Imagem de Catedral de Notre Dame será reconstruída usando 'tecnologia medieval' no megacurioso

Ideia é usar as mesmas técnicas que foram utilizadas para construir a catedral mais de 800 anos atrás

<head></head><body>Pouco mais de quatro anos se passaram desde que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124244-6-dicas-essenciais-para-sobreviver-a-um-incendio-em-local-fechado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndio</a> atingiu a Catedral de Notre Dame, destruindo seu telhado e pináculo. Algum tempo depois do incidente, foi anunciado que a igreja seria reconstruída, e nesta semana o site AP News divulgou algumas informações referentes ao método que será utilizado nesse processo.Segundo a página, os carpinteiros que estão trabalhando na reconstrução da igreja vão utilizar as mesmas técnicas que foram aplicadas na construção da catedral há mais de 800 anos. Para isso, a ideia é utilizar "tecnologia medieval", o que inclui ferramentas como machados de mão, marretas e formão nas madeiras do teto para manter o aspecto original.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121295-os-segredos-de-notre-dame-revelados-apos-o-incendio-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os segredos de Notre Dame revelados após o incêndio de 2019</a></li></ul>Um dado curioso é que esse método ajuda a progredir mais rápido no trabalho do que se o time decidisse utilizar equipamentos e materiais mais atuais.&nbsp;Entretanto, o propósito dos trabalhadores é manter a igreja o mais próximo possível do seu aspecto original, datado do período medieval.Porém, nem tudo se baseia no uso de dispositivos e conceitos medievais. A reconstrução do teto conta com o auxílio de caminhões para o transporte de componentes mais pesados, e a instalação deles é feita com o apoio de guindastes mecânicos. Além disso, algumas análises em computador foram necessárias para ter a certeza de que todas as medidas e trabalhos manuais foram feitos corretamente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/03/03002622368002.jpg" alt="Após o incêndio que destruiu parte da igreja, ideia é que Catedral de Notre Dame seja reaberta em dezembro de 2024. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Após o incêndio que destruiu parte da igreja, ideia é que Catedral de Notre Dame seja reaberta em dezembro de 2024. (Fonte: GettyImages/Reprodução)<h2>Preparação para a reabertura</h2>Se tudo seguir de acordo com os planos da equipe responsável pela restauração da igreja, a ideia é que a Catedral de Notre Dame seja reaberta ao público em 2024 — e ao que tudo indica, o avanço nos trabalhos vai permitir que isso seja feito, já que o propósito é ter o ponto turístico acessível durante as <a href="https://www.megacurioso.com.br/olimpiadas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimpíadas de Paris</a>.Vale lembrar que, no último mês, a reforma entrou em uma nova fase com a instalação da agulha da igreja. Trata-se de uma estrutura com base de 80 toneladas que coroa o telhado do templo, e é o elemento central sobre o qual repousa a torre de 96 metros (erguida originalmente no século XIX pelo arquiteto Viollet-Le-Duc).Outro ponto é que o grande órgão da igreja ficou intacto, mas acabou coberto de cinzas de chumbo por conta do incêndio. Ele precisou ser desmontado, mas seus oito mil tubos estão sendo reinstalados um a um.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.344Z

Catedral de Notre Dame será reconstruída usando 'tecnologia medieval'

Imagem de Massacre do Zong: quando 130 africanos escravizados foram afogados no megacurioso

O assassinato de 130 africanos no mar jamais foi punido, mas ajudou a fortalecer a causa abolicionista na Inglaterra

<head></head><body>Um dos episódios mais odiosos da escravização e comércio de seres humanos no mundo, o chamado massacre do Zong foi um assassinato em massa de 130 pessoas africanas escravizadas à força. Nos dias seguintes a 29 de novembro de 1781, a tripulação desse navio negreiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121912-ha-centenas-de-restos-mortais-de-escravos-no-fundo-do-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">decidiu jogar ao mar mais de 130 cativos africanos</a>.&nbsp;O extermínio teve início depois que a tripulação da embarcação foi atingida por uma doença e teve problemas de abastecimento de água. Sem hesitar, os marinheiros levaram o navio até um pedaço do mar no Oceano Atlântico chamado "the Doldrums" ("as calmarias"). Ali, descartaram seu carregamento menos preciosa, no caso, mulheres e crianças amarrados por pesadas correntes.&nbsp;O assassinato foi omitido pelos tripulantes e teria sido definitivamente esquecido pela História não fosse um questionamento judicial, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124185-desembarque-igbo-a-historia-do-povo-que-se-afogou-para-fugir-da-escravidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não pela perda de seres humanos,</a> mas sim pelo extravio da "carga", reclamada pelo dono do Zong, William Gregson, quando o navio chegou à Jamaica.&nbsp;<h2>O que aconteceu realmente no Zong?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29163847708332.jpg" alt="Com problemas de abastecimento, a tripulação jogou os africanos no mar.">Com problemas de abastecimento, a tripulação jogou os africanos no mar.Até os dias fatídicos do final de novembro de 1781, o Zong era um entre muitos navios negreiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que transportavam pessoas capturadas na África</a> através do Oceano Atlântico. Segundo estimativa do site do canal História, entre seis a sete milhões de africanos foram sequestrados na África no século XVIII e vendidos como escravos no chamado "Novo Mundo".No mês de agosto de 1781, o Zong deixou o porto de Acra, em Gana, com 442 pessoas escravizadas, todas amontoadas abaixo do convés, visto que o número era pelo menos o dobro da capacidade projetada para o navio na Holanda.&nbsp;De acordo com o Daily Mail, navio negreiro já estava próximo ao destino — a Jamaica — com problemas de doenças e falta d'água, quando um navegador confundiu o porto de destino com uma colônia francesa hostil. O navio se desviou, o que precipitou a morte de 17 tripulantes e mais de 50 africanos, até o triste episódio nos Doldrums.&nbsp;<h2>Decorrências históricas do massacre do Zong</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Google Cultural Institute/Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/80/Jean-Baptiste_van_Loo_-_William_Murray%2C_1st_Earl_of_Mansfield_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29183524262405.jpg" alt="Lorde Mansfield comparou o massacre a jogar &quot;cavalos&quot; no mar.&nbsp;">Lorde Mansfield comparou o massacre a jogar "cavalos" no mar.&nbsp;Depois que William Gregson teve seu pedido de indenização de perda da carga pelas seguradoras, ele as levou a um tribunal, que aceitou a tese de que os escravizados afogados equivaliam à carga perdia. Mas as seguradoras recorreram — defendendo a tese de assassinato — e o caso atribuído ao juiz britânico Lorde Mansfield.Considerando que o caso dos escravizados estava sendo tratado como se “cavalos tivessem sido jogados ao mar”, o nobre ordenou um novo julgamento para apurar responsabilidades. Conforme o The Guardian, esse julgamento jamais ocorreu.Anos mais tarde, a história foi retomada pelo abolicionista africano Olaudah Equiano e pelo ativista inglês Granville Sharp, que formaram uma parceria poderosa, transformando o massacre do Zong <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120450-luiz-gama-o-advogado-que-conduziu-a-liberdade-escravos-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em uma disputa legal</a> que provocou uma indignação nacional na Inglaterra.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.238Z

