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Confira os trabalhos mais sinistros imaginados em clássicos da ficção científica

O fascinante g&ecirc;nero da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica se baseia em uma premissa central: imaginar um futuro repleto de avan&ccedil;os cient&iacute;ficos ou t&eacute;cnicos, com consequ&ecirc;ncias n&atilde;o necessariamente positivas. Na maior parte das vezes, as obras desse estilo criam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115032-fordlandia-a-utopia-que-virou-distopia-no-meio-da-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distopias</a>, ou seja, a perspectiva de um amanh&atilde; mais negativo e opressor do que o presente.
E se as obras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122529-5-dos-livros-de-ficcao-cientifica-mais-premiados-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica</a> projetam o nosso futuro poss&iacute;vel, &eacute; at&eacute; l&oacute;gico que elas tamb&eacute;m tenham imaginado novas profiss&otilde;es que podem ser criadas. Neste texto, compartilhamos os quatro trabalhos mais bizarros concebidos dentro do g&ecirc;nero.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124289-4-ideias-da-ficcao-cientifica-que-sao-possiveis-teoricamente.htm" target="_blank" rel="sponsored">4 ideias da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica que s&atilde;o poss&iacute;veis, teoricamente</a>
<h2>1. Spacer</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18092155106030.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
No livro Aye, and Gomorrah&nbsp;(1967), o escritor Samuel R. Delaney acompanha a hist&oacute;ria de um "spacer",&nbsp;uma figura um tanto perturbadora que surge no futuro. Basicamente, um spacer &eacute; uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123150-o-que-e-fluidez-de-genero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoa ag&ecirc;nero</a> castrada na puberdade para evitar a contamina&ccedil;&atilde;o pelos efeitos nocivos da radia&ccedil;&atilde;o espacial.
O surgimento dos spacers levou &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de uma subcultura chamada de "Frelks", composta por pessoas que os fetichizam sexualmente. S&oacute; que, mesmo sendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/101766-pessoas-assexuadas-tem-fantasias-sexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assexuado</a>, o spacer que protagoniza o livro trabalha como profissional do sexo. Isso ocorre em parte devido ao dinheiro, em parte pela possibilidade de conex&atilde;o humana.
O conflito central come&ccedil;a a se desdobrar no livro quando uma mulher quer dormir com ele, mas n&atilde;o quer pagar. Isso leva o protagonista a uma s&eacute;rie de debates internos sobre o seu trabalho e seu papel no mundo, configurando&nbsp;Aye, and Gomorrah como uma forte e comovente reflex&atilde;o sobre o futuro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106737-sexo-aumenta-produtividade-e-sucesso-profissional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho sexual.</a>
<h2>2. Criadores de layouts</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18093330613032.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O famoso escritor <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/103885-veja-o-retrato-falado-de-15-personagens-classicos-da-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Philip K. Dick</a> teve como um dos seus temas principais o futuro das drogas. Em Os Tr&ecirc;s Estigmas de Palmer Eldritch, de 1965, ele parece ter chegado ao &aacute;pice dessa discuss&atilde;o. Na obra, o protagonista &eacute; um traficante de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas</a> intergal&aacute;ctico que trabalha para uma empresa criando "layouts". Tratam-se de adere&ccedil;os f&iacute;sicos que, junto com o consumo de drogas, criam uma alucina&ccedil;&atilde;o coletiva que ajudam os colonos a escapar da dura realidade de viver em planetas arrasados.
O mais sinistro &eacute; que esses adere&ccedil;os funcionam quando as pessoas entram em bonecas chamadas Pat Insolente (ou de seu namorado, Walt), o que fazem com que elas acabem compartilhando de experi&ecirc;ncias semelhantes a cultos religiosos. O futuro imaginado por Philip K. Dick imagina profiss&otilde;es que misturam o futurismo com aquilo que h&aacute; de mais antigo, como a f&eacute;.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123762-6-avancos-tecnologicos-inspirados-por-historias-de-ficcao-cientifica.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos inspirados por hist&oacute;rias de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica</a>
<h2>3. Navegadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18094340969033.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros./Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros./Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em Duna&nbsp;(1965), o escritor Frank Herbert concebeu uma civiliza&ccedil;&atilde;o gal&aacute;ctica no futuro que depende menos de computadores do que se tende a imaginar dentro da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica. A hist&oacute;ria envolve o planeta de Arrakis, que se torna o mais importante do universo por ser a fonte de melange, uma especiaria que possibilita a realiza&ccedil;&atilde;o de viagens interestelares. Ao conduzir uma viagem, os navegadores acabam encontrando os caminhos certos entre os sistemas estelares.
Os navegadores, portanto, s&atilde;o os profissionais que guiam as naves espaciais chamadas de paquetes. Eles s&atilde;o extremamente importantes porque, em uma viagem longa num local t&atilde;o imprevis&iacute;vel como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121901-onde-a-terra-termina-e-comeca-o-espaco-sideral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espa&ccedil;o sideral</a>, muitas complica&ccedil;&otilde;es podem ocorrer. Seriam, talvez, os pilotos mais preparados no futuro.
<h2>4. Mechador</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18095219999037.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O conto Auto-da-F&eacute;&nbsp;(1967), de Roger Zelazny, compartilha a hist&oacute;ria de um mechador. Ele poderia ser definido como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117487-morte-de-toureiro-foi-passo-a-caminho-do-fim-das-touradas-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">toureiro</a> &ndash; s&oacute; que, ao inv&eacute;s de perseguir e matar touros, ele luta contra carros autom&aacute;ticos que foram carregados por c&eacute;rebros rob&oacute;ticos.&nbsp;
No futuro imaginado em&nbsp;Auto-da-F&eacute;, a tecnologia possibilitou que as pessoas possam ser ressuscitadas depois da morte, o que acaba gerando um tipo de entretenimento bizarro. O mechador ent&atilde;o seria o sujeito que coloca a pr&oacute;pria vida em risco para proporcionar um show grotesco em que carros velhos equipados com intelig&ecirc;ncia artificial substituem os animais nas antigas touradas.

