Imagem de 'Santuário nazista' era esconderijo de traficantes de armas no megacurioso

Polícia espanhola rastreou traficantes de armas até o depósito em que se organizavam, onde havia diversos objetos dedicados a Hitler


<p>Após quase um ano de investigações sobre um poderoso esquema de tráfico de armas na Europa, a polícia espanhola foi levada nesta semana a um dos depósitos utilizados pelos contrabandistas, identificado na região da Andaluzia, na costa sul da Espanha. No local, foram encontrados diversos objetos incriminadores, incluindo artefatos relacionados ao nazismo.</p>



<p>Segundo reportado pela <em>Newsweek</em>, o armazém da Andaluzia era um verdadeiro santuário dedicado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/117343-mulher-judia-de-102-anos-revela-como-era-morar-ao-lado-de-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>, com a presença de uniformes, emblemas e medalhas nazistas. Além disso, parte do local estava enfeitado com quadros e retratos nazistas, e manequins a caráter estavam espalhados por todo o seu interior, de forma organizada e bem distribuída como se fosse um museu das tropas alemãs.</p>



<p>O prédio havia sido aparentemente alugado por um grupo de três homens, sendo dois alemães e um britânico. O trio é suspeito de liderar um dos maiores esquemas de modificações e comercialização de armas ilegais em todo o continente europeu, realizando atualizações de munição e no sistema automatizado e também falsificando números de séries dos equipamentos.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.newsweek.com/hitler-portraits-nazi-memorabilia-found-raid-suspected-arms-dealers-1557961"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20103908707051.jpg" alt="(Fonte: Guarda Civil Espanhola / Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Guarda Civil Espanhola / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>As investigações sobre as atividades dos contrabandistas direcionaram as autoridades à Málaga, outra região da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/117346-rede-de-acampamentos-do-imperio-romano-e-descoberta-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a>, onde supostamente as armas são modificadas em uma oficina secreta para logo em seguida serem transferidas para o depósito nazista, dando início ao processo de distribuição às mulas e grupos armados. Quanto aos donos do armazém, os três já foram acusados de tráfico de drogas e falsificação de documentos e um deles possui ligações com o movimento neonazista.</p>



<h2>Todos os caminhos levam à Andaluzia</h2>



<p>Nos últimos anos, o estreito da Andaluzia, que liga a Espanha à África, tornou-se polo de ação de contrabandistas e traficantes de drogas, com um aumento substancial no número de <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117352-4-vezes-em-que-a-pimenta-se-tornou-uma-arma-de-guerra.htm" target="_blank">armas</a> de fogo e munições. Dessa forma, a Inteligência espanhola logo relacionou o território a um dos alemães que vivia no país com identidade falsa, e os rastros levaram ao santuário de Hitler.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Intervenido un arsenal de armas que surtía a los narcotraficantes de Costa del Sol y Campo de Gibraltar. De las 160 armas hay 30 fusiles de asalto y subfusiles, además de casi 10.000 cartuchos, 270 cargadores y hasta una granada con explosivo militar. <a href="https://t.co/VQF4O9C0Pv">https://t.co/VQF4O9C0Pv</a> <a href="https://t.co/9x64r99Dlt">pic.twitter.com/9x64r99Dlt</a></p>&mdash; Guardia Civil ?? (@guardiacivil) <a href="https://twitter.com/guardiacivil/status/1343924654734499840?ref_src=twsrc%5Etfw">December 29, 2020</a></blockquote> 



<p>No armazém, foram encontrados 22 rifles de assalto AK-47, oito metralhadoras e 121 armas de curto alcance, além de quase 10 mil balas e três quilos de explosivo. A polícia também acredita que as armas foram compradas de traficantes do leste europeu e chegariam em Costa del Sol e Campo de Gibraltar.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:15.475Z

'Santuário nazista' era esconderijo de traficantes de armas

Imagem de Polícia recupera réplica de da Vinci que ninguém sabia que sumira no megacurioso

 Como o museu estava fechado por meses durante a pandemia, ninguém sabia que o quadro tinha sido furtado


<p><a name="_GoBack"></a> Uma réplica da famosa pintura <em>Salvator Mundi</em>, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104197-16-curiosidades-incriveis-sobre-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leonardo da Vinci</a>, está de volta a um museu italiano depois de ter sido furtada no ano passado. A grande surpresa é que ninguém sabia que ela não estava mais no museu!</p>



<p>A polícia encontrou o quadro, que mostra Jesus com a mão direita erguida em uma bênção e a esquerda segurando uma esfera de cristal, em um apartamento em Nápoles, na Itália. Pintada em 1510 possivelmente por um dos alunos de da Vinci, a obra de arte replica a pintura mais cara do mundo, cuja versão original não era vista em público desde 2017, quando foi vendida por US$ 450,3 milhões em um leilão.</p>



<p>O Museo Doma San Domenico Maggiore, local onde a réplica ficava, está fechado há meses por causa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116497-covid-19-seria-sindemia-e-nao-pandemia-afirmam-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> e, por isso, ninguém percebeu a ausência ou reportou o ocorrido, relatou o <em>The Guardian</em>.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.livescience.com/da-vinci-stolen-painting-covid.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20154915152234.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>Polêmica sobre a verdadeira obra</h2>



<p>Alguns historiadores da arte levantaram dúvidas de que o <em>Salvator Mundi</em> original, do qual a pintura furtada é uma cópia, fosse verdadeiro. Há três anos, quando o quadro foi leiloado em Nova York, a <em>ArtNet News</em> relatou que o original estava perdido há séculos, e a discussão continuou.</p>