Massacre do Zong: quando 130 africanos escravizados foram afogados

Imagem de Capitão Richard Phillips: o herói que sobreviveu a um sequestro pirata no megacurioso

Conheça a história que inspirou o filme Capitão Phillips com Tom Hanks

Em 2009, o capit&atilde;o Richard Phillips foi sequestrado por piratas somalis que invadiram seu navio cargueiro. Ele passou cinco dias como ref&eacute;m em um bote salva-vidas, at&eacute; ser resgatado por uma opera&ccedil;&atilde;o da Marinha dos Estados Unidos. Sua hist&oacute;ria inspirou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125255-5-cineastas-famosos-que-se-arrependeram-de-seus-filmes-classicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme</a> Capit&atilde;o Phillips&nbsp;(2013), estrelado por Tom Hanks.
Richard nasceu em 1955, em Massachusetts, e se formou na Academia Mar&iacute;tima da cidade em 1979. Ele come&ccedil;ou a trabalhar como marinheiro e depois como capit&atilde;o de navios mercantes. Em 2009, ele estava no comando da embarca&ccedil;&atilde;o Maersk Alabama, transportando alimentos e suprimentos para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Aacute;frica</a> Oriental.
<h2>O in&iacute;cio de um pesadelo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29135113680167.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jon Rasmussen/US Navy/Wikimedia Commons)
No dia 08 de abril daquele ano, o navio foi atacado por quatro piratas somalis armados com fuzis AK-47. Eles conseguiram subir a bordo usando uma escada e renderam parte da tripula&ccedil;&atilde;o. Phillips tentou negociar com os invasores, oferecendo dinheiro e mantimentos, mas eles exigiam milh&otilde;es de d&oacute;lares pelo resgate.
O capit&atilde;o ent&atilde;o se ofereceu como ref&eacute;m para proteger seus 19 tripulantes. Ele foi levado para um bote salva-vidas, onde ficou sob a mira dos piratas. O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125264-orcas-afundaram-3-barcos-e-estao-ensinando-outras-a-fazer-o-mesmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">barco</a>&nbsp;seguiu para o porto mais pr&oacute;ximo, enquanto a Marinha dos Estados Unidos enviava navios de guerra e helic&oacute;pteros para acompanhar a situa&ccedil;&atilde;o.
Durante os cinco dias seguintes, Richard viveu momentos de tens&atilde;o e medo. Ele tentou escapar uma vez, pulando na &aacute;gua e nadando em dire&ccedil;&atilde;o a um navio da Marinha, mas foi recapturado pelos piratas. Tamb&eacute;m sofreu amea&ccedil;as e agress&otilde;es f&iacute;sicas e at&eacute; chegou a escrever uma carta de despedida para sua esposa e seus dois filhos.
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">Depois da tempestade, vem a calmaria</h2>
<span data-fonte="Stephen Chernin/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/abduhl-wali-i-musi-who-allegedly-is-involved-in-the-foto-jornal%C3%ADstica/86084258" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/stephen-chernin-getty-images-01163728075270.jpg" alt="Stephen Chernin/Getty Images" />(Fonte: Stephen Chernin/Getty Images)
No dia 12 de abril, a situa&ccedil;&atilde;o chegou ao cl&iacute;max: os piratas estavam nervosos e impacientes com as negocia&ccedil;&otilde;es, o que os fez atirar contra uma embarca&ccedil;&atilde;o da Marinha que se aproximou do bote. Os atiradores de elite aproveitaram um momento em que os tr&ecirc;s criminosos apontaram suas armas para o ref&eacute;m e dispararam simultaneamente, matando-os. O quarto pirata, que estava em outro navio negociando o resgate, foi preso.
Phillips foi libertado e levado para um navio para passar por cuidados m&eacute;dicos e psicol&oacute;gicos. Ele reencontrou sua fam&iacute;lia nos Estados Unidos e recebeu uma homenagem do presidente Barack Obama. Richard voltou a trabalhar como capit&atilde;o e publicou um livro sobre sua experi&ecirc;ncia, chamado A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea&nbsp;(em tradu&ccedil;&atilde;o livre, O Dever de um Capit&atilde;o: Piratas Somalis, Navy SEALs e Dias Perigosos no Mar).

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.055Z

Capitão Richard Phillips: o herói que sobreviveu a um sequestro pirata

Imagem de Kouri-Vini, a língua "perdida" que está ressurgindo nos EUA no megacurioso

Saiba mais sobre o movimento que busca reviver o idioma criado no século XVIII por escravos

