Ciência
06/06/2023 às 04:00•2 min de leitura
Pouco mais de quatro anos se passaram desde que um incêndio atingiu a Catedral de Notre Dame, destruindo seu telhado e pináculo. Algum tempo depois do incidente, foi anunciado que a igreja seria reconstruída, e nesta semana o site AP News divulgou algumas informações referentes ao método que será utilizado nesse processo.
Segundo a página, os carpinteiros que estão trabalhando na reconstrução da igreja vão utilizar as mesmas técnicas que foram aplicadas na construção da catedral há mais de 800 anos. Para isso, a ideia é utilizar "tecnologia medieval", o que inclui ferramentas como machados de mão, marretas e formão nas madeiras do teto para manter o aspecto original.
Um dado curioso é que esse método ajuda a progredir mais rápido no trabalho do que se o time decidisse utilizar equipamentos e materiais mais atuais. Entretanto, o propósito dos trabalhadores é manter a igreja o mais próximo possível do seu aspecto original, datado do período medieval.
Porém, nem tudo se baseia no uso de dispositivos e conceitos medievais. A reconstrução do teto conta com o auxílio de caminhões para o transporte de componentes mais pesados, e a instalação deles é feita com o apoio de guindastes mecânicos. Além disso, algumas análises em computador foram necessárias para ter a certeza de que todas as medidas e trabalhos manuais foram feitos corretamente.
Após o incêndio que destruiu parte da igreja, ideia é que Catedral de Notre Dame seja reaberta em dezembro de 2024. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Se tudo seguir de acordo com os planos da equipe responsável pela restauração da igreja, a ideia é que a Catedral de Notre Dame seja reaberta ao público em 2024 — e ao que tudo indica, o avanço nos trabalhos vai permitir que isso seja feito, já que o propósito é ter o ponto turístico acessível durante as Olimpíadas de Paris.
Vale lembrar que, no último mês, a reforma entrou em uma nova fase com a instalação da agulha da igreja. Trata-se de uma estrutura com base de 80 toneladas que coroa o telhado do templo, e é o elemento central sobre o qual repousa a torre de 96 metros (erguida originalmente no século XIX pelo arquiteto Viollet-Le-Duc).
Outro ponto é que o grande órgão da igreja ficou intacto, mas acabou coberto de cinzas de chumbo por conta do incêndio. Ele precisou ser desmontado, mas seus oito mil tubos estão sendo reinstalados um a um.