Imagem de Nurdles: um dos materiais mais tóxicos da Terra no megacurioso

Sua existência ainda é um problema muito negligenciado

Pl&aacute;stico, metal e vidro. Voc&ecirc; j&aacute; deve estar cansado de ouvir o quanto esses materiais podem ser poluentes para o nosso meio ambiente, entupindo canais e causando enchentes; sujando rios e matando animais; mas &eacute; improv&aacute;vel que j&aacute; tenha ouvido falar em nurdles.
Os materiais s&atilde;o pequenos pellets de pr&eacute;-produ&ccedil;&atilde;o que podem ser feitos de polietileno, polipropileno, poliestireno, cloreto de polivinila e outros tipos de pl&aacute;stico, oriundos de processos qu&iacute;micos feitos em f&aacute;bricas.&nbsp;Ele &eacute; considerado um dos mais poluentes do mundo.
<h2 class="uk-text-justify">Toneladas de morte</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/330ee2345d5645677775154dc6aae0085454ef7b/0_101_6720_4032/master/6720.jpg?width=465&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=09f2fb675d2e19206a5abf513b31da0a"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06205535713011.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo dados da Plastic Soup Foundation, cerca de 23 bilh&otilde;es de nurdles acabam no oceano todos os dias. Esses peda&ccedil;os de menos de 5 mil&iacute;metros s&atilde;o confundidos com comida pelos peixes e outros animais marinhos, envenenando-os de maneira fatal.
S&oacute; no ano passado, 87 cont&ecirc;ineres de nurdles, com o equivalente a 1.680 toneladas, foram lan&ccedil;ados acidentalmente no oceano do Sri Lanka, interrompendo a pesca de mais de 20 mil fam&iacute;lias, que passaram fome e perderam seus empregos.
O Relat&oacute;rio de Consultoria Ambiental da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas chamou o acidente de "a pior cat&aacute;strofe da hist&oacute;ria mar&iacute;tima do Sri Lanka". Os nurdles acabaram chegando &agrave; costa e formaram pilhas de at&eacute; 2 metros de profundidade.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/9892449f5e1e35477541415f798ed810f7a32c75/0_0_5402_3601/master/5402.jpg?width=445&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=c92f14be3f1463e90ebe20f25f4d1afa"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06205634042012.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se isso j&aacute; &eacute; apavorante o suficiente para voc&ecirc; e para o nosso meio ambiente, ainda tem mais. O material n&atilde;o &eacute; apenas t&oacute;xico e sufocante, ele tamb&eacute;m serve como vetor para outras toxinas, circulando pelo oceano por d&eacute;cadas e coletando as mais profundas bact&eacute;rias por serem hidrof&oacute;bicos, ou seja, repelem a &aacute;gua &mdash; isso significa que as bact&eacute;rias podem se espalhar em suas superf&iacute;cies.
Al&eacute;m de conscientizar as pessoas sobre o poluente t&oacute;xico, a Plastic Soup Foundation, o Ocean Blue Project e o Nurdle Hunt est&atilde;o mostrando que eles s&oacute; devem ser removidos com o uso adequado de luvas e que jamais podem entrar em contato com a pele.
No entanto, todo o esfor&ccedil;o dessas organiza&ccedil;&otilde;es com o objetivo de encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o para o problema ainda n&atilde;o &eacute; p&aacute;reo para o descaso das ind&uacute;strias de pl&aacute;stico, que continuam lan&ccedil;ando toneladas di&aacute;rias de nurdles nos oceanos a todo o momento, porque assim o descarte fica mais f&aacute;cil e barato. Mas a que pre&ccedil;o?

thumb-image-2024-02-29T14:05:57.688Z

Nurdles: um dos materiais mais tóxicos da Terra

Imagem de Será que a Antártica pode voltar a ser uma floresta tropical? no megacurioso

Onde hoje existe o continente mais gelado do planeta houve um paraíso tropical há milhões de anos

H&aacute; cerca de 90 milh&otilde;es de anos, o continente que hoje chamamos de Ant&aacute;rtica era coberto de vegeta&ccedil;&atilde;o, como uma floresta tropical, e tinha um grande n&uacute;mero de animais, como os dinossauros. Sua temperatura n&atilde;o era quente como a da Amaz&ocirc;nia ou da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109329-cientistas-identificam-vortice-de-extincao-na-mata-atlantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mata Atl&acirc;ntica</a>, mas o clima era temperado, t&iacute;pico de regi&otilde;es mais altas do sul do Brasil &mdash; podemos dizer que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119203-por-que-faz-tanto-frio-em-curitiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Ant&aacute;rtica era como Curitiba (PR)</a>.
A descoberta foi feita por uma equipe de 39 cientistas do Instituto Alfred Wegener de Pesquisa Polar e Marinha, na Alemanha, liderada pelo ge&oacute;logo marinho Johann Klages. Eles escavaram o solo abaixo do oceano, a cerca de 900 quil&ocirc;metros do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105766-adolescente-mais-jovem-a-atingir-o-polo-sul-da-resposta-genial-a-machistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polo Sul</a>. O mais perto que outras equipes j&aacute; tinham escavado havia sido entre 1 mil e 1,5 mil quil&ocirc;metros, mas do Polo Norte.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/24/24160602722000.jpg" alt="Imagem: Alfred Wegener Institute/James McKay (CC-BY 4.0)" />(Fonte: Alfred Wegener Institute/James McKay (CC-BY 4.0))
Tal trabalho s&oacute; foi poss&iacute;vel porque o gelo ali est&aacute; derretendo, expondo o mar e o solo abaixo dele. O objetivo &eacute; entender como o clima nos polos mudou ao longo da hist&oacute;ria da Terra e como pode mudar de novo, por a&ccedil;&otilde;es humanas. &nbsp;&nbsp;
<h2>Um trabalho complexo e em equipe</h2>
O processo no qual os cientistas descobriram esse fen&ocirc;meno &eacute; t&atilde;o curioso quanto o pr&oacute;prio achado. Em entrevista &agrave; revista Vox, Klages contou que a equipe embarcou em um navio quebra-gelo, o Estrela Polar, um dos maiores e mais capazes do mundo. A embarca&ccedil;&atilde;o leva 50 cientistas e 50 t&eacute;cnicos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Aacute;rtico para o Ant&aacute;rtico</a> no ver&atilde;o de cada hemisf&eacute;rio.&nbsp;
Com os pesquisadores e t&eacute;cnicos, uma broca gigantesca de mais de 10 toneladas e que precisa de 7 cont&ecirc;ineres para ser despachada perfura o solo. Na escava&ccedil;&atilde;o de 2017, que trouxe os resultados descritos aqui, foi a primeira vez que essa broca foi usada.&nbsp;
A equipe precisa de muito cuidado para us&aacute;-la, pois se um peda&ccedil;o de gelo se chocar com o navio os cabos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120654-charles-kao-revolucionou-o-mundo-ao-criar-a-fibra-optica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fibra &oacute;ptica</a> que o ligam &agrave; broca podem se partir, deixando uma m&aacute;quina car&iacute;ssima perdida no fundo do oceano. Para evitar isso, dois helic&oacute;pteros do Estrela Polar monitoram o tempo ao redor do navio.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/24/24160648144001.jpg" alt="Imagem: Alfred Wegener Institute/James McKay (CC-BY 4.0)" />(Fonte: Alfred Wegener Institute/James McKay (CC-BY 4.0))
<h2>"Eu acho que vi uma planta!"</h2>
Klages e seus colegas est&atilde;o acostumados a escavar o solo polar, afinal ele &eacute; ge&oacute;logo marinho especializado na &aacute;rea. Por&eacute;m, na expedi&ccedil;&atilde;o de 2017, eles acharam algo bem especial: f&oacute;sseis de plantas, a cerca de 900 quil&ocirc;metros do Polo Sul. Para encontrar isso nas amostras, eles tiveram o aux&iacute;lio de m&aacute;quinas de tomografia computadorizada.
Para entender melhor o fen&ocirc;meno, a equipe levou climatologistas para o trabalho, os quais fizeram modelos matem&aacute;ticos e chegaram a uma estimativa do "superefeito estufa" que atingiu o mundo h&aacute; 90 milh&otilde;es de anos: havia 1.100 partes por milh&atilde;o de CO2 na atmosfera &mdash; quatro vezes mais que os n&iacute;veis pr&eacute;-Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115240-ate-2025-niveis-de-co2-serao-maiores-do-que-ha-3-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hoje estamos em 420 ppm</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/24/24160846097002.jpg" alt="Imagem: Mart Productions/Pexels" />(Fonte: Mart Productions/Pexels)
Segundo Klages, mesmo o planeta sendo mais quente naquela &eacute;poca, o clima era mais proporcional, sem tantos extremos. &Eacute; poss&iacute;vel dizer que o que est&aacute; salvando a Terra de virar um forno &eacute; o gelo nos polos, algo que n&atilde;o existia na &eacute;poca e que est&aacute; deixando de existir agora, em meio &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. Sendo assim, o trabalho da equipe de Klages ajuda a entender at&eacute; onde o aquecimento global pode nos levar.
Se a Ant&aacute;rtica voltar a ser uma floresta tropical, como vamos ficar aqui no Brasil tropical? Falando em Brasil, um artigo publicado recentemente por pesquisadores brasileiros encontrou peda&ccedil;os de carv&atilde;o na ilha James Ross, tamb&eacute;m na Ant&aacute;rtica. Isso &eacute; evid&ecirc;ncia de que ocorriam inc&ecirc;ndios florestais no atual continente gelado &mdash; refor&ccedil;ando a descoberta de Klages.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.357Z