Um idioma dado como "perdido" est&aacute; sendo revivido nos Estados Unidos, gra&ccedil;as aos esfor&ccedil;os de uma nova gera&ccedil;&atilde;o de falantes do&nbsp;Kouri-Vini. A l&iacute;ngua, que surgiu s&eacute;culos atr&aacute;s no per&iacute;odo da escravid&atilde;o, &eacute; uma mescla entre o franc&ecirc;s e outros idiomas, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122810-como-uma-rachadura-esta-dividindo-a-africa-em-duas-partes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">africanos</a>, e a cultura local do Estado da Luisiana, nos EUA. Na &eacute;poca, o dialeto ficou conhecido como Crioulo da Luisiana.
No passado, a palavra crioulo era utilizada para se referir ao&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravo negro</a>&nbsp;nascido nas Am&eacute;ricas. Foram eles quem come&ccedil;aram a juntar palavras de v&aacute;rias l&iacute;nguas diferentes, criando um novo idioma que seria considerado "inferior" pela nobreza local. Com o passar dos anos, a quantidade de falantes do Kouri-Vini foi diminuindo cada vez mais &mdash; mas agora um grupo vem se dedicando a manter viva a l&iacute;ngua de seus antepassados.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125116-o-que-e-interlingua-as-7-grandes-linguas-do-mundo-reunidas.htm#:~:text=E%20%C3%A9%20a%C3%AD%20que%20entra,o%20latim%20e%20o%20grego." target="_blank" rel="sponsored">O que &eacute; interl&iacute;ngua? As 7 grandes l&iacute;nguas do mundo reunidas</a>
<h2>O ressurgimento do Kouri-Vini, o idioma 'perdido'</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29171744424366.jpg" alt="O m&uacute;sico Cedric Watson vem buscando levar o Kouri-Vini &agrave; sua audi&ecirc;ncia" />O m&uacute;sico Cedric Watson vem buscando levar o Kouri-Vini &agrave; sua audi&ecirc;ncia. (Fonte: Bijou Creole/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Embora sejam poucos os conhecedores da l&iacute;ngua quase perdida, ainda h&aacute; aqueles dispostos a torn&aacute;-la popular e conhecida n&atilde;o apenas na regi&atilde;o, mas tamb&eacute;m no entorno do Estado da Luisiana. De estudantes a estudiosos, passando por artistas e at&eacute; pessoas comuns da popula&ccedil;&atilde;o local, existem alguns movimentos tentando manter a chama do idioma acesa.
&Eacute; este o caso do m&uacute;sico Cedric Watson, que assumiu a miss&atilde;o de levar a l&iacute;ngua de seus antepassados para o p&uacute;blico que acompanha sua banda. Em seus shows, &eacute; bastante comum ouvi-lo cantar em franc&ecirc;s, idioma bastante falado no Estado norte-americano, e trocar para o Kouri-Vini na can&ccedil;&atilde;o seguinte.
Watson, que j&aacute; foi nomeado ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117987-quais-brasileiros-ja-foram-indicados-ao-grammy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grammy</a>, &eacute; tido como um dos maiores talentos atuais da m&uacute;sica Zydeco, um estilo musical originado no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX no sudoeste da Luisiana. O Zydeco foi criado por falantes do Crioulo da Luisiana e nativos da regi&atilde;o, misturando ritmos pr&oacute;prios destes povos com&nbsp;blues e rhythm &amp; blues. Al&eacute;m do ingl&ecirc;s e do franc&ecirc;s, este estilo de m&uacute;sica &mdash; que se utiliza bastante do som do acordeon &mdash; tamb&eacute;m &eacute; cantado em Kouri-Vini.
Ainda que a l&iacute;ngua tenha hoje pouco mais de 6 mil falantes, atualmente, Watson &eacute; um dos maiores exemplos desta gera&ccedil;&atilde;o, que vem buscando dar um novo f&ocirc;lego ao Crioulo da Luisiana, rebatizado como Kouri-Vini, para evitar a confus&atilde;o com outros estilos musicais, tradi&ccedil;&otilde;es culin&aacute;rias e etnia.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/yEwA72ruAm4" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Conforme foi crescendo, Watson explica que viu os falantes de Kouri-Vini morrerem pouco a pouco, levando com eles o idioma de ra&iacute;zes franco-africanas. Foi ent&atilde;o que ele decidiu usar seu palco para dar espa&ccedil;o &agrave; l&iacute;ngua, cada vez mais pr&oacute;xima de ser completamente perdida, e alcan&ccedil;ar mais pessoas.&nbsp;
A estrat&eacute;gia parece estar funcionando. "Quando me juntei &agrave; banda, em 2011, apenas me identificava como Afro-Americana," disse Desiree Champagne, membro do grupo musical de Watson, &agrave; BBC. "Agora, depois de anos de viagens e aprendizados, tamb&eacute;m me identifico como Crioula." Ela explica que &eacute; importante preservar a cultura e identidade para entender quem somos, de onde viemos e do que realmente somos parte.
<h2>Origens do Kouri-Vini</h2>
Hoje quase perdido, o idioma surgiu no S&eacute;culo XVIII, quando pessoas recentemente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116561-3-fotos-coloridas-que-mostram-o-terror-da-escravidao-ha-160-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravizadas</a> come&ccedil;aram a misturar suas pr&oacute;prias l&iacute;nguas de origens africanas com o franc&ecirc;s dos colonizadores. "Era a primeira l&iacute;ngua que todos aqueles africanos, vindos de diferentes tribos e sistemas de casta, falavam quando eram escravizados," explica Watson.
Segundo o m&uacute;sico, demorou um pouco at&eacute; que as bases do novo idioma fossem finalmente firmadas, mas em um dado momento foi organizado o Crioulo da Luisiana, hoje conhecido como Kouri-Vini. O novo t&iacute;tulo vem da pron&uacute;ncia dos verbos "correr" e "vir," respectivamente "courir" e "venir", em franc&ecirc;s.

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.681Z

Kouri-Vini, a língua 'perdida' que está ressurgindo nos EUA

Imagem de Julia Hill passou 738 dias morando em cima de uma sequoia gigante no megacurioso

Apesar das dificuldades, a jovem mostrou como o ativismo ambiental é essencial para causar uma mudança

