Imagem de Escultura de pássaro pode rescrever a história do leste asiático no megacurioso

Achada no meio do lixo, a estatueta é de 13,5 mil anos atrás

<head></head><body>Uma escultura de um pássaro analisada por pesquisadores na China pode ajudar a reescrever a história dos antepassados do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109408-5-comidas-do-leste-asiatico-que-sao-sadicas-ao-extremo.htm">leste asiático</a>. Segundo os historiadores, a peça tridimensional que tem 13.500 anos de existência é agora a mais antiga já encontrada na região.Este <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/">estudo arqueológico</a>, da Universidade Shandong, relatou que a obra encontrada tem bastante relevância para se descobrir novos caminhos de compreensão da época, já que ela “pode ser o elo que faltava para rastrear a origem da estatuária chinesa até o período paleolítico".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/16/16033516381415.jpg" alt="(Fonte: Zhanyang et al / Reprodução)">(Fonte: Zhanyang et al / Reprodução)A escultura do pequeno pássaro não é tão grandiosa quanto sua história remota. Em termos práticos, ela tem quase 2 cm (cerca de 0,75 polegadas) e teria sido esculpida a partir de um osso queimado. Os especialistas acreditam que ela estivesse perdida em meio aos restos de uma escavação, no sítio arqueológico de Lingjing, realizada em 2005.<h2 dir="ltr">Redescobrindo a história</h2>Para que fosse estimada a idade da obra, os pesquisadores precisaram realizar um procedimento padrão que usa a combinação de datação por radiocarbono com uma tomografia computadorizada específica. Dessa forma, a idade mais precisa da peça pôde ser determinada para que consequentemente algumas análises históricas fossem aplicadas, sobretudo as que poderiam compreender melhor as técnicas aplicadas pelo seu autor.Os estudos que se iniciaram puderam descobrir que o artista <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114530-homem-moderno-conviveu-por-8-mil-anos-com-neandertais.htm">paleolítico</a>, no caso, teria utilizado uma ferramenta de pedra para sua composição. Além disso, com essa ferramenta ele teria conseguido, com precisão, aplicar diversas técnicas avançadas que incluíam raspagem e também aferição, quando podia deixar o objeto da forma que gostaria. Esses métodos, no entanto, não haviam sido identificados nesse período até o momento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/16/16033632459416.jpg" alt="Técnicas aplicadas para analisar a peça. (Fonte: Zhanyang et al / Reprodução)">Técnicas aplicadas para analisar a peça. (Fonte: Zhanyang et al / Reprodução)Embora pequena, a estatueta esculpida à mão é bastante grossa em termos de volume. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo, inclusive, acreditam que a cauda do pássaro teria sido alongada pelo artista paleolítico para que ela não se inclinasse para a frente ao ser colocada na vertical em alguma superfície. Contudo, alguns detalhes que poderiam ter se perdido ao longo do tempo puderam ser redescobertos por meio de marcas sutis que indicam, por exemplo, os olhos e o bico do animal.Nesse sentido, as análises podem ajudar a reescrever a história do período paleolítico na região, já que essa pequena obra artística sugere que os habitantes, nessa época, haviam inventado suas próprias ferramentas para construir esculturas e tinham um conhecimento avançado para realizá-las. A pesquisa, publicada pelo periódico PLOS ONE garante que este pode ser o primeiro exemplo conhecido de uma tradição artística original.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:46.043Z

Escultura de pássaro pode rescrever a história do leste asiático

Imagem de Muralha da China não teria sido feita para defesa contra os mongóis no megacurioso

A história diz que a Muralha protegia a China dos invasores provenientes da Mongólia, mas arqueólogos acreditam que objetivo era controlar chegada de nômades

<head></head><body>Pesquisadores da Universidade de Yale, da Academia de Ciências da Mongólia e da Universidade Hebraica fizeram descobertas que simbolizam que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-estruturas/85613-a-muralha-da-china-o-que-faz-desse-monumento-tao-impressionante.htm">Muralha da China</a> — uma das construções mais impressionantes da história, que atrai milhares de turistas — talvez não tenha sido inteiramente construída pelos motivos que muitos acreditam.&nbsp;Em vez de proteger a China dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/67240-confira-5-dos-maiores-imperios-que-ja-existiram-na-historia.htm">invasores mongóis</a>, o objetivo de alguns de seus trechos seria controlar populações nômades que habitavam a região.&nbsp;Os esforços dos arqueólogos se concentraram em uma parte de cerca de 730 quilômetros, localizado nas estepes da Mongólia, que ficou conhecido como "Muralha de Gengis Khan" e teria sido erguida para deter o conquistador mongol, entre os séculos XI e XII. Vale lembrar que as diferentes partes da enorme Muralha da China foram construídas em períodos distintos, desde o século VII a.C. até o século XVII.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17004421518390.jpg" alt="Escavações na Muralha de Genghis Khan(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">Escavações na Muralha de Genghis Khan(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17004529753391.jpg" alt="Escavações na Muralha de Genghis Khan(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">Escavações na Muralha de Genghis Khan(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Se essa parte da Muralha tinha o nome de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106403-15-fatos-sobre-genghis-khan-um-dos-maiores-conquistadores-da-historia.htm">Gengis Khan</a>, é bastante curioso descobrir que ela não servia para detê-lo, não é mesmo? Pois é: como os pesquisadores observaram, a estrutura era muito baixa e simples — cerca de dois metros de altura — para servir como defesa militar. Segundo eles, ela provavelmente era usada para controlar a passagem dos nômades e de seus rebanhos, servindo também para cobrança de impostos.&nbsp;Além disso, o modo de construção dessa parte da Muralha indica que ela foi construída no século X, um bom tempo antes de Genghis Khan começar seu domínio. Ou, até mesmo, antes do líder ter nascido, o que aconteceu em 1162, já no século XII.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:46.032Z

