Imagem de "Minicérebros": o que são e como contribuem com a ciência no megacurioso

Também conhecidos como organoides cerebrais, os 'minicérebros' podem ser úteis para a criação de medicamentos e avanço em pesquisas

<head></head><body>Nos últimos anos, cientistas apresentaram ao mundo os organoides humanos conhecidos como "minicérebros" e trouxeram discussões interessantes entre entusiastas: será possível reproduzir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118613-consciencia-do-universo-poderia-ser-provada-com-nosso-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consciência</a> de um ser vivo e gerá-la por meio de tecidos cerebrais? Essa nova era de descobertas, além de validar pesquisas avançadas e com grande potencial na área de saúde, levaram o público a um vislumbre do futuro, supondo como esses projetos poderiam contribuir com a produção científica.Os organoides cerebrais exigem a aplicação de um processo de reversão via produtos químicos, onde as células humanas adultas são convertidas para um estado semelhante ao das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114556-cientistas-produzem-milhoes-de-celulas-tronco-humanas-em-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células-tronco</a>. Assim, elas adquirem potencial para originar unidades estruturais do sangue, da pele, do intestino e de outros órgãos, sendo consideradas "pluripotentes induzidas" (iPSC). Além disso, os "minicérebros" também podem ser criados a partir de tecido embrionário humano.A indução combina uma matriz rica em proteínas com moléculas específicas e fatores de crescimento, onde substâncias são aplicadas em estágios específicos do desenvolvimento. Após serem colocadas em biorreatores giratórios, essas "bolhas" têm seus crescimentos suspensos em vez de esmagados contra uma superfície plana, permitindo que haja a absorção completa de nutrientes e de uma quantidade efetiva de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122243-o-que-acontecera-com-a-terra-quando-acabar-o-oxigenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oxigênio</a>. À medida que se desenvolvem, os organoides se tornam mais complexos e adquirem inúmeras funções.Antes de se tornarem modelos simplificados de cérebros humanos em tamanho real, eles podem imitar funções específicas de tecido cerebral, mostrar organização espacial familiar para os pesquisadores e armazenar células comumente encontradas no organismo humano. Assim, é possível usá-los em uma variedade de aplicações, incluindo os "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119775-cerebro-humano-com-olhos-rudimentares-e-cultivado-em-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">copos ópticos</a>", que eventualmente dá origem à retina sensível à luz na parte de trás do olho, e a criação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilusao-de-optica/37748-nova-ilusao-de-optica-permite-que-voce-veja-suas-ondas-cerebrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas cerebrais</a> semelhantes às observadas em bebês prematuros.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20114243701115.jpg" alt="(Fonte: Live Science / Reprodução)">(Fonte: Live Science / Reprodução)Segundo os estudiosos, os "minicérebros" também podem ser utilizados em pesquisas sobre defeitos congênitos e distúrbios de desenvolvimento durante a gravidez (no caso da ingestão de drogas) e no rastreamento de doenças infecciosas, tumores cerebrais e distúrbios neurodegenerativos — como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> e Parkinson. Porém, até o momento, não há modelos avançados o suficiente para substituir parcial ou totalmente os modelos de doenças celulares e de animais estabelecidos.<h2>Os "minicérebros" podem se tornar sencientes?</h2>Comumente chamados de "minicérebros", os organoides não são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebros humanos</a> e consistem em bolhas esféricas capazes de simular algumas características — tanto físicas quanto funcionais. Por exemplo, eles incluem alguns tipos de células encontradas no córtex cerebral, a superfície externa enrugada do cérebro e várias camadas de tecido, além de poderem gerar mensagens químicas e ondas "neurais".Apesar disso, não há nada que garanta que eles podem se tornar estruturas "pensantes", ou seja, com uma consciência autônoma. Nessa questão em específico, como não há um consenso acadêmico sobre o que significaria, essencialmente, o termo "consciência", os cientistas são incapazes de levar em consideração os supostos padrões estabelecidos para medir o fenômeno. Assim, muito se questiona sobre os limites éticos de trabalhar com os organoides.Em 2021, o comitê formado pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina concluíram que é improvável a constituição de pensamento por parte dos organoides cerebrais e negou o surgimento de qualquer atividade vinculada à percepção, consciência, emoção ou experiência de dor. "De uma perspectiva moral, os organoides neurais não diferem atualmente de outros tecidos ou culturas neurais humanas in vitro. No entanto, à medida que os cientistas desenvolvem organoides significativamente mais complexos, a possível necessidade de fazer essa distinção deve ser revisada regularmente", concluem os pesquisadores.</body>

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'Minicérebros': o que são e como contribuem com a ciência

Imagem de Crianças esquecem a primeira infância por volta dos 7 anos de idade no megacurioso

Estudos sugerem que as memórias dos primeiros anos de vida desaparecem para sempre ainda no estágio de infância