Ao meio-dia de 7 de abril de 2022, o cientista clim&aacute;tico Peter Kalmus e alguns ativistas vestindo jalecos brancos se acorrentaram &agrave;s portas do banco JP Morgan Chase, em Nova York. O protesto lutava contra os investimentos da institui&ccedil;&atilde;o em projetos de minera&ccedil;&atilde;o, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124795-os-problemas-destrutivos-e-mortais-da-perfuracao-por-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">petr&oacute;leo</a> e g&aacute;s que est&atilde;o contribuindo cada vez mais para o estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emerg&ecirc;ncia clim&aacute;tica global</a>.
O ativismo ambiental surgiu no final do s&eacute;culo XIX com a prote&ccedil;&atilde;o do campo na Europa, do deserto nos Estados Unidos e os impactos na sa&uacute;de desencadeados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm#:~:text=A%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial%20foi%20tida,em%20uma%20era%20de%20modernidade." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial</a>. No entanto, o movimento s&oacute; se concretizou em car&aacute;ter social e ganhou um rosto durante a d&eacute;cada de 1960, com o livro Silent Spring, de Rachel Carson, inspirando protestos contra o uso descontrolado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117152-bhopal-o-desastre-que-matou-mais-de-25-mil-pessoas-na-india.htm#:~:text=O%20local%20onde%20ficava%20a,a%20oportunidade%20de%20enterr%C3%A1%2Dlos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesticidas</a> nos EUA.
Provavelmente foi nessa &eacute;poca em que a m&iacute;dia come&ccedil;ou a rotular os ativistas como "loucos" ou "desocupados", mas defender aquilo que acredita n&atilde;o s&oacute; forma uma pessoa como cria uma mudan&ccedil;a que se espalha por toda a sociedade.&nbsp;
Foi assim com Julia Hill, a jovem que passou 2 anos morando no topo de uma &aacute;rvore.
<h2>"O chamado"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/shaun-walker-ap-shutterstock-30114139662106.jpg" alt="Shaun Walker/AP/Shutterstock" />(Fonte: Shaun Walker/AP/Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nascida em 18 de fevereiro de 1974, em Mount Vernon, no Missouri, Julia Hill se tornou uma ativista ambiental por acidente &ndash; e talvez esse seja o tra&ccedil;o mais extraordin&aacute;rio de como ela foi parar em cima de Luna, uma sequoia de 55 metros de altura e 1.500 anos.
Era 10 dezembro de 1997 e Hill viajava pela Calif&oacute;rnia quando encontrou um grupo de ativistas que protestavam contra a poda das sequoias por madeireiros da Pacific Lumber Company. O que motivou a jovem n&atilde;o foi s&oacute; descobrir que restavam, naquela &eacute;poca, apenas 3% do antigo ecossistema de sequoias gigante, mas tamb&eacute;m sentir a espiritualidade que vinha das &aacute;rvores.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/getty-images-30114245800107.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Essa rela&ccedil;&atilde;o em tudo tinha a ver com o grave acidente de carro que Hill sofreu aos 20 anos, seguido por um longo per&iacute;odo de recupera&ccedil;&atilde;o em que ela percebeu que sua vida estava desequilibrada. &ldquo;Eu era obcecada pela minha carreira, sucesso e coisas materiais&rdquo;, disse ela. Segundo Hill, o acidente a despertou para a import&acirc;ncia do momento e a necessidade em fazer o que pudesse para causar um impacto positivo no futuro.
Todas essas circunst&acirc;ncias contribu&iacute;ram para que ela se oferecesse para subir por uma semana na sequoia gigante, mas a maneira como a causa e o contato com a &aacute;rvore a impactaram fez ela permanecer por 738 dias em meio aos galhos.
<h2>Um s&iacute;mbolo de resist&ecirc;ncia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18165559826366.jpg" alt="(Fonte: YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A partir daquele momento, Hill se tornou porta-voz contra a Pacific Lumber Company e destinou todos os meses que passou em meio aos galhos para chamar aten&ccedil;&atilde;o para o cont&iacute;nuo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116957-desflorestamento-da-amazonia-atinge-apice-desde-2008.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a> e extra&ccedil;&atilde;o do material das sequoias gigantes de maneira indiscriminada na Calif&oacute;rnia da d&eacute;cada de 1990.
Mas nem toda a rela&ccedil;&atilde;o que a jovem desenvolveu com o movimento impediu que ela sofresse. Hill teve que lidar com a campanha da empresa para faz&ecirc;-la desistir da causa, tocando buzinas altas para lev&aacute;-la ao pico de estresse e dificultar seu sono. Al&eacute;m disso, Hill tamb&eacute;m enfrentou as dificuldades de morar nos galhos de uma &aacute;rvore em uma barraca improvisada devido aos imprevistos naturais, como tempestades de inverno com neve e granizo. Sua alimenta&ccedil;&atilde;o era enviada por amigos e apoiadores por meio de uma corda.
Seu protesto s&oacute; terminou quando a Pacific Lumber Company concordou em preservar aquela &aacute;rvore em que estava e todas as outras em um raio de 61 metros. A essa altura, Julia Hill j&aacute; havia se tornado uma das maiores ativistas ambientais dos EUA, de forma repentina.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/dan-miles-ran-getty-images-30114356199110.jpg" alt="Dan Miles/RAN/Getty Images" />(Fonte: Dan Miles/RAN/Getty Images)
Ela continuou trabalhando no ativismo ambiental, chegando a lan&ccedil;ar o livro The Legacy of Luna: The Story of a Tree, a Woman and the Struggle to Save the Redwoods. Hill viajou o pa&iacute;s dando palestras e defendendo a conserva&ccedil;&atilde;o da natureza, advogando em prol da responsabilidade social e ambiental que as empresas precisavam ter.
&ldquo;Como nada acontece no vazio, &eacute; cientificamente imposs&iacute;vel n&atilde;o ter algum impacto&rdquo;, afirmou &agrave;&nbsp;BBC.
Sua luta e resist&ecirc;ncia foram essenciais para encorajar e educar milhares de pessoas pelo mundo sobre causas ambientais, e de que todo ato &eacute; valido e urgente.

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.571Z

Julia Hill passou 738 dias morando em cima de uma sequoia gigante

Imagem de 5 protestos que mudaram o mundo no megacurioso

Veja aqui alguns protestos que acabaram marcando um ponto importante para o avanço da sociedade

