Imagem de Quantos buracos negros existem no universo? no megacurioso

Resultado de estudo com simulações foi publicado recentemente em uma revista especializada

<a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/55567-nasa-explica-o-que-e-um-buraco-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Buracos negros</a> s&atilde;o incrivelmente dif&iacute;ceis de detectar. Por enquanto, podemos ver apenas aqueles que s&atilde;o mais massivos, ativos ou que est&atilde;o em um ponto espec&iacute;fico que, por acaso, ajudam em sua localiza&ccedil;&atilde;o. Mas quantos existem?
A ci&ecirc;ncia n&atilde;o para e os astr&ocirc;nomos continuam desenvolvendo projetos para ajudar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119897-5-exoplanetas-mortais-para-os-seres-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">futuros observadores</a> a terem melhores oportunidades de identificar e estudar com mais precis&atilde;o os buracos negros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01124802983254.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
De acordo com um estudo recente publicado no The Astrophysical Journal, pesquisadores conseguiram determinar que existem milh&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120242-6-novas-descobertas-sobre-buracos-negros-de-cair-o-queixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pequenos buracos negros</a> que ainda ser&atilde;o detectados no universo observ&aacute;vel. Segundo as simula&ccedil;&otilde;es, cerca de 1% de toda a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120316-como-o-universo-pode-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mat&eacute;ria do universo</a> se encontra no interior de buracos negros.
<h2>Modelo c&oacute;smico</h2>
O objetivo do estudo citado era descobrir quantos buracos negros existem no universo e onde eles est&atilde;o. Por isso, os pesquisadores tiveram que partir de v&aacute;rias linhas de an&aacute;lise para que um modelo amplo e com menos falhas pudesse ser criado.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01124807359255.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O passo inicial foi criar um modelo da evolu&ccedil;&atilde;o das gal&aacute;xias no decorrer de bilh&otilde;es de anos. Os astr&ocirc;nomos tamb&eacute;m levantaram dados sobre tend&ecirc;ncias de fus&atilde;o de gal&aacute;xias, sobre quantidades de estrelas e estat&iacute;sticas espec&iacute;ficas, como a quantidade de outros elementos, al&eacute;m do h&eacute;lio e do hidrog&ecirc;nio, que poderiam influenciar no nascimento de estrelas.
Ap&oacute;s um complexo e trabalhoso processo de constru&ccedil;&atilde;o de dados, foi poss&iacute;vel obter um modelo que permitia saber qual a popula&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120151-como-e-o-clima-nos-outros-planetas-do-nosso-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas dentro das gal&aacute;xias</a>. E mais, quantas estrelas eram pequenas, m&eacute;dias ou grandes.
Com todas essas informa&ccedil;&otilde;es, o pr&oacute;ximo passo foi rastrear o nascimento, per&iacute;odo de vida e, principalmente, a morte dessas estrelas.
<h2>Censo estelar</h2>
Unindo todos os dados, os pesquisadores conseguiram fazer um levantamento sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118191-nem-negros-nem-buracos-mas-afinal-o-que-sao-os-buracos-negros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quantidade de buracos negros</a> no universo ao longo de bilh&otilde;es de anos.&nbsp;
Na astronomia, o que eles fizeram &eacute; denominado de &ldquo;fun&ccedil;&atilde;o de massa&rdquo;. Isto &eacute;, um tipo de censo c&oacute;smico que permite obter informa&ccedil;&otilde;es sobre a quantidade e o tamanho de cada buraco negro existente em qualquer lugar no cosmos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01124811952256.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para se ter ideia, o estudo apontou que em cada megaparsec c&uacute;bico de espa&ccedil;o (1 megaparsec corresponde a 3,26 milh&otilde;es de anos-luz) existem 50 milh&otilde;es de massas solares iguais a buracos negros. &Eacute; muito buraco negro.&nbsp;
Mas se ainda est&aacute; dif&iacute;cil entender, isso significa que entre todas as estrelas que conseguimos observar no c&eacute;u durante a noite, h&aacute; muitos buracos negros entre elas. Sendo que a extensa maioria deles nunca foram estudados.
<h2>Por que &eacute; importante?</h2>
Buracos negros engolem qualquer tipo de luz colocada em suas proximidades. Por isso, &eacute; muito dif&iacute;cil para os astr&ocirc;nomos saber onde eles est&atilde;o. At&eacute; agora, a forma mais pr&aacute;tica de encontr&aacute;-los&nbsp; &eacute; observar com mais aten&ccedil;&atilde;o uma regi&atilde;o do universo que levanta suspeitas, at&eacute; porque eles deixam sinais de sua &ldquo;alimenta&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
Modelos de simula&ccedil;&atilde;o, com base em dados amplos e complexos, como o descrito acima, podem ajudar a reduzir o trabalho em futuras observa&ccedil;&otilde;es, especialmente, por apontarem para qual lugar no universo se deve olhar para encontrar um buraco negro, mesmo que n&atilde;o exista nenhum sinal suspeito de sua exist&ecirc;ncia.

thumb-image-2024-02-29T14:05:53.420Z

Quantos buracos negros existem no universo?