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As 4 profissões mais estranhas da ficção científica

Imagem de A incrível história dos pilotos que inspiraram "O Pequeno Príncipe" no megacurioso

O serviço postal Aéropostale foi pioneiro nas viagens a distância com aviões biplanos

<head></head><body>Antoine de Saint-Exupéry entrou para a história como o escritor de um dos livros mais famosos de todos os tempos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106740-75-anos-de-o-pequeno-principe-um-livro-que-impactou-muitas-vidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Pequeno Príncipe.</a> Mas o que nem todo mundo lembra é de onde ele tirou a inspiração para a sua obra. Saint-Exupéry era apaixonado por voar e fazia rallies aéreos, com percursos que de longas distâncias e duração de muitas horas.Foi num desses rallies que o avião de Saint-Exupéry teve uma pane em 1935 e ele teve fazer uma aterrissagem de emergência no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116313-saara-o-maior-deserto-do-mundo-pode-ficar-cheio-de-vida-novamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do Saara</a>. Lá, ele e seu amigo André Prévet passaram alguns dias angustiantes antes de serem resgatados.Mas eles não foram os únicos aventureiros a entrar neste tipo de jornada. Outros pilotos faziam os mesmos trajetos e disputavam o rally Toulouse-Tarfaya, que se repete anualmente até hoje. Já outros trabalhavam num serviço postal aéreo pioneiro, a Aéropostale.<h2>Os pioneiros da Aéropostale</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/70/D%C3%A9p_Lat%C3%A9co%C3%A8re_26_dans_l%27Ajfor%2C_L%27A%C3%A9ronautique_Janv_1931.jpg/640px-D%C3%A9p_Lat%C3%A9co%C3%A8re_26_dans_l%27Ajfor%2C_L%27A%C3%A9ronautique_Janv_1931.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/15/15123651652000.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Tarfaya já foi uma parada crucial no primeiro serviço de correio aéreo intercontinental, Lignes Latécoère (que mais tarde alterou o nome para Aéropostale). A Aéropostale tinha sede na capital da aviação da França, Toulouse, e era operada por uma rede de pilotos corajosos que voavam em aviões biplanos pela costa da África Ocidental. Antoine de Saint-Exupéry por um tempo administrou o aeródromo de Tarfaya, e foi lá que começou a escrever seus romances.Em 1983, um jornalista chamado André Sabas organizou pela primeira vez um rally aéreo para homenagear esta história, reorganizando a rota da Aéropostale, indo de Toulose até Saint Louis, no Senegal, passando pela Espanha, Europa e Mauritânia.Um dos participantes originais foi o médico Jean-Jacques Galy, que cresceu ouvindo histórias sobre a Aéropostale. Ele participou novamente em 1984, e começou a organizar o rally em 1991. Em 2010, tornou-se o diretor geral desta expedição.Para o médico e aviador, os pilotos originais são seus heróis. “É importante ter uma missão na vida. Eles tinham isso. Ao ponto, eles arriscaram suas vidas. Fizeram isso porque tinham 25 anos, não temiam nada. Se uma pessoa se saiu bem, a outra queria fazer melhor", afirma Gally.<h2>O fundador da Aéropostale</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/15/15124704335005.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Entre as pessoas que Gally admira, está o fundador da Aéropostale. Pierre Georges Latécoère foi um fabricante de aeronaves da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm#:~:text=A%20Primeira%20Guerra%20Mundial%20tamb%C3%A9m,como%20a%20Tr%C3%A9gua%20de%20Natal." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>. Com o fim da guerra, ele teve a ideia de transportar correspondências pela África Ocidental, atravessando o Atlântico até a América do Sul.Depois de um ano de testes, Latécoère conseguiu inaugurar a linha Toulouse-Rabat, com subvenção do governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125016-o-rei-de-marrocos-sumiu-e-um-lutador-de-mma-pode-ser-a-razao-disso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marrocos</a>. Em 1925, o correio aéreo já circulava diariamente de Toulouse para o Senegal e chegava por fim no Brasil.“Em 1920, enviar uma carta da França para o Chile demorava dois meses e meio. Depois da Aéropostale, a carta viajava em uma semana. Foi o primeiro passo da aceleração das comunicações”, diz Sadat Shaibata Mrabih Rabou, diretor do museu Aéropostale de Tarfaya.&nbsp;Ainda assim, toda essa operação arriscada custou vidas: cerca de 120 pilotos morreram, por falhas técnicas nos aviões ou problemas relativos ao mau tempo. Alguns foram sequestrados durante os voos. Em 1928, dois pilotos da Aéropostale passaram 117 presos no sul de Tarfaya, e Saint-Exupéry teve que negociar seu resgate com os mouros.Mas o fator mais perigoso era o próprio cronograma da Aéropostale. Como as entregas tinham que ocorrer diariamente, os pilotos voavam em todas as condições, por piores que fossem.<h2>O rally atualmente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/15/15123946403002.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Já os rallies atuais, obviamente, não correm esses riscos. Há um forte uso da tecnologia para controlar as máquinas e monitorar a previsão do tempo. Os participantes devem ter mais de 250 horas de voo para se candidatarem ao trajeto. O que não significa, claro, que não haja riscos em voar em aviões biplanos.Os participantes do rally Toulouse-Tarfaya seguem os preceitos usados por Saint-Exupéry. Entre eles, está as trocas entre as culturas, de acordo com os locais que os pilotos visitam. "O Pequeno Príncipe é um ícone, um embaixador da paz. É importante compartilhar essa memória com o povo de Tarfaya. Eles sabem que essa é a história deles também", fala Olivier d'Agay, sobrinho-neto de Saint-Exupéry, que trabalha até hoje em Tarfaya.Sadat Shaibata Mrabih Rabou, que cresceu em Tarfaya, lembra que as crianças locais sempre corriam para receber os aviões que pousavam. A chegada dos pilotos durante o rally servia como uma troca de conhecimento e mesmo a inserção de recursos financeiros nas cidades que estavam na rota da Aéropostale. E assim, ao manter essa história viva, todos os participantes acreditam estarem colaborando para difundir a ideia de paz e tolerância trazida na famosa obra de Saint-Exupéry.</body>

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A incrível história dos pilotos que inspiraram 'O Pequeno Príncipe'

Imagem de Os 6 melhores romances góticos de todos os tempos no megacurioso

Confira 6 indicações de clássicos da literatura gótica para começar a ler hoje mesmo