<head></head><body>Uma das melhores formas que as populações ao redor do globo encontram para fazer suas vozes serem ouvidas é com protestos. Esse movimento, inclusive, não é algo recente, já que temos diversos relatos de manifestações do gênero ao longo da História.Dessa forma, vamos apresentar aqui alguns protestos que acabaram provocando alguma mudança no mundo e ganharam seu lugar nos jornais e livros.<h2>1. Reforma Protestante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25003952183040.jpg" alt="(Fonte: Netmundi/Reprodução)">(Fonte: Netmundi/Reprodução)A história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123468-reforma-protestante-e-contrarreforma-qual-e-a-relacao-entre-elas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reforma Protestante</a> aconteceu na Europa durante o século XVI. Encabeçada por Martinho Lutero, ela foi protagonizada por alguns grupos religiosos que acabaram se separando da Igreja Católica Romana, gerando uma nova ramificação entre os cristãos: os protestantes.Um dos motivos que ocasionou essa separação foi uma diferença de pensamento em algumas doutrinas. Tal movimento gerou um documento que trazia 95 ideias que mudava muito do que diversas pessoas pensavam com base nos ensinamentos da Igreja Católica, além de trazer várias críticas não apenas à instituição, mas também ao Papa.<h2>2. Marcha do Sal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25004204328041.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O nome pode até passar batido por muitas pessoas, mas o cenário da Marcha do Sal muda completamente ao mencionarmos que ela foi idealizada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121814-mahatma-gandhi-o-brutal-assassinato-do-icone-indiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mahatma Gandhi</a>, que no dia 12 de março de 1930 iniciou uma marcha em protesto ao domínio inglês na Índia.A caminhada em questão era de quase 400 quilômetros, e em cada ponto de parada Gandhi e seus seguidores conseguiam mais aliados. Em um protesto pacífico que atraiu a atenção pública de todo o mundo, o ativista quis chamar a atenção para o fato de que a Inglaterra estava forçando os indianos a comprarem produtos industrializados do país e, de quebra, ficavam proibidos de extrair sal em seu próprio país.Mesmo a prisão de Gandhi (e mais de 50 mil indianos) não foi capaz de parar o movimento, que continuou pacífico mesmo nos momentos em que eram atacados com golpes de cassetete e pontapés — ou seja, todo movimento se manteve sem nenhum gesto mais brusco de defesa do começo ao fim.<h2>3. Queda do Muro de Berlim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25004239252042.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os livros de História nos mostram que a Alemanha ficou um tanto quanto bagunçada após o final da Segunda Guerra Mundial, sendo inclusive dividida em duas partes: uma controlada pela União Soviética e outra pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.Como uma forma de dividir as duas áreas, foi construído um grande muro na cidade de Berlim (o famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/85737-10-curiosidades-sobre-a-construcao-e-a-queda-do-muro-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Muro de Berlim</a>). Erguido em 12 de agosto de 1961 no espaço de duas semanas, ele tinha como objetivo impedir a passagem de quem estava de um lado dele para o outro.A ideia, segundo os soviéticos, era manter alguns fascistas que moravam do outro lado do muro longe de suas áreas. Porém, em 1989 as tensões começaram a aumentar, e em 4 de novembro deste mesmo ano cerca de 500 mil pessoas deram início a um protesto, que terminou apenas em 9 de novembro com a queda do muro em questão.<h2>4. Queda da Bastilha</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Brasil Escola&nbsp;" data-fonte-url="https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/ilustracao-retrata-tomada-bastilha-em-14-julho-1789-na-cidade-paris-59e72b45e4281.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25004315349043.jpg" alt="(Fonte: Brasil Escola/Reprodução)">(Fonte: Brasil Escola/Reprodução)A Bastilha era uma antiga prisão que indicava o símbolo da opressão do antigo regime francês. Dessa forma, a tomada dessa prisão foi o resultado de uma tensão popular provocada pelas crises econômica e política enfrentadas pela França no final do século XVIII.A tomada da Bastilha foi um movimento organizado pela própria população de Paris no dia 14 de julho de 1789, tendo como principal objetivo garantir acesso ao estoque de pólvora que ficava armazenado no local. Detalhe: isso aconteceu pouco tempo depois que os próprios civis invadiram o Hotel dos Inválidos, onde este grupo conseguiu alguns armamentos.Dessa forma, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121757-6-fatos-importantes-para-entender-a-queda-da-bastilha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queda da Bastilha</a> marcou o início da queda do Antigo Regime e começar a propagar o sentimento revolucionário por todo o país —&nbsp;o que culminou posteriormente na Revolução Francesa.&nbsp;<h2>5. Marcha sobre Washington</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25003913131039.jpg" alt="(Fonte: Brasil de Fato)">(Fonte: Brasil de Fato)Liderada por Martin Luther King e realizada em 28 de agosto de 1963, a marcha sobre Washington tinha como fundamento garantir liberdade, trabalho, justiça social e o fim da segregação racial contra a população negra que habitava o país.O movimento reuniu mais de 250 mil pessoas que vieram de diversas partes do país para apoiar as propostas apresentadas por Luther King. Mesmo com o receio do governo de que essa manifestação pudesse causar diversos conflitos e aglomerações (além de transtornos irreparáveis), o que se viu foi um ato extremamente organizado e que também gerou repercussão mundial.O discurso feito pelo idealizador (iniciado pela célebre frase "eu tenho um sonho") é o ponto alto desse movimento, que serviu para movimentar a aprovação das leis de direitos civis e do direito ao voto no país.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.189Z

5 protestos que mudaram o mundo

Imagem de O Dia dos Mil Mortos: uma das maiores tragédias da seca no Nordeste no megacurioso

O Dia dos Mil Mortos foi uma consequência da grande seca de 1877 a 1879, que foi agravada pela epidemia de varíola na região