Será que a Antártica pode voltar a ser uma floresta tropical?

Imagem de Do que é feita a "carne sem carne"? Ela é saudável mesmo? no megacurioso

A indústria de 'carnes' alternativas tem crescido, mas muitos pontos ainda precisam ser esclarecidos

H&aacute; alguns anos, quem experimentasse um hamb&uacute;rguer vegetariano e n&atilde;o estivesse acostumado a esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/51329-15-alimentos-cancerigenos-que-provavelmente-estao-na-sua-mesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo de alimento</a>, provavelmente o acharia sem gosto e emborrachado. Mas as coisas mudam e as &ldquo;carnes sem carne&rdquo;, ou &ldquo;carne do futuro&rdquo;, chegaram ao mercado visando imitar a carne animal em gosto, apar&ecirc;ncia e at&eacute; na textura.&nbsp;
Algumas op&ccedil;&otilde;es at&eacute; sangram e chiam como um verdadeiro hamb&uacute;rguer na chapa. Mas ser&aacute; mesmo que esses alimentos cumprem tudo aquilo que prometem? Ser&aacute; que fazem bem para a sa&uacute;de e ajudam a natureza?
<h2>Como &eacute; feita a carne sem carne</h2>
A carne vegetariana tradicional, geralmente, &eacute; feita a base de prote&iacute;nas densas como feij&atilde;o e soja, mas n&atilde;o tentam imitar a textura e o sabor da carne animal. J&aacute; as carnes do futuro foram desenvolvidas para pessoas que querem ou preferem uma alternativa que tenha o gosto parecido &agrave; verdadeira. &nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23164827320438.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Resumidamente, elas s&atilde;o feitas de combina&ccedil;&otilde;es variadas e complexas de aromas, para que seja poss&iacute;vel imitar qualquer sabor, seja de carne bovina, su&iacute;na, frango e at&eacute; salsicha. Algumas utilizam &oacute;leos refinados que lembram a gordura animal e subst&acirc;ncias espec&iacute;ficas que fazem a carne ter &ldquo;sangue&rdquo;.
Pontos positivos:
<ul>
<li>&eacute; um alimento possivelmente mais sustent&aacute;vel para o meio ambiente;</li>
<li>n&atilde;o requer a morte de nenhum animal;</li>
<li>devido &agrave; populariza&ccedil;&atilde;o, pode ser encontrada com facilidade por pessoas que pretendem ter uma alimenta&ccedil;&atilde;o vegana ou vegetariana;</li>
<li>tem mais fibras e poucas gorduras;</li>
<li>supostamente pode ajudar a prevenir doen&ccedil;as &mdash; a carne vermelha j&aacute; foi associada a uma s&eacute;rie de doen&ccedil;as card&iacute;acas e at&eacute; c&acirc;ncer do c&oacute;lon. Por&eacute;m, ainda faltam estudos que comprovem que a &ldquo;carne falsa&rdquo; ajude na preven&ccedil;&atilde;o de alguma condi&ccedil;&atilde;o diretamente.</li>
</ul>
Pontos negativos:&nbsp;
<ul>
<li>por ser um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119566-os-perigos-associados-aos-alimentos-processados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimento altamente processado</a> e ainda recente, as implica&ccedil;&otilde;es negativas &agrave; sa&uacute;de s&atilde;o desconhecidas;</li>
<li>a lista de ingredientes n&atilde;o &eacute; pequena. Al&eacute;m disso, variam muito entre uma fabricante e outra. Portanto, quem quiser saber o que est&aacute; ingerindo ter&aacute; um bom trabalho pela frente analisando os r&oacute;tulos;</li>
<li>n&atilde;o &eacute; para todo mundo. Por exemplo, um hamb&uacute;rguer feito &agrave; base de gl&uacute;ten de trigo n&atilde;o &eacute; bom para quem tem doen&ccedil;a cel&iacute;aca. J&aacute; quem pretende manter fora da cozinha alimentos geneticamente modificados vai encontrar problemas com as fabricantes que utilizam a soja;</li>
<li>s&atilde;o usados diversos tipos de corantes, compostos e &oacute;leos, como o de canola ou de coco, algo chato para quem quer evitar alimentos refinados.</li>
</ul>
Segundo o artigo Is plant-based meat healthy?,&nbsp;da nutricionista Louisa Richards, do <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/37800-confira-6-alimentos-que-sao-capazes-de-turbinar-o-seu-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ponto de vista nutricional</a>, as op&ccedil;&otilde;es de carnes de planta dispon&iacute;veis no mercado n&atilde;o s&atilde;o ruins, mas tamb&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o exatamente saud&aacute;veis. At&eacute; onde se sabe, essas op&ccedil;&otilde;es n&atilde;o oferecem grandes diferen&ccedil;as em compara&ccedil;&atilde;o com a carne animal para a sa&uacute;de humana.
<h2>E o meio ambiente?</h2>
Em 2018, um estudo conduzido pela Universidade de Michigan, que considerou uma das principais fabricantes na &eacute;poca, descobriu que produzir um hamb&uacute;rguer de carne de prote&iacute;na vegetal consome 99% menos &aacute;gua, 50% menos energia e gera 90% menos de emiss&atilde;o de gases do efeito estufa em compara&ccedil;&atilde;o com um hamb&uacute;rguer de origem animal.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23165128699443.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
J&aacute; os cr&iacute;ticos observam que at&eacute; na quest&atilde;o ambiental &eacute; preciso ter cautela, especialmente porque a maioria das fabricantes n&atilde;o informa o total de gases de todas as suas opera&ccedil;&otilde;es, os res&iacute;duos gerados pelo consumidor e impactos negativos da cadeia de suprimentos.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.704Z

Do que é feita a 'carne sem carne'? Ela é saudável mesmo?