<p>Os historiadores da arte acreditavam que a obra vendida por US$ 450,3 milhões era de um artista menos conhecido, chamado Boltraffio. Até hoje, alguns pesquisadores duvidam que o quadro leiloado seja original.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.union-bulletin.com/news/world/italian-police-find-stolen-copy-of-leonardo-salvator-mundi/image_597180c6-7774-5fbc-84bb-a2c54e6e46bb.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20155559407240.jpg" alt="(Fonte: Union-Bulletin/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Union-Bulletin/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A cópia furtada está de volta à posse do museu de Nápoles após sua saída silenciosa. O proprietário do apartamento, um homem de 36 anos, foi preso. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/carros/74120-policia-ostentacao-as-11-viaturas-mais-caras-e-rapidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polícia italiana</a> está investigando como a obra teria sido roubada, já que não havia sinais de arrombamento nas salas do museu.</p>



<p>&#8220;É provável que tenha sido um roubo encomendado por uma organização que trabalha no comércio internacional de arte&#8221;, disse Giovanni Melillo, promotor de Nápoles.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:15.465Z

Polícia recupera réplica de da Vinci que ninguém sabia que sumira

Imagem de Homem é libertado após 37 anos preso por crime que não cometeu no megacurioso

Mudança de depoimento de testemunha acabou liberando o homem da prisão e confirmando sua inocência


<p>Preso por quase 40 anos, o norte-americano Walter Forbes (63), acusado de cometer um incêndio criminoso e assassinato no ano de 1982, foi totalmente exonerado de culpa após a mudança de depoimento da testemunha principal, que admitiu ter mentido na época devido a ameaças que ela e sua família estavam sofrendo.</p>



<p>Em julho de 1982, Walter Forbes, que na época tinha 19 anos, se envolveu em um tenso incidente de bar após comprar briga com Dennis Hall e tentar impedi-lo de tomar ações mais drásticas contra outros clientes do estabelecimento. Infelizmente, a intromissão de Forbes acabou custando caro, e Hall acabou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115660-coronavirus-homem-constroi-arma-que-atira-mascara-em-pessoas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">atirando</a> no rapaz em um encontro seguinte.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/21/21070742223001.jpeg" alt="(Fonte: Twitter / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Twitter / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Alguns dias depois dos eventos, Dennis acabou sendo encontrado morto em sua residência na Maple Street devido a um incêndio proposital, e todas as pistas apontavam para a participação de Forbes, especialmente quando a jovem Annice Kennebrew, tida como principal e única testemunha, afirmou que viu o homem carregando botijões de gás junto a outros dois comparsas poucas horas antes do suposto ataque.</p>



<p>Porém, o caso ganhou reviravoltas bruscas nos últimos dias e, 37 anos após o norte-americano ter sido acusado de homicídio e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117122-assassino-do-twitter-e-condenado-a-pena-de-morte-no-japao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">condenado</a> à prisão perpétua, a mudança no depoimento de Kennebrew trouxe as respostas definitivas para o que realmente ocorreu na época.</p>



<h2>A real história por trás dos fatos</h2>



<p>A pedido do acusado, o crime voltou a ser investigado no ano de 2010, quando o advogado Imran Syed, da Michigan Innocence Clinic, insistiu em uma reavaliação das provas, agora tendo como base a origem do incêndio e a não participação de seu cliente nos eventos que assassinaram Hall. Segundo Syed, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117123-bola-de-fogo-cruza-o-ceu-em-sao-paulo-e-no-parana-veja-registros.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fogo</a> foi iniciado por David Jones, dono do edifício, na tentativa de dar um golpe do seguro.</p>



<p>Quanto à testemunha, Annice Kennebrew afirmou em fevereiro deste ano “que havia falsamente acusado o Sr. Forbes porque tinha sido intimidada a fazê-lo por dois homens locais que a conheciam da vizinhança e ameaçaram prejudicá-la” caso as autoridades conhecessem a histórial real.</p>



<p>Liberado em 20 de novembro, Forbes será compensado financeiramente por uma lei de Michigan, que permite que pessoas condenadas injustamente recebam US$ 50 mil por cada ano em que ficaram presas.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:12.481Z

Homem é libertado após 37 anos preso por crime que não cometeu

Imagem de Barco à deriva chega a ilha com US$ 80 milhões em cocaína no megacurioso

O barco que chegou sem passageiros ao atol de Ailuk trazia uma carga escondida com 249 tijolos de cocaína 


<p>Segundo a <em>CNN</em>, um pequeno barco de fibra de vidro de 5,4 metros chegou sem tripulantes ou passageiros à praia de uma ilha remota do oceano Pacífico na semana passada com um carregamento inesperado e valioso: 649 kg de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116867-cartel-traficava-cocaina-em-proteses-mamarias.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cocaína embalada</a> em tijolos.</p>



<p>A embarcação-fantasma foi descoberta no Ailuk Atoll, nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115755-covid-19-10-paises-nao-registraram-nenhum-caso-da-doenca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ilhas Marshall</a>, uma série de atóis de coral e vulcânicos localizados entre as Filipinas e o Havaí. Embora tenham conquistado sua independência dos Estados Unidos em 1986, essa república insular mantém sua condição de estado livre associado da nação americana.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/21/21164544184224.jpeg" alt="Fonte: Departamento de Polícia das Ilhas Marshall/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Departamento de Polícia das Ilhas Marshall/Reprodução</figcaption></figure>



