Imagem de Palácio de Versalhes: curiosidades sobre a bizarra vida da nobreza  no megacurioso

Por incrível que pareça, a vida dos nobres era insalubre, estressante e repleta de regras para enaltecer Luís XIV

Durante os 72 anos que governou a Fran&ccedil;a, a melhor maneira que Lu&iacute;s XIV encontrou para demonstrar a ep&iacute;tome de seu poder foi construindo o grandioso Pal&aacute;cio de Versalhes. Considerado um dos maiores do mundo, o local tem 67 mil metros quadrados, 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chamin&eacute;s, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque.
Inicialmente, foi Lu&iacute;s XIII que explorou o local e ordenou que fosse constru&iacute;da uma casa de campo, em 1623. Mas a verdadeira transforma&ccedil;&atilde;o de Versalhes aconteceu quando Lu&iacute;s XIV foi coroado e convocou os arquitetos Jules Hardouin-Mansart, Robert de Cotte e Louis Le Vau para que desenvolvessem um pal&aacute;cio que exaltasse o seu poder majest&aacute;tico. Baseando-se no pensamento de Descartes que dizia que o homem deveria se tornar o "senhor e dono da natureza", o paisagista Andr&eacute; Le N&ocirc;tre criou jardins franceses sim&eacute;tricos que inclu&iacute;am fontes ornamentadas com &aacute;gua parada, e o pintor Charles Le Brun focou obras e esculturas que tinham o objetivo de celebrar o autodenominado Rei Sol.
Apesar de toda essa magnific&ecirc;ncia, a vida da corte francesa no local era insalubre, esquisita e repleta de regras estritas e bizarras que visavam apenas enaltecer o monarca.
<h2>Nenhuma privacidade</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09132131965129.jpeg" alt="(Fonte: Canal Blog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Canal Blog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A vida ritualizada em Versalhes come&ccedil;ava &agrave;s 8h30, pontualmente, todos os dias, visto que a rotina era levada muito a s&eacute;rio. Entre nobres de alto escal&atilde;o e membros da fam&iacute;lia real, cerca de 100 espectadores assistiam ao rei ser acordado pelo Primeiro Oficial de Quarto, que era a pessoa encarregada de despert&aacute;-lo. Ap&oacute;s a visita do Primeiro M&eacute;dico, todos se empoleiravam ao redor do soberano para v&ecirc;-lo ser lavado, penteado e barbeado. Uma vez que cada um tinha uma fun&ccedil;&atilde;o na corte, algumas pessoas eram respons&aacute;veis por entregar roupas, vesti-lo, segurar o espelho, entre outras tarefas durante esse processo.
Maria Antonieta era acordada ao meio-dia e carregada at&eacute; o banheiro, sempre cercada por membros do pal&aacute;cio que investigavam os seus flu&iacute;dos tanto fecais quanto menstruais e a ajudavam a lavar as m&atilde;os, escovar os dentes e se vestir.
A cerim&ocirc;nia era repetida quando a noite chegava. Em um contexto geral, os nobres precisavam estar ausentes o menos poss&iacute;vel da vida dos monarcas, como forma de melhor afirmar a sua presen&ccedil;a na corte.
<h2>O torturante vestu&aacute;rio</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09132344774131.jpg" alt="(Fonte: Daily Art Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Daily Art Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Como parte das regras, era exigido que certos tipos de roupas fossem usados durante alguns momentos do dia. As mulheres foram as que mais sofreram com isso, j&aacute; que o s&eacute;culo XVII criou espartilhos de ossos de baleia, que esmagavam as costelas delas com a sua rigidez. As saias tinham que ter exatamente 30 metros de puro tecido franc&ecirc;s, pois o monarca n&atilde;o aceitava t&ecirc;xteis que n&atilde;o fossem produzidos no pr&oacute;prio pa&iacute;s.
As mulheres precisavam aprender a caminhar de um modo espec&iacute;fico, que desse a impress&atilde;o de que estavam apenas deslizando, n&atilde;o podendo chutar o vestido durante os passos. Era dever de outros nobres repassar ao rei quem n&atilde;o estivesse fazendo isso direito.
Os homens eram pressionados a acompanhar a moda, que mudava muito r&aacute;pido em Versalhes. Muitos deles acumularam d&iacute;vidas &mdash; exatamente como o rei queria &mdash;, gastando todo o dinheiro que tinham em alfaiates, perucas, barbeiros, joalheiros, perfumistas e sapateiros. Quem n&atilde;o acompanhasse a demanda impar&aacute;vel poderia acabar na rua.
<h2>A falta de higiene</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09133041772136.jpg" alt="(Fonte: Pilole di Storia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Pilole di Storia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Saneamento e higiene n&atilde;o eram os atributos mais fortes no pal&aacute;cio. At&eacute; 1789, havia apenas nove banheiros com vasos sanit&aacute;rios no local, todos destinados ao rei, aos seus familiares e amigos &iacute;ntimos. Sendo assim, os mais de 10 mil habitantes de Versalhes tinham que se revezar entre os 300 penicos existentes.
Os corredores e p&aacute;tios acabavam sendo vistos como as &uacute;nicas latrinas acess&iacute;veis a todos. E, com a quantidade de moradores, os servos n&atilde;o davam conta de combater o fedor de fezes e urina que infestava o ar. Com a &aacute;gua contaminada por bact&eacute;rias, tomar banho n&atilde;o era um h&aacute;bito rotineiro, por isso os nobres se perfumavam em excesso e eram cobertos de piolhos e pulgas.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09133314820140.png" alt="(Fonte: Plume d'Histoire/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Plume d'Histoire/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
E a imund&iacute;cie n&atilde;o era s&oacute; humana. Lu&iacute;s XIV amava animais e gastava milhares de euros por ano adquirindo elefantes, flamingos, cachorros e gatos. Os bichos vagavam pelo terreno, espalhando quilos de excremento que raramente eram removidos.
Como se tudo isso n&atilde;o bastasse, as depend&ecirc;ncias do pal&aacute;cio n&atilde;o eram fechadas ao p&uacute;blico, e os transeuntes aproveitavam para despejar o pr&oacute;prio lixo nas media&ccedil;&otilde;es do pal&aacute;cio, tornando a situa&ccedil;&atilde;o ainda pior. No entanto, com milhares de pessoas se divertindo no luxuoso local, parecia f&aacute;cil ignorar "um pouco" de sujeira a mais.
<h2>Vida abaixo de zero</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09134725826141.jpg" alt="(Fonte: Art Resource/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Art Resource/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Quando as pessoas n&atilde;o estavam morrendo pelas doen&ccedil;as que o pal&aacute;cio espalhava, estavam sofrendo por conta do frio. O inverno de 1708 foi registrado como um dos piores da hist&oacute;ria, e muitas pessoas congelaram em toda a Fran&ccedil;a, inclusive os nobres em Versalhes.
Durante os rigorosos invernos, as propor&ccedil;&otilde;es do imenso pal&aacute;cio impediam que as lareiras regulassem adequadamente a temperatura em todos os ambientes. Uma vez que os nobres ocupavam aposentos escuros, mofados e apertados, a solu&ccedil;&atilde;o que encontraram foi fazer a pr&oacute;pria lareira, mas a profus&atilde;o de fuma&ccedil;a intoxicante fez muitos serem expulsos dos quartos, enquanto outros morreram por asfixia.
<h2>O sistema de controle</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09134904795142.jpg" alt="(Fonte: Ranker/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Ranker/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Todo o regime estrito no Pal&aacute;cio de Versalhes foi criado pelo Rei Sol com um &uacute;nico intuito: controlar a nobreza. As cerim&ocirc;nias, os rituais e as sess&otilde;es de entretenimento eram uma maneira de ocupar a mente dos nobres para que fizessem qualquer outra coisa sen&atilde;o planejar a morte do rei.
Quando as regras e apresenta&ccedil;&otilde;es sociais n&atilde;o precisavam ser atendidas, Lu&iacute;s XVI estabeleceu um m&eacute;todo de competi&ccedil;&atilde;o entre os nobres, para que disputassem uma melhor posi&ccedil;&atilde;o na corte. Alguns cargos at&eacute; podiam ser comprados, mas outros dependiam inteiramente da vontade dos reis.
Com isso, tramar um meio de adquirir influ&ecirc;ncia se tornou o &uacute;nico jogo pol&iacute;tico dentro do complexo; e era levado muito a s&eacute;rio.