Imagem de Como refutar quem acredita na teoria da terra plana? no megacurioso

Evidências? Esquece, elas não funcionam

Por muito tempo na hist&oacute;ria muitos povos acreditavam que a Terra era plana. Essa era uma &eacute;poca, no entanto, em que se sabia muito pouco sobre o nosso planeta e havia pouca tecnologia para investigar. O problema &eacute; que mil&ecirc;nios se passaram, sabemos muito sobre nosso planeta e, ainda hoje, existem pessoas que continuam com essa ideia.
Evid&ecirc;ncias existem aos montes. Contudo, a discuss&atilde;o com os terraplanistas&nbsp;n&atilde;o tem nada a ver com isso, ou seja, n&atilde;o diz respeito ao que &eacute; real ou ao processo cient&iacute;fico.
<h2>Eu quero acreditar</h2>
Um fator interessante entre as pessoas que acreditam na teoria da Terra plana, &eacute; que elas chegaram a essa conclus&atilde;o por motivos e evid&ecirc;ncias diferentes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30183734023481.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Por exemplo, um dos grupos de maior notoriedade acredita que a humanidade est&aacute; sendo enganada por cientistas, governos e pela NASA. N&atilde;o importa que existam dezenas de ag&ecirc;ncias espaciais comprovando o contr&aacute;rio ou que a descoberta astron&ocirc;mica tenha sido feita por uma pessoa comum olhando o c&eacute;u de seu quintal.
Sendo assim, o debate sai do &ldquo;por que tem gente que ainda acredita em Terra plana?&rdquo;, e passa para o &ldquo;por que as pessoas acreditam em <a href="https://www.megacurioso.com.br/teorias-da-conspiracao/102724-7-teorias-da-conspiracao-sobre-catastrofes-muito-conhecidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conspira&ccedil;&otilde;es</a>?&rdquo;.
E o motivo &eacute; um velho conhecido: a falta de confian&ccedil;a. Muita gente alimenta desconfian&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sociedade que a cerca. Em alguns casos, chega a ser algo paranoico, especialmente quando envolve membros do governo, especialistas ou cientistas.
Portanto, um terraplanista, invariavelmente, &eacute; algu&eacute;m que&nbsp;n&atilde;o confia na ci&ecirc;ncia. Portanto, se voc&ecirc; encontrar um por a&iacute;, deixe os argumentos e evid&ecirc;ncias de lado. N&atilde;o v&atilde;o funcionar.
<h2>Mentalidade da conspira&ccedil;&atilde;o</h2>
Para a diretora do centro de Neuroci&ecirc;ncia Integrada da Universidade Estadual de Nova York, Susana Mart&iacute;nez-Conde, al&eacute;m da desconfian&ccedil;a do conhecimento especializado produzido por mil&ecirc;nios de aprimoramento da humanidade, os terraplanistas ainda entendem o ceticismo de uma maneira errada.
Boa parte dos estudos sobre os que creem na Terra plana e em outras <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117141-5-celebridades-que-acreditam-em-teorias-da-conspiracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teorias da conspira&ccedil;&atilde;o</a>, aponta que essas pessoas acreditam serem elas que, realmente, agem com base no racioc&iacute;nio cient&iacute;fico e na l&oacute;gica, mesmo que a pr&aacute;tica demonstre o extremo oposto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30183736867482.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Em Terra Plana, da Netflix, por exemplo, um cidad&atilde;o vai fazer seus testes para comprovar a planicidade do planeta. Tenta algumas vezes, mas o aparelho n&atilde;o apresenta o resultado que ele queria.
Chega um momento em que ele troca o dispositivo, mas os resultados indicam que a Terra n&atilde;o &eacute; plana. Por fim, ap&oacute;s algumas tentativas e mesmo trocando o equipamento que estava usando, o indiv&iacute;duo conclui que a Terra &eacute; plana, e que o problema eram os aparelhos que n&atilde;o estavam &ldquo;funcionando corretamente&rdquo;.
A extensa maioria dos adeptos da teoria da Terra plana&nbsp;n&atilde;o foi convencida. Curiosamente, aqueles que acabam perdidos em busca da muralha de gelo que estaria nos limites da Terra, conseguem achar o caminho de volta ou serem encontrados com instrumentos de geolocaliza&ccedil;&atilde;o desenvolvidos para a &ldquo;Terra globo&rdquo;. Interessante, n&atilde;o &eacute;?&nbsp;
E ainda tem aqueles que arrecadam dinheiro, n&atilde;o provam nada e ainda desaparecem com a verba doada pelos seus seguidores.
<h2>Ent&atilde;o, ser&aacute; poss&iacute;vel fazer algo a respeito?</h2>
Essa pode ser uma discuss&atilde;o que algumas pessoas queiram evitar, especialmente pelo motivo que apontamos no in&iacute;cio deste artigo: evid&ecirc;ncias n&atilde;o funcionam. Tendo isso em mente, a neurocientista Mart&iacute;nez-Cond sugere outra abordagem: despertar emo&ccedil;&otilde;es nessas pessoas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30183739742483.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Portanto, se voc&ecirc; estiver conversando com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117265-terraplanista-viraliza-apos-experimento-absurdo-em-aviao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terraplanista</a>, pule as evid&ecirc;ncias, os argumentos e pergunte-se como pode construir confian&ccedil;a.&nbsp;
Aqui, vale observar dois pontos fundamentais. Primeiro, tenha certeza de manter uma comunica&ccedil;&atilde;o clara, compreens&iacute;vel, objetiva e n&atilde;o invasiva. Segundo, paci&ecirc;ncia, ganhar a confian&ccedil;a de algu&eacute;m &eacute; um processo que demanda tempo e persist&ecirc;ncia. Vale at&eacute; pesquisar alguns truques de psicologia para isso.

thumb-image-2024-02-29T14:05:53.391Z

Como refutar quem acredita na teoria da terra plana?