<head></head><body>Surgida em meados do século XVIII, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122267-5-fatos-fascinantes-sobre-o-livro-o-corcunda-de-notre-dame.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">literatura gótica</a> é objeto de culto de leitores espalhados pelo mundo todo. As obras incluídas neste gênero costumam ser repletas de castelos medievais, emoções soturnas, personagens perturbados e, claro, muita escuridão.O tempo passa e os romances góticos continuam bombando — inclusive, fazem muito sucesso no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125469-ovo-de-tubarao-chifre-com-aparencia-inusitada-viraliza-no-tiktok.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TikTok</a>. Confira algumas dicas de 6 livros fundamentais para quem ama o gênero.<h2>1. Frankenstein, de Mary Shelley (1818)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12142338803208.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um clássico absoluto do gótico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120132-frankenstein-por-que-o-monstro-ganhou-a-cor-verde-nos-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Frankenstein</a> foi escrito por Mary Shelley quando ela tinha apenas 18 anos. Sua mente trouxe ao mundo uma história perturbadora sobre um cientista, Victor Frankenstein, que criou uma espécie de ser autômato com partes humanas que coletou em cemitérios. Dessa invenção, surge um monstro que, mesmo com aparência horrenda, tem emoções. A obra se tornou tão influente que até hoje Frankenstein vive em nosso imaginário.<h2>2. Drácula, de Bram Stoker (1897)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12142501757209.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Adaptado várias vezes no cinema, o romance <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122953-a-rainha-elizabeth-era-descendente-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Drácula</a>, de Bram Stoker, é considerado um pilar do gênero gótico. Ele é construído de forma epistolar (por cartas) e, diferente do que muita gente pensa, não tem apenas o Drácula como protagonista.As histórias contadas no livro envolvem vários personagens, como o advogado Jonathan Harker, que faz uma viagem de negócios e se hospeda no castelo do Conde Drácula, na Transilvânia, e traz até Abraham Van Helsing, o famoso caçador de vampiros.<h2>3. A Volta do Parafuso, de Henry James (1989)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12142321402206.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A Volta do Parafuso, do americano naturalizado britânico Henry James, é um desconcertante romance com elementos de horror. Ele conta a história de uma mulher contratada para cuidar de duas crianças fofas e ingênuas, Flora e Miles. No entanto, ela começa aos poucos a perceber fenômenos estranhos na casa onde eles estão, e sente que há fantasmas ali que a cada dia parecem se aproximar mais deles.<h2>4.&nbsp;A História Secreta, de Donna Tartt (1992)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12143136487214.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Aqui temos um clássico moderno do gótico que se tornou um&nbsp;best-seller cult.&nbsp;A História Secreta&nbsp;é narrado por Richard Papen, um estudante admitido em uma universidade de elite. Lá, cinco alunos são selecionados por um professor para se dedicar a um estudo sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101049-15-fatos-sobre-a-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grécia antiga</a>. Isso acaba envolvendo um mergulho em uma espécie de culto regado por festas orgiásticas, muito álcool e conversas filosóficas. Até que a loucura atinge um ponto em que não há mais retorno.<h2>5. Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice (1976)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12143829515217.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Mais uma obra altamente popular, que também gerou uma adaptação cinematográfica inesquecível. <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/85742-sucesso-no-cinema-entrevista-com-o-vampiro-completa-21-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entrevista com o Vampiro</a> é narrado por um vampiro chamado Louis de Pointe du Lac, que narra sua vida de 200 anos para um repórter. Em suas memórias, está presente também a relação com um vampiro poderoso chamado Lestat de Lioncourt, que o escolheu para ser seu companheiro imortal. Erotismo e terror andam juntos neste romance de Anne Rice.<h2>6. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë (1847)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12144136425219.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122743-5-coisas-estranhas-sobre-a-cantora-kate-bush.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Morro dos Ventos Uivantes</a>, de Emily Brontë (na imagem com suas irmãs Charlotte e Anne), é um grande clássico que mistura paixão e horror. Na obra, um menino órfão, Heathcliff, é adotado pela família Earnshaw. Ele cresce ao lado de Catherine, e ambos se apaixonam. Contudo, seu amor é impossível de se concretizar.&nbsp;Catherine acaba decidindo se casar com Edgar Linton, um homem rico, por conta da diferença social com o amado. Heathcliff fica arrasado, e resolve se vingar, dando início a uma trama dramática e sombria.</body>

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Os 6 melhores romances góticos de todos os tempos

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Pesquisa reuniu dados sobre quais são os livros favoritos dos leitores de mais de 130 países espalhados pelo mundo

<head></head><body>Um levantamento recente feito pelo WordFinderX reuniu dados da plataforma Goodreads, um lugar onde 125 milhões de leitores se encontram para dar suas opiniões, para classificar quais são os livros mais bem avaliados em 132 países espalhados pelo mundo.&nbsp;Para que a análise ficasse mais justa, apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124955-por-que-os-livros-possuem-formato-retangular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livros</a> com pelo menos 500 avaliações foram levados em consideração. Ao todo, o estudo planeja trazer uma perspectiva de contexto social, cultural ou geográfico encontrado por meio dos hábitos de leitura das diferentes partes do planeta. Conheça mais sobre essa pesquisa!<h2>Livros adorados pelo mundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/05/05174547468324.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conforme mostra o levantamento, o livro mais bem avaliado na América do Norte&nbsp;vem do escritor norte-americano de ficção científica e fantasia Brandon Sanderson, Words of Radiance. A obra é o segundo de dez livros compostos para a série Stormlight Archive de Sanderson — sendo que apenas seis deles foram publicados até agora —, que fala sobre política, guerra, raça, religião, conspirações secretos, assassinatos, deuses e muito mais.Já na Europa, quem ficou o posto de livro mais bem avaliado é The Botanist, do escritor britânico MW Craven. O autor é conhecido por sua série de romances policiais do detetive sargento Washington Poe. No quinto livro da saga, Poe está acompanhado por Matilda Bradshow e precisa solucionar dois mistérios impressionantes para desvendar um caso.No continente africano, dois livros nacionais estão empatados no primeiro lugar com uma classificação média de 4,52 pontos:&nbsp;Dear Ijeawele, or a Feminist Manifesto in Fifteen Suggestions, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121327-6-citacoes-diretas-de-mulheres-iconicas-para-usar-na-redacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chimamanda Ngozi Adichie</a>, e The African Origin of Civilization: Myth or Reality,&nbsp;de 1974, do escritor senegalês Cheikh Anta Diop.Na Ásia, o primeiro lugar do ranking apresenta a obra Arkitek Jalanan, uma série de livros do escritor malaio Teme Abdullah sobre sua vida como estudante de arquitetura em Londres. Por fim, Veja o que você me fez fazer: poder, controle e violência doméstica,&nbsp;da jornalista investigativa Jess Hill, tornou-se o livro mais bem avaliado da Oceania.<h2>Sucessos literários na América do Sul</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;WordFinderX/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_2400,h_1350,x_0,y_856/c_fill,w_1440,ar_16:9,f_auto,q_auto,g_auto/images%2FvoltaxMediaLibrary%2Fmmsport%2Fmentalfloss%2F01h46v6fghfy3sy28q15.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/05/05174621907325.jpg" alt="(Fonte: WordFinderX/Divulgação)">(Fonte: WordFinderX/Divulgação)Na nossa América do Sul, o título mais bem avaliado no Goodreads vai para o escritor, ativista e líder da resistência surinamesa Anton de Kom, com Wij slaven van Suriname (Nós, escravos do Suriname). A obra-prima de 1934 é uma história sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108537-20-curiosidades-aleatorias-sobre-o-suriname.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Suriname</a> colonial e uma recordação do racismo feroz na região e os reflexos do colonialismo.Outro clássico que aparece em uma ótima colocação é a obra Conversa na Catedral, do peruano Mario Vargas Llosa. Publicado originalmente em 1969, a obra traz um retrato fiel sobre o Peru na década de 1950 sob a ditadura de Manuel A. Odría. Tais livros mostram um forte reflexo dos acontecimentos políticos na região durante as últimas décadas.Para finalizar, quem fica com a primeira posição de livro mais bem avaliado no Brasil é a obra Arlindo, da autora Luiza de Souza. A história em quadrinhos fala sobre a vida de Arlindo, um garoto cheio de sonhos que busca incessantemente encontrar seu lugar no mundo. Lançado em 2021, a obra foi vencedora do prêmio CCXP Awards (2022) na categoria Melhor Quadrinho.&nbsp;</body>

