territórios de países adjacentes, inclusive a Arábia Saudita, com a proposta de se aliar ao próspero comércio da cidade, que chamava a atenção por sua rica <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113049-fruto-brasileiro-lanca-tendencia-azul-na-gastronomia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">gastronomia</a>. Apesar disso, pouco ainda se sabe sobre os nabateus.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08093210141014.jpeg" alt="(Fonte: Royal Commission for Alula / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Royal Commission for Al-Ula/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>“A razão de não sabermos muito sobre eles é porque não temos livros ou fontes escritas que nos contem sobre a maneira como viveram, morreram e adoraram seus deuses”, disse Laila Nehmé, arqueóloga e co-diretora do Projeto Arqueológico Hegra. “Temos algumas fontes que são externas, além de pessoas que contaram histórias. Eles não deixaram nenhum grande texto mitológico como os que temos para Gilgamesh e Mesopotâmia. Não temos a mitologia deles”.</p>



<h2>As tumbas de Hegra</h2>



<p>Hegra concentra cerca de 111 tumbas monumentais, incrustadas com diversos detalhes oriundos das culturas às quais se misturou. Além das marcas e glifos referentes a outros povos, as estruturas também possuem mensagens localizadas em vários <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116959-conheca-4-dos-idiomas-mais-complexos-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">idiomas</a> como lihyanita, tamúdico, latim e grego.</p>



<p>Segundo especialistas, não é possível saber que construiu as tumbas ou quem foi enterrado no local já que não há comprovação alguma sobre o estilo de vida dos nabateus, então as pesquisas devem continuar na área para buscar novidades sobre o território e o extinto reino.</p>


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Cidade histórica de Hegra, de 2 mil anos, é aberta para visitação

Imagem de Ilhas perdidas sobreviveram a 'megatsunami' há 8 mil anos no megacurioso

De acordo com novo estudo, arquipélago submerso no Mar do Norte enfrentou um tsunami devastador e foi fundamental na pré-história britânica


<p>Algumas ilhas antigas, agora submersas no fundo do Mar do Norte, sobreviveram a uma devastadora tsunami há mais de 8 mil anos, indica um novo estudo publicado na revista <em>Antiquity. </em>De acordo com os pesquisadores, o fato pode ter sido extremamente relevante para a pré-história do Reino Unido.</p>



<p>A pesquisa sugere que algumas partes do antigo local conhecido como Doggerland aguentou firmemente ao impacto da tsunami Storegga, que afundou boa parte da região nos anos 6200 a.C. com suas ondas gigantescas. O conjunto de ilhas era responsável por ligar a Grã-Bretanha com a Holanda.</p>



<h2>Tsunami Storegga</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04034843119408.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



<p>Segundo os estudiosos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116545-tsunami-gigante-pode-acontecer-no-alasca-em-breve.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">tsunami</a> Storegga foi resultado da queda de boa parte da plataforma continental existente na região costeira da Noruega, cerca de 800 km de distância do local. Por muito tempo, acreditou-se que o impacto desse deslizamento de terra no oceano teria sido responsável por submergir as ilhas na costa leste da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42767-proxima-parada-inglaterra-que-tal-viajar-pela-terra-da-rainha-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Inglaterra</a>.</p>



<p>Entretanto, o novo documento produzido pela Universidade de Cambridge garante que este não foi o caso. Através da análise de sedimentos submersos coletados em expedições marítimas pelo Mar Nórdico, a equipe sugere que boa parte de Doggerland se manteve em pé e permaneceu inabitada durante a Idade da Pedra por milênios.</p>



<p>Caso essa informação seja julgada como correta, as ilhas podem ter cumprido papel fundamental no desenvolvimento do Reino Unido, como a criação do conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45541-sabia-que-o-surgimento-da-agricultura-quase-causou-o-colapso-da-humanidade.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">agricultura</a> que inspiraria os britânicos a desenvolverem seu sistema de alimentação milhares anos depois, afirmou o coautor do estudo Vincent Gaffney.</p>



<h2>História de Doggerland</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04034706930407.png" alt="(Fonte: Universidade de Cambridge)" /><figcaption>(Fonte: Universidade de Cambridge)</figcaption></figure>



<p>Os cientistas acreditam que Doggerland um dia chegou a ser a região mais rica para pesca e caça em toda a Europa durante o período Mesolítico. Isso porque as ilhas eram repletas de lagoas, pântanos, rios e florestas, gerando uma enorme biodiversidade em sua fauna e flora. </p>



<p>Atualmente, o projeto<em> Europe’s Lost Frontiers</em> trabalha para investigar a arqueologia e reconstruir o espaço geográfico da região antes dela ser engolida pelo mar. De acordo com a pesquisa, apesar de boa parte da paisagem ter sido destruída pela tsunami Storegga, algumas áreas permaneceram acima do nível da água por mais mil anos — sendo derrotadas pelo aquecimento global.</p>