Imagem de Incidentes com lixo espacial está preocupando cientistas no megacurioso

Explosão de satélite após teste de armas russo deixou cerca de 1500 fragmentos à deriva no espaço

Ap&oacute;s a explos&atilde;o de um antigo sat&eacute;lite russo, quando um teste de armas realizado por autoridades do pa&iacute;s deixou mais de 1500 fragmentos rastre&aacute;veis &agrave; deriva no espa&ccedil;o, cientistas da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional&nbsp;(ISS) est&atilde;o demonstrando preocupa&ccedil;&atilde;o com a quantidade de lixo c&oacute;smico produzida, afirmando que equipamentos de alto poder de processamento que orbitam os entornos terrestres podem ser destru&iacute;dos e ter suas opera&ccedil;&otilde;es comprometidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30174039920434.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.theverge.com/2020/4/15/21222751/russia-asat-test-us-space-command-satellite-nudol-missile"> </a>
Segundo administradores da&nbsp;Administra&ccedil;&atilde;o Nacional da Aeron&aacute;utica e Espa&ccedil;o&nbsp;(NASA), o chamado teste antissat&eacute;lite (ASAT), lan&ccedil;ado pelo governo russo a algumas centenas de quil&ocirc;metros de Moscou e projetado para cumprir exatamente aquilo que seu nome prop&otilde;e, pode ter aumentado a quantidade total de lixo espacial &mdash; incluindo peda&ccedil;os descartados de foguetes e sat&eacute;lites na &oacute;rbita terrestre &mdash; em at&eacute; 10%.
Em nota, o evento da destrui&ccedil;&atilde;o do espi&atilde;o Kosmos-1408 &mdash; inativo oficialmente desde a d&eacute;cada de 1990 &mdash;, foi considerado &ldquo;imprudente e perigoso&rdquo; e uma afronta &agrave; paz espacial, abrindo espa&ccedil;o para que mais casualidades atrasem as tratativas de limpeza para al&eacute;m da atmosfera.
&ldquo;Estou indignado com essa a&ccedil;&atilde;o irrespons&aacute;vel e desestabilizadora. Com sua longa e marcante hist&oacute;ria em voos espaciais humanos, &eacute; impens&aacute;vel que a R&uacute;ssia ponha em perigo n&atilde;o apenas os astronautas americanos e parceiros internacionais da ISS, mas tamb&eacute;m seus pr&oacute;prios cosmonautas&rdquo;, disse Bill Nelson, da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120277-mapas-de-calor-da-nasa-uma-arma-para-combater-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, em comunicado, acreditando que o caso tamb&eacute;m colocou em perigo as pessoas que estavam a bordo da esta&ccedil;&atilde;o espacial chinesa de Tiangong.
&ldquo;N&atilde;o acho que voc&ecirc; possa exagerar o perigo dos detritos espaciais a este ponto&rdquo;, completou Wendy Whitman Cobb, professora da Escola de Estudos A&eacute;reos e Espaciais da For&ccedil;a A&eacute;rea dos Estados Unidos. &ldquo;&Agrave; medida que voc&ecirc; cria mais detritos, as chances de eles atingirem outras coisas e criar mais detritos apenas aumentam.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30174848500437.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Atualmente, os destro&ccedil;os do Kosmos-1408 correm a mais de 27 mil quil&ocirc;metros por hora e passam a cada 90 minutos pelas imedia&ccedil;&otilde;es da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional, mas n&atilde;o representam amea&ccedil;a para os especialistas que se hospedam na instala&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, o caso alerta sobre os riscos dos sistemas ASAT e a import&acirc;ncia da preserva&ccedil;&atilde;o do ambiente espacial, principalmente por ser um local que abriga tecnologias de v&aacute;rios pa&iacute;ses.
<h2>O problema do lixo espacial</h2>
Desde a assinatura do Tratado do Espa&ccedil;o Sideral em 1967, que determina as boas rela&ccedil;&otilde;es em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explora&ccedil;&atilde;o espacial</a> e impede atitudes reivindicat&oacute;rias, os pa&iacute;ses continuam detendo a responsabilidade por suas tecnologias e se veem no direito de utiliz&aacute;-las da forma como bem entendam, seja na gera&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cios globais ou no simples exterm&iacute;nio, como houve com o sat&eacute;lite russo.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Townsville Bulletin&nbsp;" data-fonte-url="https://www.townsvillebulletin.com.au/business/cloud-of-space-debris-after-russian-antisatellite-test-will-continue-to-grow/video/7ce42f3dff5fb2fec3d90a95c5720837"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22083244914017.jpeg" alt="(Fonte: Townsville Bulletin / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Townsville Bulletin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Desde ent&atilde;o, com a facilidade de localiza&ccedil;&atilde;o dos objetos espaciais e com a falta de consenso sobre penalidades para a cria&ccedil;&atilde;o de lixo c&oacute;smico, mais de 100 milh&otilde;es de fragmentos maiores que um mil&iacute;metro&sup2; continuam vagando por fora do planeta, com mais de 27 mil deles sendo potenciais amea&ccedil;as para equipamentos e esta&ccedil;&otilde;es por conta da absurda velocidade que alcan&ccedil;am.
&ldquo;De v&aacute;rias maneiras, este &eacute; o mesmo tipo de problema, uma quest&atilde;o ambiental com a qual temos lidado na Terra de muitas, muitas formas&rdquo;, disse Akhil Rao, economista do Middlebury College. &ldquo;N&oacute;s lutamos com o colapso da pesca, lutamos com a polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica [e] lutamos com a redu&ccedil;&atilde;o da camada de oz&ocirc;nio.&rdquo;

thumb-image-2024-02-29T14:05:53.364Z

Incidentes com lixo espacial estão preocupando cientistas

Imagem de Ondas gravitacionais: fenômeno previsto por Einstein quebra recorde no megacurioso