<head></head><body>Considerado <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124936-dom-helder-camara-o-arcebispo-perseguido-pela-ditadura-militar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o dia mais trágico da história de Fortaleza</a>, a data de 10 de dezembro de 1878 ficou conhecida como “o Dia dos Mil Mortos”. Naquela fatídica terça-feira, morreram 1.004 pessoas na cidade. O natural esgotamento da capacidade dos cemitérios fez com que uma enorme vala comum fosse aberta na região praiana de Jacareacanga.<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122969-4-dos-maiores-funerais-da-historia-recente.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiqnretpoz_AhVTuJUCHR25CmQ4ChAWegQIBxAC&amp;usg=AOvVaw1dmIwJezhFVyTPaiVyJzY_" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Para enterrar um número tão grande de corpos</a>, foram convocados 60 presidiários e coveiros. Como não havia caixões disponíveis, os cadáveres eram transportados em redes ou, na falta destas, amarradas em peças de madeira. Devido ao avançado estado de putrefação, muitos pedaços dos defuntos ficavam espalhados pelo caminho.&nbsp;Esquecida pela História, a tragédia do século XIX ficou literalmente enterrada na chamada "terra da luz" até janeiro de 1994, quando um grupo de operários do Sanear, o Serviço de Saneamento de Fortaleza, encontrou dezenas de ossadas na cova coletiva. Após diversas especulações, concluiu-se de que o local era o histórico cemitério da epidemia de varíola ocorrida 116 anos antes.<h2>Seca e epidemia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23163326383246.jpg" alt="A Grande Seca foi o fenômeno mais terrível da história do Brasil, durante o período imperial.">A Grande Seca foi o fenômeno mais terrível da história do Brasil, durante o período imperial.O evento gerador da tragédia fortalezense <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123119-grande-seca-de-1877-o-horror-que-destruiu-o-nordeste-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi a chamada Grande Seca</a> que assolou a região entre os anos de 1877 e 1879. O fenômeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125218-por-que-a-europa-esta-secando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não somente secou todos os reservatórios de água</a>, como acrescentou graves problemas sanitários para uma população já sofrida. Durante esses três anos, a estiagem exilou mais de 100 mil sertanejos para a capital, que possuía na época cerca de 30 mil habitantes.Abrigada em barracas montadas nos subúrbios de Fortaleza, essa multidão ficou à mercê do calor sufocante e dormindo praticamente ao relento em condições sub-humanas. Para piorar, irrompeu entre eles uma epidemia de varíola, doença para a qual já existia vacina, mas as autoridades se negavam a promovê-la e a população, a se vacinar, uma tradição maldita que parece nunca ter fim.Após o enterro coletivo do dia 10 de dezembro, as procissões de mortos até o cemitério da Lagoa Funda continuaram intensas, espalhando o vírus. Segundo o incentivador da vacina, Rodrigo Teófilo, o pânico se espalhou entre a população com a notícia de que até mesmo a primeira-dama Marieta Raja Gabaglia havia sido vítima da doença.&nbsp;<h2>A reação das autoridades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23163858854255.jpg" alt="&quot;Criança Morta&quot;, de Cândido Portinari, retrata vidas marcadas pela seca.">"Criança Morta", de Cândido Portinari, retrata vidas marcadas pela seca.Com a multiplicação das mortes, a situação se tornou caótica em Fortaleza: o comércio fechou as portas, o povo não saía às ruas, agora frequentadas apenas pelos "bexiguentos" e pelos desfiles de enterros. A Câmara Municipal determinou que, durante à noite, vasos de alcatrão fossem acesos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119799-cemiterada-a-revolta-na-bahia-de-1836-contra-os-cemiterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para desinfectar os miasmas</a>, uma teoria popular na época.Viúvo, o governador da província José Júlio de Albuquerque Barros, o Barão de Sobral, determinou, a conselho dos médicos, que fossem transferidos os acampamentos dos refugiados da seca, para locais onde os ventos soprassem para fora da cidade. A remoção foi feita sem economizar “energias para convencer os flagelados a aceitarem a mudança”, segundo Teófilo.A situação demorou a chegar à Corte. Como dom Pedro II se encontrava em viagem pelos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio e só retornou em 1877, quando a epidemia já havia se espalhado pelos sertões. Em 1878, o imperador enviou 360 navios com alimentos para a região. &nbsp;<h2>Transposição do rio São Francisco e açudes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23170612874271.jpg" alt="A transposição das águas do rio São Francisco foi considerada desde a seca de 1844.&nbsp;">A transposição das águas do rio São Francisco foi considerada desde a seca de 1844.&nbsp;Desde a seca de 1844, a ideia da transposição das águas do rio São Francisco já era cogitada como a única solução para a seca no Nordeste. A ideia foi, no entanto, descartada pelo Barão de Capanema, que demonstrou não haver recursos técnicos para transpor a Chapada do Araripe. A ideia da obra foi retomada somente em 2007, e efetivamente concluída e inaugurada no início de 2022.&nbsp;Após a Grande Seca, a ideia de levar água aos nordestinos foi adaptada por dom Pedro II, que determinou a construção do primeiro açude do País: o Cedro, em Quixadá, no sertão central da província. Embora os projetos tenham sido feitos durante o período do Império, as obras só tiveram início durante a República, com o açude sendo concluído em 1906, já no século XX.Conta a História que a seca do Nordeste levou dom Pedro II a prometer que estaria disposto a vender as joias da Coroa para não deixar os sertanejos morrerem de fome. Fato é que centenas de milhares de mortes ocorreram desde então. Ao que se sabe, as tais joias jamais foram vendidas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108954-antes-das-chamas-a-historia-por-tras-do-museu-nacional-do-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e estavam no acervo do Museu Nacional</a>, que pegou fogo no dia 2 de setembro de 2018.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.933Z

O Dia dos Mil Mortos: uma das maiores tragédias da seca no Nordeste

Imagem de 3 vezes que bombeiros causaram desastres no megacurioso

Já houve um tempo em que os bombeiros só apagavam incêndios se os proprietários vendessem o imóvel!

