
Estilo de vida
14/12/2020 às 08:30•2 min de leitura
Há três anos, cientistas da Northwestern University, no estado de Illinois, EUA, iniciaram estudos de uma múmia de quase 2 mil anos. O objeto foi cuidadosamente transportado para um departamento de pesquisa e exposto as análises de raio-x que revelariam detalhes importantes sobre sua composição. Recentemente, os resultados da pesquisa foram publicados no Journal of the Royal Society Interface, uma revista científica de prestígio, e confirmaram diversas características sobre a múmia.
Descoberto em 1911 em Harwara, no Egito, o corpo mumificado datava ainda do período do Império Romano, no ano 30 Antes de Cristo, e pertencia a uma menina de aproximadamente 5 anos — segundo a análise. Ela teria falecido por conta de uma enfermidade não identificada e foi enterrada junto de ornamentos e joias para guiá-la em sua jornada no reino da pós vida, como acreditavam os antigos egípcios.
Para os cientistas, uma das metas mais importantes do estudo era identificar a composição dos itens enterrados com a múmia, avaliando seu material. Dessa maneira, o uso do raio-x, auxiliado pelas tomografias computadorizadas, facilitaram a identificação dos materiais pelas suas distintas assinaturas. Além disso, essa abordagem também permitiu que eles estudassem os objetos de forma não invasiva, preservando o conteúdo mumificado e sua montagem. Veja no vídeo abaixo parte do processo:
Segundo Jonathan Almer, co-autor do estudo, o uso do raio-x foi fundamental para estudar os conteúdos enterrados com a múmia, devido à ausência de aberturas e ao uso da assinatura dos materiais. Ele comenta: “Cada um desses materiais tem uma assinatura única,” explica, “por exemplo, osso e cerâmica têm padrões extremamente diferentes, então isso é muito fácil de diferenciar.”
Por conta da logística de trabalho, é improvável que o método de investigação de múmias usando o raio-x se popularize no futuro. Contudo, ainda é um dos que mais preservam a integridade dos objetos de estudo enquanto revelam seus segredos.
Cientistas usam raio-x para analisar múmia de quase 2 mil anos via TecMundo
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