<p>Por agora, os pesquisadores esperam localizar um novo sedimento da Idade da Pedra para obter mais informações que auxiliem no entendimento do arquipélago. </p>


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Ilhas perdidas sobreviveram a 'megatsunami' há 8 mil anos

Imagem de Alpes suíços estão 'em crescimento', aponta estudo no megacurioso

Boa parte dos alpes estão encolhendo por conta da erosão, porém, pesquisa indica que existem áreas com picos de crescimento ainda maiores que deterio


<p>Os alpes suíços estão passando por uma fase de crescimento, ao menos é o que aponta um novo estudo publicado no <em>Earth-Science Reviews</em>. A pesquisa sugere que existem partes na região montanhosa europeia com taxas de ascensão maiores do que os índices de erosão, fazendo com que a altura de certas áreas aumente.</p>



<p>O artigo vai em contraposto a outros dois estudos publicados recentemente que negavam o fato da montanha estar crescendo ou até mesmo encolhendo. Porém, a conclusão alcançada pela equipe de pesquisadores internacionais através da análise de diferentes isótopos da região parece ser mais conclusivo.</p>



<h2>Analisando os alpes</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04023550680399.webp" alt="(Fonte: Romain Delunel)" /><figcaption>(Fonte: Romain Delunel/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Para métodos de pesquisa laboratorial, a equipe de cientistas coletou areia de centenas de rios ao longo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115123-neve-rosa-misteriosa-e-descoberta-nos-alpes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">alpes europeus</a>. Através dessa coleta, eles puderam comparar isótopos diversos para alcançar um resultado. Em especial, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116173-novo-tipo-de-boson-escuro-pode-ter-sido-encontrado-por-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">isótopo</a> de berílio-10 (10Be) foi o elemento que mais forneceu informações sobre os índices de erosão na região.</p>



<p>De acordo com os cientistas, o 10Be é formado quando raios cósmicos, ou fragmentos de átomos, correm pela atmosfera da Terra e alcançam sua superfície. No momento em que esses raios atingem uma região como os alpes suíços, eles iniciam uma reação nuclear com o oxigênio e criam um elemento.</p>



<p>Esse isótopo só se acumula nas partes mais altas do planeta, o que significa que os pesquisadores podem utilizá-lo para determinar a idade de uma superfície. Portanto, locais com alta concentração de 10Be são mais antigos e o mesmo vale para o processo reverso.</p>



<h2>Crescimento desigual</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04023718477400.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Segundo os dados obtidos, os alpes suíços não crescem uniformemente. Por exemplo, na região de Valais, no sul da Suíça, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107144-sabia-que-tecnicamente-o-everest-nao-e-a-montanha-mais-alta-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">montanha</a> encolhe com taxa de erosão de 7,5 metros a cada milênio. Já na área próxima ao Rio Thur, a erosão é de apenas 1,4 centímetros para cada mil anos.</p>



<p>Por outro lado, o centro dos alpes estão em crescimento graças ao efeito de elevação que ultrapassa as marcas de erosão. Após a análise dos isótopos, os estudiosos afirmaram que a região tem crescido cerca de 80 centímetros por milênio.</p>



<p>O desbalanceamento natural é resultado da topografia e dos declives contidos na região montanhosa. Nas partes mais íngremes dos alpes, a luz solar é menos efetiva e a erosão não ocorre com mesma intensidade.</p>


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Alpes suíços estão 'em crescimento', aponta estudo

Imagem de Dez povos que podem ter chegado na América antes de Colombo no Megacurioso

Evidências comprovam que o novo continente já abrigava muitas outras nações antes do descobrimento europeu. Confira quem são:


<p>A ideia de que os europeus lideraram as grandes navegações e que o italiano Cristóvão Colombo teria sido o responsável pelo descobrimento da América é sustentada pelos livros de História, mas evidências da presença de outros povos mostram o contrário. Um assentamento Viking foi descoberto no Canadá, na década de 1960, com indícios que antecedem a viagem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109992-reescrevendo-a-historia-estatua-de-colombo-e-removida-de-los-angeles.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Colombo&nbsp;</a>em cerca de 500 anos.&nbsp;</p>



<p>Então, se os nórdicos já estavam em território americano muito tempo antes, outros povos também podem ter conseguido o mesmo. Confira quem pode ter realizado a façanha, de acordo com historiadores:</p>



<h2>1. Polinésios</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06234257692018.jpg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>As jornadas dos polinésios começaram há cerca de 3000 anos, usando catamarãs oceânicos. Eles colonizaram a Nova Zelândia, o Havaí, a ilha de Páscoa e muito mais. Além disso, a batata-doce, nativa da América do Sul, foi encontrada no Havaí e na ilha de Mangaia séculos antes dos europeus passarem por aqui.</p>