Imagem de 6 maravilhas da natureza que não existem mais no megacurioso

Essas paisagens maravilhosas não existem mais, seja por conta de mudanças naturais, seja pela ação humana

Os seres humanos <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gostam de ver lugares bonitos</a>. Muitos viajam o mundo inteiro para conhecer museus, comer em restaurantes famosos ou observar a arquitetura de cidades hist&oacute;ricas, por&eacute;m a natureza tamb&eacute;m proporciona v&aacute;rios <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/41850-5-paisagens-surreais-criadas-por-obra-da-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pontos tur&iacute;sticos imperd&iacute;veis</a>: praias com &aacute;gua l&iacute;mpida, montanhas com neve para esquiar, pared&otilde;es com vista de tirar o f&ocirc;lego...
Os seis lugares desta lista eram exemplos disto: <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">belezas naturais</a> que atra&iacute;am muitos turistas. Contudo, n&atilde;o existem mais; foram modificados por fen&ocirc;menos da natureza como a eros&atilde;o ou destru&iacute;dos pela a&ccedil;&atilde;o humana. Voc&ecirc; nunca mais vai ver essas belezas ao vivo, mas pode conhec&ecirc;-las aqui no Mega Curioso.&nbsp;
<h2>1. Arcos de Darwin</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27105124566114.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Come&ccedil;ando por uma beleza natural que "sumiu" h&aacute; pouco tempo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118778-arco-de-darwin-nas-ilhas-galapagos-desmorona-por-causa-da-erosao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em maio de 2021</a>, o Arco de Darwin era um dos grandes atrativos das Ilhas Gal&aacute;pagos. Foi nessa regi&atilde;o, que pertence ao Equador, que o brit&acirc;nico <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120570-darwin-realmente-disse-que-o-homem-veio-do-macaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a> fez boa parte das experi&ecirc;ncias que culminaram na Teoria da Evolu&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
O Arco de Darwin, uma ponte natural de pedra, no alto de duas outras rochas, era um local de mergulho bastante procurado por turistas, mas a eros&atilde;o por &aacute;gua do mar desgastou as pedras at&eacute; que elas desmoronaram completamente. Ainda bem que, mesmo sem o Arco de Darwin, as Ilhas Gal&aacute;pagos continuam sendo um destino imperd&iacute;vel.&nbsp;
<h2>2. Janela Azul</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27110314868117.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Outro bel&iacute;ssimo arco natural de pedra que foi destru&iacute;do pela eros&atilde;o foi a Janela Azul (ou Janela Dwejra, no idioma local). Ela ficava na ilha de Gozo, no pequeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/46863-proxima-parada-malta-a-pequena-ilha-de-grandes-encantos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pa&iacute;s de Malta</a>, no meio do Mar Mediterr&acirc;neo. Em 2017, as pedras que formavam a janela ca&iacute;ram na &aacute;gua. Antes disso, o local foi visitado por milh&otilde;es de turistas durante d&eacute;cadas e at&eacute; serviu de cen&aacute;rio para os dothraki, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/111188-game-of-thrones-estreia-sua-ultima-temporada-confira-itens-da-serie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Game of Thrones</a>.
<h2>3. El Dedo de Dios</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Estad&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://viagem.estadao.com.br/blogs/viagens-plasticas/7-maravilhas-naturais-que-ja-foram-para-o-beleleu/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27111012618123.jpg" alt="(Fonte: Estad&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Estad&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Essa curiosa pedra vertical nas Ilhas Can&aacute;rias (pertencentes &agrave; Espanha) parece um dedo apontando para o c&eacute;u, por isso foi batizada como "o dedo de Deus". Ela tinha 30 metros de altura e sua impon&ecirc;ncia inspirou diversos artistas espanh&oacute;is.&nbsp;
Por&eacute;m, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115054-ciclone-bomba-o-que-e-o-fenomeno-registrado-no-sul-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestade tropical</a> em 2005 atingiu severamente a regi&atilde;o. A parte de baixo da pedra resistiu, &eacute; claro, enquanto a fina estrutura do "dedo de Deus" n&atilde;o teve chance contra a for&ccedil;a da natureza. Ap&oacute;s o desabamento, algumas pessoas cogitaram reconstruir a paisagem artificialmente, mas a ideia logo foi descartada.&nbsp;
<h2>4. Esta&ccedil;&atilde;o de ski de Chacaltaya</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27111905337125.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A imagem acima parece de uma esta&ccedil;&atilde;o de ski para voc&ecirc;? N&atilde;o, porque falta algo essencial para esquiar: a neve. Ela existia at&eacute; alguns anos atr&aacute;s, quando as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas come&ccedil;aram a impedir a forma&ccedil;&atilde;o de neve.&nbsp;
A geleira de Chacaltaya ficava na Bol&iacute;via, a 20 quil&ocirc;metros de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120564-quais-paises-tem-as-capitais-mais-proximas-uma-da-outra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">La Paz</a>. A partir de meados do s&eacute;culo XX, a temperatura nos Andes come&ccedil;ou a aumentar, fazendo a geleira perder 60% de sua massa at&eacute; 1980. Naquela &eacute;poca, os cientistas previram que toda a neve iria sumir at&eacute; 2015.
Contudo, o aquecimento foi t&atilde;o r&aacute;pido que a geleira foi destru&iacute;da antes disso, em 2009. Agora, a esta&ccedil;&atilde;o de ski de Chacaltaya est&aacute; completamente abandonada.&nbsp;
<h2>5. Mar de Aral</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27113415041131.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre o Cazaquist&atilde;o e o Uzbequist&atilde;o existia um mar... <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/48021-assustador-imagens-de-satelite-mostram-desaparecimento-do-mar-de-aral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que agora &eacute; um deserto</a>. A destrui&ccedil;&atilde;o do Mar de Aral &eacute;, frequentemente, listada como um dos piores desastres ambientais causados pela a&ccedil;&atilde;o humana.&nbsp;
At&eacute; meados do s&eacute;culo XX, o Mar de Aral era o quarto maior lago do mundo. Suas &aacute;guas banhavam turistas e eram usadas por pescadores da regi&atilde;o, mas tudo mudou quando o Rio Syr Darya foi transposto para abastecer agricultores de outras regi&otilde;es da &Aacute;sia Central. Tal obra, somada &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, matou o Mar de Aral aos poucos.&nbsp;
Sobraram poucos laguinhos, e a regi&atilde;o foi rebatizada como Deserto de Aralkum. Desde ent&atilde;o, o Cazaquist&atilde;o est&aacute; tentando recuperar o Mar de Aral.
<h2>6. A &aacute;rvore T&eacute;n&eacute;r&eacute;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27114735089134.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Esse marco foi destru&iacute;do pela a&ccedil;&atilde;o humana, mas n&atilde;o por causa de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas ou obras mal pensadas &mdash; a hist&oacute;ria &eacute; bem mais curiosa.&nbsp;
A &aacute;rvore se tornou lend&aacute;ria por ser a &uacute;nica planta a se destacar em mais de 150 quil&ocirc;metros de deserto. Tanto que aparecia em mapas e era ponto de refer&ecirc;ncia para as caravanas de n&ocirc;mades no Saara, na regi&atilde;o noroeste do N&iacute;ger. At&eacute; que, em 1973, um motorista de caminh&atilde;o b&ecirc;bado se chocou contra a &aacute;rvore e a derrubou. Fim da hist&oacute;ria.