<head></head><body>Novas pesquisas divulgadas pela Research Digest, instituição formada por especialistas em psicologia, apontam que crianças esquecem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122488-por-que-nao-nos-lembramos-do-nascimento-e-da-primeira-infancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeira infância</a> ainda durante seus primeiros anos de vida. Segundo o projeto, as memórias iniciais são permanentemente esquecidas e dão lugar a lembranças mais maduras, onde apenas os eventos ocorridos após a terceira primavera são mantidos nas áreas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124487-como-o-nosso-cerebro-lembra-do-idioma-que-estamos-aprendendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>.O estudo, divulgado pelo autor Christian Jarrett, neurocientista e criador da revista digital Psyche, foi baseado em uma pesquisa com voluntários, onde mães conversaram com seus filhos de três anos sobre eventos que aconteceram no passado. Após essa etapa, as crianças foram abordadas quando completaram sete anos, e revelaram ter sofrido perdas memoriais referentes a idas ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118717-os-4-zoologicos-mais-antigos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zoológico</a>, primeiros dias na pré-escola e a outras situações.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/07/07101545426585.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)"Nas idades de 5 a 7 anos, as crianças se lembravam de mais de 60% dos eventos sobre os quais conversaram aos 3 anos. Poucas menções de tempo e lugar. Por outro lado, as crianças de 8 e 9 anos se lembram de menos de 40% dos eventos que discutiram aos 3 anos, mas as memórias de que se lembravam eram mais adultas em seu conteúdo", comentou Jarrett, em uma atualização publicada em seu site.<h2>Quem lembra é parcialmente incitado</h2>Outro fato curioso sobre a pesquisa sugeriu uma espécie de "coação" familiar, forçando crianças a se lembrarem de algo que já não está mais claro para suas mentes. Durante a primeira fase, quando mães questionavam seus filhos sobre as memórias, muitas delas ajudavam os pequenos voluntários a resgatar informações específicas. Aparentemente, se expressar com “conte-me mais” ou "o que aconteceu" acabou favorecendo o esclarecimento de fatos do passado.Dessa forma, essa prática foi classificada como um estímulo para evitar a perda precoce de lembranças após os 7 anos. Interrogar as crianças após cada atividade, conversar sobre eventos mais pontuais e de forma específica, ou apostar em materiais visuais (como fotos e vídeos) pode facilitar o armazenamento de mais informações no cérebro infantil. Caso não haja essa abordagem, todos os jovens estão sujeitos a perder cedo suas memórias sobre os anos iniciais.</body>

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Crianças esquecem a primeira infância por volta dos 7 anos de idade

Imagem de 11 cores que afetam sua rotina e como isso funciona no megacurioso

Veja aqui como 11 cores podem impactar em campos como produtividade ou atenção ao realizar alguma atividade

<head></head><body>Seja em casa ou no escritório, é comum escolhermos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122214-psicologia-das-cores-o-poder-dessas-6-cores-em-suas-emocoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cores</a> para compor o ambiente e deixá-lo mais bonito. Seja de maneira consciente ou não, muitas vezes essas escolhas podem impactar diretamente aqueles que moram ou passam uma parte do dia neste lugar.Neste caso, a neurociência pode ajudar a entender quais são os efeitos das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121639-como-essas-4-cores-marcaram-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colorações</a> em nossas tarefas do dia a dia. Caso esteja curioso, a Dra. Thais Faria Coelho, neurocientista e mestre em educação, dá algumas explicações sobre 11 delas e como podem nos afetar e motivar.<h2>Quais são as 11 cores que afetam sua rotina?</h2><h3>1. Cinza</h3>O cinza atinge o putâmen, responsável por regular a dopamina, neurotransmissor responsável pelo prazer. Então a cor pode representar a ausência de energia e também ser usada em momentos de decisão.<h3>2. Branco</h3>O branco atinge o córtex esquerdo, responsável pela lógica e comunicação. O contato da cor com nosso cérebro remete à sensação de pureza, tranquilidade, calma e frescor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/13/13134904876268.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)<h3>3. Vermelho</h3>O vermelho estimula a amígdala e o núcleo accumbens, estruturas ligadas ao prazer. É uma cor responsável por motivar nossas emoções, virilidade, impulsos, atenção, sexualidade e dinamismo.<h3>4. Roxo</h3>A cor roxa estimula o polo frontal, responsável pelo planejamento de ações, movimentos e pensamento abstrato. O roxo desperta o interesse em atividades que trabalhem a criatividade, espiritualidade, mistérios e ganância.<h3>5. Rosa</h3>A cor rosa atinge a área tegmentar frontal, que controla a sensação de recompensa. Seu principal efeito é o estímulo à inocência, pureza, feminilidade, delicadeza e afeição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/13/13135117560270.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)<h3>6. Preto</h3>Assim como o vermelho, o preto também é um estimulante da amígdala, que é como uma controladora do comportamento sexual, agressivo e memória emocional. A cor desperta ações de curiosidade, luxo e luto.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/46976-16-cores-que-voce-provavelmente-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">16 cores de que você provavelmente nunca ouviu falar</a></li></ul><h3>7. Verde</h3>Essa cor atinge o córtex pré-frontal, que está ligado às decisões e pensamento criativo, além de ser responsável pelas respostas afetivas e julgamento social. É uma cor que transmite frescor e harmonia.<h3>8. Marrom</h3>O marrom trabalha no sistema límbico do cérebro, que gerencia estados e respostas emocionais. É uma cor que transmite estabilidade, conservadorismo e pensamento.<h3>9 e 10. Amarelo e Laranja</h3>As cores atuam no sistema dopaminérgico, responsável por gerenciar os estados de recompensa e liberar dopamina. São estimulantes do entusiasmo, alegria, energia e alerta.<h3>11. Azul</h3>Assim como o verde, o azul atinge o córtex pré-frontal, que atua nas decisões, pensamentos abstratos e criativos. Enquanto o verde estimula a harmonia, o azul motiva ações de poder (azul-escuro), produtividade, confiança e higiene (azul-claro).&nbsp;“É importante ter em mente que a compressão das cores pode reestruturar toda sua rotina de acordo com seus objetivos, além de justificar muitos comportamentos humanos de acordo com as cores que mais estão presentes no seu dia a dia”, finaliza a doutora Thais.</body>