Muralha da China não teria sido feita para defesa contra os mongóis

Imagem de Pesquisadores usam radar para descobrir cidade romana enterrada  no megacurioso

O georradar é um aparelho com tecnologia centenária ao qual foram agregadas inovações como fotos em alta resolução que permitem uma riqueza de detalhes jamais vistos

<head></head><body>Um artigo publicado na revista Antiquity na última terça-feira (9) registrou um trabalho inédito de arqueólogos que, pela primeira vez, conseguiram mapear uma cidade inteira na Itália, utilizado um radar avançado de penetração no solo, o georradar (GPR). O aparelho revelou detalhes surpreendentes da antiga cidade romana Falerii Novi, que ficava a 50 quilômetros de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114470-praca-do-seculo-ii-e-revelada-por-fenda-aberta-perto-do-panteao.htm">Roma</a>.O que é admirável nesse trabalho é que a tecnologia utilizada permitiu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114754-maior-e-mais-antigo-monumento-maia-e-revelado-no-mexico.htm">"visão" clara</a> das estruturas urbanas que continuaram enterradas, ou seja, nenhuma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114700-cemiterio-de-mamutes-e-encontrado-proximo-a-lago-mexicano.htm">escavação</a> foi necessária para verificar como a cidade evoluiu desde sua construção e posterior ocupação em 241 a.C., até ser abandonada no início do período medieval.Os pesquisadores, da Universidade de Cambridge no Reino Unido e da Universidade de Ghent na Bélgica, concluíram que "esse tipo de pesquisa tem o potencial de revolucionar estudos arqueológicos de locais urbanos, além de desafiar os métodos atuais de analisar e publicar conjuntos de dados GPR em larga escala".<h2>Enxergando o passado</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Verdonck et al., 2020/Antiquity&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.cnn.com/cnnnext/dam/assets/200608155615-01-ancient-finds-gallery-falerii-novi-map-labels-exlarge-169.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/11/11010515256351.jpg" alt="Fonte: Verdonck et al., 2020/Antiquity - Reprodução">Fonte: Verdonck et al., 2020/Antiquity - ReproduçãoO uso do GPR revelou que Falerii Novi tinha uma rede de tubulações de água, um complexo de termas, mercado, templo e um monumento público. O layout e o design dessa cidade romana revelaram-se diferentes de outros centros urbanos estudados ao longo dos anos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114352-ruinas-de-pompeia-tem-evidencias-de-reciclagem-de-lixo.htm">Pompeia</a> e Ostia Antica.Embora a cidade tenha menos da metade do tamanho de Pompeia, o seu templo, o mercado e complexo de banhos são bem mais elaborados do que se imaginava, e diferentes de todas as estruturas arquitetônicas já estudadas. Utilizando um veículo do tipo "all-terrain" no solo, os pesquisadores fizeram leituras a cada 5 polegadas (12,7 cm).&nbsp;O diferencial desta pesquisa foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/novidades/">avanços</a> introduzidos na centenária tecnologia do radar de penetração no solo, que permitiram aos pesquisadores fazer o mapeamento dos 30,5 hectares da cidade em alta resolução, e de forma rápida.&nbsp;Um dos autores do estudo, o professor de Arqueologia Clássica Martin Millet está animado: "É emocionante e agora realista imaginar o GPR sendo usado para pesquisar uma grande cidade como Miletus na Turquia, Nicopolis na Grécia ou Cyrene na Líbia. Ainda temos muito a aprender sobre a vida urbana romana, e essa tecnologia deve abrir oportunidades sem precedentes nas próximas décadas."</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.579Z

Pesquisadores usam radar para descobrir cidade romana enterrada 

Imagem de Ilha de Páscoa: nova teoria questiona hipótese de colapso socioambiental no megacurioso

Hipótese mais aceita é que o povo Rapa Nui desapareceu após esgotar os recursos naturais da ilha, entrar em guerra e praticar o canibalismo