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.629Z

6 maravilhas da natureza que não existem mais

Imagem de Grande geada de 1709: quando a Europa congelou a -48 °C por meses no megacurioso

O fenômeno inexplicável é considerado o mais mortal da História

Localizada no leste da Sib&eacute;ria, na R&uacute;ssia, a cidade de Oymyakon tem apenas cerca de 500 habitantes, e &eacute; considerada a mais fria do mundo. Diariamente, as pessoas precisam conviver com eternos dias frios de temperaturas n&atilde;o maiores do que -45&nbsp;&deg;C.
Apesar de ser uma realidade inimagin&aacute;vel para a maioria das pessoas, l&aacute; os cidad&atilde;os sempre estiveram habituados ao modo de vida, sobrevivendo a base de muitas roupas de peles e bebidas fumegantes.
Em 1709, as pessoas em toda a Europa se depararam com um cen&aacute;rio parecido com o de Oymyakon: temperaturas abaixo de zero que simplesmente n&atilde;o diminu&iacute;ram por v&aacute;rios meses. Em uma &eacute;poca rudimentar, eles ficaram no escuro, sem saber o que estava acontecendo, ou quando aquele frio apocal&iacute;ptico passaria.
<h2>A amea&ccedil;a branca</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06150438596523.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando as pessoas acordaram na manh&atilde; de 6 de janeiro daquele fat&iacute;dico 1709, a geada torrencial, um verdadeiro &ldquo;inferno branco&rdquo; abaixo de zero, j&aacute; havia se instalado por toda Europa &mdash; e literalmente do dia para a noite. O frio de -48 &deg;C era paralisante sob metros e metros c&uacute;bicos de gelo criado pela neve que come&ccedil;ou a cair e n&atilde;o parou mais.
Visto que o congelamento pode acontecer em menos de 10 minutos quando uma pessoa &eacute; exposta a temperaturas abaixo de zero com o fator de sensa&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica, a hipotermia &eacute; a primeira rea&ccedil;&atilde;o do corpo a essa abruptalidade. Portanto, de um dia para o outro, milhares de pessoas morreram enquanto dormiam antes de perceberem o qu&atilde;o grave a situa&ccedil;&atilde;o era, incluindo os animais. Mas isso foi s&oacute; o come&ccedil;o.
Durante tr&ecirc;s longos meses, Paris ficou ilhada sem poder receber suprimentos, com a neve bloqueando estradas em todo o continente e rios mercantis famosos, como o T&acirc;misa, cujas camadas de gelo alcan&ccedil;aram at&eacute; 30 cent&iacute;metros de espessura. Foi diante desse cen&aacute;rio selvagem que as pessoas tiveram que apelar para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119829-canibalismo-na-europa-de-pratica-heroica-a-barbara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a> dos cad&aacute;veres daqueles que n&atilde;o resistiram &agrave; geada.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06150601034528.jpg" alt="(Fonte: Financial Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Financial Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
N&atilde;o havia animais para sacrif&iacute;cio, tampouco p&atilde;o, carnes e &aacute;gua, porque tudo havia cristalizado. As &uacute;nicas bebidas que permaneceram l&iacute;quidas foram as alco&oacute;licas, como u&iacute;sque.
A geada n&atilde;o fez distin&ccedil;&atilde;o entre classes sociais, ela rompeu qualquer barreira. Ainda que em uma situa&ccedil;&atilde;o como essa, os pobres sempre s&atilde;o os mais afetados, os ricos pereceram igualmente em seus castelos imensos e habitualmente frios, que prezavam mais a est&eacute;tica do que a praticidade.
<h2>A consequ&ecirc;ncia gelada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06150852300533.jpg" alt="(Fonte: National Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O inverno de 1709 foi considerado &ldquo;o mais frio e cruel que o continente europeu enfrentou em 500 anos&rdquo;, ap&oacute;s tr&ecirc;s meses de tortura em meio a seis ondas de frio em que as temperaturas s&oacute; despencaram cada vez mais. A essa altura, o solo j&aacute; estava arruinando e florestas inteiras estavam mortas. E o estrago n&atilde;o parou por a&iacute;.
Quando as temperaturas finalmente come&ccedil;aram a aumentar, o degelo causou inunda&ccedil;&otilde;es devastadoras que ceifaram a vida de mais pessoas ainda. Al&eacute;m disso, nada floresceu na primavera, e o calor trouxe uma onda selvagem de fome, ap&oacute;s as pessoas passarem meses em um comportamento neol&iacute;tico. Houve 155 casos de rebeli&atilde;o aberta somente na Fran&ccedil;a, com pessoas invadindo qualquer edif&iacute;cio, em sua maioria castelos e institui&ccedil;&otilde;es religiosas.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/13d1a5f1f6634398ba4dc39f3f46090edb3bf459/0_585_3714_2229/master/3714.jpg?width=1200&amp;height=900&amp;quality=85&amp;auto=format&amp;fit=crop&amp;s=73b9ee15779cb8b2a483d0690e5586e4"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06151048706535.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo uma an&aacute;lise feita pelo The Guardian, toda a economia agr&iacute;cola da Fran&ccedil;a foi destru&iacute;da, seu PIB foi lan&ccedil;ado para chocantes 23%, o que demorou cerca de 10 anos para que o pa&iacute;s visse algo pr&oacute;ximo a uma recupera&ccedil;&atilde;o.
Quanto ao saldo de mortes, os n&uacute;meros s&atilde;o dif&iacute;ceis de precisar. Em entrevista ao Meteo France, o historiador Emmanuel Le Roy Ladurie estima que cerca de 100 mil pessoas morreram em consequ&ecirc;ncia direta do frio apenas na Fran&ccedil;a, sendo que mais 200 mil pereceram de fome e outras 300 mil de maneira indireta. Essa onda de baixas teria durado at&eacute; 1710, quando doen&ccedil;as, como o tifo e a var&iacute;ola, se espalharam em endemias pelo pa&iacute;s para terminar o resto do trabalho de exterm&iacute;nio.
<h2>O que aconteceu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06151344190546.png" alt="(Fonte: Regina Reffers/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Regina Reffers/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A geada de 1709 ainda &eacute; um mist&eacute;rio para a ci&ecirc;ncia. O National Geographic sugeriu que o evento tenha acontecido devido a um fen&ocirc;meno chamado M&iacute;nimo de Maunder, descrito pela NASA como um per&iacute;odo em que o Sol &ldquo;entrou em fase de sil&ecirc;ncio&rdquo;. O Sol ficou mais escuro e houve menos atividade vista em sua superf&iacute;cie, menos manchas solares, que resultaram em menos produ&ccedil;&atilde;o de luz solar, o que significou temperaturas muito baixas j&aacute; que n&atilde;o estava brilhando como deveria.
Os cientistas apontam que a diminui&ccedil;&atilde;o na energia recebida do Sol causou a forma&ccedil;&atilde;o de menos oz&ocirc;nio, impactando os padr&otilde;es clim&aacute;ticos, como as correntes de frio, e a presen&ccedil;a de sistemas de baixa e alta press&atilde;o.
O debate cient&iacute;fico ainda &eacute; imenso, e a maioria dos estudiosos n&atilde;o chegou a um consenso sobre o que aconteceu do dia para noite, apenas concordam que foi um epis&oacute;dio mortal para a Hist&oacute;ria.

thumb-image-2024-02-29T14:05:55.212Z

Grande geada de 1709: quando a Europa congelou a -48 °C por meses

Imagem de Como o maior organismo vivo do mundo está morrendo lentamente? no megacurioso

Com milhares de anos de existência, o maior organismo vivo do mundo não está conseguindo se regenerar