<p>De acordo com o jornal <em>The Guardian</em>, as autoridades policiais das ilhas confirmaram que o carregamento de cocaína descoberto por acaso na semana passada é o maior já registrado no país. Segundo o procurador-geral Richard Hickson, a valiosa carga estava escondida num compartimento secreto do barco de 5,5 metros.</p>



<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">substância entorpecente</a> estava lacrada e embalada em blocos de plástico manchado, envolvidos com uma etiqueta vermelha e branca com um logotipo com as letras “KW”. A polícia local coletou e incinerou a maior parte dos pacotes, exceto dois, enviados para a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) fazer análises.</p>



<h2>A chegada do barco</h2>



<p>Um dos 400 moradores de Ailuk, Kosby Alfred descobriu o barco à deriva na praia, e tentou levá-lo para terra, mas, percebendo seu peso, pediu ajuda para outros locais que, não conseguindo lidar com a embarcação, acabaram entrando nela por curiosidade e descobrindo a sua perigosa carga. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/21/21164756092225.jpeg" alt="Fonte: Departamento de Polícia das Ilhas Marshall/Reprodução" /><figcaption>Polícia transporta o conteúdo do barco para um incinerador (Fonte: Departamento de Polícia das Ilhas Marshall / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Acionada, a polícia das Ilhas Marshall se apressou, pois conhece bem a realidade do comércio global de drogas, tendo apreendido centenas de quilos em seus atóis durante décadas, de acordo com a <em>Rádio Nova Zelândia</em>. Nenhuma das apreensões, no entanto, se compara à descoberta da semana passada, estimada em US$ 80 milhões, cerca de R$ 410 milhões.</p>



<p>Como as ilhas ficam em uma importante rota internacional de tráfico de drogas, várias teorias foram levantadas pela polícia sobre as origens da remessa, desde perda dos radiofaróis, estações transmissoras especializadas em posição geográfica fixa, a abandono da carga para fugir à perseguição da guarda costeira. </p>


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Barco à deriva chega a ilha com US$ 80 milhões em cocaína

Imagem de Conheça 3 vigaristas famosos que enganaram muita gente no megacurioso

Com comportamentos persuasivos, essas três pessoas conseguiram ganhar dinheiro durante muito tempo 


<p>As histórias de vigaristas habilidosos são sempre curiosas. Com mentiras persuasivas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/40661-conheca-3-das-maiores-fraudes-arqueologicas-da-historia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">esquemas fraudulentos</a>, essas pessoas podem trilhar um longo caminho até que sejam descobertas. </p>



<p>Confira três das melhores e mais chocantes histórias de vigaristas:</p>



<h2>1. Victor Lustig, o homem que “vendeu” a Torre Eiffel </h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11181043823324.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons" /><figcaption>Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução</figcaption></figure>



<p>De aparência gentil, Victor Lustig conseguiu enganar grandes figurões de sua época. Nascido em 1890, ele deu um dos seus golpes mais famosos quando foi para Paris, em 1925. </p>



<p>Fingindo se passar por um oficial do governo francês, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/39178-os-maiores-impostores-religiosos-da-historia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vigarista</a> enviou cartas para vários chefes da indústria da sucata. Ele, então, inventou que a França estava procurando licitações para a compra da torre Eiffel e que a venderiam pelo lance mais alto. </p>



<p>A “carreira” de Lustig acabou quando ele foi preso nos EUA, em 1935. Ele ficou vinte anos encarcerado em Alcatraz, onde morreu em 1947 devido a uma pneumonia.  </p>



<h2>2. Elizabeth Holmes, a empresária que falsificou uma descoberta revolucionária </h2>



<figure class="mt-2 is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11181128558325.jpg" alt="Fonte: Reprodução / NBC" width="580" height="402" /><figcaption>Fonte: NBC/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Este caso atual chocou o Vale do Silício. Elizabeth Holmes, a CEO da companhia Theranos, teve uma ascensão meteórica ao convencer investidores de que conseguia produzir testes portáteis capazes de fazer mais de 200 exames médicos com poucas gotas de sangue. </p>



<p>Mas ex-funcionários denunciaram que a empresa fazia a maior parte dos exames com equipamentos convencionais e que a quantidade de sangue necessária era maior que ela afirmava. </p>



<p>A Theranos foi fechada em 2018, enquanto Holmes lida até hoje com batalhas judiciais. Sua história virou o documentário <em>The Inventor: Out for Blood in Silicon Valley</em>, da HBO.  </p>



<h2>3. Bernie Madoff, um dos maiores fraudadores da História</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11181336216326.jpg" alt="Fonte: David Karp / Associated Press" /><figcaption>Fonte: David Karp – Associated Press/Reprodução</figcaption></figure>



<p>O financista e ex-investidor Bernie Madoff tinha anos de reputação impecável, o que tornou mais fácil que as pessoas confiassem seu dinheiro a ele. </p>



<p>Mas o escândalo surgiu quando foi descoberto que ele tirava dinheiro dos novos investidores para pagar retornos altos aos seus antigos, o que é chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111139-5-esquemas-de-piramides-que-deram-errado.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">esquema Ponzi</a>. </p>



<p>A fraude causou enormes danos aos seus clientes, muitos dos quais perderam todas as suas economias no golpe. Preso em 2008, Madoff se tornou tão odiado que vestiu um colete à prova de balas em seu julgamento. </p>