A ilha de P&aacute;scoa &eacute; famosa por suas est&aacute;tuas gigantes, chamadas de moais, e pelo mist&eacute;rio envolvendo o desaparecimento de seu povo. A teoria mais aceita &eacute; a de que, por volta de 1600, a popula&ccedil;&atilde;o entrou em guerra por conta da destrui&ccedil;&atilde;o ecol&oacute;gica da regi&atilde;o, que acabou com qualquer forma de subsist&ecirc;ncia &ndash; o pessoal teria at&eacute; praticado canibalismo em seus &uacute;ltimos dias. Por&eacute;m, uma nova teoria questiona essa explica&ccedil;&atilde;o para o colapso dessa sociedade.
Quando os europeus descobriram a ilha, em 1722, supostamente n&atilde;o havia nenhum habitante por l&aacute;. Um novo estudo, publicado no Journal of Arcaeological Science, acredita que isso n&atilde;o &eacute; verdade. Como tra&ccedil;os da cultura do povo Rapa Nui sobrevivem at&eacute; hoje, isso poderia indicar que a popula&ccedil;&atilde;o habitou o local por muito mais tempo do que se previa. Para Robert DiNapoli, doutorando em arqueologia pela Universidade do Oregon, essas informa&ccedil;&otilde;es foram deixadas de lado assim que se abra&ccedil;ou a hip&oacute;tese do colapso.
Outros estudos foram levados em considera&ccedil;&atilde;o para dizer que os habitantes da ilha de P&aacute;scoa sobreviveram por mais tempo. O enigma dos moais pode trazer alguns dados: as imensas esculturas chegam a mais de 90 toneladas, sendo um mist&eacute;rio como o povo as levou para pontos extremos da ilha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10014231728080.jpg" alt="Colapso do povo Rapa Nui permanece um mist&eacute;rio at&eacute; hoje" />Colapso do povo Rapa Nui permanece um mist&eacute;rio at&eacute; hoje
Em 2012, Carl Lipo, da Universidade de Binghamton, e Terry Hunt, da Universidade do Arizona, mostraram que o transporte dessas gigantes est&aacute;tuas poderia ser feito por apenas 18 pessoas usando um movimento de balan&ccedil;o. J&aacute; os chap&eacute;us, de at&eacute; 13 toneladas, poderiam ser colocados com aux&iacute;lio cordas e rampas. Junto a esses estudos, tamb&eacute;m foi feita uma nova cronologia da hist&oacute;ria da ilha.
Acredita-se que o povo Rapa Nui chegou ao local no final do s&eacute;culo XII ou come&ccedil;o do s&eacute;culo XII. Por&eacute;m, Lipo acredita que essa &eacute; apenas uma suposi&ccedil;&atilde;o dif&iacute;cil de ser determinada, mesmo atrav&eacute;s da data&ccedil;&atilde;o feita por carbono-14. A equipe do pesquisador tentou, por radiocarbono, determinar o per&iacute;odo da constru&ccedil;&atilde;o dos moais e do suposto colapso, chegando &agrave; conclus&atilde;o que os habitantes de l&aacute; s&oacute; sucumbiram ap&oacute;s a chegada dos europeus.
Outros estudiosos s&atilde;o mais c&eacute;ticos a essa possibilidade. Para Jo Anne Van Tiburg, arque&oacute;loga da Universidade da Calif&oacute;rnia, ainda acha a hip&oacute;tese do colapso como a mais prov&aacute;vel. Segundo ela, foram v&aacute;rios fatores socioambientais que levaram &agrave; derrocada do povo Rapa Nui e n&atilde;o apenas um fen&ocirc;meno catacl&iacute;smico. Caso os europeus tenham de fato tido contato com o povo da ilha, isso foi apenas a gota-d'&aacute;gua para o fim da popula&ccedil;&atilde;o que j&aacute; estava em forte decl&iacute;nio.
Ap&oacute;s a pandemia, quando puder retornar ao trabalho, Carl Lipo pretende ir &agrave; ilha de P&aacute;scoa para testar novas hip&oacute;teses. Ele e sua equipe trabalham com radiocarbono, mas apenas de pe&ccedil;as comprovadamente feitas pela a&ccedil;&atilde;o humana, o que reduz drasticamente o n&uacute;mero de amostra e gera cr&iacute;ticas da comunidade cient&iacute;fica.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154058-ilha-pascoa-nova-teoria-questiona-hipotese-colapso-socioambiental.htm">Ilha de Páscoa: nova teoria questiona hipótese de colapso socioambiental</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.379Z

Ilha de Páscoa: nova teoria questiona hipótese de colapso socioambiental

Imagem de Astronauta é a primeira mulher a ir até ponto mais fundo da Terra no megacurioso

Em 1984, Kathy Sullivan também foi a primeira mulher a caminhar no espaço a bordo do ônibus espacial Challenger

Uma antiga astronauta da NASA entrou para a hist&oacute;ria ao mergulhar 11 quil&ocirc;metros para se tornar a primeira mulher na hist&oacute;ria a chegar no ponto mais profundo conhecido no planeta. Durante o s&aacute;bado (6), Kathy Sullivan foi at&eacute; a regi&atilde;o de Guam &mdash; ilha dos EUA localizada na Oceania &mdash;, onde encarou a chamada Depress&atilde;o Challenger.
O desafio faz parte de uma s&eacute;rie de miss&otilde;es denominada de "Anel de Fogo" (Ring of Fire&nbsp;em ingl&ecirc;s)&nbsp;comandadas pela empresa Caladan Oceanic. Al&eacute;m de ser a primeira mulher e oitava pessoa a encarar as profundezas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110201-10-lugares-surpreendentes-e-quase-inexplorados-no-oceano.htm">oceano</a> Pac&iacute;fico, aos 68 anos de idade, Sullivan tamb&eacute;m foi a primeira mulher a caminhar no espa&ccedil;o em uma viagem da NASA no ano de 1984.
<h2>Kathy Sullivan entra para hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09024450104651.jpg" alt="(Fonte: Kathy Sullivan/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kathy Sullivan/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1978, Sullivan fez parte de uma das primeiras equipes de astronautas da NASA a incluir mulheres. E antes disso ela j&aacute; havia participado de uma das primeiras miss&otilde;es submarinas utilizadas para estudar o processo vulc&acirc;nico respons&aacute;vel pela forma&ccedil;&atilde;o da crosta oce&acirc;nica.
Al&eacute;m de astronauta, Sullivan tamb&eacute;m &eacute; uma ocean&oacute;grafa naval e ge&oacute;loga aposentada. Durante o treinamento para a viagem &agrave; Depress&atilde;o Challenger, a recordista recebeu um treinamento em rob&oacute;tica para conseguir operar uma garra mec&acirc;nica capaz de recolher amostras do solo do oceano.
Em seu tempo na NASA, Sullivan orbitou a 615 quil&ocirc;metros da Terra, ajudou na implanta&ccedil;&atilde;o do telesc&oacute;pio espacial Hubble e durante 3 horas e 29 minutos realizou uma demonstra&ccedil;&atilde;o de como funciona o reabastecimento de um sat&eacute;lite - o que lhe deu o recorde de primeira mulher a caminhar no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112132-o-que-fazer-com-o-corpo-de-um-astronauta-que-morre-no-espaco.htm">espa&ccedil;o</a>.
<h2>Expedi&ccedil;&atilde;o "Ring of Fire"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09024547776652.jpg" alt="(Fonte: Caladan Oceanic/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Caladan Oceanic/Divulga&ccedil;&atilde;o)
A s&eacute;rie de expedi&ccedil;&otilde;es programadas pela Caladan Oceanic em 2020 tem como objetivo desbravar as regi&otilde;es mais profundas do planeta e realizar pesquisas topol&oacute;gicas e ambientais no local.&nbsp;
Ao longo de oito viagens &mdash; todas comandadas pelo piloto Victor Vescovo &mdash;, a equipe da Caladan pretende observar as fendas vulc&acirc;nicas na regi&atilde;o e identificar novas esp&eacute;cies de vida marinha.
Essa foi a terceira vez que Vescovo percorreu os 11 quil&ocirc;metros da Depress&atilde;o Challenger. O explorador norte-americano foi respons&aacute;vel por projetar e criar o design do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/106402-como-um-submarino-alemao-afundou-por-causa-de-coco.htm">submarino</a> multimilion&aacute;rio "DSSV Pressure Drop", feito especialmente para suportar a press&atilde;o atmosf&eacute;rica mil vezes maior que no n&iacute;vel do mar.
Ainda em Junho, a expedi&ccedil;&atilde;o "Ring of Fire" deve transportar Kelly Walsh, filha do primeiro homem a alcan&ccedil;ar o fundo da Depress&atilde;o Challenger 60 anos atr&aacute;s, Dan Walsh.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.226Z