Se algum dia voc&ecirc; for visitar a Floresta Nacional de Fishlake, em Utah (EUA), pode at&eacute; parecer que est&aacute; andando por um enorme bosque de &aacute;lamos-tr&ecirc;mulos. Por&eacute;m, abaixo de seus p&eacute;s, todas aquelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/98490-20-curiosidades-fascinantes-sobre-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milhares de &aacute;rvores</a> est&atilde;o conectadas, formando um &uacute;nico organismo.
Tecnicamente falando, toda a floresta &eacute; um clone gigante. Batizado de Pando, que significa "eu me espalho" em latim, trata-se de um organismo geneticamente masculino composto com milhares de &aacute;rvores, sendo que todas surgiram a partir de um &uacute;nico &aacute;lamo-tr&ecirc;mulo.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Lance Oditt/Friends of Pando/ Science Alert / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/the-world-s-largest-organism-is-slowly-being-eaten-scientist-says"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/19/19212007837022.jpg" alt="Imagem a&eacute;rea do Pando. (Fonte: Lance Oditt/Friends of Pando/ Science Alert/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Imagem a&eacute;rea do Pando. (Fonte: Lance Oditt/Friends of Pando/ Science Alert/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Pesquisadores que estudam o Pando acreditam que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108857-5-florestas-extraordinarias-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">complexo de &aacute;rvores</a> pode ter entre milhares e dezenas de milhares de anos. Os estudos mais recentes apontam para algo em torno de 14 mil anos, mas outros j&aacute; sugeriram mais de 80 mil anos.
Embora sejam um dos maiores organismos vivos do planeta&nbsp;e existam h&aacute; tanto tempo, os clones de &aacute;lamos est&atilde;o diminuindo na floresta. Os culpados? H&aacute; alguns, como os veados e os gados famintos, mas o principal dele com certeza &eacute; o ser humano.
<h2 class="uk-text-justify">Problema complicado</h2>
O complexo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/89116-13-florestas-incriveis-que-parecem-ter-saido-dos-contos-de-fada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">47 mil &aacute;rvores</a> compartilha um &uacute;nico sistema de ra&iacute;zes e, por isso, cada &aacute;rvore &eacute; um clone geneticamente id&ecirc;ntico a outra. Em outras palavras, &eacute; "uma floresta de uma &aacute;rvore s&oacute;".
O veado-mula e outros herb&iacute;voros h&aacute; d&eacute;cadas come&ccedil;aram a ser um problema para o Pando. Claro, parte disso por a&ccedil;&atilde;o humana, que eliminou os predadores naturais desses animais da regi&atilde;o de Fremont River Ranger da Fishlake National Forest.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Lance Oditt/Friends of Pando/ Science Alert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/the-world-s-largest-organism-is-slowly-being-eaten-scientist-says"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/19/19212315228023.jpg" alt="(Fonte: Lance Oditt/Friends of Pando/ Science Alert/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Lance Oditt/Friends of Pando/ Science Alert/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como n&atilde;o h&aacute; lobos na &aacute;rea, as popula&ccedil;&otilde;es de veados explodem. Para piorar, aqueles que passam pela regi&atilde;o se acomodam, isto &eacute;, em vez de seguirem o caminho rapidamente, demoram e terminam mastigando os brotos ricos em nutriente do &aacute;lamo-tr&ecirc;mulo. Para esses herb&iacute;voros, a floresta acaba sendo um "restaurante" perfeito, afinal, h&aacute; muito alimento e nenhum predador.
Ainda h&aacute; outro problema: boa parte da renda das ag&ecirc;ncias estaduais de vida selvagem vem da emiss&atilde;o de licen&ccedil;as de ca&ccedil;a. Isso significa que essas organiza&ccedil;&otilde;es se preocupam mais em manter a popula&ccedil;&atilde;o de veados alta, para que os ca&ccedil;adores sempre tenham algo para levar para casa, do que com a preserva&ccedil;&atilde;o do Pando.&nbsp;O gado levado para a regi&atilde;o durante algumas semanas do ano tamb&eacute;m faz parte do problema, j&aacute; que os animais comem e esmagam os brotos.
Todos esses fatores impedem que o Pando possa se manter vivo, ou seja, ele est&aacute; sumindo aos poucos, j&aacute; que para cada &aacute;rvore velha morta n&atilde;o h&aacute; outro broto se desenvolvendo. Existem algumas iniciativas que est&atilde;o sendo aplicadas para tentar lidar com a situa&ccedil;&atilde;o, como colocar cercas em volta dos brotos e abater os veados mais vorazes do lugar. No entanto, "as coisas ainda est&atilde;o no vermelho".
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: (Lance Oditt/Friends of Pando/Science Alert/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/the-world-s-largest-organism-is-slowly-being-eaten-scientist-says"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/19/19212455338024.jpg" alt="O Pando j&aacute; sobreviveu a coloniza&ccedil;&atilde;o, doen&ccedil;as e inc&ecirc;ndios. (Fonte: (Lance Oditt/Friends of Pando/Science Alert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O Pando j&aacute; sobreviveu &agrave; coloniza&ccedil;&atilde;o, a doen&ccedil;as e a inc&ecirc;ndios. (Fonte: (Lance Oditt/Friends of Pando/Science Alert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As belas paisagens criadas pelos &aacute;lamos-tr&ecirc;mulos ret&ecirc;m enormes quantidades de &aacute;gua, um recurso fundamental para o oeste seco dos Estados Unidos. Sendo assim, o ser humano tamb&eacute;m sofrer&aacute; as consequ&ecirc;ncias com a morte do Pando; al&eacute;m disso, as milhares de &aacute;rvores ainda d&atilde;o suporte para um grande conjunto de animais e plantas.
No s&eacute;culo XIX, com a chegada dos colonos europeus na regi&atilde;o, o Pando teve que lidar com pastagens, inc&ecirc;ndios, doen&ccedil;as e r&aacute;pidas mudan&ccedil;as ambientais. Sobreviveu &agrave;quele per&iacute;odo e quem sabe tamb&eacute;m sobreviva ao cen&aacute;rio observado nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas devido &agrave; sua resili&ecirc;ncia milenar.

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.126Z

Como o maior organismo vivo do mundo está morrendo lentamente?

Imagem de La Niña: o que é e porque nos afeta? no megacurioso

Como funcionam esses fenômenos que tanto afetam o clima no Brasil?