<p>Em 2020, ele alegou estar sofrendo de uma doença terminal e pediu que fosse libertado, mas seu pedido foi negado. </p>


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Conheça 3 vigaristas famosos que enganaram muita gente

Imagem de Eletrotécnico de Guaraí registra B.O. contra Einstein na delegacia no megacurioso

Na descrição dos motivos que o levaram a registrar sua queixa, Josênio dos Anjos acusa Albert Einstein de "delito de perturbação mundial"


<p>O técnico em eletrônica e especialista em eletrotécnica Josênio dos Anjos, de 48 anos, residente em Guaraí, cidade de 26 mil habitantes do estado de Tocantins, surpreendeu os estudantes de Física ao registrar, no último dia 9 de novembro, um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia local, no qual acusa o físico alemão Albert Einstein, morto há 65 anos, de “erros incontáveis” na <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/21488-afinal-o-que-e-a-teoria-da-relatividade-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Teoria da Relatividade</a>.</p>



<p>Embora Josênio não possua nenhum tipo de formação em Física, ele garante ter efetuado um estudo revolucionário e ainda inédito, no qual explica que, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147020-alternativa-teoria-relatividade-explica-formacao-galaxias.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ao contrário do que Einstein registrou</a> em sua famosa teoria, o universo continua se expandindo desde a sua criação, há mais de 13,8 bilhões de anos.</p>



<p>Apesar de entender que o documento provavelmente não terá nenhuma repercussão jurídica, não só pela notoriedade do acusado, mas também pela dificuldade em citá-lo ou aos seus herdeiros de fato, Josênio disse que fez questão de registrar a ocorrência para que o caso fique em aberto.</p>



<p>Segundo o eletrotécnico, sua esperança é que “algum representante ou defensor de suas [de Einstein] equívocas ideias se manifeste em um ato de desagravo”. Apesar de simbólico, o documento registrado tem validade jurídica. Josênio, por sua vez, garante ter plena convicção de que a teoria de Einstein está completamente errada.</p>



<h2>O erro de Einstein</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://guarainoticias.nyc3.digitaloceanspaces.com/teste/policial/031701b61dfb2cacd9e324fe50284913.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15131839078133.jpeg" alt="Guaraí Notícias/Reprodução" /></a><figcaption>Guaraí Notícias/Reprodução</figcaption></figure>



<p>O grande erro de Einstein, segundo Josênio, foi postular que massa é energia e vice-versa. O eletrotécnico contesta e diz que a energia é o resultante da velocidade, uma vez que o universo continua em expansão.</p>



<p>Embora reconheça não entender de fórmulas, Josênio afirma que seus conceitos têm base empírica, pois trabalha com energia há muitos anos, o que o leva a conhecer “a alma da energia”. Ele garante que, como a energia não é uma entidade, ela só poderia ser “um subproduto do movimento. Colocando o universo como expansão, logo vai existir energia para tudo”, conclui.</p>



<p>Curiosamente, a parte da Teoria da Relatividade denunciada por Josênio dos Anjos diz respeito à chamada “constante cosmológica” que previa um universo estacionário e imutável, e foi “anexada” por Einstein à teoria da relatividade original. Porém, após as descobertas de Hubble, e a introdução do paradigma do universo em expansão, o próprio Einstein abandonou o conceito.</p>


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Eletrotécnico de Guaraí registra B.O. contra Einstein na delegacia

Imagem de 5 gadgets de espionagem que foram longe demais no megacurioso

O mundo dos espiões e agentes secretos nem sempre é cheio de estilo como nos filmes


<p>Os filmes de espionagem sempre trazem os equipamentos secretos mais curiosos. Quem não sonhou com algum gadget divertido usado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116734-do-pior-ao-melhor-o-ranking-dos-24-filmes-da-franquia-007.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">James Bond</a>? Porém, na vida real nem sempre os agentes secretos tiveram ao alcance algo bacana de ser manipulado. Confira a lista abaixo com 5 objetos de espionagem que são pra lá de esquisitos:</p>



<h2>1. Transmissor em formato de cocô</h2>



<p>Qual a maneira mais inteligente de disfarçar um dispositivo de espionagem? Camuflá-lo como algo nojento, é claro! Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103094-10-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-a-guerra-do-vietnam.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Guerra do Vietnã</a>, o exército norte-americano usou gadgets em formato de cocôs de cachorros. Os objetos eram bem realistas e pareciam produzidos por animais de porte médio. Assim, ninguém se aproximava deles.</p>



<p>Enquanto isso, esses transmissores foram escondidos ao longo da trilha de Ho Chi Minh, enviando informações a respeito das tropas vietnamitas. Nessa época, equipamentos de espionagens “visíveis” eram bastante populares, mas poucos foram tão criativos quanto este modelo. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06220217425003.jpg" alt="Transmissor em formato de cocô de cachorro. (Foto: ListVerse)" /><figcaption>Transmissor em formato de cocô de cachorro. (Foto: ListVerse)</figcaption></figure>



<h2>2. Óculos com cianeto</h2>



<p>Muita gente já viu nos filmes os espiões se matarem envenenados após serem descobertos. Na vida real, isso realmente era possível. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/40000-7-segredos-da-cia-e-do-exercito-dos-eua-revelados-recentemente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">CIA</a> revelou já ter produzido um óculo que continha uma cápsula de cianeto na ponta de uma das hastes. Caso fosse forçado a delatar, o espião poderia fingir estar mastigando a haste para “pensar”, enquanto, na verdade, estaria prestes a cometer suicídio.</p>