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Palácio de Versalhes: curiosidades sobre a bizarra vida da nobreza 

Imagem de YouTube lança aba 'Aprender' no Brasil com conteúdos educativos no megacurioso

Playlists são atualizadas constantemente e envolvem temáticas atuais e temas como História e finanças

<head></head><body>O <a href="http://tecmundo.com.br/youtube" rel="noopener noreferrer" target="_blank">YouTube</a> lançou nesta quarta-feira (15) uma nova aba de conteúdos especializados no Brasil. Trata-se da seção <a href="https://www.youtube.com/learning" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"Aprender"</a>, que é um hub de vídeos de diferentes áreas do conhecimento.A ideia é concentrar clipes individuais, canais e playlists personalizadas sobre diversas áreas, incluindo História, Biologia, Economia, DIY (tutoriais no estilo "Faça Você Mesmo") e muitas outras.&nbsp;Para acessar, o "Aprender", você pode <a href="https://www.youtube.com/learning" rel="noopener noreferrer" target="_blank">utilizar o link da seção</a> ou clicar no botão da aba. No navegador para PC, ele está no menu da lateral esquerda, abaixo das suas inscrições e junto dos Filmes, Jogos e transmissões ao vivo. Em dispositivos móveis, ela fica dentro do item “Explorar”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15122912660160.jpg" alt="A inteface do hub de conteúdos educativos.">A inteface do hub de conteúdos educativos.A curadoria é feita tanto por moderadores humanos quanto a partir do algoritmo da plataforma. Os temas são variados e incluem também temáticas da atualidade — no momento da publicação desta matéria, por exemplo, há vídeos sobre a definição de vírus, reflexões sobre a questão racial no Brasil e curiosidades sobre festas juninas.Algumas playlists também foram criadas por parceiros, como a Fundação Lemann. Ela é a responsável pelo canal YouTube EDU, lançado em 2013 junto com o YouTube Brasil.&nbsp;Segundo uma pesquisa de 2018 divulgada pelo YouTube, nove entre dez pessoas acessam o YouTube para obter conhecimento em habilidades profissionais (87%), consertos para casa (93%) ou dicas de esporte (73%). Por causa da pandemia do <a href="http://tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo coronavírus</a>, a visualização diária de clipes sobre ensino ou tutoriais de culinária, por exemplo, também aumentou consideravelmente.</body><a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/155203-youtube-lanca-aba-aprender-brasil-conteudos-educativos.htm">YouTube lança aba 'Aprender' no Brasil com conteúdos educativos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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YouTube lança aba 'Aprender' no Brasil com conteúdos educativos

Imagem de Cleópatra: descoberta pode apontar paradeiro da tumba da rainha no megacurioso

Após anos de tentativas de encontrar o túmulo da eterna rainha egípcia, novas evidências surgem como um passo à frente na busca