Considerado um 'tsunami' gravitacional, 35 ondas geraram ondulações gigantescas a bilhões de anos-luz e chegaram na Terra

Cientistas dos observat&oacute;rios Ligo, nos Estados Unidos, Virgo, na It&aacute;lia, e Kagra, no Jap&atilde;o, confirmaram ter detectado a maior incid&ecirc;ncia de ondas gravitacionais j&aacute; registradas ao longo de quatro meses desde 2015, quando o fen&ocirc;meno foi visualmente documentado de forma in&eacute;dita. Segundo a pesquisa, o &ldquo;tsunami&rdquo; f&iacute;sico foi resultado de colis&otilde;es ancestrais que ocorreram a bilh&otilde;es de anos-luz e aponta um novo direcionamento para os estudos sobre a evolu&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120316-como-o-universo-pode-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a>.
Previsto por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120225-mileva-einstein-a-mulher-que-ajudou-na-teoria-da-relatividade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Einstein</a> em 1916 com sua Teoria da Relatividade Geral, o fen&ocirc;meno das ondas gravitacionais consiste em um conjunto de ondula&ccedil;&otilde;es que interrompem o espa&ccedil;o-tempo &mdash; o &ldquo;tecido&rdquo; do universo &mdash; e s&atilde;o causadas por objetos massivos que se movem com acelera&ccedil;&otilde;es extremas, propagando-se em todas as dire&ccedil;&otilde;es longe da fonte. No espa&ccedil;o sideral, isso significa que estrelas de n&ecirc;utrons ou buracos negros simplesmente explodem/colidem, ou orbitam uns aos outros em taxas cada vez maiores, levando consigo informa&ccedil;&otilde;es sobre suas origens e pistas sobre a pr&oacute;pria gravidade.
Segundo os cientistas, das 35 ondas detectadas durante observa&ccedil;&otilde;es entre novembro de 2019 e mar&ccedil;o de 2020, 32 s&atilde;o oriundas de colis&otilde;es entre buracos negros em fus&atilde;o, com as tr&ecirc;s restantes sendo correspondentes a colis&otilde;es entre estrelas de n&ecirc;utrons e buracos negros. Os achados, que perpetuam at&eacute; hoje como eventos causados por fen&ocirc;menos a bilh&otilde;es de anos-luz, surgem como potenciais indicadores sobre o comportamento do cosmos e proporcionam os primeiros vislumbres de maravilhas literalmente invis&iacute;veis para al&eacute;m da atmosfera.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22093027129047.jpg" alt="(Fonte: Ligo Caltech / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ligo Caltech/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Esta &eacute; realmente uma nova era para detec&ccedil;&atilde;o de ondas gravitacionais&rdquo;, disse em comunicado Susan Scott, pesquisadora do Centro de Astrof&iacute;sica Gravitacional da Universidade Nacional da Austr&aacute;lia e uma das autoras do estudo. &ldquo;&Eacute; um grande avan&ccedil;o em nossa busca para descobrir os segredos da evolu&ccedil;&atilde;o do universo&rdquo;, completou outro especialista.
Desde a detec&ccedil;&atilde;o original da onda gravitacional, 90 recorr&ecirc;ncias foram registradas at&eacute; ent&atilde;o. Esses eventos v&ecirc;m sendo constantemente utilizados como base para a compreens&atilde;o dos movimentos de maior quantidade de energia do universo, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120242-6-novas-descobertas-sobre-buracos-negros-de-cair-o-queixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a> em colis&atilde;o, estrelas de n&ecirc;utrons que se fundem, estrelas em explos&atilde;o e possivelmente at&eacute; o pr&oacute;prio nascimento do V&eacute;u, visto que as ondas carregam dados de mat&eacute;ria ao longo do mar c&oacute;smico e das eras.
<h2>A detec&ccedil;&atilde;o das ondas gravitacionais</h2>
Os observat&oacute;rios de Ligo, Virgo e Kagra consistem em instala&ccedil;&otilde;es de redes de interfer&ocirc;metros, sistemas de bra&ccedil;os em formato de L que se estendem por quil&ocirc;metros e que atuam como antenas para detectar ondas gravitacionais, mesclando duas ou mais fontes de luz para criar um padr&atilde;o de interfer&ecirc;ncia que pode ser medido e analisado. Eles s&atilde;o frequentemente usados para fazer medi&ccedil;&otilde;es muito pequenas que n&atilde;o s&atilde;o alcan&ccedil;&aacute;veis de outra maneira, desenvolvidos para calcular, por exemplo, uma dist&acirc;ncia de impressionantes 1/10000 da largura de um pr&oacute;ton.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22092852957046.jpg" alt="(Fonte: Ligo Caltech / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ligo Caltech/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Esses lasers de alta pot&ecirc;ncia, mais especificamente no caso das ondas gravitacionais, acabam ficando com um bra&ccedil;o mais longo que o outro quando sofrem a interfer&ecirc;ncia e passam a executar oscila&ccedil;&otilde;es &mdash; ou deslocamento diferencial &mdash; &agrave; medida que a pr&oacute;pria onda realiza seus movimentos naturais, em um mecanismo que, apesar de parecer uma ideia simples a princ&iacute;pio, conta com ferramentas investigativas avan&ccedil;adas usadas em muitos campos da ci&ecirc;ncia e da engenharia.