<p>Um caso real de suicídio desse tipo aconteceu quando o diplomata soviético Alexander Dmitrievich Ogorodnik, sob o codinome Trigon, tornou-se espião dos Estados Unidos. Após ser capturado pela KGB, ele pediu sua caneta especial para assinar a confissão. O objeto estava adaptado com o cianeto na ponta, levando o agente secreto à morte em poucos segundos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06220326379004.jpg" alt="Óculos com cianeto. (Foto: ListVerse)" /><figcaption>Óculos com cianeto. (Foto: ListVerse)</figcaption></figure>



<h2>3. Insetocóptero</h2>



<p>Com a miniaturização da tecnologia, em algum momento iriam aparecer gadgets em formatos de insetos. Isso aconteceu durante a década de 1970, mas os resultados não foram os esperados. Os dispositivos se pareciam com libélulas e foram desenvolvidas pela CIA para monitorar o terreno inimigo.</p>



<p>Entretanto, limitações técnicas impediram os chamados insetocópteros de serem usados na prática. Eles prometiam cobrir até 200 metros em 60 segundos, mas eram facilmente desviados de curso por uma rajada de vento. Até mesmo uma pequena brisa poderia tirar o dispositivo de sua rota. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06220430005005.jpg" alt="Insetocóptero. (Foto: ListVerse)" /><figcaption>Insetocóptero. (Foto: ListVerse)</figcaption></figure>



<h2>4. Saco escrotal falso</h2>



<p>Outro dispositivo que afastava os inimigos era um saco escrotal falso. Criado para simular o órgão humano em detalhes, o objeto era oco e ficava acoplado ao “original” do agente secreto. Para dar mais realidade, a “prótese” tinha até fios pubianos para imprimir ainda mais realidade.</p>



<p>Dentro dele ainda havia um rádio-transmissor, que permitiria a localização do espião caso ele fosse capturado. O formato e a região frequentemente passavam despercebidos, é claro. O saco escrotal falso foi desenvolvido pela CIA, que apenas assume que ele “raramente” foi utilizado na prática. Será? </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06220646929008.jpg" alt="Saco escrotal falso. (Foto: LadBible)" /><figcaption>Saco escrotal falso. (Foto: LadBible)</figcaption></figure>



<h2>5. Kit anal de ferramentas</h2>



<p>Como fazer para levar um monte de equipamentos se você correr o risco de ser revistado nu pelo inimigo? Para a CIA, bastava enfiar as armas e as ferramentas no ânus. A agência norte-americana criou uma cápsula segura o suficiente para ser introduzida lá embaixo e não ser descoberta. O gadget tinha um tamanho “suportável”, mas certamente muitos espiões não gostavam nadinha de carregá-lo.</p>



<p>Caso fosse capturado ou estivesse em uma situação de emergência, o agente poderia facilmente remover a cápsula de seu reto e ter acesso a facas, brocas e até picaretas! Não foi divulgado, entretanto, se o equipamento foi amplamente usado ao redor do mundo.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/06/06220918681009.jpg" alt="Kit anal de ferramentas. (Foto: Atlas Obscura)" /><figcaption>Kit anal de ferramentas. (Foto: Atlas Obscura)</figcaption></figure>


thumb-image-2024-02-29T14:05:10.723Z

5 gadgets de espionagem que foram longe demais

Imagem de Cartel traficava cocaína em próteses mamárias no megacurioso

Os traficantes convenciam as mulheres a fazerem os implantes criminosos acenando com ofertas de ótimos empregos na Espanha


<p>A polícia colombiana conseguiu desmantelar, no começo deste mês (10), um <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/90654-saiba-quem-sao-os-10-traficantes-mais-procurados-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cartel de drogas</a> da cidade de Cáli, na Colômbia, que aliciava diversas mulheres para fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/90578-conheca-os-procedimentos-bizarros-realizados-antes-das-proteses-de-silicone.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">implantes mamários</a> que, em vez de silicone, eram preenchidos com <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/42414-batizada-saiba-o-que-pode-conter-em-uma-porcao-de-cocaina.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cocaína</a> líquida.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/23/23171300536325.jpg" alt="Fonte: FiscalizaCol/Newsflash/Reprodução" /><figcaption>Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Conhecidos como “Os Cirugiões”, os membros da quadrilha recrutavam mulheres da região e, após um trabalho de persuasão, as convenciam a fazer implantes de mama e panturrilha, que eram preenchidos com uma versão líquida do alcaloide usado como droga recreativa.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/23/23171450060326.jpg" alt="Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução" /><figcaption>Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Segundo o jornal local <em>Diario Occidente</em>, a Procuradoria-Geral da República colombiana afirmou que a droga implantada nos seios e nas pernas das jovens teria como destino a Espanha. Mas, por meio de uma ação de unidades do 12º e 13º Batalhão de Operações Terrestres da 3ª Brigada do Exército Nacional, os suspeitos foram capturados e levados para investigações em Cáli e Medellin.</p>



<h2>A prisão</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/23/23171636999328.jpg" alt="Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução" /><figcaption>Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução</figcaption></figure>



<p>A prisão ocorreu, segundo o periódico, após longa operação policial. As evidências foram coletadas através de grampeamento telefônico, vigilância e  monitoramento de e-mails As ações demonstraram que o grupo já vinham operando no esquema há pelo menos três anos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/23/23171817063329.jpg" alt="Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução" /><figcaption>Fonte: FiscaliaCol/Newsflash/Reprodução</figcaption></figure>