Equipes de busca lideradas pela Dra. Kathleen Mart&iacute;nez, l&iacute;der do projeto de escava&ccedil;&otilde;es no templo de Taposiris Magna, no Egito, confirmaram que novas pistas envolvendo a incessante busca pelo t&uacute;mulo da lend&aacute;ria rainha Cle&oacute;patra foram encontradas. Caracterizada como "sensacional" pela autora da iniciativa, a descoberta configura um dos eventos mais importantes para o time de exploradores, que desde 2005 cerca o local para identificar registros mais concretos.
Em situa&ccedil;&atilde;o de decomposi&ccedil;&atilde;o bastante avan&ccedil;ada, especialmente devido a in&uacute;meras infiltra&ccedil;&otilde;es das &aacute;guas do Nilo, uma c&acirc;mara funer&aacute;ria com dois corpos mumificados foi encontrada no templo, datada de mais de 2 mil anos. Por&eacute;m, mesmo com o desgaste, materiais relevantes enfeitando as ossadas sugerem uma importante liga&ccedil;&atilde;o com a aristocracia da &eacute;poca, apontando para uma proximidade, inclusive, com a pr&oacute;pria <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112659-3-mulheres-que-fizeram-historia-na-roma-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cle&oacute;patra</a>.
&ldquo;Apesar de agora estarem cobertas de p&oacute; por permanecerem no subsolo h&aacute; 2 mil anos, na &eacute;poca essas m&uacute;mias seriam espetaculares", comentou o Dr. Glenn Godenho, professor de egiptologia da Universidade de Liverpool. "O fato de estarem cobertas de folhas de ouro mostra que foram membros importantes da sociedade&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14175327891335.jpg" alt="(Fonte: Arrow Media/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Arrow Media/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A confirma&ccedil;&atilde;o da presen&ccedil;a de ouro e adornos relativos &agrave; alta elite eg&iacute;pcia foi realizada ap&oacute;s a utiliza&ccedil;&atilde;o de t&eacute;cnicas de radiografia, identificando que os corpos se tratavam de um masculino e outro feminino. Na antiga sociedade local, o privil&eacute;gio de ser enterrado com enfeites luxuosos era reservado apenas para membros ligados aos grupos mais ricos e com maior potencial econ&ocirc;mico.
Al&eacute;m disso, em um dos achados foi encontrada uma refer&ecirc;ncia ao sacerd&oacute;cio eg&iacute;pcio, onde uma das m&atilde;os dos corpos continha uma marca&ccedil;&atilde;o com o s&iacute;mbolo de escaravelho pintado a ouro, sugerindo que possuiria uma rela&ccedil;&atilde;o com a posi&ccedil;&atilde;o de poder supremo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114990-como-um-vulcao-no-alasca-afetou-roma-e-o-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a>: o Fara&oacute;.
<h2>Esfor&ccedil;os conjuntos de um longo trabalho</h2>
Desde 2005, grupos de escavadores concentram seus trabalhos para identificar registros concretos sobre o local de enterro da Cle&oacute;patra. A cren&ccedil;a at&eacute; ent&atilde;o era que, a rainha, morta em 30 a.C., havia sido sepultada em Alexandria, cidade dizimada por uma tsunami em 365 a.C. e onde havia governado durante a era Ptolomaica do Egito Antigo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14175443736336.jpg" alt="(Fonte: Paul Olding/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Paul Olding/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por&eacute;m, os mais de 14 anos de buscas no templo de Taposiris Magna, localizada a 50 quil&ocirc;metros das ru&iacute;nas alexandr&iacute;acas, sugerem que, de fato, a rainha possa estar nas proximidades. Al&eacute;m da descoberta dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114920-mumia-milenar-de-guerreiro-era-na-verdade-menina-de-12-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpos mumificados</a>, um altar com cerca de 200 moedas de ouro com o nome e a face de Cle&oacute;patra tamb&eacute;m foi encontrado.

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Cleópatra: descoberta pode apontar paradeiro da tumba da rainha

Imagem de Água morta: cientistas explicam por que navios param no meio do mar  no megacurioso

Um fenômeno marítimo que vem ocorrendo há mais de cem anos tem intrigado os cientistas do mundo inteiro

Na semana passada, pesquisadores da Universidade de Poitiers, na Fran&ccedil;a, publicaram na revista cient&iacute;fica PNAS um artigo no qual explicam o fen&ocirc;meno da "&aacute;gua morta", misteriosa ocorr&ecirc;ncia que faz com que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114871-titanic-itens-de-heroi-do-naufragio-vao-a-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navios</a> parem de forma inexplic&aacute;vel no meio do mar mesmo quando est&atilde;o em perfeito funcionamento.
O primeiro relato da ocorr&ecirc;ncia se deu no ano de 1893, quando o explorador noruegu&ecirc;s Fridtjof Nansen ficou com seu navio preso no arquip&eacute;lago de Nordenski&ouml;ld, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115155-as-florestas-do-artico-voltaram-a-ser-devastadas-por-incendios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na Sib&eacute;ria</a>, praticamente incapaz de se mover embora seus motores estivessem funcionando.&nbsp;
Nansen foi o primeiro navegador a ficar preso nas circunst&acirc;ncias em que descreveu e, posteriormente, relatou todos os detalhes da experi&ecirc;ncia para estudos. Esse fen&ocirc;meno ficou conhecido como "&aacute;gua morta" e, desde ent&atilde;o, ocorreu v&aacute;rias vezes.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/13/13221414843442.jpg" alt="A expedi&ccedil;&atilde;o de Nansen (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />A expedi&ccedil;&atilde;o de Nansen (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>O segundo relato da &aacute;gua morta</h2>
Em 1904, mais progressos ocorreram no estudo do fen&ocirc;meno quando o f&iacute;sico e ocean&oacute;grafo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115153-niveis-anormais-de-radiacao-sao-detectados-na-atmosfera-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sueco</a> Vagn Walfrid Ekman conseguiu reproduzir a &aacute;gua morta em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115162-covid-19-ufes-trabalha-para-baratear-testes-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laborat&oacute;rio</a>, mostrando que ondas subterr&acirc;neas poderiam ocorrer no ponto de interse&ccedil;&atilde;o entre a &aacute;gua salgada e a &aacute;gua doce.
A partir da&iacute;, o fen&ocirc;meno da &aacute;gua morta, que ocorria em qualquer mar ou oceano onde houvesse &aacute;guas com temperaturas ou graus de salinidade diferentes, passou a ter dois aspectos. O primeiro tipo de arrasto ficou conhecido como ondas de Nansen (velocidade anormalmente baixa) e as ondas de Ekman (mudan&ccedil;a de velocidade numa embarca&ccedil;&atilde;o que ficou presa).&nbsp;
<h2>O experimento que explicou a &aacute;gua morta</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/bzcgAshAg2o?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
No experimento, os pesquisadores usaram uma corda para rebocar um modelo de navio em um canal estratificado e filmaram o arrasto produzido com c&acirc;meras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115024-betelgeuse-reducao-de-brilho-da-estrela-ganha-explicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alta resolu&ccedil;&atilde;o</a>. Perceberam que as ondas de Ekman se amplificavam em espa&ccedil;os fechados ao passo que o arrasto da onda de Nansen ocorreu em &aacute;guas mais abertas.
A conclus&atilde;o foi de que a varia&ccedil;&atilde;o de velocidade acontece pela a&ccedil;&atilde;o de ondas precisas que agem como se fossem uma esteira transportadora com ondula&ccedil;&otilde;es em que a embarca&ccedil;&atilde;o &eacute; movimentada para tr&aacute;s e para frente. Ou seja, Ekman percebeu essa caracter&iacute;stica oscilat&oacute;ria, enquanto Nansen experimentou uma velocidade constante.
A pesquisa tamb&eacute;m ajudou a esclarecer um dilema hist&oacute;rico: o motivo pelo qual os grandiosos navios da rainha <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=Cle%C3%B3patra#gsc.tab=0&amp;gsc.q=Cle%C3%B3patra&amp;gsc.page=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cle&oacute;patra do Egito</a> foram aprisionados e derrotados pelos navios inferiores de Otaviano (depois imperador Augusto) na Batalha de &Aacute;ccio no ano 31 a.C.