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Conheça os livros mais bem avaliados em cada país do mundo

Imagem de Castelo Frankenstein: conheça a construção alemã que inspirou o clássico da literatura no megacurioso

Construído originalmente no século XIII, o Castelo de Frankenstein tornou-se um dos pontos turísticos mais populares em toda a Alemanha

<head></head><body>Se você é do tipo de pessoa que adora histórias de terror, provavelmente deve estar familiarizado com a história do monstro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120132-frankenstein-por-que-o-monstro-ganhou-a-cor-verde-nos-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Frankenstein</a> — a criatura remendada que surgiu do romance de terror escrito Mary Shelley. No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que o Castelo Frankenstein, citado no livro, também existe na vida real.A estrutura foi criada no século XIII e está localizada na cidade de Mühltal, na Alemanha, embora tudo o que tenha restado dela hoje em dia são alguns edifícios e paredes em ruínas. No passado, contudo, o castelo era uma fortaleza de presença dominadora e também esteve envolto em mistérios e rumores perturbadores. Conheça mais sobre essa história!<h2>Residente assustador</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/26/26031811545000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Muito da história real sobre o Castelo Frankenstein está baseada na vida de seu residente mais infame: Johann Konrad Dippel. Nascido na fortaleza em 1673, o médico alemão sempre esteve envolvido em diversos rumores, lendas e controvérsias locais ao longo de toda a sua vida.Tendo estudado teologia, alquimia e filosofia na Universidade de Giessen, Dippel rapidamente recebeu a reputação de ser um aluno extremamente talentoso. No entanto, histórias da região diziam que ele era uma pessoa muito egocêntrica e com personalidade combativa — o que resultou em inúmeras disputas públicas.Sendo um ferrenho defensor do luteranismo tradicional, Dippel se exaltou tanto em determinado momento que foi acusado de matar um homem em um duelo, o que fez fugir de cena e voltar para Giessen. Lá, ele continuou a se aprofundar nas práticas alquímicas e passou a usar partes de animais em seus experimentos.<h2>A vida de Dippel</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/26/26031847362002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Misturando couro, sangue e chifres em uma mistura preta, o médico criou o chamado "Óleo de Dippel", o qual ela afirmava ser o "elixir da vida" que poderia ser usado para tratar qualquer condição médica. O remédio nunca chegou a ser uma cura milagrosa, mas foi usado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> para revestir o interior de poços e tornar a água imprópria para os adversários da Alemanha.Porém, se essa história não fosse bizarra o suficiente, Dippel estava envolvido em mais. Naquela época, existiam rumores de que o gênio alemão também realizava terapias usando eletricidade, havia criado poções e até mesmo experimentou partes de corpos roubadas que ele mesmo havia tirado de túmulos.Não à toa, muitos especulam que o terrível residente do Castelo Frankenstein possa ter sido utilizado como inspiração para que Mary Shelley pudesse criar o cientista louco da sua obra Frankenstein.<h2>Fortaleza nos dias de hoje</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/26/26032021515005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Até hoje, o Castelo Frankenstein é um dos pontos turísticos mais visados de toda a Alemanha, recebendo milhares de visitantes todos os anos. A fortaleza fica a uma curta distância de carro de Frankfurt, sendo de fácil acesso para quem está pela região. E mesmo que o castelo esteja em ruínas hoje — exceto por duas de suas torres, uma capela e um restaurante — sua arquitetura ainda é de impressionar.Por motivos lógicos, o período do ano mais interessante para se estar nesse local é durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123321-por-que-celebramos-o-halloween-no-brasil.htm#:~:text=A%20tradi%C3%A7%C3%A3o%20do%20Halloween%20tem,%C3%A0%20terra%20atormentar%20os%20vivos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Halloween</a>, quando visitantes do mundo todo se reúnem na esperança de ver o monstrengo da obra de Shelley aparecer entre os escombros. No final de outubro, a região costuma ter vários espetáculos teatrais assustadores, decorações de dar calafrios e muitas pessoas fantasiadas.&nbsp;Para quem também acredita nessas coisas, muitos caçadores de fantasmas modernos afirmar que existe "atividade paranormal significativa" no local. Portanto, se você é do tipo de pessoa que adora vivenciar experiências estranhas, esse será seu destino preferido!</body>

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Castelo Frankenstein: conheça a construção alemã que inspirou o clássico da literatura

Imagem de 5 maldições assustadoras para ladrões de livros encontradas por historiadores no megacurioso

No passado, era comum que potenciais ladrões de livros fossem alvo de maldições para desencorajá-los do crime