<h2>2. Pescadores japoneses</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06234114769017.jpg" alt="(Fonte: Bristol Museums/Reprodução) " /><figcaption>(Fonte: Bristol Museums/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Escavações no Equador encontraram peças de cerâmica que se assemelham muito com o estilo japonês de cinco mil anos atrás. A presença de pescadores japoneses também foi notada na costa da Califórnia há pelo menos 11 mil anos. Os indícios reforçam a teoria de que marinheiros da Idade da Pedra da Ásia podem ter se aventurado em águas geladas para descobrir o que havia do outro lado do mundo.&nbsp;</p>



<h2>3. Monges irlandeses</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06233901361016.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: History/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>São Brendan tem o apelido de “o Navegador” por suas viagens à Escócia, Gales e Bretanha para espalhar o Cristianismo. Existe um relato, semi-mítico e semi-histórico, sobre uma viagem que se parece muito com a Islândia. Logo, se os irlandeses alcançaram a Islândia, eles poderiam ter seguido o caminho <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/98894-6-presentes-para-a-humanidade-deixados-pelos-vikings.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Viking&nbsp;</a>até a Terra Nova.</p>



<h2>4. Comerciantes ingleses</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06233511186015.jpeg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1475, a Liga Hanseática, a maior vendedora de bacalhaus, se recusou a negociar com o porto de Bristol, na Inglaterra. Isso fez com que o britânico Thomas Croft financiou várias expedições de busca de alternativa para a escassez de peixes. Seu objetivo principal era achar uma terra escondida a oeste da Irlanda, chamada Hy-Brasil, mas segundo seus registros, nada foi encontrado.&nbsp;</p>



<p>Porém, pouco tempo depois, Croft foi preso por comércio ilegal de peixes, sendo absolvido no julgamento. O que torna este caso ainda mais suspeito é que em 1956, foi descoberta uma carta de um espião para a Inquisição Espanhola, que afirmava com certeza de que os habitantes de Bristol haviam encontrado o &#8220;Brasil&#8221;.</p>



<h2>5. Um aventureiro mouro</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06232948746014.jpeg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Existe um famoso livro árabe que descreve a viagem de um aventureiro chamado Khoshkhash para o Atlântico. Estudiosos muçulmanos sugeriram que ele viajou para as ilhas do Caribe mais de 600 anos antes de Colombo e voltou com muitos tesouros.&nbsp;</p>



<h2>6. Dois irmãos venezianos e um nobre norueguês</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06232805434013.jpg" alt="(Fonte: Museu das Belas Artes de Houston/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Museu das Belas Artes de Houston/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1558, foi publicado um livro de cartas que estava na família de Nicolò Zeno há gerações. Eram de seu trisavô Antonio e o irmão dele Nicolò Zeno, que escreveram sobre suas aventuras viajando pelo Ártico. A jornada ocorreu em 1380, e os documentos relatam expedições à Islândia e Groenlândia, onde conheceram o príncipe Zichmni.&nbsp;</p>



<h2>7. Um explorador romano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06232511607012.jpg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1933, uma pequena cabeça de estátua de terracota foi encontrada em um sítio arqueológico no México. O rosto tinha feições nada mexicanas e especialistas em Arqueologia Clássica declararam que era de origem romana do segundo ou terceiro século a.C.&nbsp;</p>



<p>Uma teoria, que ainda não foi contestada, é de que pode ser uma evidência da presença de um romano em seu caminho para o México nos tempos pré-colombianos.</p>



<h2>8. Navios de tesouro chinês</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06232419171011.jpg" alt="(Fonte: MarSemFim/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: MarSemFim/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>No início do século XV, a China era uma grande potência naval e seus enormes navios de tesouro viajaram por todo o sul da Ásia, Oceano Índico, Golfo Pérsico e costa leste da África.&nbsp;</p>



<p>A evidência de que os chineses chegaram às Américas veio por meio de um mapa antigo encontrado em uma livraria de segunda mão de Xangai, que mostrava a América do Norte e do Sul com detalhes surpreendentes. Apesar do mapa não ser reconhecido oficialmente, ele dá indícios de que outras provas podem existir.&nbsp;</p>



<h2>9. Um imperador do Mali</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06232120411010.jpg" alt="(Fonte: Fotosearch/Getty Images/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Fotosearch/Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Mansa Musa governou o Império Islâmico do Mali após seu irmão Abu Bakar II sumir em meio a uma expedição em direção à: “extremidade do oceano que circunda a terra (ou seja, o Atlântico)”. Acredita-se que o motivo do sumiço é que ele teria desembarcado em Recife, no Brasil, e que o nome Purnanbuco, pode ser uma aberração d do nome em Mande para os ricos garimpos de ouro do Império do Mali.</p>



<h2>10. Baleeiros bascos</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06231718555002.jpg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1535, Jacques de Cartier “descobriu” o rio São Lourenço, na ilha de Terra Nova, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45694-proxima-parada-canada-um-pais-gelado-e-com-paisagens-maravilhosas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Canadá</a>. Lá ele encontrou também cerca de mil barcos bascos já pescando bacalhau, o que os torna os primeiros europeus a se estabelecerem na área depois dos vikings.</p>


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