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Água morta: cientistas explicam por que navios param no meio do mar 

Imagem de Heróis europeus resgatavam obras de arte roubadas por nazistas  no megacurioso

Conhecidos como 'Monuments Men', eles arriscavam suas vidas para recuperar tesouros roubados por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial

Tradicionalmente, os feitos mais relatados em guerra destacam iniciativas de her&oacute;is nacionais que arriscaram suas vidas no campo de batalha ou narram tr&aacute;gicas hist&oacute;rias de v&iacute;timas que sofreram com todas as implica&ccedil;&otilde;es presentes nos conflitos. &Eacute; pouco comum encontrar casos que destoam de tais tramas b&eacute;licas, por&eacute;m, com o amplo envolvimento social e participa&ccedil;&atilde;o coletiva de diversos grupos durante os eventos, alguns indiv&iacute;duos tamb&eacute;m t&ecirc;m participa&ccedil;&atilde;o determinante nos confrontos.
Um dos casos mais conhecidos &eacute; a hist&oacute;ria dos "Monuments Men" ("Homens dos Monumentos", em tradu&ccedil;&atilde;o livre), unidades extramilitares formadas por especialistas em artes, que formavam equipes para resgatar patrim&ocirc;nio cultural roubado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112799-sobrevivente-do-holocausto-reencontra-bebe-salva-por-ele-e-amigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazistas</a> durante a Segunda Guerra Mundial. Formadas por cerca de 345 peritos que agiram entre 1943 a 1945, mais de 5 milh&otilde;es de itens art&iacute;sticos foram dados como recuperados pelos membros das unidades.
<h2>Muito al&eacute;m das armas</h2>
Valiosas, as obras de arte passaram a ser itens desejados por membros do Reich&nbsp;durante os principais conflitos da Segunda Guerra Mundial. Durante o bombardeio, museus e galerias eram completamente destru&iacute;das e boa parte do seu acervo, quando n&atilde;o era exterminada, ficava abandonada entre os escombros, chamando a aten&ccedil;&atilde;o dos nazistas e os fazendo saquear os estabelecimentos, muitos deles inspirados pela inclina&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica de seu grande l&iacute;der, Adolf Hitler.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14103208243086.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os furtos resultaram, ent&atilde;o, na forma&ccedil;&atilde;o de um comit&ecirc; especializado em adquirir patrim&ocirc;nio cultural de terras invadidas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113046-acao-t4-o-holocausto-dos-esquecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ascens&atilde;o alem&atilde;</a>, o Einsatzstab Reichsleiter Rosenberg (ERR), que se estabeleceu na Galerie Nationale du Jeu de Paume, em Paris, onde todos os tesouros passaram a ser guardados e protegidos pelos soldados do Reich.
Com artefatos de Rembrandt, Picasso, Matisse, Johannes Vermeer, Van Gogh e Michelangelo, o local logo chamou a aten&ccedil;&atilde;o de Hitler, que enviava frequentemente seu bra&ccedil;o direito, Hermann G&ouml;ring, para comprar algumas das pe&ccedil;as que estavam l&aacute;. Por&eacute;m, o crescimento do grupo alem&atilde;o n&atilde;o chamou somente a aten&ccedil;&atilde;o de seu l&iacute;der, mas tamb&eacute;m de um time de oposi&ccedil;&atilde;o da Europa, que logo se juntaria para evitar que mais saques fossem realizados.
<h2>A Se&ccedil;&atilde;o de Monumentos, Belas-Artes e Arquivos</h2>
Composta por homens e mulheres dos Estados Unidos e de v&aacute;rios pa&iacute;ses europeu, a Se&ccedil;&atilde;o de Monumentos, Belas-Artes e Arquivos, das For&ccedil;as Expedicion&aacute;rias Aliadas, se reuniu para evitar que os alem&atilde;es tomassem posse de vez da cultura de seu povo. Agora sob o s&iacute;mbolo dos Monuments Men, proteger a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115096-aposentado-cria-obras-de-arte-impressionantes-no-excel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arte</a> do mundo para document&aacute;-las e evitar que os nazistas a roubassem tornou sua principal meta e, n&atilde;o importava como, eles dariam suas vidas para isso.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14103412930088.png" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Liderados por George Stout&nbsp;e em sua grande maioria com forma&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica e com pouca experi&ecirc;ncia em batalha, o grupo n&atilde;o hesitou em se infiltrar em combates e no ex&eacute;rcito alem&atilde;o, resultando em alguns sacrif&iacute;cios em detrimento a uma total contraven&ccedil;&atilde;o do sistema, onde as unidades aut&ocirc;nomas arriscavam-se por vontade pr&oacute;pria.
&ldquo;N&atilde;o t&iacute;nhamos caminh&otilde;es, nem jipes. Nada al&eacute;m de nossos sapatos. E nenhum apoio de qualquer esp&eacute;cie por parte da autoridade", disse Charles Parkhurst, vice-l&iacute;der dos Monuments Men. "Havia muita arte alem&atilde; escondida onde eles pensavam que seria seguro durante os combates ... E era nosso dever procurar, encontrar e salvar".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14103044008085.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com a localiza&ccedil;&atilde;o de diversos dep&oacute;sitos e armaz&eacute;ns onde grande parte das obras eram armazenadas por nazistas, o empenho dos grupos de peritos opositores resultou em um resgate heroico, inclusive evitando que a&nbsp;Mona Lisa tamb&eacute;m fosse tomada por soldados alem&atilde;es, quando, logo ap&oacute;s o decreto do fim da Cortina de Ferro, muro simb&oacute;lico que dividiu a Europa em duas &aacute;reas de influ&ecirc;ncia pol&iacute;tica no in&iacute;cio da d&eacute;cada de 60, boa parte do acervo foi devolvido para curadores e institui&ccedil;&otilde;es respons&aacute;veis.
<h2>A estrat&eacute;gia como alternativa</h2>
Sem per&iacute;cia militar, com quase a totalidade dos membros relacionados a movimentos art&iacute;sticos, sejam como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115075-artista-frances-transforma-espacos-abandonados-em-obras-de-arte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artistas</a> ou especialistas da &aacute;rea, os opositores &agrave;s tropas alem&atilde;s tiveram que se desdobrar para conseguir driblar as in&uacute;meras dificuldades enfrentadas durante o conflito armado.&nbsp;
Atrav&eacute;s de termos e express&otilde;es internas, desenvolvidas estrategicamente para a comunica&ccedil;&atilde;o, e do amplo conhecimento cultural que fazia parte do grupo, o trabalho de infiltra&ccedil;&atilde;o e de deslocamento entre pa&iacute;ses tornou-se menos complicado, resultando em um trabalho realizado em larga escala e capaz de cobrir praticamente todos os principais pa&iacute;ses que estavam servindo de dom&iacute;nio do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109968-noite-dos-cristais-ataque-nazista-judeus-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reich</a>.
<h2>Da hist&oacute;ria para o cinema</h2>
Relatada em um longa produzido por George Clooney, Bill Murray e Cate Blanchett, em 2014, e inspirada no livro The Monuments Men: Allied Heroes, Nazi Thieves, and the Greatest Hunt in History, publicado por Robert M. Edsel, a hist&oacute;ria dos Monument Men passou a ser amplamente conhecida pelo p&uacute;blico, mostrando sua relev&acirc;ncia para a manuten&ccedil;&atilde;o da arte europ&eacute;ia e para a constru&ccedil;&atilde;o do rico acervo t&atilde;o conhecido atualmente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14103003180083.jpg" alt="(Fonte: Just Watch/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Just Watch/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
"E se n&oacute;s vencermos a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115039-tesouro-nazista-escondido-durante-2-guerra-e-encontrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra</a> e perdermos os &uacute;ltimos 500 anos da nossa hist&oacute;ria cultural?", foi a frase dita pelo l&iacute;der George Stout, servindo de emblema para o time e motivando o trabalho essencial e a responsabilidade cultural que tinham em suas m&atilde;os.