Todos os dias, os telejornais nos d&atilde;o a previs&atilde;o do tempo. Ali&aacute;s, n&atilde;o s&oacute; eles, j&aacute; que at&eacute; nossos celulares conseguem nos dizer se vai ou n&atilde;o chover. Contudo, toda essa informa&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o consegue prever a La Ni&ntilde;a.
Assim como o El Ni&ntilde;o, a La Ni&ntilde;a &eacute; um fen&ocirc;meno clim&aacute;tico imprevis&iacute;vel e de consequ&ecirc;ncias muito relevantes para todo o planeta. Ainda assim, a experi&ecirc;ncia da humanidade lidando com esses fen&ocirc;menos nos ajuda a tra&ccedil;ar cen&aacute;rios para o clima no Brasil de 2022.
Para isso, precisamos olhar para a costa oeste da Am&eacute;rica do Sul, pois toda essa bagun&ccedil;a clim&aacute;tica come&ccedil;a no Oceano Pac&iacute;fico.
<h2>Os ventos e correntes mar&iacute;timas do Pac&iacute;fico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125720079341.jpg" alt="Temperatura da &aacute;gua influi diretamente na pesca. (Imagem: Shutterstock)" />Temperatura da &aacute;gua influi diretamente na pesca. (Fonte: Shutterstock)
As &aacute;guas do Pac&iacute;fico costumam ser quentes na regi&atilde;o pr&oacute;xima &agrave; linha do Equador. Isso acontece porque h&aacute; maior incid&ecirc;ncia solar na regi&atilde;o &mdash; &eacute; por isso que os estados da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120576-por-que-centenas-de-mineradores-invadiram-o-rio-madeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Regi&atilde;o Norte</a> s&atilde;o quentes.
No entanto, essa regi&atilde;o pode se tornar ainda mais quente com a ajudinha dos &ldquo;ventos al&iacute;sios&rdquo;. Essas massas de ar se deslocam constantemente, levando calor e umidade para as &aacute;reas de menor press&atilde;o atmosf&eacute;rica, como &eacute; o caso da regi&atilde;o equatorial.
Mas nem s&oacute; de calor vive o Oceano Pac&iacute;fico. Uma corrente mar&iacute;tima gelada, vinda de &aacute;reas subpolares, chamada Corrente de Humboldt, reduz a temperatura dessa regi&atilde;o do oceano.
De forma simplificada: os ventos al&iacute;sios empurram a &aacute;gua quente do Pac&iacute;fico, fazendo com que essa &aacute;gua fria, da Corrente de Humboldt, suba. Trata-se de um fen&ocirc;meno chamado de &ldquo;insurg&ecirc;ncia&rdquo;.
Essa &aacute;gua gelada tem mais oxig&ecirc;nio, o que &eacute; &oacute;timo para a gera&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;ria org&acirc;nica, alimentando os peixes e aumentando a produtividade da pesca em pa&iacute;ses como Peru e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120381-o-cemiterio-de-baleias-no-chile-que-ha-10-anos-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chile</a>.
Outras consequ&ecirc;ncias s&atilde;o o aumento das chuvas no leste da Austr&aacute;lia, que recebe a &aacute;gua quente que foi empurrada pelos ventos al&iacute;sios.
Esse cen&aacute;rio &eacute; tido como normal. Por&eacute;m, de tempos em tempos, sem nenhuma explica&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, toda essa intera&ccedil;&atilde;o entre ventos al&iacute;sios e a Corrente Humboldt &eacute; alterada, gerando o El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a.
<h2>O que &eacute; o El Ni&ntilde;o?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125723610342.jpg" alt="El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a impactam regime de chuvas no Brasil. (Imagem: Shutterstock)" />El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a impactam regime de chuvas no Brasil. (Fonte: Shutterstock)
No El Ni&ntilde;o h&aacute; um enfraquecimento dos ventos al&iacute;sios. Logo, eles n&atilde;o empurram a &aacute;gua quente do Oceano Pac&iacute;fico, fazendo com que a &aacute;gua fria da Corrente Humboldt n&atilde;o suba.
&Eacute; por isso que muita gente resume esse fen&ocirc;meno como o &ldquo;aquecimento das &aacute;guas do Pac&iacute;fico&rdquo;.
A &aacute;gua mais quente n&atilde;o &eacute; a ideal para forma&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;ria org&acirc;nica. &Eacute; por isso que na &eacute;poca de El Ni&ntilde;o a pesca &eacute; prejudicada no Peru e Chile.
Como esse fen&ocirc;meno ocorre com mais frequ&ecirc;ncia no final do ano, os pescadores acreditavam que ele era uma esp&eacute;cie de castigo do menino Jesus. Da&iacute; surgiu o nome desse fen&ocirc;meno clim&aacute;tico.
No Brasil, o El Ni&ntilde;o gera seca mais rigorosa para o sert&atilde;o nordestino, chuvas intensas e calor no Sul e no Sudeste.
<h2>O que &eacute; a La Ni&ntilde;a?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125726767343.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
J&aacute; a La Ni&ntilde;a tem efeitos e causas inversas. Aqui os ventos al&iacute;sios se fortalecem, empurrando com mais intensidade as &aacute;guas quentes do Pac&iacute;fico e fazendo com que a ressurg&ecirc;ncia se torne mais relevante.
Esse fen&ocirc;meno costuma ser muito positivo para a atividade pesqueira do oeste da Am&eacute;rica do Sul. O leste da Austr&aacute;lia lida com chuvas mais fortes do que o normal, assim como sert&atilde;o nordestino do Brasil.
O Sul e o Sudeste brasileiro lidam com ondas de frio mais intensas, como as vistas no ano passado, e com a seca.
Normalmente, a La Ni&ntilde;a ocorre no meio do ano, mas, como j&aacute; mencionado, a ocorr&ecirc;ncia desses fen&ocirc;menos, assim como as suas intensidades, obedece a crit&eacute;rios pr&oacute;prios.
<h2>La Ni&ntilde;a em 2022: o que vem por a&iacute;?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125729095344.jpg" alt="Sul do Brasil deve lidar com chuva abaixo da m&eacute;dia no primeiro semestre de 2022. (Imagem: Shutterstock)" />Sul do Brasil deve lidar com chuva abaixo da m&eacute;dia no primeiro semestre de 2022. (Fonte: Shutterstock)
De acordo com a Administra&ccedil;&atilde;o Nacional Oce&acirc;nica e Atmosf&eacute;rica dos Estados Unidos (NOAA), &oacute;rg&atilde;o dos Estados Unidos que monitora o clima, estamos lidando com os efeitos de uma nova edi&ccedil;&atilde;o da La Ni&ntilde;a &mdash; e eles devem bagun&ccedil;ar o clima de 2022.
Em primeiro lugar, uma m&aacute; not&iacute;cia para o Sul do Brasil: a seca continuar&aacute;. Os tr&ecirc;s estados dessa regi&atilde;o, assim como os pa&iacute;ses vizinhos, est&atilde;o lidando com uma estiagem h&aacute; mais de dois anos.
Essa seca impactou a gera&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica, produ&ccedil;&atilde;o de alimentos e os reservat&oacute;rios de &aacute;gua. Curitiba, por exemplo, lida com o racionamento de &aacute;gua h&aacute; quase dois anos.
Ao mesmo tempo, os sulistas ter&atilde;o um novo inverno rigoroso. Neste ano, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119517-o-historico-de-neve-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frio fez nevar em diversas cidades da regi&atilde;o.</a> A primeira geada no Rio Grande do Sul deve acontecer j&aacute; na segunda quinzena de maio, para o desespero dos produtores de milho.
Na Regi&atilde;o Norte e no Nordeste, a previs&atilde;o &eacute; para um 2022 com chuvas acima do normal. Um volume grande de chuvas, embora ben&eacute;fico para os reservat&oacute;rios, pode prejudicar a produ&ccedil;&atilde;o de algumas lavouras.
Ademais, como estamos acompanhando na Bahia, a chuva intensa pode causar destrui&ccedil;&atilde;o para muitas cidades.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ag&ecirc;ncia Brasil: Isac N&oacute;brega&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.ebc.com.br/YHvRCEPSbpSs2cp0ptYJfxTDBB4=/1170x700/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/chuvas_porto_seguro_1312215100.jpg?itok=4dSkBxYg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15164412420465.jpg" alt="Estado da Bahia est&aacute; sofrendo com chuvas intensas. La Ni&ntilde;a deve causar mais tempestades no Nordeste. (Imagem: Ag&ecirc;ncia Brasil: Isac N&oacute;brega)" />Estado da Bahia est&aacute; sofrendo com chuvas intensas. La Ni&ntilde;a deve causar mais tempestades no Nordeste. (Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil: Isac N&oacute;brega)
&Eacute; importante frisar que esses cen&aacute;rios s&atilde;o previs&otilde;es feitas pelos diversos escrit&oacute;rios que monitoram o clima no mundo todo. Elas podem ou n&atilde;o se cumprirem e ser&atilde;o constantemente atualizadas.

thumb-image-2024-02-29T14:05:55.224Z

La Niña: o que é e porque nos afeta?