<p>As mulheres eram atraídas com promessas de empregos bem remunerados na Europa, se concordassem em se submeter às cirurgias estéticas realizadas em salas improvisadas em quartos de motéis ou apartamentos alugados. As cirurgias eram realizadas por um cirurgião de um hospital de Cáli e outra pessoa que se passava por médico, mas não possuía credenciais.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Caen los Cirujanos: implantaban prótesis con cocaína líquida a mujeres que luego mandaban a Europa" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/2-NhMTjnC8s?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>As vítimas se recuperavam nos quartos alugados e eram posteriormente enviadas em voos comerciais para Madrid, onde eram de novo levadas a salas de cirurgia improvisadas para que as próteses preenchidas com cocaína fossem removidas.</p>


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Cartel traficava cocaína em próteses mamárias

Imagem de Romell Broom sobreviveu a 18 tentativas de injeção letal no megacurioso

Na sala de execução, os médicos se depararam com uma situação anormal


<p>Foi em 17 de janeiro de 1888 que o médico Julius Mount Bleyer sugeriu a injeção letal como método de execução, por ser mais barata e humana, depois de 7 anos da criação da cadeira elétrica para penas de morte. </p>



<p>No entanto, sua ideia não foi usada até o final do século XX, apesar da ampla divulgação de sua eficácia, principalmente na Alemanha nazista durante o genocídio causado com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113046-acao-t4-o-holocausto-dos-esquecidos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Ação T4 </a>de Karl Brandt.</p>



<p>Em 1982, o estado do Texas, nos Estados Unidos, foi o primeiro a inserir a injeção letal como substituta da cadeira elétrica. Ao longo dos anos, conforme os governos foram aprovando o novo método, muitas empresas farmacêuticas que fabricam as substâncias usadas no coquetel das injeções entraram na justiça para impedir que os estados usassem suas drogas dessa maneira. Devido a isso, muitos laboratórios governamentais passaram a produzir a própria droga.</p>



<h2>A mistura mortal</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10184911821346.jpg" alt="(Fonte: The Orion/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Orion/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O midazolam é um medicamento usado por vários estados norte-americanos para causar um efeito de sedação no condenado. Em 2017, no Alabama, o prisioneiro Thomas D. Arthur entrou com um recurso na Suprema Corte para ter o direito de ser executado por um pelotão de fuzilamento, alegando que o midazolam apenas prolongaria a tortura. Entretanto, o juiz negou o recurso, e Arthur foi executado pela injeção letal naquele mesmo ano.</p>



<p>Em estados como Arkansas, a injeção letal é formada por 500 mg de midazolam (sendo que 10 mg já é suficiente para nocautear uma pessoa), como sedativo; 100 mg de brometo de vecurônio, para causar a paralisia dos músculos; e o cloreto de potássio, para parar o coração. Cada medicamento é administrado em doses para matar o preso, porém, como cada substância apresenta alguma desvantagem, o coquetel com as três serve para diminuir qualquer possibilidade de efeito colateral.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10185128323348.png" alt="(Fonte: Contax Law/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Contax Law/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Na sala de execução, o prisioneiro tem a cabeça presa com um cinto assim como o quadril junto com os antebraços e as pernas. Geralmente, o processo leva de 15 a 20 minutos. Desde a invenção da injeção letal, aproximadamente 46 condenados foram executados através dela por ano. Metade dessas pessoas eram brancas, um terço delas era afro-americanas e o restante pertencia a outras raças. Os homens são a maioria dos mortos, enquanto as mulheres figuram apenas 1% nas estatísticas, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte, o Escritório de Estatísticas da Justiça e o NAACP Legal Defense Fund. Em todos esses anos, apenas 75 pessoas escaparam da injeção letal.</p>



<h2>Crime e controvérsia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10185428435351.jpg" alt="(Fonte: Metro/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Metro/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Nascido em 4 de junho de 1956, Romell Broom poderia ter sido só mais um dos milhares de criminosos norte-americanos de Ohio que cometeram assaltos e roubos desde muito jovem, mas sua história foi parar em noticiários do mundo todo em 2009.</p>



<p>Em meados de 1984, o homem foi acusado e condenado por sequestrar e matar a estudante Tryna Middleton, de 14 anos, que voltava para casa após um jogo de futebol em East Cleveland, na pequena Ohio. Além de raptá-la, ele teria a estuprado antes de assassiná-la e largar seu corpo em um subúrbio da região. Após a perícia no cadáver e testes de DNA que encontraram sêmen nas genitálias e fragmentos de pele sobre as unhas, os investigadores chegaram até Broom.</p>



<p>No ano seguinte, ele foi condenado pelos crime e teve a pena de morte por injeção letal como sentença. No entanto, além de ter que esperar no extenso corredor da morte, Broom também deu entrada a um recurso de apelação contra a condenação. Muitos juízes também só adiaram a confirmação da execução devido à abundância de provas inconclusivas relacionadas a sua participação no crime.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10185654390352.jpg" alt="(Fonte: Murderpedia/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Murderpedia/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 2002, o advogado de defesa de Broom entrou com o pedido de um novo teste de DNA, que seria um bem mais moderno e tecnológico do que o usado na década de 1980. O relatório do exame mostrou que a probabilidade de ele ser o doador era de 1 em 2,3 milhões, mostrando que 8 ou 9 homens negros no país poderiam ter a mesma sequência genética que correspondia aos vestígios encontrados no cadáver de Tryna.</p>