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11 cores que afetam sua rotina e como isso funciona

Imagem de Mapa cerebral de inseto mostra mais de 3 mil neurônios no megacurioso

A pesquisa apontou resultados surpreendentes e pode auxiliar na criação de novas tecnologias e compreensão do cérebro humano

<head></head><body>Cientistas das Universidades de Cambridge e Johns Hopkins, na Inglaterra, divulgaram recentemente a primeira criação completa de um mapa cerebral de um inseto, também conhecido como conectoma. O extenso projeto levou 12 anos para ser construído e revela a localização de todos os 3.016 neurônios no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124221-nosso-cerebro-e-capaz-de-apagar-memorias-ruins.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca-das-frutas em sua fase larval.&nbsp;A pesquisa pode identificar as redes através das quais os neurônios de um lado do cérebro enviam dados para o outro, além de classificar 93 tipos distintos dessas células, que diferem em sua forma, função proposta e na maneira como se conectam umas às outras.<h2>Criação e resultados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14141938161230.png" alt="Conjunto completo de neurônios do cérebro larval de mosca-das-frutas (Fonte: Universidade de Cambridge/Universidade Johns Hopkins/Reprodução)">Conjunto completo de neurônios do cérebro larval de mosca-das-frutas (Fonte: Universidade de Cambridge/Universidade Johns Hopkins/Reprodução)Mais de 80 pesquisadores trabalharam na construção do projeto, que envolveu o fatiamento fino do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca-das-frutas em 5 mil seções e a captura de imagens microscópicas de cada fatia, que foram então transformadas um volume em 3D e, então, o constructo tridimensional foi analisado para identificar células individuais, com suas conexões sendo traçadas manualmente.Os resultados do mapeamento surpreenderam os cientistas de várias maneiras. Por exemplo, acredita-se que os neurônios enviam mensagens de saída por prolongamentos longos chamados axônios e as recebem através de outros mais curtos e ramificados chamados dendritos.Porém, a novidade provou que existem exceções a essa regra, apontando diversas conexões entre axônio-axônio e dendrito-dendrito nas sinapses cerebrais das moscas-das-frutas em sua fase larval.Além disso, o conectoma provou que as informações sensoriais recebidas passam por poucos neurônios antes de serem direcionadas a àquele envolvido no controle motor, responsável por fazer o inseto executar um comportamento físico. Esse nível de eficiência só pode ser atingindo por "atalhos" integrados entre as conexões, algo muito semelhante ao apresentado em sistemas de inteligência artificial avançados.<h2>Importância e limitações</h2>Uma melhor compreensão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124487-como-o-nosso-cerebro-lembra-do-idioma-que-estamos-aprendendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de uma mosca pode parecer insignificante para alguns, mas as implicações da pesquisa podem se estender além do reino animal.&nbsp;O conhecimento adquirido a partir do mapeamento pode ser aplicado em futuras IAs para aumentar sua eficiência energética, afinal, insetos conseguem realizar tarefas cerebrais complexas com um nível de energia bem baixo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14142411396232.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além disso, o conectoma pode ser um modelo útil para estudar a aprendizagem e a memória. "Os humanos fazem coisas como tomar decisões, aprender, navegar no ambiente, comer. E as moscas também. E há boas razões para pensar que os mecanismos que as moscas têm para implementar essas funções cognitivas também estão presentes nos humanos", explicou Joshua Vogelstein, cocriador do estudo e diretor e cofundador do laboratório de NeuroData da Universidade Johns Hopkins.Infelizmente, essa novidade empolgante para o mundo da ciência também tem suas limitações. Ela ainda não é capaz de capturar quais neurônios são excitatórios, ou seja, que fazem outras células semelhantes dispararem, e quais são inibitórios, aqueles menos propensos a reagirem. E essas reações são muito importantes, pois afetam o modo como as informações fluem pelo cérebro.Porém, o novo conectoma é uma conquista notável no campo de pesquisa de neurociência, que pode ajudar a impulsionar tecnologias, além de fornecer uma base para futuras descobertas e estudos para compreender mais sobre as criaturas que nos cercam e também sobre nós mesmos.</body>

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Mapa cerebral de inseto mostra mais de 3 mil neurônios

Imagem de O que é a 'química' que sentimos por outras pessoas? no megacurioso

Entenda o que a ciência explica sobre aquela súbita e inesperada sensação boa que sentimos por outras pessoas aleatoriamente