thumb-image-2024-02-29T14:05:53.090Z

Ondas gravitacionais: fenômeno previsto por Einstein quebra recorde

Imagem de Lua do Castor: assista ao time-lapse do eclipse lunar no megacurioso

Visível para milhões de espectadores das Américas, Europa, Ásia e Oceania, o eclipse cobriu cerca de 97% da Lua em poucas horas

Na &uacute;ltima sexta-feira (19), espectadores das Am&eacute;ricas, Europa, &Aacute;sia e Oceania puderam observar o eclipse lunar parcial mais longo dos &uacute;ltimos 580 anos, quando 97% da Lua foi coberta pela sombra da Terra e a luz do sol deixou de atingir sua superf&iacute;cie. O fen&ocirc;meno, conhecido como Lua do Castor, foi registrado em um impressionante v&iacute;deo time-lapse de 1 minuto, exibido ap&oacute;s captura por horas coletada pelo Observat&oacute;rio Griffith em Los Angeles, EUA.
Vis&iacute;vel apenas durante a noite de lua cheia, o eclipse lunar &eacute; um evento bastante comum que pode ocorrer v&aacute;rias vezes ao ano, revelando cenas espetaculares que comprovam o poder filtrador da atmosfera terrestre, capaz de bloquear a luz azul e deixar passar a luz vermelha &mdash; o que causa as luas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120373-e-possivel-usar-saliva-para-remover-manchas-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a>. Em casos mais raros, o fen&ocirc;meno pode cobrir apenas parcialmente a superf&iacute;cie da Lua, deixando poucos espa&ccedil;os iluminados e mais dif&iacute;ceis de serem visualizados.
De acordo com pesquisadores do Astropixels, a Lua do Castor ser&aacute; o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/229013-eclipse-lunar-confira-fotos-fenomeno-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipse lunar</a> mais longo entre 2001 e 2100, com dura&ccedil;&atilde;o de 3 horas, 28 minutos e 23 segundos para cobrir quase 100% da superf&iacute;cie do sat&eacute;lite natural. O fen&ocirc;meno que ocorreu, no Brasil, por volta das 03:00 de 19 de novembro, teve sua fase de penumbra iniciada por volta das 02:00 e, cerca de uma hora e quinze minutos depois, deu-se in&iacute;cio &agrave; fase umbral, com o escurecimento mais vis&iacute;vel preenchendo em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; por&ccedil;&atilde;o sul.
Confira abaixo o v&iacute;deo em time-lapse do eclipse parcial.
<iframe width="683" height="384" src="https://www.youtube.com/embed/GK1LqL_Zheo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A pr&oacute;xima lua cheia, conhecida como a Lua Fria, acontecer&aacute; em 19 de dezembro de 2021, mas um novo eclipse est&aacute; previsto apenas para 16 de maio de 2022, quando o sat&eacute;lite ser&aacute; coberto de forma completa e poder&aacute; ser observado da Am&eacute;rica do Sul, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120405-leopardos-da-neve-morrem-de-covid-19-em-zoologico-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a> e nordeste do Canad&aacute;.
<h2>A Lua do Castor</h2>
A Lua do Castor ganhou esse nome em refer&ecirc;ncia ao folclore americano e europeu, j&aacute; que o per&iacute;odo de novembro era caracterizado pela grande incid&ecirc;ncia de ca&ccedil;adores em florestas temperadas, que costumavam capturar castores para retirar sua pelagem antes do inverno. A pr&aacute;tica surgiu como resultado do processo de reclus&atilde;o migrat&oacute;ria da esp&eacute;cie, que se esconde em ninhos e tocos de &aacute;rvores nos finais de ano para se proteger da esta&ccedil;&atilde;o fria.

thumb-image-2024-02-29T14:05:52.859Z

Lua do Castor: assista ao time-lapse do eclipse lunar

Imagem de E se uma bomba nuclear fosse detonada na Lua? no megacurioso

Acredite ou não, essa foi a indagação e o plano dos americanos e soviéticos em 1950