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Heróis europeus resgatavam obras de arte roubadas por nazistas 

Imagem de 8 retratos de figuras históricas famosas e seus descendentes diretos no megacurioso

Ao tentar realizar um trabalho fotográfico, um homem apaixonado por História realizou uma obra icônica

<head></head><body>Entusiasta do estudo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">História</a>, o fotógrafo Drew Gardner decidiu recriar alguns retratos de personagens históricas mais famosas do mundo. Mas, para que suas obras ficassem mais autênticas, resolveu utilizar como modelos os descendentes diretos daqueles <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115042-capa-usada-por-christopher-reeve-pode-ser-sua-mas-por-um-superpreco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">heróis</a> e heroínas.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-13-5f06d07bcdcd8__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10092239640014.jpg" alt="Thomas Jefferson (1800) e Shannon Lanier&nbsp;">Thomas Jefferson (1800) e Shannon Lanier&nbsp;É lógico que foi um trabalho tremendamente árduo, pois Gardner teve que dar início a uma minuciosa pesquisa histórica, rastreando os descendentes diretos e checando de forma criteriosa a linhagem. Além disso, teve que criar cenários fidedignos, com atenção nos mínimos detalhes, como iluminação e ambiência.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-4-5f06d088589ce__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10092533496017.jpg" alt="Charles Dickens (1858) e Gerald Charles Dickens&nbsp;">Charles Dickens (1858) e Gerald Charles Dickens&nbsp;<h2>Recriando a História</h2>Mas todo o empenho valeu a pena. Ao comprar as roupas e acessórios da época, o fotógrafo conseguiu criar panos de fundo tão perfeitos que pareciam ter saído diretamente dos livros de História para a realidade. O resultado final pode ser considerado algo diferente, "porém daquela mesma coisa", disse Gardner em entrevista ao site Bored Panda.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-11-5f06d095a58cd__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10093353526023.jpg" alt="Frederick Douglass (1863) e Reuben L. Andrews&nbsp;">Frederick Douglass (1863) e Reuben L. Andrews&nbsp;A aventura pode ter começado há 15 anos, quando a mãe de Drew disse que ele era a cara do avô dele. Isso o fez pensar: "se eu realmente parecia com meu avô e se as pessoas vivas hoje teriam alguma semelhança com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115128-pedras-do-stonenhenge-foram-transportadas-por-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antepassados</a> famosos".<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-15-5f06dc9978c68__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10093544386024.jpg" alt="Charles II (1863) e Lord Charles Fitzroy&nbsp;">Charles II (1863) e Lord Charles Fitzroy&nbsp;Gardner escolhe as fotos que irá criar com base em vários critérios. "É importante que, independentemente da conquista da pessoa, haja um certo grau de reconhecimento ou familiaridade. Isso nem sempre é possível, mas é o meu ponto de partida", explicou.No rastreamento dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114884-confederados-um-sonho-de-restaurar-a-supremacia-branca-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descendentes</a>, a internet se transformou no principal instrumento do fotógrafo-<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115064-as-criaturas-miticas-que-os-primeiros-zoologos-julgavam-ser-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">historiador</a>, mas ele teve naturalmente de recorrer a genealogistas e museus do mundo inteiro.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-10-5f06d093a5ef0__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10093111120022.jpg" alt="Liza De Gioconda (Mona Lisa, 1503) e Irina Guicciardini Strozzi">Liza De Gioconda (Mona Lisa, 1503) e Irina Guicciardini Strozzi<h2>Quando surge a Arte</h2>A arte começou a surgir, porém, apenas quando o fotógrafo começou a estabelecer vínculos com seus modelos juntamente com uma conexão mútua com os seus ancestrais. Isso é definido por Gardner de uma maneira muito poética.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-12-5f06d097bdcb2__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10093853591025.jpg" alt="Elizabeth Cady Stanton (1850) e Elizabeth Jenkins-Sahlin&nbsp;">Elizabeth Cady Stanton (1850) e Elizabeth Jenkins-Sahlin&nbsp;"Qualquer conexão humana tende a surgir a partir da conversa, por isso é mais o resultado do diálogo entre nós dois nos dias, semanas, meses ou até anos que antecederam a sessão, o que me deu uma 'janela' para eles, não só enquanto pessoas, mas a partir do momento em que expandem a compreensão de seus antepassados, isso aprofunda a compreensão e a conexão mútuas que temos, o que claramente ajuda quando se trata de uma sessão de fotos".<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Drew Gardner&nbsp;" data-fonte-url="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/07/historical-figures-the-descendants-portraits-photography-drew-gardner-8-5f06d08fa61be__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10094308686026.jpg" alt="Almirante Horatio Nelson (1800) e William John Raglan Horatio Tribe">Almirante Horatio Nelson (1800) e William John Raglan Horatio Tribe</body>