Em algum momento da vida voc&ecirc; provavelmente j&aacute; sentiu uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/39893-o-corpo-fala-conheca-5-sinais-fisicos-da-atracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atra&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;inexplic&aacute;vel&nbsp;por outra pessoa, daquelas em que tudo parece estar alinhado e dando certo. Voc&ecirc;s simplesmente funcionam bem juntos, com cada momento sendo uma maravilha sem descri&ccedil;&atilde;o.
Popularmente, isto &eacute; descrito como "ter qu&iacute;mica" com a outra pessoa, mas o que realmente isto quer dizer?
<h2>Por que &agrave;s vezes rola uma "qu&iacute;mica" com outras pessoas?</h2>
A atra&ccedil;&atilde;o quase espont&acirc;nea sentida por outra pessoa (seja ela de qualquer sexo ou g&ecirc;nero) pode ter diversas explica&ccedil;&otilde;es que v&ecirc;m rapidamente &agrave; mente. Por exemplo, &eacute; poss&iacute;vel que seja apenas uma rea&ccedil;&atilde;o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121138-qual-a-relacao-entre-hormonios-sexuais-e-gordura-localizada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hormonal&nbsp;</a>acionando neurotransmissores que fazem com que voc&ecirc; simplesmente deseje contato &mdash; geralmente sexual &mdash; com o outro indiv&iacute;duo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/07/07124106415015.jpg" alt="A qu&iacute;mica sentida por outras pessoas geralmente tem forte apelo sexual" />A qu&iacute;mica sentida por outras pessoas geralmente tem forte apelo sexual. (Fonte: Getty Images)
Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel que a "qu&iacute;mica" n&atilde;o seja imediata, surgindo depois de um bate-papo que possivelmente resulta em uma forte atra&ccedil;&atilde;o. Pode ser, ainda que, essa sensa&ccedil;&atilde;o de proximidade (ou necessidade de ainda mais proximidade) se d&ecirc; por conta de experi&ecirc;ncias vividas em conjunto, gerando uma esp&eacute;cie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/96956-5-sinais-de-intimidade-que-indicam-que-o-casal-ficara-junto-por-muito-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intimidade</a> que n&atilde;o acontece com tanta frequ&ecirc;ncia com outros amigos e conhecidos.
Mas afinal, qual seria o motivo para a tal "qu&iacute;mica" que sentimos por outros seres humanos? A resposta, de acordo com uma reportagem do Mental Floss, pode ser o somat&oacute;rio das possibilidades listadas acima.
<h2>Atra&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica</h2>
Segundo a neurocientista e psicofisi&oacute;loga sexual Nicole Prause, cientistas agora "assumem, com pouqu&iacute;ssimas exce&ccedil;&otilde;es, que qualquer comportamento tem elementos tanto gen&eacute;ticos quanto hist&oacute;ricos." Ela explica que o conceito tem a ver com a nossa natureza pessoal e a forma como fomos criados ao longo da inf&acirc;ncia.
Sentimentos de desejo e cria&ccedil;&atilde;o de la&ccedil;os podem ser bastante impactados por fatores gen&eacute;ticos e psicol&oacute;gicos, al&eacute;m de hist&oacute;rico de traumas familiares, segundo cientistas que estudam a atra&ccedil;&atilde;o sentida entre seres humanos.
De acordo com Helen Fisher, bi&oacute;loga e antrop&oacute;loga no Kinsey Institute da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, o sentimento definido como "amor" tem tr&ecirc;s est&aacute;gios bem distintos. O primeiro, &eacute; a lux&uacute;ria, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120979-o-desejo-sexual-desaparece-na-terceira-idade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desejo sexual</a>; o segundo &eacute; a atra&ccedil;&atilde;o, que tem mais a ver com a sensa&ccedil;&atilde;o querer estar constantemente ao lado de algu&eacute;m que te faz sentir bem; e, por fim, o apego.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/07/07124156802016.jpg" alt="O apego, por outro lado, tem um aspecto mais voltado &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de fortes la&ccedil;os duradouros (incluindo a forma&ccedil;&atilde;o de fam&iacute;lia)" />O apego, por outro lado, tem um aspecto mais voltado &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de fortes la&ccedil;os duradouros (incluindo a forma&ccedil;&atilde;o de fam&iacute;lia).&nbsp;&nbsp;(Fonte: Getty Images)
Fisher explica que no caso da lux&uacute;ria somos guiados pelos horm&ocirc;nios masculino e feminino, os estrog&ecirc;nios e os androg&ecirc;nios, que simplesmente nos impelem a querer reproduzir. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; atra&ccedil;&atilde;o, quem geralmente est&aacute; no comando s&atilde;o o cortisol, a adrenalina e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121985-jejum-de-dopamina-e-so-mais-uma-invencao-de-marketing-incoerente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dopamina</a>, horm&ocirc;nios que nos fazem sentir bem. Por &uacute;ltimo, mas n&atilde;o menos importante, no caso do apego o respons&aacute;vel &eacute; a dopamina, que causa sensa&ccedil;&otilde;es boas e alivia a dor, al&eacute;m de um aumento na quantidade de ocitocina e vasopressina, horm&ocirc;nios que visam criar la&ccedil;os duradouros como os de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122897-o-que-os-bebes-entendem-quando-seus-pais-cantam-para-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pais e m&atilde;es</a>.
Ainda que entendam o funcionamento da coisa toda, cientistas confessam n&atilde;o dominar completamente o assunto. "Entendemos uma boa parte sobre o que acontece quando [a atra&ccedil;&atilde;o] j&aacute; aconteceu, mas somos muito ruins em prever quando vai acontecer," disse Prause.

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O que é a 'química' que sentimos por outras pessoas?