Imagem de Por que os EUA têm tantos tornados violentos? no megacurioso

Em 2021, os tornados nos EUA resolveram aparecer até fora de época

Entre a &uacute;ltima sexta-feira (11) e o s&aacute;bado (12), tempestades provocaram tornados intensos e destruidores em v&aacute;rias regi&otilde;es do centro e sul dos Estados Unidos (EUA). Pr&eacute;dios inteiros vieram abaixo, enquanto a contagem dos mortos, que pode ultrapassar 80 vidas, segue sendo feita pelas autoridades locais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15105611505147.jpg" alt="Mayfield, no Kentucky, quase totalmente destru&iacute;da pelos tornados do &uacute;ltimo fim de semana. (Fonte: REUTERS/ BBC/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Mayfield, no Kentucky, quase totalmente destru&iacute;da pelos tornados do &uacute;ltimo fim de semana. (Fonte: REUTERS/BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contudo, al&eacute;m da devasta&ccedil;&atilde;o, o que chamou a aten&ccedil;&atilde;o de especialistas no clima &eacute; que em dezembro os Estados Unidos n&atilde;o costumam ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/36730-como-e-estar-no-olho-de-um-tornado-que-gira-a-cerca-de-250-km-h-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alvo de tornados</a>. Mas, o que pode estar por tr&aacute;s desses eventos anormais?
<h2>Poss&iacute;veis causas</h2>
Por ano, cerca de 1 mil tornados&nbsp;atingem os EUA em uma regi&atilde;o que abrange dez estados do meio-oeste do pa&iacute;s. Em reconhecimento a isso o lugar at&eacute; foi batizado de &ldquo;Beco do Tornado&rdquo;.&nbsp;
Em 2011, por exemplo, o estado do Alabama sofreu as consequ&ecirc;ncias de um EF-5, a escala mais alta usada para definir a intensidade desses eventos meteorol&oacute;gicos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15160832310418.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Uma das principais raz&otilde;es para a ocorr&ecirc;ncia frequente de tempestades nessa &aacute;rea &eacute; o choque entre o ar frio vindo do sul do Canad&aacute; com o ar quente e &uacute;mido que est&aacute; indo em dire&ccedil;&atilde;o ao norte a partir do Golfo do M&eacute;xico. Esse encontro cria um ambiente perfeito para a&nbsp;instabilidade atmosf&eacute;rica que, por sua vez, pode originar violentas colunas de ar dando in&iacute;cio aos tornados.
No entanto, isso costuma acontecer entre maio e junho. E n&atilde;o em dezembro, como &eacute; o caso das tempestades que arrasaram parte do pa&iacute;s no &uacute;ltimo fim de semana.&nbsp;
Sobre os tornados fora de &eacute;poca, Deanne Criswell, diretora da Ag&ecirc;ncia Federal de Gest&atilde;o de Crise dos EUA, disse &agrave; imprensa que esse cen&aacute;rio dram&aacute;tico &eacute; resultado das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e que as autoridades do pa&iacute;s est&atilde;o atentas visando medidas para diminuir os impactos das tempestades na popula&ccedil;&atilde;o local.
Apesar da gravidade da situa&ccedil;&atilde;o, a comunidade cient&iacute;fica olha com cuidado para essa quest&atilde;o, especialmente porque os tornados ainda s&atilde;o um fen&ocirc;meno pouco conhecido e explic&aacute;vel. No entanto, j&aacute; se sabe que existe uma forte rela&ccedil;&atilde;o entre a temporada de tornados nos EUA e o El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a &mdash; neste &uacute;ltimo caso as atividades de tornados no pa&iacute;s tendem a aumentar.
<h2>Preven&ccedil;&atilde;o&nbsp;</h2>
Assim como acontece com a maioria dos eventos clim&aacute;ticos, at&eacute; mesmo no caso dos tornados, &eacute; poss&iacute;vel saber o que esperar. Em boa parte das vezes os alertas chegam horas antes e j&aacute; temos uma ideia do que est&aacute; por vir no momento cr&iacute;tico. Em parte, essas informa&ccedil;&otilde;es antecipadas somente s&atilde;o poss&iacute;veis gra&ccedil;as ao trabalho de sat&eacute;lites.
Por&eacute;m, mesmo com tantos recursos tecnol&oacute;gicos, ainda n&atilde;o conseguimos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/meteorologia/37001-qual-e-o-tornado-mais-poderoso-que-podemos-ver-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prever tornados com precis&atilde;o</a>. Por exemplo, em um minuto pode estar caindo uma chuva forte ou granizo, e no minuto seguinte, uma casa inteira desaparecer em uma coluna de ar.&nbsp;
&Eacute; por isso que muitas pessoas acabam morrendo mesmo com o aviso de furac&otilde;es na &aacute;rea onde moram. Em poucos segundos um tornado pode surgir e arrastar tudo o que estiver pela frente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15160835622419.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para finalizar, existem algumas diferen&ccedil;as entre tornados e furac&otilde;es, apesar de muita gente usar tais termos como sin&ocirc;nimos. Basicamente, os furac&otilde;es s&atilde;o extensos demais para serem notados a olho a nu, por isso, a maioria das imagens &eacute; feita por sat&eacute;lites. Eles tamb&eacute;m se formam nos oceanos. J&aacute; os tornados, s&atilde;o facilmente percebidos quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118971-7-fatos-curiosos-sobre-tornados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coluna de ar toca o solo</a> e, geralmente, se formam na terra.

thumb-image-2024-02-29T14:05:55.074Z

Por que os EUA têm tantos tornados violentos?

Imagem de Hipótese da Arma de Clatratos: como o oceano pode nos destruir? no megacurioso