Pode parecer estranho para alguns, mas roubar livros j&aacute; foi alvo de muito &oacute;dio e causava bastante preocupa&ccedil;&atilde;o. Para entender por que isso acontecia, &eacute; preciso lembrar que, antes da inven&ccedil;&atilde;o dos tipos m&oacute;veis por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123167-conheca-5-dos-livros-mais-raros-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gutenberg</a>, um livro feito de forma manuscrita era um objeto extremamente caro: produzido de forma artesanal, pelas m&atilde;os de poucas pessoas, resultando em uma pe&ccedil;a de valor art&iacute;stico. Por isso, furtar um deles poderia ser o equivalente a roubar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125379-quando-voce-deve-usar-o-botao-de-recirculacao-de-ar-do-seu-carro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carro</a> hoje em dia.
Por todas estas quest&otilde;es, havia uma s&eacute;rie de maldi&ccedil;&otilde;es rogadas a quem ousasse roubar estas valiosas pe&ccedil;as de cole&ccedil;&atilde;o. O in&iacute;cio dessas "pragas" remete ao s&eacute;culo VII a.C. Desde ent&atilde;o, v&aacute;rios livros foram cercados de puni&ccedil;&otilde;es "espirituais", digamos, para quem os levasse para casa. Neste texto, compartilhamos cinco desses casos bem bizarros.
<h2>1. O m&aacute;rtir acusador</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mentalfloss&nbsp;" data-fonte-url="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_728,h_1092,x_0,y_0/c_fill,w_1440,ar_2:3,f_auto,q_auto,g_auto/shape%2Fcover%2Fsport%2F536874-beinecke-ms-214-cffa05fcbff59d5bc4d00e7a2d2dbd5c.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14195109232006.jpg" alt="(Fonte: Mentalfloss)" />(Fonte: Y<a class="style_1i5d9um" href="https://brbl-dl.library.yale.edu/vufind/Record/3440279" target="_blank">ale Beinecke Library</a>/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No livro The Medieval Book, a pesquisadora Barbara A. Shailor registra uma maldi&ccedil;&atilde;o encontrada em&nbsp;Historia scholastica, obra produzida na Fran&ccedil;a no s&eacute;culo XII.
O texto diz assim: &ldquo;Pedro, de todos os monges o menos significativo / deu este livro ao mais aben&ccedil;oado m&aacute;rtir, S&atilde;o Quentin. / Se algu&eacute;m o roubar, deixe-o saber que no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124194-6-vezes-em-que-o-relogio-do-juizo-final-foi-alterado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia do Ju&iacute;zo</a> o pr&oacute;prio m&aacute;rtir mais santo / ser&aacute; o acusador contra ele diante da face de nosso Senhor Jesus Cristo".
<h2>2. Uma condena&ccedil;&atilde;o eterna</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mentalfloss&nbsp;" data-fonte-url="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_605,h_340,x_123,y_0/c_fill,w_1440,ar_16:9,f_auto,q_auto,g_auto/shape%2Fcover%2Fsport%2F536874-beinecke-ms-1000-39123563f845223e3155caf95ba46f16.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14195405140007.jpg" alt="(Fonte: Mentalfloss)" />(Fonte: Yale Beinecke Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em um livro do s&eacute;culo XI encontrado numa igreja da It&aacute;lia, h&aacute; uma maldi&ccedil;&atilde;o bem peculiar. O texto presente diz assim: "Quem pegar este livro ou roub&aacute;-lo / ou de alguma forma maligna o remover da Igreja de Santa Cec&iacute;lia / que ele seja condenado e amaldi&ccedil;oado para sempre / a menos que ele devolva ou expie seu ato".
<h2>3. Amaldi&ccedil;oado pela boca de Deus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/19/getty-images-19171207493378.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Em um manuscrito do s&eacute;culo XVIII encontrado no Mosteiro de S&atilde;o Marcos, em Jerusal&eacute;m, h&aacute; uma maldi&ccedil;&atilde;o que foi registrada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123641-por-que-e-como-os-xeiques-arabes-sao-tao-ricos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;rabe</a>. Ela diz: "Propriedade do mosteiro dos s&iacute;rios na honrosa Jerusal&eacute;m. / Qualquer um que roubar ou remover [isso] de seu local de doa&ccedil;&atilde;o ser&aacute; amaldi&ccedil;oado pela boca de Deus! / Deus (exaltado seja) ficar&aacute; zangado com ele! / Am&eacute;m."
<h2>4. Corvos esfomeados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14201345291021.jpg" alt="(Fonte: Amazon)" />(Fonte: Amazon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na obra&nbsp;Anathema &ndash; Medieval Scribes and the History of Book Curses, o escritor Marc Drogin estudou e listou algumas maldi&ccedil;&otilde;es <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122778-5-costumes-medievais-completamente-sadicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medievais</a> dos livros. Em um deles, aparece uma dana&ccedil;&atilde;o horrorosa para quem pegasse um livro que n&atilde;o era seu.
A inscri&ccedil;&atilde;o diz: "Se voc&ecirc; tentar roubar esse livro / &Eacute; pela garganta que voc&ecirc; ser&aacute; pendurado. / E os corvos ent&atilde;o se reunir&atilde;o sobre voc&ecirc; / Para encontrar seus olhos e pux&aacute;-los para fora".
<h2>5. Consumido pelos vermes dos livros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14201744742024.jpg" alt="(Fonte: Escrever e Ler)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No Monast&eacute;rio de S&atilde;o Pedro, em Barcelona, uma biblioteca expunha uma maldi&ccedil;&atilde;o escabrosa.
A advert&ecirc;ncia aos ladr&otilde;es era essa: "Para aquele que furtar um livro desta biblioteca / Que o livro transforme-se em uma serpente em suas m&atilde;os e o domine / Que seja atingido por paralisia, e que todos os seus membros sejam destru&iacute;dos. / Que definhe de dor, clamando por miseric&oacute;rdia / Que n&atilde;o haja fim para sua agonia at&eacute; que ele esteja desintegrado. / Que os Vermes de livro consumam suas entranhas em mem&oacute;ria do Verme que n&atilde;o morreu. / E quando finalmente ele rumar para seu julgamento final / Deixe que as chamas do inferno consumam para sempre e indefinidamente". Sem d&uacute;vida, muita gente deve ter corrido desse lugar ap&oacute;s ler uma amea&ccedil;a dessas!

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5 maldições assustadoras para ladrões de livros encontradas por historiadores