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8 retratos de figuras históricas famosas e seus descendentes diretos

Imagem de Peladão gigante feito de giz na Inglaterra não seria tão antigo assim no megacurioso

Cascas de caracóis encontradas no sítio do peculiar Gigante de Cerne Abbas dão pistas sobre a sua origem 

Arque&oacute;logos descobriram que o Gigante de Cerne Abbas, uma figura hist&oacute;rica de mais de 50 metros feita com giz na cidade inglesa de Dorset, pode n&atilde;o ser t&atilde;o antigo quanto se pensava.&nbsp;Em uma publica&ccedil;&atilde;o na Current Archaeology, especialistas afirmaram que encontraram pequenas conchas de carac&oacute;is no s&iacute;tio, o que indica que a figura n&atilde;o pode ser datada de antes da Idade M&eacute;dia.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4f/The_Cerne_Abbas_Giant_-_012.jpg/512px-The_Cerne_Abbas_Giant_-_012.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10092509575016.jpg" alt="A obra foi descoberta no s&eacute;culo XVII. (Fonte: Wikimedia Commons)" />A obra foi descoberta no s&eacute;culo XVII. (Fonte: Wikimedia Commons)
Isso acontece porque essa esp&eacute;cie de caracol, conhecida como caracol-de-vinha, s&oacute; chegou &agrave; Gr&atilde;-Bretanha entre os s&eacute;culos XIII e XIV.
De acordo com o arque&oacute;logo Martin Papworth em um comunicado antes da descoberta, "existem 118 esp&eacute;cies de carac&oacute;is na Gr&atilde;-Bretanha e muitas delas s&atilde;o espec&iacute;ficas de seu habitat, de modo que suas conchas preservadas podem ajudar a estabelecer como era a paisagem em um determinado momento e a acompanhar as mudan&ccedil;as no uso da terra ao longo do tempo".&nbsp;
<figure><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10092250265015.jpg" alt="A figura passou por uma renova&ccedil;&atilde;o de giz em 2019. (Fonte: National Trust UK)" /><figcaption style="text-align: center;">A figura pode ser uma cr&iacute;tica debochada a Oliver Cromwell. (Fonte: National Trust UK)</figcaption></figure>
O National Trust do Reino Unido, a autoridade a quem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/36071-5-lugares-misteriosos-avistados-atraves-do-google-earth.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gigante de Cerne Abbas</a> pertence, tamb&eacute;m est&aacute; desenvolvendo um estudo para determinar a idade da figura hist&oacute;rica. Em parceria com a Universidade de Gloucestershire, foi feita uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111661-10-incriveis-descobertas-arqueologicas-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escava&ccedil;&atilde;o</a> para examinar amostras de solo das sobrancelhas e dos p&eacute;s do gigante.&nbsp;
<h2>O mist&eacute;rio do Gigante de Cerne Abbas</h2>
O Gigante de Cerne Abbas foi descoberto em uma colina de <a href="https://www.megacurioso.com.br/roteiros/81610-veja-25-desenhos-incriveis-feitos-com-giz-no-chao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">giz</a> em Dorset, sul da Inglaterra, no s&eacute;culo XVII. A obra mede 55 metros e consiste no formato de um homem armado com uma clava e um p&ecirc;nis ereto.&nbsp;
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10092927870020.jpg" alt="Volunt&aacute;rios renovam o giz da figura hist&oacute;rica. (Fonte: National Trust UK)" /><figcaption style="text-align: center;">Volunt&aacute;rios renovam o giz da figura hist&oacute;rica. (Fonte: National Trust UK)</figcaption></figure>
Muito se especula sobre o trabalho, mas pouco se sabe sobre o seu significado. O folclore local afirma que &eacute; um s&iacute;mbolo de fertilidade das cren&ccedil;as pag&atilde;s, enquanto outros acreditam que se trata de uma divindade anglo-sax&ocirc;nica.
Outra teoria &eacute; a de que a figura retrata o her&oacute;i H&eacute;rcules, enquanto outra linha de pensamento sustenta que o trabalho foi feito para zombar do estadista ingl&ecirc;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/45490-7-figuras-historias-que-literalmente-perderam-suas-cabecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oliver Cromwell</a>.
De acordo com essa teoria, a clava representaria a sua autoridade severa e o &oacute;rg&atilde;o sexual seria uma forma de ca&ccedil;oar da sua vis&atilde;o puritana.

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Peladão gigante feito de giz na Inglaterra não seria tão antigo assim

Imagem de Você tem ideia de quanta água existe na Terra – em litros? no megacurioso

É um aguaceiro que você não faz ideia!