<head></head><body>Desde o século II, a humanidade já tentava combater os incidentes que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125203-fogo-alto-realmente-cozinha-os-alimentos-mais-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fogo</a> pode causar. Em Alexandria, no século III, um egípcio chamado Ctesibus construiu uma bomba manual básica que poderia esguichar um jato de água, mas sua invenção acabou se perdendo ao longo do tempo — e demorou praticamente até o ano de 1500 para ressurgir.Depois de a antiga cidade de Roma quase ser totalmente destruída por conflagrações incontroláveis, foi criada a primeira brigada de incêndio da história, composta por 7 mil brigadistas pagos. Eles não só combateram incêndios como também serviram como uma espécie de polícia para impor punições corporais naqueles que violassem os códigos de prevenção de incêndios.Há pelo menos 400 anos que a humanidade sofre ainda mais com incêndios catastróficos, que ganharam força entre os séculos XVII e XIX. Isso aconteceu devido às novas práticas no que diz respeito ao uso do fogo, a falta de controle na queima de carvão doméstico durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122779-limpador-de-chamine-o-trabalho-infantil-que-explorava-e-matava.htm#:~:text=A%20maioria%20dos%20ex%2Dlimpadores,Instagram%2C%20Facebook%20e%20no%20Twitter%3F" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a>, e o vertiginoso aumento da população nas cidades que se industrializavam.Os bombeiros foram feitos para impedir que desastres acontecessem, mas nem sempre foi assim. Essas são as 3&nbsp;vezes que bombeiros causaram desastres.<h2>1. O Grande Incêndio de Vancouver (1886)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25233803530042.jpg" alt="(Fonte: Vancouver is Awesome/Reprodução)">(Fonte: Vancouver is Awesome/Reprodução)A primeira brigada de incêndio de Vancouver, no Canadá, foi formada por cidadãos em 29 de maio de 1886 para tentar pôr um fim no reinado de incêndios que atingiam a cidade. Ironicamente, dois meses depois, a cidade inteira foi consumida pelas chamas em apenas 45 minutos.A culpa? Dos bombeiros. Eles atearam fogo para limpar um terreno a oeste da cidade para que fosse construída uma nova estação de trem. O vento, no entanto, soprou as labaredas que saíram de controle e alcançaram os edifícios da cidade. A única coisa que os bombeiros fizeram foi avisar aos cidadãos para fugirem. Felizmente, muitos o fizeram, enquanto outros ficaram para trás para efetuar saques a mercados e lojas.Estima-se que de 600 a 1 mil edifícios foram torrados pelo erro dos profissionais, que também não fizeram muita coisa para extinguir as chamas — até porque não meios para isso eles tinham.<h2>2. A colisão de Boulder (1920)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25233933365043.jpg" alt="(Fonte: Paterson Fire History/Reprodução)">(Fonte: Paterson Fire History/Reprodução)Até meados da década de 1920, a cidade de Boulder, no Colorado, Estados Unidos, teve equipes de bombeiros equipadas em cavalos e carroças responsáveis por carregá-los até os incêndios.Portanto, quando o departamento de bombeiros ganhou o primeiro carro de bombeiro, foi uma novidade e tanta, sobretudo porque veículos motorizados naquela época eram, por si só, um fenômeno para a maioria das pessoas.&nbsp;Ninguém sabia como operá-los corretamente e isso ficou claro em 18 de março de 1920, quando um incêndio foi notificado na cidade e o primeiro caminhão de bombeiros disparou em direção ao local. O desespero para combater o fogo e a falta de traquejo com o novo veículo fez com que o automóvel se chocasse com um carro da polícia, que também seguia para o mesmo destino.Lawrence P. Bass, chefe de polícia, após 21 anos em serviço, morreu no acidente. Ocupantes do carro de bombeiros também morreram na colisão, bem como as pessoas vitimadas pelo incêndio que nunca foi atendido pela única brigada da cidade.<h2>3. A Roma de Crasso (53 a.C.)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25234048622044.jpg" alt="(Fonte: Boca Grande Fire Department/Reprodução)">(Fonte: Boca Grande Fire Department/Reprodução)Quando surgiu a primeira brigada de bombeiros da história, criado por Marco Licínio Crasso, a corporação era totalmente aparelhada e não era feita para servir à sociedade. Além disso, todos os bombeiros eram escravos do romano.Crasso ordenava que os bombeiros se oferecessem para comprar a propriedade em chamas de uma pessoa em vez de apagar o fogo. Se o proprietário recusasse a oferta inicial, eles ofereciam de novo, só que com um preço mais baixo, visto que a casa estava em chamas e perdia o seu valor a cada instante. Apenas se o proprietário concordasse com a oferta, o fogo era apagado.O objetivo de Crasso era revender a terra ao proprietário ou para outra pessoa por muito mais do que havia pago. Foi assim que ele se tornou o homem mais rico da Roma Antiga.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.888Z

3 vezes que bombeiros causaram desastres

Imagem de Por que humanos vivem no frio mesmo sem um organismo adaptado? no megacurioso

A trajetória evolutiva da espécie humana não nos preparou para temperaturas muito baixas, mas nós conseguimos dominar estes locais mesmo assim

<head></head><body>Tirando o ser humano, todas as outras espécies de primatas vivem em regiões quentes. A nossa própria espécie, inclusive, se originou no calor do continente africano. E apesar de existirem algumas pessoas — doidas, na minha opinião — que dizem amar frio, nossa natureza sempre foi se adaptar melhor ao calor.&nbsp;Nenhum ser humano consegue sobreviver ao frio "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122229-5-maneiras-como-alguns-paises-lidam-com-a-nudez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como veio ao mundo</a>". Ainda assim, nossa espécie se espalhou por quase todos os cantos da Terra, incluindo os locais mais gelados da Sibéria, Escandinávia e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114272-oceano-artico-ficara-sem-gelo-ate-2050-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ártico</a>.Os hominídeos que se aventuraram pelas latitudes mais altas dessas regiões tiveram que caçar em condições bem menos favoráveis, com dias mais curtos e muita neve. Isso sem falar, é claro, na temperatura e no vento congelante, que gerava ainda mais perda de calor corporal.&nbsp;E desde o neandertal até o Homo sapiens sapiens de hoje, os hominídeos não desenvolveram tantas adaptações físicas para o frio. Pelo menos não como outras espécies que vivem nessas regiões, que têm uma pelagem espessa e grandes reservas de gordura.&nbsp;Entretanto, nós temos outra maneira bem interessante de nos adaptar ao frio: usando a nossa inteligência. Em resumo, foi com adaptações "culturais" — muito mais do que físicas — que nós conseguimos dominar os lugares mais gelados do planeta.&nbsp;<h2>As adaptações culturais dos hominídeos</h2>Evidências dessas adaptações podem ser encontradas desde os tempos mais remotos: há 850 mil anos, em Happisburg, região leste da Inglaterra, por exemplo. Na época, essa região tinha o clima semelhante ao da Escandinávia e nossos ancestrais viveram bem por lá.Isso porque eles faziam fogueiras e produziam roupas bem quentinhas — roupas como outros hominídeos só fariam milhares de anos depois.&nbsp;Em outro sítio arqueológico — em Boxgrove, também na Inglaterra — foram encontradas várias evidências de caçadas. Isso vai ao encontro do que observamos hoje em dia: pessoas vivendo em locais muito frios comem mais carne animal do que aquelas que vivem no calor. Até porque a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123615-comer-carne-foi-importante-para-a-evolucao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne</a> tem mais calorias e gordura para preservar o calor do corpo no frio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25130610968171.jpg" alt="Hominídeos que viviam na neve dependiam mais das caças (Fonte: Getty Images)">Hominídeos que viviam na neve dependiam mais das caças (Fonte: Getty Images)<h2>E algumas adaptações físicas</h2>Dito isso, é possível observar que os humanos que foram viver no frio também desenvolveram algumas adaptações físicas. A pele mais clara, por exemplo, ajuda a absorver melhor a vitamina D, já que a luz solar é menos presente em latitudes altas.&nbsp;Além disso, a silhueta desses povos tende a ser mais baixa e atarracada, com membros mais curtos, já que isso deixa menos espaço para perder o pouco calor que eles conseguem absorver.Ainda assim, são adaptações muito menores do que as que observamos em outras espécies que vivem nas mesmas regiões, com corpos bem mais arredondados (a forma ideal para não perder calor) e uma cobertura de pelos e gordura bem mais robusta.&nbsp;De forma alguma há um hominídeo que consiga viver no frio, naturalmente. Se nós dominamos a Sibéria ou o Ártico, foi por causa das adaptações culturais, como roupas e alimentação.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.867Z