Imagem de 4 autores que rejeitaram seus próprios livros no megacurioso

Alguns escritores famosos decidiram ignorar obras que escreveram

Muita gente acha que publicar um livro seria um sonho. Afinal, ter suas hist&oacute;rias lidas por muita gente parece ser uma conquista incr&iacute;vel. Mas saiba que, para muitos escritores famosos, essa emo&ccedil;&atilde;o inicial acabou se tornando bem desagrad&aacute;vel.
A verdade &eacute; que v&aacute;rios autores passaram a ter avers&atilde;o a algumas de suas cria&ccedil;&otilde;es liter&aacute;rias, o que os levou a tomar atitudes como negar, esconder ou simplesmente desprezar seus livros depois que foram lan&ccedil;ados. Neste texto, contamos quatro desses casos.
<h2>1. Franz Kafka</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13185327257403.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
O escritor tcheco <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/40091-5-artistas-famosos-que-tambem-tinham-outras-profissoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Franz Kafka</a> foi extremamente cr&iacute;tico com suas pr&oacute;prias obras &ndash; a ponto de ter queimado cerca de 90% de seus escritos. Para completar, em seu leito de morte, Kafka pediu para seu amigo e editor, Max Brod, que destru&iacute;sse o resto.
Felizmente, Brod desobedeceu &agrave; ordem e fez o contr&aacute;rio: publicou os livros do amigo. Inclusive, o resto da vida deste editor foi em parte dedicado &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o desde acervo &ndash; ele chegou a contrabandear uma pasta cheia de originais de Kafka antes que os nazistas fechassem a fronteira da Alemanha.
<h2>2. Don DeLillo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/19/wikimedia-commons-19165905699366.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Don DeLillo &eacute; um dos escritores americanos mais importantes de sua &eacute;poca. No entanto, h&aacute; um livro que ele escreveu que nem sempre &eacute; conhecido por seus admiradores.
A obra se chama Amazons, e foi escrito por Don DeLillo em 1980. Depois de ter lan&ccedil;ado seis romances que lhe deram muita reputa&ccedil;&atilde;o (mas n&atilde;o dinheiro), o escritor elaborou uma obra diferente: uma esp&eacute;cie de falsa biografia bem-humorada.
Ele assina a obra pelo pseud&ocirc;nimo de Cleo Birdwell, que seria a primeira jogadora de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118022-jogador-de-hoquei-morre-apos-ser-atingido-por-disco-na-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">h&oacute;quei</a> da NHL. "Ela" escreve uma autobiografia em que conta seus relacionamentos &iacute;ntimos com treinadores e parceiros de equipe.&nbsp;
N&atilde;o era, digamos, uma obra "elevada". Por isso, DeLillo nunca reconheceu publicamente a sua autoria em Amazons, e at&eacute; pediu que o livro n&atilde;o fosse citado em sua bibliografia oficial.
<h2>3. Martin Amis</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13195215380417.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Ian Gavan/Getty Images)
O brit&acirc;nico Martin Amis tamb&eacute;m tem uma obra que prefere deixar meio escondida. O livro se chama Invasion of the Space Invaders, e nele Amis investiga o mundo dos primeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122979-videogame-vicio-de-jovens-brasileiros-esta-acima-da-media-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">videogames</a>.
Embora tenha uma introdu&ccedil;&atilde;o redigida por Steven Spielberg, Martin Amis parece relutar em reconhecer essa obra como parte importante de sua bibliografia, tanto que prefere n&atilde;o falar sobre ela.
D&aacute; at&eacute; para imaginar que ele considere um livro "inferior", uma vez que suas obras s&atilde;o bem s&eacute;rias e debatem temas duros, como o islamismo radical. Mesmo assim, Invasion of the Space Invaders segue cativando f&atilde;s que gostam da an&aacute;lise que Martin Amis fez.
<h2>4. Ian Fleming</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13195806501426.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte:&nbsp;Express/Getty Images)
O escritor brit&acirc;nico Ian Fleming fez um imenso sucesso nos anos 1960 por ser autor dos romances de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123135-james-bond-007-o-legado-da-franquia-apos-60-anos-de-dr-no.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Bond.</a> Contudo, ele come&ccedil;ou a notar que sua obra come&ccedil;ou a ganhar popularidade pelos motivos errados: muitos estudantes idolatravam a viol&ecirc;ncia das suas hist&oacute;rias.
Foi a&iacute; que Fleming resolveu escrever um livro que servisse como "corretor" da rota. Em Espi&atilde;o e Amante (no original, The Spy Who Loved Me), de 1962, ele apresentava um ponto de vista alternativo ao de Bond, a partir das experi&ecirc;ncias de uma mulher chamada Vivienne Michel.&nbsp;
A hist&oacute;ria de Vivienne inclu&iacute;a eventos como a perda da virgindade dentro de um cinema, o trabalho como secret&aacute;ria e a realiza&ccedil;&atilde;o de um aborto. &Eacute; apenas no ter&ccedil;o final do livro que James Bond aparece, seduz Vivienne, elimina os bandidos e vai embora.
Infelizmente, os cr&iacute;ticos detestaram o romance, e o pr&oacute;prio Fleming ficou desapontado com o resultado. O escritor ent&atilde;o passou a rejeitar a obra e proibir novas reimpress&otilde;es. Quando deu sequ&ecirc;ncia aos livros de James Bond, ele simplesmente ignorou todos os eventos que havia contado nesta obra.
A saga cinematogr&aacute;fica teve um filme de 1977 chamado 007 - O Espi&atilde;o Que Me Amava. Contudo, Ian Fleming s&oacute; autorizou o uso deste t&iacute;tulo caso o enredo n&atilde;o tivesse qualquer conex&atilde;o com o romance.

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4 autores que rejeitaram seus próprios livros

Imagem de Família potiguar registrou na memória mais de 700 romances ibéricos no megacurioso

Filhas de Atanásio Salustino guardaram na memória várias histórias oriundas do povo ibérico