A segunda metade do s&eacute;culo XX ficou marcada pela busca de dois t&iacute;tulos: qual pa&iacute;s&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119589-quais-paises-testam-bombas-nucleares-mesmo-com-o-tratado-de-proibicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seria respons&aacute;vel por produzir a maior bomba nuclear da hist&oacute;ria</a> e qual teria o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderio da Lua</a>. Uma coisa levou a outra para que isso fosse poss&iacute;vel, visto que a Corrida Espacial foi, em sua ess&ecirc;ncia, uma disputa de tecnologia armamentista.
S&oacute; em 1945, considerado o in&iacute;cio do Per&iacute;odo At&ocirc;mico, foram detonados mais de 2 mil dispositivos nucleares por pelo menos 8 na&ccedil;&otilde;es no mundo, principalmente nos at&oacute;is do oceano Pac&iacute;fico e em algumas partes do Cazaquist&atilde;o.
Em meio &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> de busca implac&aacute;vel, pesquisadores norte-americanos procuraram maneiras de militarizar a Lua, e esse pensamento persistiu at&eacute; o in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1990. A ideia teria surgido com a pergunta: o que aconteceria se atac&aacute;ssemos a Lua com uma bomba nuclear?
<h2>A trama</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Daily Mail&nbsp;" data-fonte-url="https://i.dailymail.co.uk/1s/2020/06/21/22/29890478-8445395-Nuking_the_Moon_would_be_a_huge_show_of_force_an_explosion_visib-m-32_1592776727145.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16192948823614.jpg" alt="(Fonte; Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O objetivo de militarizar a Lua significava construir bases militares em seu solo com a inten&ccedil;&atilde;o declarada de determinar que o sat&eacute;lite da Terra poderia oferecer a uma na&ccedil;&atilde;o com armas nucleares. Al&eacute;m disso, seria uma &oacute;tima maneira de fazer os sovi&eacute;ticos "comerem poeira" naquela corrida que os americanos estavam perdendo com o recente lan&ccedil;amento do bem-sucedido sat&eacute;lite Sputnik, em 1957.
Por outro lado, a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica teve a "brilhante" ideia de militarizar a Lua &mdash; o que certamente teria feito, se tivesse chegado l&aacute; primeiro. Mas o que aconteceria se a Lua fosse detonada?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16193147729615.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PBS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O estudo encomendado pela For&ccedil;a A&eacute;rea dos Estados Unidos em 1950 mostrou que o objetivo era projetar uma ogiva termonuclear de 100 megatoneladas, duas vezes mais poderosa que a bomba Czar, detonada em outubro de 1961 pelos sovi&eacute;ticos, contendo 50 megatons.
A explos&atilde;o aconteceu em uma ilha desabitada perto do C&iacute;rculo Polar &Aacute;rtico, a 4 mil metros do ch&atilde;o, e seu clar&atilde;o foi visto a mais de 965 quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia, com pessoas sentindo o calor a 250 quil&ocirc;metros do marco zero. De acordo com o Live Science, o resultado de uma explos&atilde;o da Lua seria diferente devido a sua atmosfera &uacute;nica, por&eacute;m o estrago seria imenso.
<h2>A grande bagun&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16193453541617.jpg" alt="(Fonte: ArtStation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ArtStation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Visto que a Lua n&atilde;o tem uma atmosfera para oferecer um escudo contra uma detona&ccedil;&atilde;o, a Terra seria diretamente afetada pela explos&atilde;o, apesar de sua dist&acirc;ncia. "Quando uma arma nuclear &eacute; detonada perto da superf&iacute;cie da Terra, a densidade do ar &eacute; suficiente para atenuar a radia&ccedil;&atilde;o (n&ecirc;utrons e raios gama) a tal ponto que os efeitos dessas radia&ccedil;&otilde;es s&atilde;o geralmente menos importantes que os da explos&atilde;o e da radia&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica", explica um artigo da NASA.
O texto segue descrevendo que a explos&atilde;o de uma arma nuclear no v&aacute;cuo, sem uma atmosfera para manter tudo sob controle, emitiria radia&ccedil;&atilde;o de alta frequ&ecirc;ncia t&eacute;rmica, a precipita&ccedil;&atilde;o da qual s&oacute; poderia ser mitigada pela dist&acirc;ncia f&iacute;sica, porque n&atilde;o haveria ar que a onda de choque pudesse aquecer.
Em 9 de julho de 1962, a NASA lan&ccedil;ou o Starfish Prime, um dos cinco testes nucleares projetados para estudar armas at&ocirc;micas no espa&ccedil;o sideral inferior, e foi contabilizado que outros testes nucleares de alta altitude realizados na Terra j&aacute; criaram um cintur&atilde;o artificial de destrui&ccedil;&atilde;o radioativa que devastou um ter&ccedil;o de todos os sat&eacute;lites em &oacute;rbitas inferiores.
A explos&atilde;o nuclear da Lua n&atilde;o s&oacute; mataria de radia&ccedil;&atilde;o qualquer astronauta em &oacute;rbita, visto que n&atilde;o haveria uma dist&acirc;ncia segura do evento para visualiza&ccedil;&atilde;o, como tamb&eacute;m causaria um terremoto de magnitude 7 na escala Richter em toda a Terra ao mesmo tempo &mdash; j&aacute; que a Lua &eacute; muito menor que o planeta.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/16/16193706713620.jpg" alt="(Fonte: PaulingBlog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PaulingBlog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O impacto da bomba formaria no solo lunar uma cratera, erguendo at&eacute; 100 milh&otilde;es de m&sup3; de poeira e rochas, que seriam lan&ccedil;ados em dire&ccedil;&otilde;es diferentes. Sem nenhuma atmosfera para desacelerar, esses micrometeoritos atingiriam sat&eacute;lites e naves antes de chover na Terra.
Segundo o INSH, seria necess&aacute;ria uma bomba muito maior que 100 megatons para perturbar a &oacute;rbita da Lua, mais especificamente uma equivalente a 10 trilh&otilde;es de megatons de TNT. S&oacute; essa for&ccedil;a empurraria o sat&eacute;lite natural para longe de nosso planeta, causando estragos irrevers&iacute;veis pelo caminho.
A Terra ent&atilde;o ficaria exposta a meteoros gigantes; toda a vida marinha morreria sem as influ&ecirc;ncias lunares; n&atilde;o existiriam mais esta&ccedil;&otilde;es do ano; as noites seriam totalmente escuras; n&atilde;o haveria mais mar&eacute;s, tampouco eixo de rota&ccedil;&atilde;o est&aacute;vel do planeta.
O mais bizarro de tudo isso &eacute; imaginar que, naquela &eacute;poca, nem todo mundo pensava que a destrui&ccedil;&atilde;o do sat&eacute;lite natural da Terra fosse mudar algo.