Astronauta é a primeira mulher a ir até ponto mais fundo da Terra

Imagem de DNA dos manuscritos do Mar Morto revelam pistas sobre sua origens no megacurioso

Desde sua descoberta há 80 anos, os pergaminhos vinham sendo analisados apenas visualmente. Agora surge uma nova tecnologia.

<head></head><body>Numa declaração feita no início deste mês (2) ao site EurekAlert, o professor Oded Rechavi, da Tel Aviv University, em Israel, afirmou que os mais de 25 mil fragmentos de antigos pergaminhos conhecidos como os Manuscritos do Mar Morto apresentam dois grandes desafios para a ciência.O primeiro é que a maioria deles não foi achada inteira, mas desintegrada em milhares de fragmentos que tiveram que ser montados como um grande quebra-cabeça com muitas peças perdidas para sempre, e outras, no caso das composições não bíblicas, das quais não se tem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/novidades/">menor ideia</a> de como o texto deve ser ordenado.O segundo desafio refere-se à origem dos pergaminhos, pois a maioria deles não foi obtida diretamente das 11 cavernas de Qumran perto do mar Morto, mas sim de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114631-reliquia-iraquiana-adquirida-ilegalmente-sera-devolvida-ao-pais.htm">antiquários</a>. Como essa origem dos fragmentos não está clara, torna-se muito difícil reuni-los e "montá-los" em seu contexto histórico original.A metáfora do quebra-cabeça não é imprópria, pois desde o descobrimento dos manuscritos nas décadas de 1940 e 1950, o que os estudiosos têm feito é tentar encaixar as peças pelas suas propriedades visíveis e até utilizando técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114610-novas-inscricoes-sao-descobertas-nos-manuscritos-do-mar-morto.htm">imagem multiespectral</a>. Porém, ficam sempre limitados à comparação visual dos elementos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Israel Antiquities Authority/Shai Halevi&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.iflscience.com/images/3c2b2901-b23e-5c36-99d3-fd094f10bbdc/content-1590777201-this-image-shows-one-of-the-qumran-caves-where-the-dead-sea-scroll-fragments-were-found-credit-courtesy-of-the-israel-antiquities-authority-photographer-shai-halevi-1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10144355293107.jpg" alt="Uma das cavernas de Qumran onde os pergaminhos foram encontrados">Uma das cavernas de Qumran onde os pergaminhos foram encontrados<h2>Pesquisando o DNA</h2>O que Rechavi está propondo, num estudo realizado com seu colega de universidade Noam Mizrahi e com o sueco Mattias Jakobsson da Universidade de Upsala, são outras pistas. De cada peça, eles extraíram o antigo DNA dos animais cuja pele foi utilizada para fazer os pergaminhos. Depois, como nas análises forenses do tipo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107147-quanto-tempo-a-policia-tem-para-usar-um-morto-e-desbloquear-seu-celular.htm">CSI</a>, eles correlacionam características dos animais com a linguagem dos textos.Um fato inicial que ainda não era cientificamente comprovado é que a maioria dos pergaminhos é feita de pele de ovelhas. Os pesquisadores então perceberam que peças feitas com a pele da mesma ovelha deveriam estar correlacionadas, assim como de outras ovelhas intimamente ligadas, rejeitando-se outras espécies de ovelhas e outros animais.Rechavi reconhece que, embora essas evidências do <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/novidades/">DNA</a> aumentem a compreensão, elas são capazes apenas de "revelar parte da imagem e não resolver todos os mistérios".Porém, à medida que mais amostras sejam testadas, o que se espera é um "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112933-populacao-brasileira-tera-o-genoma-mapeado-pela-primeira-vez.htm">genoma</a>" completo dos pergaminhos do Mar Morto que pode ajudar a desvendar — ou pelo menos esclarecer mais — esse mistério milenar.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.193Z

DNA dos manuscritos do Mar Morto revelam pistas sobre sua origens

Imagem de Estátuas de personalidades racistas são destruídas na Europa no megacurioso

Figuras históricas polêmicas que estiveram ligadas a questões escravagistas foram retiradas de pontos importantes na Bélgica e também Inglaterra