'Aquecimento global' é o termo que define tudo

Os clatratos de metano s&atilde;o formas de g&aacute;s metano, tamb&eacute;m conhecidos como gelo de metano, aprisionados em &aacute;gua gelada, descobertos sob sedimentos oce&acirc;nicos em todo o mundo em uma esp&eacute;cie de dep&oacute;sito, formados a partir de micr&oacute;bios que desoxidam o di&oacute;xido de carbono e o convertem em metano.
S&atilde;o encontrados apenas nas plataformas continentais em baixas concentra&ccedil;&otilde;es, cerca de 1% em volume. Contudo, comprimido em uma gaiola de gelo, o metano tem densidade relativamente alta, ent&atilde;o 1 litro de clatrato pode conter 168 litros de g&aacute;s metano, sendo 62 vezes mais poderoso do que o di&oacute;xido de carbono do efeito estufa.
Existe uma teoria cient&iacute;fica chamada Hip&oacute;tese da Arma de Clatratos, que sugere que o aumento da temperatura do mar pode causar a libera&ccedil;&atilde;o em massa e repentina de metano dos clatratos de metano do fundo do oceano, desencadeando um aquecimento global catastr&oacute;fico e provocando uma altera&ccedil;&atilde;o do meio ambiente aqu&aacute;tico e da atmosfera da Terra, similar ao que pode ter acontecido segundo a teoria da extin&ccedil;&atilde;o permiano-tri&aacute;ssica, ocorrida h&aacute; cerca de 252 milh&otilde;es de anos.
<h2>A possibilidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01203254334557.jpg" alt="(Fonte: Business Standard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Business Standard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Cientistas apostam que uma libera&ccedil;&atilde;o de clatratos teria sido a respons&aacute;vel pela aniquila&ccedil;&atilde;o de 99% de todas as esp&eacute;cies terrestres do per&iacute;odo Permiano, provocada por um gatilho externo, como os sulfetos liberados na erup&ccedil;&atilde;o de um supervulc&atilde;o.
Estima-se que 1 milh&atilde;o de quil&ocirc;metros c&uacute;bicos de lava tenha sido liberado ao longo de 1 milh&atilde;o de anos atrav&eacute;s de um complexo vulc&acirc;nico perto do Polo Norte. Sendo assim, uma quantidade inestim&aacute;vel de lava teria escorrido para as plataformas continentais, derretendo os clatratos e liberando grandes quantidades de metano.
Isso teria causado um efeito de retroalimenta&ccedil;&atilde;o ao aquecer a Terra e tornar mais prov&aacute;vel que os clatratos de metano derretessem, apesar de o metano permanecer apenas por 12 anos na atmosfera terrestre. O gelo derrete a 0 &deg;C, mas os clatratos podem permanecer s&oacute;lidos at&eacute; 18 &deg;C por estarem sob press&atilde;o suficiente; se ultrapassassem, eles seriam liberados em toneladas gigantescas, causando um efeito devastador para toda forma de vida no planeta.
Uma vez que esse fen&ocirc;meno come&ccedil;asse, ele nunca mais poderia ser interrompido, e conforme o planeta fosse se aquecendo a circula&ccedil;&atilde;o nos oceanos diminuiria, tornando an&oacute;xicas grandes &aacute;reas e causando a morte de bilhares de vidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01203335350558.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em setembro de 2008, o Laborat&oacute;rio Nacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos e o Programa de Ci&ecirc;ncia das Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas do Servi&ccedil;o Geol&oacute;gico dos EUA identificaram a potencial desestabiliza&ccedil;&atilde;o de clatratos no &Aacute;rtico como um dos quatro mais graves cen&aacute;rios de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas abruptas. Foi divulgado um relat&oacute;rio no fim de dezembro daquele ano apontando que os cientistas que viajaram para a regi&atilde;o a bordo de um barco russo afirmaram terem provas de que milh&otilde;es de toneladas de metano est&atilde;o escapando para a atmosfera.
Em 2020, altos n&iacute;veis de g&aacute;s metano foram detectados a 350 metros no Mar de Laptev, perto da R&uacute;ssia. A grande preocupa&ccedil;&atilde;o dos pesquisadores &eacute; que um novo ciclo de retroalimenta&ccedil;&atilde;o clim&aacute;tica tenha sido acionado, podendo acelerar o ritmo do aquecimento global e at&eacute; causar uma cat&aacute;strofe inesperada &mdash; mas prevista.

thumb-image-2024-02-29T14:05:54.928Z

Hipótese da Arma de Clatratos: como o oceano pode nos destruir?

Imagem de Cientistas recorrem a Darwin na luta contra o aquecimento global no megacurioso

Anotação feita pelo pai da Teoria da Evolução tem ajudado cientistas de todo mundo a criarem florestas que absorvam mais carbono 

&Eacute; fato que o trabalho de Charles Darwin mudou a forma como vemos a intera&ccedil;&atilde;o entre as esp&eacute;cies. O pai da Teoria da Evolu&ccedil;&atilde;o mostrou que os seres vivos buscam se adaptar aos desafios dos ambientes em que vivem com o &uacute;nico objetivo de fazer com que a esp&eacute;cie sobreviva.
Atualmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120468-cop26-entenda-o-que-deve-mudar-apos-o-evento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">l&iacute;deres de todo o mundo t&ecirc;m-se reunido</a> para buscar uma solu&ccedil;&atilde;o para a crise clim&aacute;tica que se aproxima e, com isso, garantir a sobreviv&ecirc;ncia de uma esp&eacute;cie espec&iacute;fica: a humana.
Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, cientistas de v&aacute;rios pa&iacute;ses t&ecirc;m percebido que as ideias de Darwin podem nos ajudar a vencer os desafios que se aproximam, mesmo tendo sido publicadas h&aacute; mais de 100 anos.
<h2 class="uk-text-justify">N&atilde;o basta plantar &aacute;rvores. &Eacute; preciso que elas sejam saud&aacute;veis</h2>
Plantar &aacute;rvores sem nenhum crit&eacute;rio pode n&atilde;o ser uma boa ideia na luta contra o aquecimento global. No cap&iacute;tulo IV do livro A Origem das Esp&eacute;cies, Charles Darwin explica que as florestas mistas s&atilde;o mais resistentes, vencendo pragas e obtendo nutrientes de forma mais eficiente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/13/13143406792349.jpg" alt="Escolhendo esp&eacute;cies que contribuam entre si, &eacute; poss&iacute;vel ter florestas que absorvam mais carbono da atmosfera. Imagem: Shutterstock" />Escolhendo esp&eacute;cies que contribuam entre si, &eacute; poss&iacute;vel ter florestas que absorvam mais carbono da atmosfera. Imagem: Shutterstock
Cientistas est&atilde;o partindo dessa ideia para produzir florestas mais eficazes na captura de carbono da atmosfera. Dessa forma, ser&aacute; poss&iacute;vel usar toda capacidade das &aacute;rvores para absorver uma quantidade muito maior de gases respons&aacute;veis pelo aquecimento global.
Com &aacute;rvores mais saud&aacute;veis, ainda se reduz o custo de manuten&ccedil;&atilde;o dessas florestas, pois elas precisar&atilde;o de menos cuidados relacionados &agrave;s pragas, como fungos e bact&eacute;rias. Em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/40709-homem-consegue-fazer-uma-floresta-crescer-em-pleno-deserto-entenda-como.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta mista, com esp&eacute;cies escolhidas a dedo</a>, cada planta desempenha um papel, visando &agrave; efici&ecirc;ncia &mdash; &eacute; algo complexo, que obedece a um planejamento cauteloso.
<h2 class="uk-text-justify">O problema das esp&eacute;cies invasoras</h2>
Caso voc&ecirc; esteja pensando em sair por a&iacute; plantando &aacute;rvores pelo bairro, tome cuidado para&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">n&atilde;o incluir esp&eacute;cies invasoras&nbsp;</a>no ambiente.
Ainda que os cientistas recomendem o plantio de esp&eacute;cies diversas, &eacute; preciso respeitar a flora local.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/13/13143409870350.jpg" alt="Florestas de pinheiros plantadas no Brasil podem impedir o crescimento de outras plantas, reduzindo a capacidade de absor&ccedil;&atilde;o de gases causadores do efeito estufa. Imagem: Shutterstock" />Florestas de pinheiros plantadas no Brasil podem impedir o crescimento de outras plantas, reduzindo a capacidade de absor&ccedil;&atilde;o de gases causadores do efeito estufa. Imagem: Shutterstock
Se voc&ecirc; mora perto do litoral, n&atilde;o plante pinus, por exemplo. Por ser uma esp&eacute;cie nativa de regi&otilde;es frias, como o Canad&aacute;, essa planta tende a lutar por cada cent&iacute;metro de &aacute;gua do solo, matando as plantas que estiverem ao seu redor.
Ent&atilde;o, se voc&ecirc; quiser seguir a dica dos pesquisadores sobre florestas mistas, escolha mais de uma esp&eacute;cie do mesmo bioma. Dessa forma, elas ter&atilde;o uma integra&ccedil;&atilde;o mais harm&ocirc;nica.
<h2 class="uk-text-justify">Florestas saud&aacute;veis fornecem madeira de forma constante</h2>
Boa parte da madeira que consumimos vem de florestas pr&oacute;prias para o corte. Essas florestas priorizam esp&eacute;cies que crescem r&aacute;pido, como o pinus.&nbsp;Contudo, florestas de esp&eacute;cies nativas, quando plantadas de forma planejada, tamb&eacute;m podem fornecer madeira constantemente. Tudo isso enquanto contribuem para a absor&ccedil;&atilde;o de carbono da atmosfera.
Pelo menos &eacute; isso que sugere a cientista Christine Foyer, em sua coluna no portal The Conversation.

Meio ambiente

Novidades