Imagem de Seu cão entende palavras mais complexas do que você imagina no megacurioso

Estudos com cachorros mostraram que eles entendem vocábulos mais complexos do que comandos simples ou seus próprios nomes

<head></head><body>Muita gente tem o costume de conversar com seus cães, falando frases inteiras e relatando ideias complexas para os bichinhos. Outras pessoas acreditam que eles não entendem nada, então falar qualquer coisa além de "senta" ou "rola" seria perda de tempo...&nbsp;Na verdade, pode ser que os cachorros não compreendam ideias complexas, mas eles ouvem mais do que muitas pessoas imaginam. Eles são capazes de detectar que conjuntos de sílabas formam palavras — enquanto sons avulsos provavelmente não significam nada. A ciência sabia que bebês de oito meses podiam fazer isso, antes de aprender a falar, mas a novidade é saber que os cachorros têm a mesma capacidade.Essa descoberta é resultado de um trabalho da Universidade Eötvös Loránd, da Hungria. Uma das autoras da pesquisa, Mariana Boros, afirma: "Essa é a primeira vez que mostramos que um animal não-humano pode fazer isso. Eles podem aplicar os mesmos cálculos que bebês usam para segmentar a fala". Interessante, não?<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como seu cachorro sabe que alguém está chegando?</a></li></ul><h2>Cães na ressonância magnética</h2>Para descobrir isso, os cientistas trouxeram os animais para máquinas de eletroencefalograma e ressonância magnética. E sim, os cães participantes eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121621-seu-cachorro-precisa-sair-sempre-na-coleira-entenda-a-importancia-dela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">treinados</a> para ficar sentadinhos e bem-comportados na hora do teste — o que já seria um desafio para a maioria dos bichos que a gente conhece, né?Com o eletroencefalograma, os pesquisadores deixaram os cães brincar com seus tutores, enquanto monitoravam sua atividade cerebral. Além disso, tocaram sons gravados para ver qual seria a resposta.Para começar, eles tocavam uma fala com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122843-alto-valiriano-de-game-of-thrones-linguas-ficticias-e-sua-criacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palavras inventadas</a>, variando a frequência dessas palavras. Essa fala era intercalada com sílabas isoladas. Depois, eles também tocaram essas palavras, isoladamente, e as sílabas.&nbsp;Em resumo, o monitoramento mostrou que os cães conseguiam diferenciar as falas frequentes e isoladas, além de entender o que eram palavras completas e o que eram apenas silabas. Tal diferenciação é bem mais complexa e surpreendente.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28181457723576.jpeg" alt="Fonte: Grzegorz Eliasiewicz/Universidade Eötvös Loránd">Fonte: Grzegorz Eliasiewicz/Universidade Eötvös Loránd<h2>Processamento semelhante ao dos humanos</h2>Na ressonância magnética, os cães ouviram gravações de palavras repetidas em um padrão e de sílabas separadas dessas palavras. A ideia, aqui, era entender qual área do cérebro deles era ativada para fazer a diferenciação. E o resultado foi ainda mais interessante.De modo geral, os gânglios basais respondiam às sílabas aleatórias, enquanto o córtex auditivo respondia às palavras estruturadas. Essa é uma área bem mais desenvolvida do cérebro — e a mesma que nós, humanos, usamos nesses processos. "Foi interessante ver que, também para os cães, o córtex auditivo tem papel importante na segmentação de palavras", afirma Boros.Outros estudos ainda serão necessários para responder como os cachorros desenvolveram essa habilidade e se essa capacidade ainda pode evoluir na espécie. De qualquer maneira, é muito interessante saber que nossos amigos são tão inteligentes e capazes de compreender tantas coisas.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123262-6-posicoes-que-os-caes-dormem-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 posições que os cães dormem e o que elas significam</a></li></ul></body>

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Seu cão entende palavras mais complexas do que você imagina

Imagem de Brasil registrou 538 novos superinteligentes em 2022 no megacurioso

Segundo balanço da Associação Mensa Brasil, a maior concentração de superinteligentes está entre os menores de idade

<head></head><body>De tempos em tempos, surgem na rede notícias e informações variadas referentes a pessoas consideradas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123075-10-coisas-que-se-deve-fazer-todos-os-dias-para-tornar-se-mais-inteligente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superinteligentes</a>. As mais recentes são de um balanço feito pela Associação Mensa Brasil (que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais em nosso país), onde foram identificados 538 brasileiros com QI acima da média em 2022.A descoberta dos superinteligentes aconteceu durante testes de admissão realizados pela associação ao longo de 2022. Nesse ano, o maior volume de identificação ocorreu entre menores de idade, que somaram 321 pessoas, sendo 246 do sexo masculino e 75 do sexo feminino.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120075-inteligencia-geral-por-que-alguns-sao-mais-inteligentes-que-outros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inteligência geral: por que alguns são mais inteligentes que outros?</a></li></ul><h2>Novos superinteligentes ainda podem surgir no Brasil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/08/08222850545066.jpg" alt="Meninos representam a maior faixa de pessoas superinteligentes encontradas no Brasil em 2022. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Meninos representam a maior faixa de pessoas superinteligentes encontradas no Brasil em 2022. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Na avaliação de Rodrigo Sauaia, presidente da Mensa Brasil, o Brasil é uma potência intelectual ainda adormecida e subaproveitada. “Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, aponta Sauaia.&nbsp;<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120280-menino-de-8-anos-com-qi-de-140-bate-recorde-e-e-o-mais-novo-membro-da-mensa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brasileiro de 8 anos está entre os mais inteligentes do mundo</a></li></ul>De acordo com a entidade, o indivíduo superinteligente, independentemente da faixa etária, possui características específicas e diferenciadas da maioria das pessoas em geral. As diferenças estão presentes em seus interesses, na forma de pensar ou resolver problemas, na liderança, na personalidade, no elevado senso de justiça, entre outras áreas.</body>