<head></head><body>Nem sempre as histórias que nos marcam estão registradas nos livros. Em São Gonçalo do Amarante, cidade próxima a Natal, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122163-o-brasil-teria-sido-descoberto-no-rio-grande-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Grande do Norte</a>, uma família conservou por séculos na memória romances vindos da cultura ibérica.Benedita Maria do Nascimento, quando criança, ouvia seu pai, Atanásio Salustino, cantar aquilo que havia aprendido com seus antepassados. Isso ocorria enquanto eles teciam cestas e balaios feitos de cipó, uma tradição que dava sustento à família.A menina ouvia o pai cantarolar coisas como "Dom Jorge eu ouvi dizer que tu tavas pra casar. É verdade, Juliana, eu vim te desenganar. Esperai, Rei Dom Jorge, que eu vou lá no meu reinado, vou ver um copo de vinho que eu pra ti tenho guardado". Ela ainda não sabia, mas o pai lembrava dos romances ibéricos da<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121347-5-refeicoes-bizarras-que-eram-normal-na-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;época medieval</a>, e que foram trazidos nas caravelas pelos colonizadores europeus.<h2>Os romances ibéricos medievais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14145908123243.jpg" alt="(Fonte: Ricardo Costa)">(Fonte: Ricardo Costa)Segundo Maria Emília Monteiro Porto, professora de História Moderna e História do Brasil Colonial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122712-4-livros-que-provavelmente-foram-perdidos-para-sempre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romances medievais</a> do povo ibérico tinham características bem específicas, por influência da ocupação árabe na região."Essa ocupação acontece entre o século VII e só vai acabar no século XV, em 1453, e isso também provoca toda essa história de luta e heroísmo que vai ser a base desses romances, dessas histórias que são contadas. Inclusive, muitos temas do nosso cancioneiro nordestino vão lidar com essa briga entre mouros e cristãos", declarou à BBC.Mas esses romances não estão necessariamente ligados ao texto escrito. Até por volta do século XV, a escrita ainda era rara. Por isso, as histórias eram cantadas, o que ajudava na memorização. E foi o compartilhamento pela oralidade que fez com que estes romances fossem durando até a época de Benedita.Há cerca de trinta anos, ela foi convidada a compartilhar essas memórias de família com estudiosos. Contudo, na época, Benedita não foi autorizada pelo marido para participar. Foi apenas aos 76 anos que o seu conhecimento pode por fim circular.<h2>As histórias da família Salustino</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14145748937242.jpg" alt="Fonte: Poemia)">Fonte: Poemia)Os romances preservados pela memória da família Salustino também se misturam com as tradições do Nordeste brasileiro. São histórias elaboradas em diversos gêneros, como toadas de boi, modinhas, cantos religiosos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/99847-rota-do-cangaco-um-passeio-pela-historia-do-sertao-nordestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cordel</a>.Benedita se tornou então "romanceira". Sua irmã, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118061-google-lanca-doodle-de-dona-militana-maior-romanceira-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Militana Salustino do Nascimento</a>, falecida em 2010, também ficou famosa: ela era conhecida como "a maior romanceira de versos e histórias do país". Dona Militana ganhou notoriedade graças às pesquisas feitas pelo folclorista potiguar Deífilo Gurgel, falecido em 2012. Em 2021, ela foi homenageada com um "Doodle" dentro da página inicial do Google.No ano de 2005, Militana recebeu do então presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a Ordem do Mérito Cultural, comenda máxima da cultura brasileira. Segundo informam pesquisadores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108767-dia-do-folclore-7-lendas-brasileiras-para-celebrarmos-a-nossa-cultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">folclore brasileiro</a>, esta comenda foi importantíssima pois mudou o interesse das universidades em fazer estudos sobre o tema das tradições luso-brasileiras.As duas irmãs foram e são vistas como guardiãs de um conhecimento que quase não existe mais. "Todo o saber de Militana é o mesmo de Benedita. Ela canta o que cantava Dona Militana e o pai: histórias luso-brasileiras. De amor, de poder, de grandes brigas, de cristão com os mouros e assim por diante", afirmou o padre André Martins Melo, historiador que registrou a vida de Militana.<h2>Os registros da memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14150455264247.jpeg" alt="(Fonte: Governo do RN)">(Fonte: Governo do RN)O folclorista Deífilo Gurgel é um grande responsável pelo registro das histórias cantadas por Atanásio Salustino e suas filhas. Suas pesquisas deram origem a dois livros: O Romanceiro de Alcaçuz, publicado nos anos 1990, e Romanceiro Potiguar, lançado em 2012.Advogado, administrador, antropólogo, folclorista e poeta, Deífilo Gurgel foi também professor da disciplina Folclore Brasileiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Seu trabalho na universidade possibilitou que muitos alunos tivessem encontros de pesquisa com Câmara Cascudo, tido como o teórico e pesquisador mais respeitado em trabalhos científicos e historiográficos sobre a cultura popular do Rio Grande do Norte.Gurgel registrou no total 300 romances retirados das canções da família Salustino. "As primeiras questões da oralidade ibérica, os primeiros registros, as primeiras cantigas, vieram pra cá. Se o Rio Grande do Norte não é o maior está entre os maiores, sem dúvida alguma", informou Alexandre Gurgel, que é jornalista e filho de Deífilo.</body>

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Família potiguar registrou na memória mais de 700 romances ibéricos

Imagem de "E-books" nos anos 1930? Conheça as máquinas de leitura Readies no megacurioso

As máquinas de leitura 'Readies' eram semelhantes às leitoras de microfilme e propunham que os leitores escolhessem o tamanho dos tipos 

<head></head><body>Um escritor norte-americano chamado Robert Carlton Brown, que viveu parte de sua vida no Brasil, foi a primeira pessoa a propor e desenvolver&nbsp;um projeto envolvendo dispositivos mecânicos para exibir palavras em movimento. Isso significa que, depois de sair de uma sessão de cinema em 1930, <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/221094-utilizar-gerenciadores-books.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bob Brown estava projetando o primeiro e-book</a> 70 anos antes de sua efetiva criação.Mergulhado em um mundo onde as artes se tornavam cada vez mais virtuais, através das modernas salas de exibição de filmes e dos fonógrafos que levavam gravações de canções para as casas das pessoas, o escritor achava que “a palavra escrita não acompanhou o tempo”.Falando especificamente sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104231-10-fatos-sobre-o-cantor-de-jazz-o-primeiro-filme-falado-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os primeiros filmes sonoros lançados a partir de 1927</a>, Brown dizia: "Temos os talkies, mas ainda não os Readies. Chega da tirania do papel e da tinta! A escrita foi engarrafada em livros desde o início". O seu projeto — The Readies — era menos um dispositivo e mais um manifesto artístico.<h2>Como eram os Readies, os primeiros livros virtuais do mundo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/01161213826252.jpg" alt="Protótipo da máquina de ler no manifesto The Readies.">Protótipo da máquina de ler no manifesto The Readies.Batizado de "Os Readies: Uma Proposta Modesta para Converter Todos os Livros em uma Nova Máquina de Leitura" o projeto de Brown apresentava muitas <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/253747-ebooks-geralmente-baratos-que-os-livros-fisicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">das funcionalidades dos e-readers atuais</a>. Seu design “permitiria aos leitores ajustar o tamanho do tipo e evitar cortes de papel”,&nbsp;assim como “ler romances de cem mil palavras em 10 minutos”, diz a descrição.&nbsp;Como na época não existia e-ink — a tinta eletrônica —, a solução encontrada foi utilizar compridas fitas de texto minúsculo, para serem roladas manualmente pelos leitores por trás de uma tela de aumento.&nbsp;Os Readies eram, na verdade, uma combinação de máquinas leitoras de microfilme com fitas adesivadas. Ou seja, mais pesados que os Kindles, porém bem mais leves que uma biblioteca convencional.&nbsp;<h2>Como o mercado recebeu as máquinas de leitura de Brown?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/01193408617000.jpg" alt="Foto de Bob Brown no ano em que lançou os Readies.">Foto de Bob Brown no ano em que lançou os Readies.Quando Bob Brown lançou o manifesto Readies, ele já era mundialmente conhecido, pois atuava em quase todos os saberes: publicidade, jornalismo, ficção, poesia, etnografia, roteiro e até livros de receitas. Em outro pioneirismo, ele escreveu, quando morava no Brasil, o que seria o roteiro da primeira série da História: What Happened to Mary?, exibida nos cinemas em 12 capítulos, que sempre terminavam com um gancho.&nbsp;No entanto, mesmo com o apoio de intelectuais de peso, como Gertrude Stein e Ezra Pound, os Readies acabaram desaparecendo, ofuscados talvez pela chegada do Technicolor e das televisões.A ideia, como sabemos hoje, era muito boa; apenas um pouco avançada para a época. Em 1971, o estudante Michael S. Hart, da Universidade de Illinois, <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/216808-ebook-saiba-tudo-livros-digitais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criou o primeiro e-book digitalizado</a>: uma versão eletrônica da Declaração de Independência dos EUA. Em 2007, Amazon lançou o Kindle.</body>

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'E-books' nos anos 1930? Conheça as máquinas de leitura Readies

Imagem de Por que o autor de "A Pequena Sereia" mantinha um diário de masturbação? no megacurioso