Todo mundo aprende na escola que os oceanos cobrem por volta de 70% da superf&iacute;cie do planeta, certo? E, al&eacute;m dos mares &ndash; com profundidade m&eacute;dia de mais ou menos 3,7 quil&ocirc;metros &ndash;, temos ainda rios, lagos, len&ccedil;&oacute;is fre&aacute;ticos e uma por&ccedil;&atilde;o de corpos h&iacute;dricos espalhados sobre (e sob) a superf&iacute;cie da Terra. Mas, e em quest&atilde;o de quantidade, algu&eacute;m j&aacute; calculou quanto essa &aacute;gua toda representa em litros? Pois, j&aacute;, sim!
<h2>Aguaceiro</h2>
De acordo com o pessoal do site <a href="https://science.howstuffworks.com/environmental/earth/geophysics/question157.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">How Stuff Works</a>, os oceanos cont&ecirc;m perto de 98% de toda a &aacute;gua do mundo &ndash; o que significa que, embora seja uma quantia colossal do l&iacute;quido, se trata de &aacute;gua salgada, obviamente, e, portanto, que n&atilde;o pode ser consumida por humanos e boa parte dos seres vivos terrestres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/12/12184431159111.jpg" alt="Muita &aacute;gua!" />Muita &aacute;gua!
O restante, ou seja, pouco menos de 3%, corresponde &agrave; &aacute;gua doce dispon&iacute;vel no mundo e, dessa quantidade, por volta de 1,6% se encontra na forma de gelo (por enquanto...) nas regi&otilde;es polares e glaciares. Segundo o How Stuff Works, po&ccedil;os e len&ccedil;&oacute;is fre&aacute;ticos cont&ecirc;m 0,36% e, sendo assim, somente 0,036% do total da &aacute;gua existente na Terra se encontra em rios e lagos.
Claro que ainda temos que considerar a &aacute;gua em estado gasoso presente na atmosfera, assim como a contida nos corpos dos seres vivos que perambulam pela Terra e tamb&eacute;m nas plantas, mas essa quantia contabiliza o restinho que falta para fechar os 100% do que h&aacute; dispon&iacute;vel no mundo. Vendo dessa forma, apesar de existir uma imensa quantidade do l&iacute;quido no planeta, apenas uma min&uacute;scula parcela do total pode ser usada por n&oacute;s.
Mas n&atilde;o falamos quanto tudo isso representa em litros, n&eacute;? De acordo com os c&aacute;lculos, s&atilde;o 1.260.000.000.000.000.000.000 l &ndash; ou um sextilh&atilde;o duzentos e sessenta quintilh&otilde;es de litros. Entretanto, apesar de parecer uma quantidade gigantesca, ela &eacute; finita e consiste em um recurso que precisa ser preservado.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155131-voce-tem-ideia-quanta-agua-existe-terra-litros.htm">Você tem ideia de quanta água existe na Terra – em litros?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Você tem ideia de quanta água existe na Terra – em litros?

Imagem de Não foi só a covid: que doenças já influenciaram a política nacional? no megacurioso

Da independência à redemocratização, a saúde dos governantes mudou os rumos da política e da história do Brasil várias vezes

<head></head><body>Um dos assuntos mais comentados recentemente — além dos vários <a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/">memes</a> que você já deve ter visto nas redes sociais — foi a notícia de que o Presidente da República, Jair Bolsonaro testou positivo para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113951-so-noticias-boas-sobre-o-coronavirus.htm">covid-19</a>. Independentemente de opiniões políticas, a favor ou contra o atual usuário da faixa presidencial, sempre que um chefe de estado passa por uma doença, as questões de saúde podem se tornar políticas.&nbsp;Mas não é só a covid-19 que está gerando impactos na política por acometer figuras importantes nesse cenário.&nbsp;Na pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113918-gripe-espanhola-de-1918-omissoes-cura-falsa-e-medo.htm">gripe espanhola</a>, por exemplo, o Brasil perdeu seu presidente eleito, Rodrigues Alves. Ele já tinha comandado o Executivo Nacional em outra ocasião, entre 1904 e 1906, e foi escolhido para um novo mandato, nas eleições de 1918. Porém, com sua morte, no início do ano seguinte, aos 70 anos, houve um novo sufrágio e Epitácio Pessoa governou pelos próximos anos.<h2>Justo hoje?</h2>Além da morte de Rodrigues Alves na pandemia, outras questões de saúde particulares dos mandatários geraram grandes mudanças na política e na história do Brasil, desde o início da nossa trajetória até casos mais recentes.&nbsp;No dia 7 de setembro de 1822 — o dia em que Dom Pedro I <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103907-o-que-a-historia-nao-conta-5-curiosidades-sobre-a-independencia-do-brasil.htm">proclamou a Independência</a>, às margens do Rio Ipiranga — nosso imperador sofria de uma grave dor de barriga. Ao que parece, Dom Pedro se sentia tão mal, que precisava descer da sua mula, de tempos em tempos, para se aliviar em matagais. Mas esse foi um problema passageiro, causado por algo que o imperador comeu ou bebeu no dia anterior.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10010423023420.jpg" alt="&quot;Independência ou Morte&quot;, de Pedro Américo (Fonte: Wikimedia Commons)">"Independência ou Morte", de Pedro Américo (Fonte: Wikimedia Commons)Muito mais séria era a dispneia do Marechal Deodoro da Fonseca, uma das figuras centrais da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110018-15-de-novembro-por-que-o-brasil-abandonou-a-monarquia-de-dom-pedro-ii.htm">Proclamação da República</a> e primeiro presidente do Brasil. Essa doença causa grande dificuldade para respirar e, consequentemente, falta de ar. Ela que levou Deodoro à morte, em 1892, um ano depois de deixar a presidência.&nbsp;Além disso, no próprio dia 15 de novembro, ele foi tirado da cama em meio a uma crise de sua doença, para liderar a destituição de Dom Pedro II e seu gabinete ministerial. Dois grandes momentos da nossa história que aconteceram em dias pouco confortáveis para seus protagonistas.&nbsp;<h2>Uma questão de saúde e de política</h2>Mais do que as coincidências descritas anteriormente, há ainda dois casos interessantes de como a saúde realmente influenciou os bastidores de governos brasileiros. Ambos, diga-se de passagem, envolvem sucessões presidenciais.O primeiro caso é o de Café Filho, o vice-presidente que assumiu a chefia do Executivo após o suicídio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/102469-greve-e-massacre-deram-origem-ao-feriado-de-1-de-maio.htm">Getúlio Vargas</a>, em 1954. Ele não era a favor das ideias trabalhistas de seu antecessor, nem via com bons olhos a eleição de Juscelino Kubitschek — que tinha ideias semelhantes — no ano seguinte. Por isso, Café Filho pretendia dar um golpe de estado para impedir que o presidente eleito assumisse o cargo.Onde entra a doença, nesse caso? Bom, a história começa quando o Ministro da Guerra, Marechal Henrique Lott, fica sabendo dos planos de Café Filho e de seus colegas do partido UDN (União Democrática Nacional) e defende que a decisão das urnas deve ser respeitada e JK deve assumir.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10010655961421.jpg" alt="Posse de Juscelino Kubitschek (Fonte: Wikimedia Commons)">Posse de Juscelino Kubitschek (Fonte: Wikimedia Commons)Café Filho, então, pede afastamento por "problemas de saúde" e quem assume a presidência é o líder da Câmara, Carlos Luz, que defendia o golpe de forma ainda mais enfática. Henrique Lott consegue articular o impedimento de Carlos Luz e de Café Filho, passando o poder para as mãos de Nereu Ramos, que governa por alguns meses até JK assumir. E você achava que a confusão na política brasileira era coisa recente...Oficialmente, os relatos dizem que Café Filho tinha um "distúrbio cardivascular". Mas, até hoje, ninguém tem certeza se isso é verdade mesmo ou parte de um teatro político.&nbsp;<h2>A morte de Tancredo</h2>O segundo caso em que uma doença influenciou na sucessão presidencial é mais recente e lembrado: a morte de Tancredo Neves, em março de 1985, antes mesmo de assumir o cargo máximo da república. Mesmo sendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/36947-manifestacoes-populares-nao-sao-novidade-conheca-algumas-aqui.htm">eleito de forma indireta</a>, ele era celebrado como o primeiro presidente civil e opositor dos militares, após duas décadas de ditadura no Brasil.&nbsp;Tancredo começou a sentir as primeiras dores no abdômen — sintomas de sua doença — logo após a eleição. Porém, temendo que os militares se recusassem a entregar o poder, caso ele não pudesse assumir, Tancredo pensou em manter sua condição de saúde em segredo até a posse.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10011237495422.jpg" alt="Tancredo Neves e José Sarney (Fonte: Wikimedia Commons)">Tancredo Neves e José Sarney (Fonte: Wikimedia Commons)Isso não foi possível, já que o presidente começou a sentir dores mais fortes apenas um dia antes da cerimônia, em 14 de março. Tancredo foi encaminhado às pressas ao hospital e José Sarney, o vice, foi empossado no dia 15.&nbsp;Após cerca de um mês — e sete cirurgias nesse meio-tempo — Tancredo Neves faleceu no dia 21 de abril de 1985, feriado de Tiradentes, sem ser empossado. A causa oficial da morte foi diverticulite (uma inflamação no intestino), mas relatos posteriores afirmam que o presidente morreu por consequência de um tumor benigno.Ainda não sabemos os impactos que a pandemia de covid-19 vai trazer para a política brasileira (ou do mundo), mas se você quer saber mais curiosidades sobre esse assunto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/">clique aqui para ver outras matérias</a> que o Mega Curioso já publicou sobre.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:49.402Z