<p>Apesar disso, o juiz Gregory L. Frost definiu que a pena de Broom, então com 59 anos, também era levada em consideração pelos reincidentes criminais e a tentativa de sequestro de Melinda G., de 11 anos, além do possível assassinato de Gloire Pointer, de 14 anos. Portanto, Frost negou todos os pedidos e agendou a data definitiva para a execução do preso.</p>



<h2>O homem de 18 vidas</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10185824391353.jpg" alt="(Fonte: Global Screen/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Global Screen/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 15 de setembro de 2009, na penitenciária Southern Ohio Correctional Facility, em Lucasville, às 14h, o diretor Phillip Kerns leu a sentença de morte de Romell Broom após a equipe médica tê-lo prendido na maca.</p>



<p>O que era para ser um procedimento de 15 minutos, demorou mais de 2 horas. Nenhum médico e enfermeira conseguia encontrar uma veia para aplicar a injeção letal no homem. Ele foi picado 18 vezes, com a agulha chegando a atingir até um dos ossos de seu tornozelo durante uma das tentativas. O time chegou a fazer uma pausa de 45 minutos, deixando Broom gritando de dor, antes de tentarem de novo, mas falharam.</p>



<p>Uma enfermeira intitulada “Membro da Equipe de Execução 9” saiu correndo da sala chorando após deixar o braço do homem esguichando sangue, enquanto ele sofria com as dosagens dos medicamentos em seu corpo. “De tamanha agonia, em dado momento, Broom tentou ajudar as 15 pessoas a encontrar um ponto de acesso”, revelou o ex-governador de Ohio, Ted Strickland. Por isso, ele decidiu interromper a execução na 18ª tentativa. </p>



<p>Naquele momento, Broom se tornou a primeira pessoa nos EUA a ter sua execução adiada por não terem conseguido injetar a solução mortal em sua corrente sanguínea.</p>



<h2>A espera sem solução</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10185951861354.jpg" alt="(Fonte: Death Penalty Information Center/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Death Penalty Information Center/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O caso voltou para os tribunais e reabriu debates sobre as penas de morte no país, que é mantida em 31 dos 50 estados americanos, embora o apoio popular seja de 50% — o nível mais baixo desde 1972. A defesa de Broom deixou claro a crueldade que seria submetê-lo ao processo novamente, além de que a 5ª e a 14ª emendas da Constituição Americana preveem que a mudança de execução seria mais cruel ainda, além de violar a decisão judicial unânime e imutável.</p>



<p>Após vários recursos de apelação, o Estado ainda manteve a execução de Broom, porém sem confirmá-la, apenas adiando há 32 anos desde o veredito. Com os detalhes do caso no documentário<em> The Second Execution of Romell Broom</em> e no livro <em>Survivor on Death Row</em>, escrito pelo próprio condenado, atualmente a morte de Broom está marcada para 16 de março de 2022. Ainda não se sabe como ela será realizada.</p>


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Romell Broom sobreviveu a 18 tentativas de injeção letal

Imagem de Willie Francis: o caso do jovem que foi executado duas vezes no megacurioso

Ele foi condenado à cadeira elétrica por um crime controverso e sem provas materiais, mas algo intrigante aconteceu


<p>O final do século XIX foi marcado pela ampla necessidade de atualizar os métodos de execução da época, que eram o enforcamento, fuzilamento e decapitação. Sendo assim, em 1881, o dentista e inventor Alfred P. Southwick, morador de Nova York, começou a desenvolver a cadeira elétrica, que poderia ser uma nova alternativa para execução humana.</p>



<p>Acredita-se que Southwick foi atrás do engenheiro eletricista Harold P. Brown, conhecido por trabalhar com Thomas Edison, para que o ajudasse a estabelecer uma corrente elétrica alternada fornecida através de geradores Westinghouse para que o equipamento pudesse funcionar adequadamente. Em 1890, a cadeira elétrica ficou pronta e passou a ser adotada ao longo dos anos pelos estados norte-americanos.</p>



<p>Normalmente, o processo de execução era dividido em 3 descargas elétricas: a primeira tinha como objetivo deixar o condenado inconsciente, causar fibrilação ventricular e parada cardíaca. O segundo choque, mais fraco, visava causar danos irreparáveis nos órgãos vitais. </p>



<p>Nos Estados Unidos, a pessoa era submetida a 2.450 volts iniciais por 15 segundos, sendo que acima de 200 volts já é o suficiente para causar necrose nos tecidos sob a pele. Vinte segundos depois, o método era repetido por mais 3 vezes.</p>



<p>Entre as 4.375 execuções na cadeira elétrica ao longo de 130 anos, apenas 84 deram errado.</p>



<h2>Culpe ele</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04163854269190.jpg" alt="(Fonte: Historic Collection/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Historic Collection/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Era novembro de 1944 quando o farmacêutico de 53 anos, Andrew Thomas, muito conhecido na cidade de St. Martinville, em Luisiana, nos Estados Unidos, foi encontrado baleado, com cinco tiros à queima-roupa, do lado de fora de sua casa. O apreço das pessoas pelo homem causou uma revolta popular que criou uma intensa pressão para que as autoridades encontrassem logo o culpado e o punisse.</p>