As diversas manifesta&ccedil;&otilde;es acerca da luta racial nos Estados Unidos t&ecirc;m motivado outros lugares do mundo a tomarem decis&otilde;es que repensem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107183-5-referencias-ao-racismo-no-clipe-this-is-america-de-childish-gambino.htm">atos racistas</a>. Na Europa, que tamb&eacute;m viu uma onda de protestos nas &uacute;ltimas semanas, alguns pa&iacute;ses resolveram remover diversas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109571-mais-15-interacoes-hilarias-entre-estatuas-e-seres-humanos.htm">est&aacute;tuas</a> que relembravam personalidades hist&oacute;ricas controversas lembradas tamb&eacute;m por suas atitudes preconceituosas e segregacionistas.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10143602386102.jpg" alt="(Fonte: Poder 360)" />(Fonte: Poder 360)
Historiadores, nas redes sociais, retomam a ideia de cria&ccedil;&atilde;o de um museu da vergonha, para onde esses monumentos podem ficar expostos, ao inv&eacute;s de ter uma destrui&ccedil;&atilde;o total.
Na B&eacute;lgica, a figura do rei Leopoldo II, localizado na Antu&eacute;rpia, e do mercador Robert Milligan, em Londres, foram retiradas do espa&ccedil;o p&uacute;blico na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (09).&nbsp;
<h2 dir="ltr">Repensando as figuras hist&oacute;ricas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10143508355101.jpg" alt="(John Sibley/Reuters)" />(John Sibley/Reuters)
A decis&atilde;o no pa&iacute;s belga ocorreu por for&ccedil;a do poder legislativo local, que motivado pelas manifesta&ccedil;&otilde;es antirracistas resolveu repensar a preserva&ccedil;&atilde;o de sua mem&oacute;ria hist&oacute;rica. Al&eacute;m disso, protestos ocorridos por l&aacute; j&aacute; denunciavam o inc&ocirc;modo de diversas pessoas com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; est&aacute;tua em homenagem ao rei Leopoldo II, que esteve ligado &agrave; morte de diversos africanos escravizados durante o per&iacute;odo de coloniza&ccedil;&atilde;o do territ&oacute;rio que hoje pertence &agrave; Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo.&nbsp;
O monumento, levado para o Museu de Esculturas ao Ar Livre, em Middelheim, vai passar por uma avalia&ccedil;&atilde;o de especialistas da &aacute;rea de conserva&ccedil;&atilde;o e restaura&ccedil;&atilde;o para verifica&ccedil;&atilde;o de poss&iacute;veis danos sofridos. As autoridades belgas, no entanto, ainda n&atilde;o se manifestaram acerca do destino final da est&aacute;tua.
J&aacute; na capital inglesa, a figura de Robert Milligan, que estava exposta em frente ao Museu das Docas de Londres, recebeu o apoio da institui&ccedil;&atilde;o para que fosse removida do local. O mercador ingl&ecirc;s, que viveu entre o s&eacute;culo 18 e in&iacute;cio do s&eacute;culo 19, foi respons&aacute;vel por comercializar mais de 500 escravos &mdash; o que faz repensar cada vez mais a homenagem atribu&iacute;da a ele no pa&iacute;s.
Por meio de um comunicado do museu, divulgado tamb&eacute;m nesta ter&ccedil;a-feira (9), o discurso sobre a liga&ccedil;&atilde;o de Milligan com viol&ecirc;ncia racial foi refor&ccedil;ado. &ldquo;Neste momento em que o movimento Black Lives Matter [Vidas Negras Importam, em tradu&ccedil;&atilde;o livre] demanda o fim de monumentos p&uacute;blicos que celebram donos de escravos, a defesa da remo&ccedil;&atilde;o da est&aacute;tua de Robert Milligan por sua liga&ccedil;&atilde;o com a viol&ecirc;ncia colonial e explora&ccedil;&atilde;o se faz ainda mais importante&rdquo;.
Vale lembrar, tamb&eacute;m, que no &uacute;ltimo domingo (7), alguns manifestantes em Bristol, na Inglaterra, removeram &agrave; for&ccedil;a a est&aacute;tua do traficante de escravos Edward Colston e a jogaram no rio da cidade. No <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104325-google-maps-agora-permite-a-voce-explorar-planetas-e-luas-experimente.htm">Google Maps</a>, foi poss&iacute;vel localizar o monumento em meio ao rio.
<blockquote class="twitter-tweet">
Edward Colston's statue has already been relocated on Google Maps <a href="https://t.co/vugzV9nVhn">pic.twitter.com/vugzV9nVhn</a>
&mdash; Alister Wedderburn (@ali_wedderburn) <a href="https://twitter.com/ali_wedderburn/status/1269654008479780864?ref_src=twsrc%5Etfw">June 7, 2020</a></blockquote>

thumb-image-2024-02-29T14:04:45.184Z

Estátuas de personalidades racistas são destruídas na Europa

Imagem de A tragédia de Khodynka foi o início do fim dos Romanov no megacurioso

A catástrofe que foi a coroação do monarca Nicolau II simbolizou o fim da dinastia Romanov