thumb-image-2024-02-29T14:05:52.660Z

E se uma bomba nuclear fosse detonada na Lua?

Imagem de O que aconteceria com o nosso corpo se morrêssemos no espaço? no megacurioso

Vagaríamos pelo espaço ou seríamos recuperados de volta à Terra para um funeral?

Quase todo mundo j&aacute; sonhou em ser astronauta na inf&acirc;ncia e, com as viagens espaciais se tornando uma possibilidade cada vez mais real, pode ser que, em algum momento no futuro, todos possamos realizar esse sonho antigo. E assistindo filmes de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica voc&ecirc; certamente j&aacute; pensou em <a href="https://www.megacurioso.com.br/gravidade/36190-o-que-acontece-quando-voce-chora-no-espaco-com-a-gravidade-zero-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como seria viver no espa&ccedil;o</a>. Mas e se morr&ecirc;ssemos por l&aacute;?
<h2>Morte na Terra</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03101320659054.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Ap&oacute;s morrer aqui na Terra, nosso corpo passa por v&aacute;rios est&aacute;gios de decomposi&ccedil;&atilde;o. Primeiro, o sangue para de fluir e come&ccedil;a a se acumular como resultado da gravidade &mdash; um processo chamado livor mortis.
Em seguida, o corpo esfria ao algor mortis e os m&uacute;sculos enrijecem devido ao ac&uacute;mulo descontrolado de c&aacute;lcio nas fibras musculares. Esse &eacute; o estado de rigor&nbsp;mortis. Ent&atilde;o, as enzimas, prote&iacute;nas que aceleram as rea&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas, quebram as paredes celulares, liberando seu conte&uacute;do.
Ao mesmo tempo, as bact&eacute;rias em nosso intestino escapam e se espalham por todo o corpo, devorando tecidos moles &mdash; a putrefa&ccedil;&atilde;o &mdash; e os gases que liberam fazem o corpo inchar.
&Eacute; claro que esses processos variam com fatores externos que o influenciam, como temperatura, atividade de insetos, enterrar ou embrulhar um corpo e a presen&ccedil;a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/99538-como-a-agua-e-o-fogo-se-comportam-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fogo ou &aacute;gua</a>. Mas, geralmente, os tecidos moles acabam desaparecendo para revelar o esqueleto.
<h2>Morte no espa&ccedil;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03101214768052.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Mas e a morte no espa&ccedil;o? Existe algum guia de decomposi&ccedil;&atilde;o e processos para um astronauta que teve o final de sua vida por l&aacute;?&nbsp;
A gravidade diferente vista em outros planetas certamente impactaria o livor mortis, significando que o sangue provavelmente n&atilde;o se acumularia.
Dentro de um traje especial de astronauta, o rigor mortis ainda aconteceria &mdash; pois esse &eacute; o resultado da cessa&ccedil;&atilde;o de fun&ccedil;&otilde;es corporais &mdash; e as bact&eacute;rias do intestino ainda devorariam os tecidos moles. Para funcionar adequadamente, no entanto, elas precisam de oxig&ecirc;nio, e o fornecimento limitado de ar retardaria significativamente esse processo.
Perdemos apenas 18 pessoas no espa&ccedil;o &mdash; incluindo 14 astronautas da NASA &mdash; desde que a humanidade come&ccedil;ou a lan&ccedil;ar seus foguetes e todas as mortes foram causadas por um desastre espacial. E todas essas calamidades foram em grande escala, com corpos recuperados na Terra em v&aacute;rios estados de integridade.
<h2>O que esperar?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03101436143058.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Como todas as mortes no <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=espa%C3%A7o#gsc.tab=0&amp;gsc.q=espa%C3%A7o&amp;gsc.page=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espa&ccedil;o</a> foram causadas por acidentes espaciais, n&atilde;o sabemos exatamente o que esperar caso algum astronauta morra por um ataque card&iacute;aco, causas naturais ou atingido por um meteorito durante sua caminhada espacial.
Caso o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106127-o-primeiro-homem-a-andar-no-espaco-quase-ficou-por-la.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astronauta</a> seja atingido por um micrometeorito, fazendo um buraco em seu traje, ele teria apenas 15 segundos antes de perder a consci&ecirc;ncia. Antes de congelar, provavelmente morreria por asfixia ou descompress&atilde;o.
Dez segundos de exposi&ccedil;&atilde;o ao v&aacute;cuo do espa&ccedil;o for&ccedil;aria a &aacute;gua em sua pele e sangue a vaporizar, enquanto seu corpo se expandiria para fora como um bal&atilde;o sendo preenchido por ar. Seus pulm&otilde;es entrariam em colapso e, ap&oacute;s 30 segundos, ficaria paralisado &mdash; se j&aacute; n&atilde;o estivesse morto nesse ponto.
<h2>NASA e a morte no espa&ccedil;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03101515143062.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A NASA, em declara&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, disse que n&atilde;o prepara planos de conting&ecirc;ncia para todos os riscos remotos e que sua resposta a qualquer situa&ccedil;&atilde;o em &oacute;rbita n&atilde;o planejada ser&aacute; determinada em um processo colaborativo em tempo real entre a Diretoria de Opera&ccedil;&otilde;es de Voo, a Diretoria de Sa&uacute;de Humana e Desempenho, a lideran&ccedil;a da NASA e seus parceiros internacionais.
&ldquo;Em meus 16 anos como astronauta, n&atilde;o me lembro de ter conversado com outro astronauta sobre a possibilidade de morrer&rdquo;, disse Terry Virts, astronauta da NASA, em entrevista. &ldquo;Todos n&oacute;s entendemos que &eacute; uma possibilidade, mas o elefante na sala simplesmente n&atilde;o &eacute; discutido&rdquo;.&nbsp;
Vale lembrar que, na hist&oacute;ria cient&iacute;fica &mdash; at&eacute; hoje &mdash; n&atilde;o h&aacute; nenhum registro de um ser humano que tenha morrido no espa&ccedil;o. Mas &eacute; sempre bom estarmos preparados, n&atilde;o &eacute; mesmo?