<p>Dois meses após a execução cruel de Thomas, o xerife da cidade, El Resweber, enlouquecendo com os motins organizados pelos cidadãos, ordenou que alguns policiais saíssem à procura de um homem que pudessem responsabilizar pelo crime. A fala não foi propriamente essa, mas Resweber deixou isso claro nas entrelinhas de sua ordem, afinal ele precisava acalmar o povo.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04164103130193.jpg" alt="(Fonte: MenWay/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: MenWay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Na década de 1940, nos Estados Unidos, um homem negro andando sozinho por qualquer lugar era motivo suficiente para ser parado e investigado. Foi assim que aconteceu com o jovem de 16 anos, Willie Francis, que estava a quase 300 km do local onde Andrew Thomas foi assassinado, quando foi parado pela polícia. Ele ia visitar suas irmãs, mas a polícia decidiu prender Francis simplesmente porque ele gaguejou quando foi interrogado.</p>



<p>Levado até o departamento de polícia de Port Arthur, o medo de Francis manteve o seu depoimento frágil e “suspeito”, portanto fez todos acreditarem que ele tinha algum envolvimento no assassinato de Andrew Thomas.</p>



<h2>Forçando um crime</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04164502289198.jpg" alt="(Fonte: The Juicy Report/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Juicy Report/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em apenas algumas horas na sala de interrogação, a polícia de Port Arthur saiu com uma suposta confissão do jovem: “Eu, Willie Francis, agora com 16 anos, roubei a arma do Sr. Ogise (o deputado August Fuselier) em St. Martinville e matei Andrew Thomas, em 9 de novembro de 1944, por causa de um segredo. Peguei uma bolsa preta, coloquei a arma dentro e a vendi em Nova Ibéria”. Ele também supostamente confessou que teria agredido e roubado um homem em Port Arthur, sendo que ele nem havia chegado lá quando foi interceptado.</p>



<p>A história, no entanto, fica ainda mais irônica e curiosa. A arma “roubada” pertencia ao deputado Ogise, o qual alegou que ela tinha sumido dois meses antes do crime, mas não existia denúncia do furto. Além disso, o revólver e as balas recuperadas durante a perícia foram perdidas “misteriosamente” antes do julgamento quando estavam em trânsito para análise no laboratório criminal da cidade.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04164708744202.jpg" alt="(Fonte: Executed Today/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Executed Today/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>E, como se isso não bastasse, o deputado já havia ameaçado de morte Andrew Thomas porque estava convencido de que sua esposa tinha um caso com ele. Inclusive, a cidade inteira achava que um marido furioso havia cometido o crime, visto que Thomas tinha fama de ser muito mulherengo.</p>



<p>Alvin e Ida Van Brocklin, vizinhos do farmacêutico, olharam pela janela quando ouviram os tiros e se depararam com um carro de luzes acesas estacionado do lado de fora da casa da vítima. Francis era pobre, nunca aprendeu a dirigir e tampouco tinha acesso a um carro, mas isso foi ignorado pelo juiz.</p>



<h2>A dor de mil agulhas</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04165206904210.jpg" alt="(Fonte: The Intercept/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Intercept/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apesar de todas as provas circunstanciais e uma opinião popular dividida, Willie Francis foi condenado à cadeira elétrica pelo assassinato de Andrew Thomas. Em 3 de maio de 1946, ele foi amarrado ao equipamento e eletrocutado com potência máxima pelo Capitão Ephie Foster e o oficial Vincent Venezia.</p>



<p>O jovem descreveu que foi como se milhares de agulhas e alfinetes o espetassem. A dor era excruciante, por isso ele pediu para que desligassem o aparelho e o tirassem dali, mas isso não aconteceu. Entretanto, por incrível que pareça, no final dos três ciclos de descargas elétricas que deveriam ser fatais, Willie Francis permaneceu vivo.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04165417234212.jpg" alt="(Fonte: Alchetron/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Ele foi retirado da cadeira elétrica e seu caso se espalhou pelos jornais da cidade. Em uma sociedade altamente religiosa, isso foi o suficiente para que as pessoas acreditassem que Francis foi salvo porque de fato não era o culpado, e que isso era uma confirmação enviada por Deus.</p>



<p>Por outro lado, foi informado que, na verdade, a cadeira havia falhado depois de ser preparada incorretamente. Naquela época, o dispositivo era portátil e transportado em um caminhão de uma penitenciária à outra. Além disso, oficiais alegaram que os executores responsáveis por Willie Francis ainda estavam zonzos de uma noite de bebedeira no dia anterior à execução. De qualquer forma, ninguém se convenceu.</p>



<h2>Estou pronto para morrer</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04165511266213.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: All That’s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O jovem advogado Bertrand DeBlanc assumiu o caso de Francis, que seria submetido à morte novamente. No entanto, DeBlanc alegou que o jovem já havia cumprido a pena e que sua sobrevivência era uma consequência à parte.</p>



<p>Em 1947, em uma repercussão nacional, o advogado levou o caso de Francis para a Suprema Corte dos Estados Unidos, apesar de ter tido seu pedido negado pelo Conselho de Perdão de Luisiana assim como a clemência pelo próprio governador da cidade, Jimmie Davis. Em audiência, apresentando provas e tudo o que tinha em mãos, DeBlanc declarou que a condenação violava no mínimo 7 direitos básicos, mas o conselho se mostrou irredutível.</p>



<p>“Estou pronto para morrer”, disse Francis, resignado, quando DeBlanc comunicou que recorreria ao veredicto novamente. Mas ele não quis, então em 9 de maio de 1947, às 12h, Willie Francis foi amarrado à cadeira elétrica de novo. “Não tenho nada a dizer”, foram suas palavras finais antes que fosse eletrocutado. Em questão de 5 minutos, o jovem foi declarado morto.</p>


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