Por trás de um dos pais dos contos de fadas havia um homem com uma vida triste recheada de culpa

Quando os Est&uacute;dios Walt Disney lan&ccedil;aram em 1989 a anima&ccedil;&atilde;o A Pequena Sereia, a empresa pavimentou o caminho para uma era que ficou conhecida como o "Renascimento da Disney", um per&iacute;odo em que os est&uacute;dios voltaram a fazer filmes de anima&ccedil;&atilde;o de grande sucesso, sendo a maioria baseada em hist&oacute;rias cl&aacute;ssicas.
A princ&iacute;pio, A Pequena Sereia deveria ter sido lan&ccedil;ada em 1930, mas s&oacute; saiu do papel quase 60 anos depois em meio a um per&iacute;odo de fracasso e fal&ecirc;ncia da produtora. A ideia de produzir o filme extremamente caro e complexo foi do ent&atilde;o CEO Michael Eisner e do presidente da Disney Jeffrey Katzenberg, visando revitalizar e dar uma nova roupagem &agrave; hist&oacute;ria de Hans Christian Andersen.
Considerado um dos "pais" dos contos de fadas, quando o dinamarqu&ecirc;s n&atilde;o estava escrevendo hist&oacute;rias que ecoariam pelos s&eacute;culos, ele provavelmente estava se masturbando. Pois &eacute;, poucos sabem que o autor de A Pequena Sereia mantinha, inclusive, um di&aacute;rio de masturba&ccedil;&atilde;o.
<h2>Um homem triste</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25220455656007.jpg" alt="Hans Christian Andersen. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Hans Christian Andersen. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, isso diz muito sobre a vida do autor. A vida pessoal de Andersen sempre foi enigm&aacute;tica, sobretudo sexualmente falando. O homem nunca se casou, mesmo tendo demonstrado em diferentes momentos de sua vida que se apaixonou por homens e mulheres. Al&eacute;m disso, tudo permaneceu em sua cabe&ccedil;a, e ele externou suas vontades, medos e frustra&ccedil;&otilde;es escrevendo hist&oacute;rias que n&atilde;o parecessem t&atilde;o infelizes quanto sua vida &mdash; e tamb&eacute;m se masturbando para tentar se entender melhor.
Acredita-se que Andersen nunca tenha tido rela&ccedil;&otilde;es sexuais, o t&iacute;pico resultado de uma inf&acirc;ncia conturbada, repulsa por seus sentimentos sexuais e extrema culpa religiosa pela atra&ccedil;&atilde;o pelo mesmo sexo. Tudo isso teria constru&iacute;do um homem reprimido e recluso.
Ele serviu como a pr&oacute;pria inspira&ccedil;&atilde;o para o Patinho Feio, que era desajeitado, afeminado e evitado por seus colegas. Falando sobre transforma&ccedil;&atilde;o, reden&ccedil;&atilde;o, solid&atilde;o e saudade, no final das contas, seu protagonista se torna um lindo cisne ap&oacute;s tanto sofrer &ndash; e era o que, talvez, ele esperava. Mas isso n&atilde;o aconteceu, nem mesmo com a fama, dinheiro e prest&iacute;gio.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Europeana&nbsp;" data-fonte-url="https://images.ctfassets.net/i01duvb6kq77/f2eb7b0e09f7e7355e7293a5dd73c6ba/69df7f8677b6e637b2c3ff3f0b0bfd68/9200518_ark__12148_btv1b84219372-1.jpg?w=1100&amp;q=80&amp;fm=jpg&amp;fl=progressive"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25221007562008.jpg" alt="Jenny Lind. (Fonte: Europeana/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Jenny Lind. (Fonte: Europeana/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Sim, Andersen se cercou de amigos, p&ocirc;de ter contato com os mais belos homens e mulheres, mas nunca sentiu que pudesse ir al&eacute;m. &Eacute; poss&iacute;vel pensar que ele tenha se exilado em si mesmo porque continuava se achando o mesmo estranho de quando era desconhecido, ainda mais por ser disl&eacute;xico e ter v&aacute;rios tipos de fobia, como o medo obsessivo de ser queimado.
Tudo e todos que Andersen desejou o rejeitaram. A come&ccedil;ar pela famosa cantora Jenny Lind, depois Edvard Collin, filho de seu mentor profissional; e at&eacute; mesmo a sua irm&atilde; Louise. O mais pr&oacute;ximo que Andersen chegou de um relacionamento foi o tempo em que passou como companheiro pr&oacute;ximo do dan&ccedil;arino Herald Scharff, a quem ele atribuiu o "per&iacute;odo mais er&oacute;tico de sua vida".
<h2>Masturbando suas vontades</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25221107383010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E provavelmente foi nesse per&iacute;odo que Andersen come&ccedil;ou a ser mais efusivo no h&aacute;bito de se masturbar. Essa sua obsess&atilde;o foi descoberta por meio de seu di&aacute;rio &mdash; historiadores perceberam que ele se referia &agrave; pr&aacute;tica por meio de um c&oacute;digo: ele usava duas cruzes como sinais de mais para mostrar que havia se "aliviado" naquele dia.
Todo mundo que Andersen encontrava para falar de trabalho ou da vida, despertava nele o desejo de se masturbar at&eacute; tr&ecirc;s vezes seguidas. Existe a possibilidade de que em algum momento ele tenha tido contato f&iacute;sico de natureza sexual com algu&eacute;m, mas o medo e vergonha mantiveram isso fora de seus di&aacute;rios. No mais, permanece a ideia de que ele era celibat&aacute;rio.
Andersen cresceu com uma m&atilde;e prostituta, portanto, na vida adulta, se tornou um h&aacute;bito visitar bord&eacute;is &ndash; ou como ele chamava, "lojas humanas" &ndash; apenas para encher sua mente com material o suficiente para se divertir longe da vergonha e da tenta&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Ele gostava de visitar bord&eacute;is em Paris apenas para falar de maneira depravada sobre sexo e depois se masturbar at&eacute; que arrancasse sangue de suas genit&aacute;lias. Ele se queixou bastante de seus excessos nas p&aacute;ginas dos di&aacute;rios, descrevendo o resultado como "p&ecirc;nis dolorido", "p&ecirc;nis doente", "p&ecirc;nis sens&iacute;vel" e "p&ecirc;nis muito ruim" ap&oacute;s horas de masturba&ccedil;&atilde;o.
Certamente, nada disso ofusca suas incr&iacute;veis realiza&ccedil;&otilde;es liter&aacute;rias &mdash; muito pelo contr&aacute;rio, apenas humaniza o g&ecirc;nio que foi, cuja capacidade em cunhar hist&oacute;rias atemporais &eacute; debatida at&eacute; hoje.

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