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Brasil registrou 538 novos superinteligentes em 2022

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Procedimento conhecido como calosotomia foi utilizado no passado para tentar tratar casos graves de epilepsia, porém pode resultar em diversas sequelas a longo prazo

<head></head><body>Em 1961, os neurocirurgiões Philip Vogel e Joseph Bogen decidiram realizar um procedimento experimental em pacientes com epilepsia grave. Eles acreditavam que a intensidade dos sintomas — que envolviam frequentes desmaios e convulsões — era resultado de sinais neurais que se espalhavam de um lado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> para o outro.Para tentar controlar o problema, os médicos realizaram um procedimento conhecido como calosotomia, que consiste em cortar o corpo caloso — o feixe de substância branca que une os dois hemisférios — do cérebro dos pacientes.&nbsp;Nos primeiros dias após o procedimento, nenhum deles relatou problemas graves. Porém, à medida que se recuperavam, os pacientes passaram a relatar algumas situações bastante inesperadas. Eles passaram a favorecer o lado direito de seus corpos nas atividades cotidianas e pareciam alheios a qualquer estímulo vindo do lado esquerdo.&nbsp;Curiosos com esse comportamento estranho, em 1962, os psicólogos Roger Sperry e seu aluno de pós-graduação Michael Gazzaniga iniciaram uma série de experimentos para descobrir exatamente o que estava acontecendo dentro das cabeças dos pacientes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> dividido.<h2>Um cérebro divido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02111558882502.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Hoje já é bem conhecido pela ciência que o corpo caloso não tem a função de apenas manter um hemisfério ligado ao outro. Ele contém cerca de 200 milhões de fibras neurais capazes de transmitir um bilhão de bits de informação por segundo. É isso que garante que o nosso cérebro funcione de maneira coesa e não como dois órgãos distintos.Por exemplo, as imagens que nossos olhos captam, são transmitidas para uma região do cérebro chamada lobo occipital — responsável por interpretá-las. Porém, no percurso entre olhos e cérebros, os nervos ópticos se cruzam em uma junção chamada quiasma óptico. Isso faz com que as informações do olho direito sejam transmitidas para o hemisfério esquerdo e vice-versa. Quem é responsável por arrumar a imagem, enviando-as para o hemisfério correto é o corpo caloso. Assim, é fácil perceber que remover esse importante canal de ligação traz consequências bastante significativas.Alguns dos pacientes começaram a ter dificuldade de realizar algumas atividades cotidianas, como fechar os botões da camisa. Eles faziam isso usando apenas uma das mãos, enquanto a outra os desabotoava espontaneamente — o mesmo acontecia na hora de colocar itens em um carrinho de compras, uma mão colocava e a outra devolvia à prateleira. Em casos raros, esse fenômeno pode até assumir a forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117380-sindrome-da-mao-alienigena-karen-byrne-era-atacada-por-sua-mao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome da mão alheia</a>, na qual a mão do paciente parece ter vontade própria e às vezes tenta estrangular seu dono ou outras pessoas.Os casos de movimento independente dos membros resultaram na maior descoberta de Sperry e Gazzaniga: o domínio executivo do hemisfério esquerdo. Em experimentos posteriores, eles descobriram que grande parte do raciocínio do hemisfério direito e dos processos de tomada de decisão são totalmente inconscientes e precisam ser mediados e interpretados pelo hemisfério esquerdo.Porém, isso não significa dizer que o hemisfério direito não tenha capacidade de se expressar racionalmente. Quando um dos pacientes foi apresentado com uma foto de sua namorada em seu olho esquerdo, ele não conseguiu falar o nome dela. Porém, ele foi capaz de escrevê-lo usando letras espalhadas em uma mesa.Os experimentos de Sperry e Gazzaniga revolucionaram nossa compreensão de como o cérebro organiza diferentes tarefas perceptivas e conceituais. Em 1981, Sperry foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina. Ele continuou a estudar pacientes com cérebro dividido até sua morte em 1994, enquanto Gazzaniga ainda segue essa linha de pesquisa até hoje na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.</body>

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O que acontece se você separar os dois lados do cérebro?