Não foi só a covid: que doenças já influenciaram a política nacional?

Imagem de Polinésios e índios americanos se cruzaram antes do que se pensava no megacurioso

Estudo realizado pela Faculdade de Stanford estuda a relação misteriosa entre grupos de nativos pouco estudados

Antigos povos polin&eacute;sios e nativos americanos teriam tido contato pela primeira vez h&aacute; cerca de 800 anos atr&aacute;s, muitos anos antes da coloniza&ccedil;&atilde;o europeia, &eacute; o que conclui um estudo de Stanford publicado na revista Nature, na &uacute;ltima quarta-feira (8).&nbsp;
Para chegar nesta conclus&atilde;o, os pesquisadores realizaram an&aacute;lises gen&eacute;ticas em mais de 800 moradores da Am&eacute;rica do Sul e da ilha Polin&eacute;sia Francesa, &ldquo;as duas regi&otilde;es menos estudadas do mundo&rdquo;, explicam os cientistas.
De acordo com a publica&ccedil;&atilde;o Nature, o estudo se encarregou de filtrar e analisar gigantes bancos de dados gen&eacute;ticos coletados de moradores de 17 ilhas da Polin&eacute;sia, al&eacute;m de 15 grupos ind&iacute;genas do continente americano, principalmente do M&eacute;xico e Chile.
<h2 dir="ltr">Os resultados</h2>
Chamado de Fluxo g&ecirc;nico de nativos americanos na Polin&eacute;sia antes da coloniza&ccedil;&atilde;o na Ilha de P&aacute;scoa, o estudo concluiu que nativos americanos e polin&eacute;sios teriam come&ccedil;ado a ter filhos entre os anos 1150 e 1230, mesmo que essa mistura possa ser &ldquo;um evento de contato &uacute;nico&rdquo;, escrevem.&nbsp;
Acredita-se que esse cruzamento de culturas, h&aacute; cerca de 800 anos, tenha sido estabelecido na atual ilha de P&aacute;scoa, no Oceano Pac&iacute;fico. A ilha de P&aacute;scoa &eacute; mundialmente conhecida pelos seus gigantes monumentos de cabe&ccedil;as humanas chamados moais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/13/a-13122832495168.jpg" alt="a" />Polin&eacute;sios. (Fonte: Louis Choris / Wikimedia Commons)
Um dos principais autores do estudo, o pesquisador Alexander Ioannidis, da Faculdade de Stanford, conta que, normalmente, a hist&oacute;ria dessas regi&otilde;es &eacute; contada a partir da coloniza&ccedil;&atilde;o europeia.
J&aacute; Andr&eacute;s Moreno-Estrada, tamb&eacute;m autor do estudo, conta: &ldquo;Com essa pesquisa, quer&iacute;amos reconstruir as ra&iacute;zes ancestrais que moldaram a diversidade dessas popula&ccedil;&otilde;es e responder a perguntas profundas e antigas sobre o contato em potencial entre os nativos americanos e as ilhas do Pac&iacute;fico&rdquo;.
<h2 dir="ltr">O mist&eacute;rio da batata-doce</h2>
O contato inusitado entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/98946-conheca-tribo-que-vive-em-ilha-isolada-e-rejeita-contato-com-mundo-exterior.htm">povos nativos</a> n&atilde;o &eacute; tudo: o estudo solucionou tamb&eacute;m o misterioso caso de como a batata-doce migrou das Am&eacute;ricas para as ilhas do Pac&iacute;fico Sul.
"A batata-doce &eacute; nativa das Am&eacute;ricas, mas tamb&eacute;m &eacute; encontrada em ilhas a milhares de quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia. Al&eacute;m disso, a palavra batata-doce nas l&iacute;nguas polin&eacute;sias parece estar relacionada a uma palavra da l&iacute;ngua dos &iacute;ndios dos Andes&rdquo;, explica Ioannidis.
Antes deste estudo, acreditava-se que polin&eacute;sios teriam visitado as Am&eacute;ricas e levado a planta de volta para a Polin&eacute;sia. No entanto, esta nova pesquisa, juntamente com <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23341603/" rel="noopener noreferrer">outros estudos</a> recentes, evidenciam que os &iacute;ndios americanos que teriam levado a batata-doce para as ilhas distantes.

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