Desde o dia 16 de julho de 1918 o nome Romanov est&aacute; associado diretamente ao tr&aacute;gico massacre de toda a fam&iacute;lia do &uacute;ltimo czar da R&uacute;ssia, que culminou no fim da mais antiga dinastia do mundo. &Eacute; uma hist&oacute;ria universal que pouco precisa ser descrita.&nbsp;
No entanto, antes da ascens&atilde;o de Nicolau II ao poder houve um evento catastr&oacute;fico que foi uma esp&eacute;cie de press&aacute;gio para o tipo de governante que ele seria e no que as suas malfadadas decis&otilde;es culminaram.
<h2>A receita para um desastre</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/30/30142023976000.jpg" alt="(Fonte: Lisa's History Room/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Lisa's History Room/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No dia 26 de maio de 1896, Nicolau II e sua esposa Alexandra Feodorovna foram coroados imperador e imperatriz da R&uacute;ssia. Em celebra&ccedil;&atilde;o a isso, quatro dias depois, eles fariam uma cerim&ocirc;nia aberta ao p&uacute;blico no chamado Campo de Khodynka, que fica a noroeste de Moscou. Com quase 2 quil&ocirc;metros de extens&atilde;o, a explanada foi batizada com esse nome por conta do pequeno rio que cerca os arredores. Naquele tempo, o terreno era destinado ao treinamento do ex&eacute;rcito russo, por isso necessitaria de algumas mudan&ccedil;as para sediar um evento como aquele.
Seria uma festa, portanto comida era uma atra&ccedil;&atilde;o t&atilde;o principal quanto a apari&ccedil;&atilde;o dos monarcas, sobretudo em um pa&iacute;s onde a fome era o que de fato imperava. Para bem recepcionar a sociedade russa, foram erguidos cerca de 20 bares, 150 barracas de comida e doces, al&eacute;m de um palco enorme para uma apresenta&ccedil;&atilde;o teatral.&nbsp;
Apesar de o czar Nicolau II n&atilde;o ser t&atilde;o apreciado naquele momento por ter seguido os passos de seu pai em uma cren&ccedil;a de governo absolutista &mdash; ainda que com um apelo &agrave; monarquia constitucional &mdash;, o evento com tanta coisa gratuita se tornou uma esp&eacute;cie de o&aacute;sis, e ningu&eacute;m perderia. Todos estariam l&aacute; para saudar mais uma ascens&atilde;o de um czar bonito e jovem ao poder.
A euforia era tamanha que &agrave;s 5h do dia 30 de maio de 1896 j&aacute; existiam 500 mil pessoas for&ccedil;ando os port&otilde;es do campo, embora o evento estivesse marcado para come&ccedil;ar &agrave;s 10h. O caos teve in&iacute;cio quando o p&uacute;blico ficou sabendo que n&atilde;o haveria comida e presentes suficientes para abarcar a quantidade de pessoas.
Ent&atilde;o eles come&ccedil;aram a empurrar.
<h2>Dois quil&ocirc;metros de morte</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Posterazzi&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn11.bigcommerce.com/s-yzgoj/images/stencil/1280x1280/products/2000159/2925657/GRC0095439__62776.1540077124.jpg?c=2&amp;imbypass=on"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/30/30142323801001.jpg" alt="(Fonte: Posterazzi/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Posterazzi/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
N&atilde;o demorou para que percebessem que os 1,8 mil oficiais n&atilde;o eram suficientes para conter o meio milh&atilde;o de pessoas. Os funcion&aacute;rios come&ccedil;aram a gritar para que a popula&ccedil;&atilde;o se acalmasse, por&eacute;m a histeria era maior e se espalhou de uma maneira irrevers&iacute;vel. Os port&otilde;es foram derrubados, e as pessoas invadiram o campo de Khodynka.&nbsp;
O p&uacute;blico come&ccedil;ou a cair e consequentemente ser pisoteado por quem vinha logo atr&aacute;s. Crian&ccedil;as se perderam dos pais. Mulheres foram estupradas. Os homens se espancavam e eram feridos com facas e outros tipos de armas. Os tiros disparados para o alto na tentativa de acuar a popula&ccedil;&atilde;o desvairada n&atilde;o adiantaram; s&oacute; serviram para desencadear mais caos e incentivar o ataque de homens aos soldados, que come&ccedil;aram a atirar para matar.
Mas o pior ainda estava para vir. A organiza&ccedil;&atilde;o do evento tinha feito um trabalho med&iacute;ocre na infraestrutura do campo, assentando apenas tapumes de madeira sobre os po&ccedil;os espalhados pelo terreno. Com a quantidade de peso, milhares de pessoas come&ccedil;aram a cair nos buracos e o p&acirc;nico tornou-se ainda maior.
Estima-se que, entre pisoteados e baleados, cerca de 2 mil pessoas morreram naquele dia e outras 1,3 mil sa&iacute;ram feridas.
<h2>O sangrento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/30/30142624237002.jpeg" alt="(Fonte: Magnet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Magnet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Agrave;s 14h, ainda sem saberem sobre a cat&aacute;strofe, os monarcas apareceram para receber a gl&oacute;ria do p&uacute;blico. A essa altura, os organizadores j&aacute; tinham socorrido todos os feridos identificados e removido os cad&aacute;veres do campo, em uma opera&ccedil;&atilde;o massiva para parecer que absolutamente nada havia acontecido. A maneira como a programa&ccedil;&atilde;o do festival continuou normalmente e de acordo com o planejado &mdash; incluindo a apresenta&ccedil;&atilde;o da pe&ccedil;a de teatro e o show de bal&otilde;es &mdash; fez com que muita gente que compareceu &agrave; festa sequer percebesse que uma trag&eacute;dia havia acontecido no local.
Quando Nicolau II e Alexandra tomaram conhecimento do infort&uacute;nio, recusaram-se a comparecer a um baile que aconteceria na noite da mesma data na embaixada francesa, por&eacute;m foram pressionados para que a aus&ecirc;ncia n&atilde;o resultasse em um conflito diplom&aacute;tico. No dia seguinte, ambos visitaram os hospitais onde as v&iacute;timas estavam e tamb&eacute;m ofereceram apoio financeiro a todas as fam&iacute;lias afetadas pelo evento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/30/30143145705003.jpg" alt="(Fonte: Arvamus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Arvamus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim que descobriram as propor&ccedil;&otilde;es da trag&eacute;dia, as autoridades russas fizeram o poss&iacute;vel para ocultar qualquer vest&iacute;gio do epis&oacute;dio, visando n&atilde;o manchar a reputa&ccedil;&atilde;o do czar nem criar uma animosidade p&uacute;blica ainda maior. Contudo, n&atilde;o foi o que aconteceu. Aparentemente, o monarca foi responsabilizado pelo povo russo por ter sido insens&iacute;vel, continuar o evento e ainda comparecer a uma dan&ccedil;a real como se milhares de pessoas n&atilde;o tivessem morrido mais cedo.
A oposi&ccedil;&atilde;o aos Romanov rapidamente o intitulou de &ldquo;Nicolau, O sangrento&rdquo;. A trag&eacute;dia de Khodynka n&atilde;o apenas chocou e revoltou o povo, como tamb&eacute;m foi o in&iacute;cio do surgimento de um desejo de acabar com o regime que mantinha a popula&ccedil;&atilde;o na mis&eacute;ria de sempre. N&atilde;o estava claro naquele momento, mas certamente ali marcava a dissolu&ccedil;&atilde;o do absolutismo russo. Al&eacute;m disso, a cat&aacute;strofe serviu como uma ilustra&ccedil;&atilde;o do que a falta de organiza&ccedil;&atilde;o do governo considerado despreparado do czar causaria a ele mesmo.
E mais uma vez, a Hist&oacute;ria fez o seu trabalho de responder por si s&oacute;.