Imagem de “Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos no megacurioso

Microorganismo infecta o cérebro através do nariz e não há tratamentos eficazes contra ela

O caso de um homem n&atilde;o identificado que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124503-ameba-comedora-de-cerebros-mata-pessoa-na-florida.htm" target="_blank" title="Ameba 'comedora de c&eacute;rebros' mata pessoa na Fl&oacute;rida">faleceu devido &agrave; infec&ccedil;&atilde;o causada por uma ameba</a> conhecida como &ldquo;comedora de c&eacute;rebros&rdquo;, chamada Naegleria fowleri, gerou medo em muitas pessoas, principalmente pela forma como o cont&aacute;gio ocorre: pela higiene nasal.
A Naegleria fowleri &eacute; um microorganismo encontrado na terra e no ar, mas mais comumente na &aacute;gua doce, geralmente em temperaturas mais elevadas, por volta de 46 &deg;C, normalmente presente em lagos ou rios de &aacute;gua morna, &aacute;guas termais, &aacute;gua de torneira, aquecedores e, mais raramente, em piscinas e po&ccedil;os de &aacute;gua n&atilde;o tratados.
As infec&ccedil;&otilde;es por Naegleria fowleri s&atilde;o consideradas raras e n&atilde;o h&aacute; estudos suficientes para entend&ecirc;-la melhor e identificar medicamentos eficazes, por isso ela possui altas taxas de mortalidade, superior a 97% &mdash; dos 111 casos j&aacute; registrados nos EUA apenas um sobreviveu &agrave; infec&ccedil;&atilde;o.
<h2>Como ocorre a infec&ccedil;&atilde;o da ameba "comedora de c&eacute;rebros"?</h2>
Geralmente, sua infec&ccedil;&atilde;o ocorre pelo nariz, seja por pr&aacute;ticas religiosas, higieniza&ccedil;&atilde;o do local ou nata&ccedil;&atilde;o. Assim, a ameba chegar at&eacute; o c&eacute;rebro por meio do nervo olfat&oacute;rio em uma placa &oacute;ssea do cr&acirc;nio, causando uma infec&ccedil;&atilde;o chamada PAM (meningoencefalite amebiana prim&aacute;ria).
A Naegleria fowleri entra no organismo na forma de trofozo&iacute;to &mdash; um est&aacute;gio adulto de microrganismos utilizado para a alimenta&ccedil;&atilde;o. Esse estado lhe confere estruturas capazes de permitir a ingest&atilde;o de tecidos do corpo humano, o que lhe possibilita &ldquo;comer&rdquo; o tecido cerebral da pessoa infectada.
A ameba possui adesinas na sua superf&iacute;cie, componentes que facilitam a sua ades&atilde;o &agrave;s c&eacute;lulas do organismo, e ao acessar as c&eacute;lulas nervosas, a Naegleria fowleri consegue absorv&ecirc;-las por meio uma estrutura conhecida como &ldquo;copos de comida&rdquo;. Al&eacute;m disso, ela expressa uma prote&iacute;na citol&iacute;tica formadora de poros que despolariza o potencial de membrana da c&eacute;lula, causando-lhe danos.
A ameba tamb&eacute;m &eacute; capaz de liberar enzimas hidrol&iacute;ticas, como neuraminidases, esfingosina e colina, que danificam a membrana das c&eacute;lulas, formada majoritariamente por lip&iacute;dios, provocando perda de fun&ccedil;&otilde;es nos tecidos nervosos.
<h2>Como o corpo enfrenta a&nbsp;Naegleria fowleri?</h2>
O organismo apresenta uma forte resposta imunol&oacute;gica, que associada aos efeitos da ameba resulta em graves danos ao sistema nervoso central, gerando sintomas que podem ir de dores de cabe&ccedil;a, v&ocirc;mito, perda de equil&iacute;brio e desorienta&ccedil;&atilde;o &mdash; similares aos causados por meningite &mdash;, a problemas mais graves, como convuls&otilde;es, rigidez no pesco&ccedil;o, alucina&ccedil;&otilde;es e coma.
Normalmente, o diagn&oacute;stico de PAM &eacute; feito em pessoas que apresentam sintomas que afetam o sistema nervoso central e tenham hist&oacute;rico de contato com &aacute;gua contaminada. Tamb&eacute;m podem ser utilizados exames de imagem, como tomografia computadorizada e resson&acirc;ncia magn&eacute;tica, al&eacute;m da utiliza&ccedil;&atilde;o da pun&ccedil;&atilde;o cerebral para obter amostras de l&iacute;quido cefalorraquidiano para testagem, mas mais de 75% dos diagn&oacute;sticos s&oacute; s&atilde;o feitos ap&oacute;s a morte do paciente.
No entanto, se for ingerida &aacute;gua contaminada com Naegleria fowleri, n&atilde;o h&aacute; riscos de infec&ccedil;&atilde;o, pois o &aacute;cido estomacal mata o microorganismo. Por isso, a principal preven&ccedil;&atilde;o &eacute; evitar o contato da &aacute;gua com o nariz, e quando for necess&aacute;rio, optar por &aacute;gua destilada ou est&eacute;ril e usar prendedores para o nariz durante a pr&aacute;tica de nata&ccedil;&atilde;o. A m&eacute;dia de idade de indiv&iacute;duos afetados &eacute; de 12 anos, por isso &eacute; importante ter aten&ccedil;&atilde;o a crian&ccedil;as brincando em rios e lagos.
Atualmente, apesar de em casos da doen&ccedil;a alguns medicamentos, como azitromicina, fluconazol e rifampicina, possam ser administrados por via intravenosa ou oral, seus efeitos s&atilde;o limitados, o que pode ser ainda mais dificultado, pois em grande parte dos casos a morte ocorre de um a 18 dias ap&oacute;s o in&iacute;cio da manifesta&ccedil;&atilde;o dos sintomas.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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“Ameba zumbi” causa morte neuronal e é fatal em 97% dos casos

Imagem de Como o nosso cérebro lembra do idioma que estamos aprendendo? no megacurioso

