Estilo de vida
19/03/2023 às 09:00•2 min de leitura
Novas pesquisas divulgadas pela Research Digest, instituição formada por especialistas em psicologia, apontam que crianças esquecem a primeira infância ainda durante seus primeiros anos de vida. Segundo o projeto, as memórias iniciais são permanentemente esquecidas e dão lugar a lembranças mais maduras, onde apenas os eventos ocorridos após a terceira primavera são mantidos nas áreas do cérebro.
O estudo, divulgado pelo autor Christian Jarrett, neurocientista e criador da revista digital Psyche, foi baseado em uma pesquisa com voluntários, onde mães conversaram com seus filhos de três anos sobre eventos que aconteceram no passado. Após essa etapa, as crianças foram abordadas quando completaram sete anos, e revelaram ter sofrido perdas memoriais referentes a idas ao zoológico, primeiros dias na pré-escola e a outras situações.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
"Nas idades de 5 a 7 anos, as crianças se lembravam de mais de 60% dos eventos sobre os quais conversaram aos 3 anos. Poucas menções de tempo e lugar. Por outro lado, as crianças de 8 e 9 anos se lembram de menos de 40% dos eventos que discutiram aos 3 anos, mas as memórias de que se lembravam eram mais adultas em seu conteúdo", comentou Jarrett, em uma atualização publicada em seu site.
Outro fato curioso sobre a pesquisa sugeriu uma espécie de "coação" familiar, forçando crianças a se lembrarem de algo que já não está mais claro para suas mentes. Durante a primeira fase, quando mães questionavam seus filhos sobre as memórias, muitas delas ajudavam os pequenos voluntários a resgatar informações específicas. Aparentemente, se expressar com “conte-me mais” ou "o que aconteceu" acabou favorecendo o esclarecimento de fatos do passado.
Dessa forma, essa prática foi classificada como um estímulo para evitar a perda precoce de lembranças após os 7 anos. Interrogar as crianças após cada atividade, conversar sobre eventos mais pontuais e de forma específica, ou apostar em materiais visuais (como fotos e vídeos) pode facilitar o armazenamento de mais informações no cérebro infantil. Caso não haja essa abordagem, todos os jovens estão sujeitos a perder cedo suas memórias sobre os anos iniciais.