thumb-image-2024-02-29T14:04:44.991Z

A tragédia de Khodynka foi o início do fim dos Romanov

Imagem de Park Yeon-mi: a refugiada da Coreia do Norte que chocou o mundo no megacurioso

Viver sob um governo extremamente opressor nem foi o começo da jornada que a jovem enfrentou pela liberdade

Em outubro de 2014, aos 21 anos de idade, a norte-coreana Park Yeon-mi parou o mundo ao subir no púlpito do fórum global One Young World, em Dublin (Irlanda), e revelar a sua vida de horrores sob o regime ditatorial de Kim Jong-un.Park Yeon-mi nasceu em 4 de outubro de 1993 em Hyesan, província de Ryanggang, na Coreia do Norte, tendo uma infância segura e considerada boa para os padrões tradicionais do país. O pai era membro civil do Partido dos Trabalhadores da Coreia e sempre deixou claro o seu repúdio pelo ditador, amaldiçoando-o durante as transmissões televisionadas de reforço ideológico. Ela aprendeu com ele a não dar ouvidos aos estudos sobre adoração ao ditador na escola.Já a mãe, uma enfermeira do exército, temia Kim Jong-un e repreendia o marido, pedindo que Yeon-mi entendesse o quão perigoso era criticar o regime fora de casa ou mencionar a deslealdade do pai. Para a jovem, a pressão era constante, a ponto de ela acreditar que o ditador poderia ler a sua mente.<h2>Um perigo iminente</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28184732664324.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>Aos quatro anos de idade, Yeon-mi aprendeu que sussurrar é proibido, pois pode significar conspiração. À exceção de músicas tradicionais, não é permitido ter contato com livros de ficção ou romance, filmes, internet, mídia ou teatro; todos são privados de absolutamente tudo que estimule uma opinião própria. A menina aprendeu que o simples fato de pensar era errado.Não existe liberdade ou vontade, pois quem decide tudo é o ditador. "Expressar dúvida sobre o governo pode resultar em três gerações inteiras de uma família presas ou executadas", relatou ela em seu discurso em 2014.Quando tinha nove anos, a jovem teve contato com uma das cenas mais pavorosas da sua vida: a execução pública da mãe de uma amiga após ser presa por ter o DVD de um filme de Hollywood em casa. Ela acredita que isso aconteceu porque a garota deve ter contado para alguém que tinha assistido ao filme, considerando que todos eram instruídos e ameaçados a denunciar qualquer tipo de atividade ilícita no país.<h2>Os anos de dor</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28185015929327.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>A vida de Yeon-mi começou a virar de cabeça para baixo assim que o pai foi pego pelo governo em uma operação de contrabando de metais na capital. O homem foi sentenciado a prestar 17 anos de serviço em um campo de trabalho escravo, porém conseguiu reduzir a pena para três anos após recorrer a contatos internos.Durante esse tempo, a mãe de Yeon-mi foi levada sob custódia para prestar esclarecimento acerca dos envolvimentos do marido. A jovem e a irmã mais velha, Eun-mi, tiveram que aprender a viver sozinhas. O país passava pela terrível crise conhecida como Grande Fome, que se deu com a separação da União Soviética e a diminuição de suas "taxas favoráveis" de exportação para a Coreia do Norte vindas de Moscou (Rússia). A economia ruiu, milhares de pessoas foram afetadas pela total inanição e outras milhares morreram, a ponto de pilhas de corpos se formarem nas ruas. As duas jovens foram obrigadas a se alimentarem de plantas e insetos para sobreviverem.Com a libertação dos pais, a família decidiu que fugiria do país de uma vez por todas. Eun-mi foi na frente, para adiantar o processo perigoso. Quando chegou a vez dos demais, os anos de tortura e trabalho pesado já tinham sentenciado o pai da família; o homem foi diagnosticado com câncer e morreu pouco tempo depois, mas exigiu que mãe e filha o deixassem para trás, para não levantarem suspeitas.Na madrugada de 30 de março de 2007, Yeon-mi, na época com 13 anos de idade, e a mãe começaram a fuga.<h2>A jornada silente</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28185555351329.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>Com a ajuda dos coiotes (que organizam travessias ilegais de pessoas para outros países), que transportaram Eun-mi, as duas atravessaram o rio congelado Yalu e três montanhas para entrarem na fronteira com a China, correndo o risco de serem baleadas por soldados norte-coreanos.Elas chegaram à província chinesa de Jilin, onde tinham a esperança de encontrar Eun-mi em um abrigo ilegal de refugiados, mas era uma emboscada. Um dos coiotes disse que só não as denunciaria para o governo se Yeon-mi tivesse relações sexuais com ele. "Há um ditado na Coreia do Norte: 'As mulheres são fracas, mas as mães são fortes'. Minha mãe permitiu ser estuprada para me proteger", declarou a jovem ativista em seu discurso.Mãe e filha caíram em uma rede de tráfico de mulheres e ficaram presas por 2 longos anos na casa do homem. Durante esse período, Yeon-mi foi violentada e vendida para vários homens. Quando o coiote se cansou delas, deixou que partissem. Em janeiro de 2009, com a ajuda de missionários chineses, elas conseguiram chegar à Mongólia atravessando o Deserto Gobi. De lá, o governo permitiu que elas voassem para Coreia do Sul.<h2>Você está livre</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28185741851330.jpg" alt="(Fonte: Random House/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Random House/Reprodução)</figcaption></figure>Enquanto muitos choraram com a história de Yeon-mi, outros contestam a veracidade dela devido às discrepâncias, sem considerarem o fato de que ela não era fluente em inglês quando subiu ao púlpito em 2014. Também ignoram a dificuldade da moça em processar o trauma de ter que revisitar as próprias memórias. De acordo com a ciência, uma história não surge até que o sobrevivente encontre uma maneira de contá-la.Em 2016, Yeon-mi escreveu o livro Porque Escolhi Viver, em que detalha toda a sua jornada, e pediu perdão por qualquer inconsistência passada. Reunindo-se com a irmã mais velha e a mãe, ela ganhou o mundo e se tornou ativista contra o regime de opressão de seu país de origem.Estima-se que mais de 300 mil refugiados norte-coreanos estejam abrigados na China, sendo que 70% das mulheres já foram abusadas ou vendidas por menos de US$ 200.Livre, Park Yeon-mi reforça: "Isso é pelas pessoas que querem contar ao mundo o que têm vontade de dizer".