A memória é o resultado de alguma experiência que você e seu cérebro tiveram que forma um traço, como uma pegada que você deixa na areia

O seu c&eacute;rebro literalmente muda quando voc&ecirc; aprende algo novo. A mem&oacute;ria &eacute; o resultado de alguma experi&ecirc;ncia que voc&ecirc; e seu c&eacute;rebro tiveram que forma um tra&ccedil;o, como uma pegada que voc&ecirc; deixa na areia, que existe em seu c&eacute;rebro na conex&atilde;o entre os neur&ocirc;nios e as informa&ccedil;&otilde;es. Formar uma nova mem&oacute;ria, que &eacute; na verdade aprender algo, &eacute; simplesmente criar novas conex&otilde;es cerebrais. &ldquo;Lembrar&rdquo; essa mem&oacute;ria &eacute; o processo de encontrar essa conex&atilde;o e acess&aacute;-la, e existem diferentes tipos de mem&oacute;rias.
A mem&oacute;ria de trabalho, que tamb&eacute;m &eacute; chamada de curto prazo, &eacute; a mem&oacute;ria que &eacute; mantida em seu c&eacute;rebro por talvez alguns segundos ou minutos, como um n&uacute;mero de telefone que algu&eacute;m acabou de passar. Assim que voc&ecirc; perder o foco na informa&ccedil;&atilde;o, j&aacute; era! E mesmo para mant&ecirc;-lo em sua mem&oacute;ria de curto prazo, voc&ecirc; precisa fazer algum esfor&ccedil;o, como repetir esse n&uacute;mero v&aacute;rias vezes.
J&aacute; a mem&oacute;ria de longo prazo &eacute; a que est&aacute; l&aacute; h&aacute; bastante tempo e que voc&ecirc; pode recuperar (lembrar!) sem ter que pratic&aacute;-la, ela "s&oacute; est&aacute; l&aacute;". Mem&oacute;rias de longo prazo podem incluir informa&ccedil;&otilde;es duradouras e muito frequentes (como nomes de familiares ou como dirigir um carro) ou informa&ccedil;&otilde;es mais recentes, como quando voc&ecirc; reconhece uma nova palavra que aprendeu no Duolingo ontem.
Dentro dessas mem&oacute;rias de longo prazo, existem dois tipos, que s&atilde;o para diferentes categorias de informa&ccedil;&atilde;o: a mem&oacute;ria impl&iacute;cita, que &eacute; sobre habilidades e processos, como andar de patins e falar sua pr&oacute;pria l&iacute;ngua. J&aacute; a mem&oacute;ria expl&iacute;cita &eacute; sobre informa&ccedil;&otilde;es e fatos, como a capital de um pa&iacute;s e o que voc&ecirc; comeu no almo&ccedil;o.
Quando se trata de aprendizagem de idiomas, podemos pensar na mem&oacute;ria impl&iacute;cita sendo usada para ter instintos sobre o que "soa bem" e quais palavras combinam, e mem&oacute;ria expl&iacute;cita para descrever como a l&iacute;ngua funciona. &Eacute; por isso que existe uma diferen&ccedil;a entre conhecer uma regra de linguagem e realmente ser capaz de us&aacute;-la. A maioria das pessoas n&atilde;o conhece todas as regras gramaticais em seu pr&oacute;prio idioma (mem&oacute;ria expl&iacute;cita), mas pode usar seu idioma muito bem (mem&oacute;ria impl&iacute;cita).
Se estamos tentando aprender algo (como palavras em um novo idioma), repetimos v&aacute;rias vezes (como desenvolver uma sequ&ecirc;ncia), focamos nisso e praticamos. Tudo isso acontece enquanto a informa&ccedil;&atilde;o est&aacute; na mem&oacute;ria de trabalho (de curto prazo). Com pr&aacute;tica, aten&ccedil;&atilde;o e foco suficientes, essas informa&ccedil;&otilde;es podem "grudar" em n&oacute;s e passar para a mem&oacute;ria de longo prazo. Ent&atilde;o, podem ser acessadas mais tarde, mesmo que voc&ecirc; pare de pensar nisso por um tempo. Pode at&eacute; durar d&eacute;cadas!
Voc&ecirc; pode pensar na mem&oacute;ria como uma estrada. Caminhe por ela v&aacute;rias vezes e ela se tornar&aacute; um caminho bem conhecido e facilmente acess&iacute;vel! Mas mesmo as estradas mais bem estabelecidas podem ficar danificadas depois de muito tempo sem uso, n&atilde;o &eacute; mesmo? Da mesma forma, quanto mais voc&ecirc; usa informa&ccedil;&otilde;es, mais f&aacute;cil &eacute; recuper&aacute;-las. Por isso &eacute; importante sempre treinar e trazer para sua realidade o novo idioma que est&aacute; aprendendo ou reaprendendo (o que ser&aacute; ainda mais r&aacute;pido!).
Como voc&ecirc; pode ver, o seu c&eacute;rebro &ndash; e sua mem&oacute;ria &ndash; &eacute; uma rede movimentada de todos os tipos de conex&otilde;es, e quanto mais voc&ecirc; trilhar esse caminho em busca de informa&ccedil;&otilde;es ou de uma habilidade de que gosta, maior a chance de ele permanecer e chegar &agrave; sua mem&oacute;ria de longo prazo.
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<li>Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Ben Reuveni</li>
</ul>
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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