Por que humanos vivem no frio mesmo sem um organismo adaptado?

Imagem de As 4 principais semelhanças entre o Brasil e as Filipinas no megacurioso

As analogias entre o povo filipino e o brasileiro rendem muitos memes nas redes sociais, mas também têm raízes históricas

<head></head><body>As Filipinas ficam do outro lado do mundo, entre o Mar do Sul da China e o Oceano Pacífico. Porém, o povo desse país pode muito bem ser nossos primos distantes: os "filiprimos", como muita gente tem comentado na internet.&nbsp;É cada vez mais comum encontrar comentários sobre as semelhanças entre os filipinos e os brasileiros — ou latinos, de maneira geral. Recentemente, isso surgiu com <a href="https://www.tiktok.com/@greengodictionary/video/7225725978977340677" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um vídeo de duas crianças dançando funk</a>. Teve até quem compartilhou pensando que elas fossem brasileiras, mas elas são filipinas. A semelhança é tanta que dá para confundir.Mas de onde vem essas semelhanças?<h2>1. Colonização</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24224336414018.jpg" alt="As Filipinas têm essa nome por causa do Rei Filipe II, da Espanha (Fonte: Wikimedia Commons)">As Filipinas têm essa nome por causa do Rei Filipe II, da Espanha (Fonte: Wikimedia Commons)Assim como o Brasil, as Filipinas também foram colonizadas por uma potência ibérica de língua latina: os espanhóis. Depois do primeiro contato, em 1521, eles começaram a ocupar o território em 1565, mais ou menos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121534-o-que-teria-acontecido-se-colombo-nao-tivesse-descoberto-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como fizeram na América</a>.&nbsp;A maior diferença é que, como eles não encontraram tantas riquezas por lá, os espanhóis não se ocuparam tanto com as Filipinas e as utilizaram mais como entreposto logístico na Ásia. Em 1898, eles cederam as ilhas para os Estados Unidos depois de uma guerra.&nbsp;Os filipinos continuaram lutando por sua independência, que foi alcançada em 1946. Hoje, seus idiomas oficiais são o filipino e o inglês, mas é possível ver a influência do espanhol em muitos endereços, nos nomes das pessoas e em outras palavras.&nbsp;<h2>2. Religião</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24225000151019.jpg" alt="As Filipinas são uma das poucas regiões de maioria católica na Ásia (Fonte: GettyImages)">As Filipinas são uma das poucas regiões de maioria católica na Ásia (Fonte: GettyImages)Enquanto a maior parte dos países do Sudeste Asiático é de maioria islâmica — como Malásia e Indonésia —, as Filipinas têm uma ampla superioridade católica: 78% da população se declarou cristã no último censo, de 2020.Isso tem grande influência dos padres que chegaram junto com os colonizadores espanhóis e argumentavam que os nativos não deveriam ser escravizados, mas sim convertidos à fé cristã.Mas isso remete a uma grande diferença entre Brasil e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117872-4-curiosidades-fascinantes-sobre-as-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Filipinas</a>: os nativos não se misturaram com os colonizadores, inclusive porque nem houve uma ocupação espanhola tão grande nas ilhas como houve de portugueses no Brasil.<h2>3. Vizinhança</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24225556434020.jpg" alt="Os filipinos têm uma cultura diferente de seus vizinhos (Fonte: GettyImages)">Os filipinos têm uma cultura diferente de seus vizinhos (Fonte: GettyImages)O aspecto da religião se relaciona com outra semelhança entre Brasil e Filipinas: ter uma cultura diferente de seus vizinhos. Assim como eles são o único país de maioria católica no Sudeste Asiático, nós também somos os únicos falantes de português na América Latina. Com isso, os dois países construíram uma cultura própria, quase separada de seus vizinhos.Isso aparece, ainda, em outro aspecto comum aos dois países: a cultura <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118134-dia-nacional-do-orgulho-lgbt-curiosidades-sobre-a-data.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIA+</a>. Muitos dos memes e costumes das comunidades queer dos dois países são parecidos. Aliás, as Filipinas são o país mais aberto a estas pessoas na região: 73% de aceitação, contra 9% da Indonésia.<h2>4. Clima e festas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/24/24230217212023.jpg" alt="As Filipinas também são um país quente e festivo (Fonte: GettyImages)">As Filipinas também são um país quente e festivo (Fonte: GettyImages)Pela sua localização, pouco acima da linha do Equador, as Filipinas também têm um clima quente e úmido — comum a muitas regiões do Brasil.Porém, a maior semelhança é o "calor" das pessoas: assim como os brasileiros, os filipinos são um povo festivo, apesar dos problemas sociais do país. Além disso, têm o costume de rir dos próprios problemas e fazer piada com a instabilidade política.&nbsp;Aliás, o histórico democrático das Filipinas também é bastante turbulento. Entre 1965 e 1986, o país viveu uma ditadura sob Ferdinand Marcos. Nos últimos anos, elegeu o populista de direita Rodrigo Duterte e, agora, seu presidente é Bongbong Marcos — filho de Ferdinand, que tem a filha de Duterte como vice.Haja bom humor para lidar com essas situações, né? É nesse contexto que os memes sobre as semelhanças entre Brasil e Filipinas unem os internautas dos dois países.</body>

História e Geografia

Novidades