thumb-image-2024-02-29T14:04:44.592Z

Park Yeon-mi: a refugiada da Coreia do Norte que chocou o mundo

Imagem de Maior e mais antigo monumento maia é revelado no México no megacurioso

Auxiliados pela moderna tecnologia de raios laser (LIDAR) cientistas descobrem o gigantesco monumento há séculos despercebido

Um artigo publicado na &uacute;ltima quarta-feira (3) na revista cient&iacute;fica Nature anunciou a descoberta de um gigantesco s&iacute;tio arqueol&oacute;gico maia de mais de um quil&ocirc;metro, no extremo sul do M&eacute;xico, gra&ccedil;as ao uso da LIDAR, uma tecnologia &oacute;tica de detec&ccedil;&atilde;o remota.
Considerada pelos pesquisadores como o maior e mais antigo monumento da antiga <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109445-as-caracteristicas-mais-marcantes-da-civilizacao-maia.htm">civiliza&ccedil;&atilde;o maia</a> j&aacute; encontrado at&eacute; hoje, o lugar conhecido como Aguada F&eacute;nis fica no estado de Tabasco, localizado na base do Golfo do M&eacute;xico.
Trata-se de um monumento t&atilde;o extenso para a sua idade, que sua descoberta tem obrigado os arque&oacute;logos a recalcular suas datas para avaliar as capacidades arquitet&ocirc;nicas dos misteriosos maias.
O local at&eacute; ent&atilde;o considerado como o centro cerimonial mais antigo da civiliza&ccedil;&atilde;o maia era Ceibal, um s&iacute;tio arqueol&oacute;gico datado de 950 a.C., enquanto a Aguada F&eacute;nix &eacute; estimada entre 100 e 800 a.C. Por&eacute;m o que torna este &uacute;ltimo local diferente &eacute; o seu tamanho colossal.
<h2>Um tesouro escondido &agrave; vista de todos</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/w8NzE0SYawQ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O arque&oacute;logo Takeshi Inomata, da Universidade do Arizona, l&iacute;der da pesquisa realizada, confirma que "esta &eacute; a constru&ccedil;&atilde;o monumental mais antiga j&aacute; encontrada na &aacute;rea maia e a maior em toda a hist&oacute;ria pr&eacute;-hisp&acirc;nica da regi&atilde;o".
Outro dado que impressiona &eacute; o fato de que essa magn&iacute;fica e extensa estrutura tem permanecido desconhecida h&aacute; s&eacute;culos, mesmo para os mexicanos que habitam exatamente em cima do vasto complexo.
Como explica Inomata, n&atilde;o se trata de uma regi&atilde;o in&oacute;spita ou selvagem. Muitas pessoas moram l&aacute;, e o que impediu que o local n&atilde;o fosse notado antes talvez seja "por ser t&atilde;o plano e enorme. Parece apenas uma paisagem natural", explica.
Embora olhos humanos n&atilde;o tenham sido capazes de enxergar o monumento, este n&atilde;o passou despercebido por uma tecnologia considerada como a maior revolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica desde a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono na d&eacute;cada de 1940: a chamada LIDAR.
<h2>Um revolu&ccedil;&atilde;o na arqueologia?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05160636270023.jpg" alt="Fonte: Takeshi Inomata/Nature" />Fonte: Takeshi Inomata/Nature
O sistema LIDAR (Light Detection and Ranging) &eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/">uma t&eacute;cnica de sensoriamento</a> remoto atr&aacute;ves de lasers que, emitidos de uma aeronave, s&atilde;o capazes de "atravessar" a cortina de &aacute;rvores da regi&atilde;o analisada e mostrar as formas tridimensionais sem danificar a vegeta&ccedil;&atilde;o.
Foi assim que, usando o LIDAR, se descobriu essa esp&eacute;cie de "anomalia" no cora&ccedil;&atilde;o da floresta: uma plataforma elevada com impressionantes 1.413 metros de norte a sul e 399 metros de leste a oeste. O plat&ocirc; se erguia at&eacute; 15 metros acima das &aacute;reas vizinhas.
Para Ianomata, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/novidades/">descoberta </a>pode ser muito &uacute;til para se entender o funcionamento dessas sociedades, principalmente a estrutura social que, aparentemente, desconsiderava as formas hier&aacute;rquicas.

História e Geografia

Novidades