thumb-image-2024-02-29T14:05:50.735Z

O que aconteceria com o nosso corpo se morrêssemos no espaço?

Imagem de 6 novas descobertas sobre buracos negros de cair o queixo  no megacurioso

Fenômeno intrigante do espaço sideral, o buraco negro é um dos maiores mistérios da modernidade

Nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, o espa&ccedil;o sideral vem sendo palco para algumas das maiores descobertas j&aacute; realizadas pela humanidade, e hoje j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel entender um pouco mais sobre o funcionamento de diversos eventos distantes de nosso planeta, como os buracos negros.
A cada novo conhecimento adquirido a respeito dos fen&ocirc;menos, mais se comprova a necessidade de explorar cada canto do Cosmos e avan&ccedil;ar nos estudos da &aacute;rea, visto que essas estruturas colossais t&ecirc;m muito potencial para contar um pouco mais sobre a hist&oacute;ria do Universo.
Conhe&ccedil;a algumas das descobertas recentes e mais relevantes para a Ci&ecirc;ncia sobre&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118546-buraco-negro-mais-proximo-da-terra-e-descoberto-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a> e entenda um pouco mais acerca da grandiosidade dos misteriosos fen&ocirc;menos gal&aacute;cticos.
<h2>1. A luz por tr&aacute;s do buraco negro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/25/25091848766081.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em julho de 2021, astr&ocirc;nomos da Universidade de Stanford detectaram oficialmente os primeiros flashes de luz por tr&aacute;s de um buraco negro, comprovando a teoria que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120211-o-dia-em-que-einstein-comeu-vatapa-no-brasil-e-virou-noticia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Einstein</a> havia proposto em meados de 1915, afimando que o fen&ocirc;meno permite a livre movimenta&ccedil;&atilde;o de feixes luminosos ao redor de seu centro de massa.
At&eacute; ent&atilde;o, os sinais haviam sido observados apenas na frente do fen&ocirc;meno, mas os estudos avan&ccedil;ados das revolucion&aacute;rias lentes gravitacionais identificaram emiss&otilde;es de raios X deixadas como rastros ap&oacute;s uma explos&atilde;o de raios gama na regi&atilde;o.
<h2>2. Distor&ccedil;&atilde;o de objetos pr&oacute;ximos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/25/25092154563084.jpg" alt="(Fonte: Science News / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Proposto como um objeto pesado capaz de alterar a estrutura do espa&ccedil;o-tempo, o buraco negro tamb&eacute;m traz impactos para in&uacute;meros corpos que se aproximam de seu horizonte, expandindo suas dimens&otilde;es &agrave; medida que est&atilde;o mais perto. Muitos desses corpos, que os cientistas passaram a chamar de "objetos G", surgiram como resultado da uni&atilde;o entre duas estrelas atra&iacute;das pelo centro gravitacional do fen&ocirc;meno, e at&eacute; o momento seis desses incr&iacute;veis materiais j&aacute; foram detectados na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/99738-voce-sabe-o-que-existe-bem-no-centro-da-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via L&aacute;ctea</a>.
<h2>3. Buracos de minhoca disfar&ccedil;ados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/25/25092641891088.jpg" alt="(Fonte: Quanta Magazine / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Quanta Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os buracos de minhoca s&atilde;o conhecidos pela fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica como um dos principais mecanismos espaciais respons&aacute;veis pelo transporte de pessoas entre&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120122-universos-paralelos-existem-saiba-o-que-a-fisica-diz-sobre-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dimens&otilde;es paralelas</a>. Por&eacute;m, de acordo com o astr&ocirc;nomo Mikhail Piotrovich, um dos principais respons&aacute;veis pela procura dos t&uacute;neis no Cosmos, &eacute; poss&iacute;vel que alguns desses eventos j&aacute; tenham sido observados por cientistas na forma de buracos negros disfar&ccedil;ados.
<span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; color: #000000; background-color: transparent; font-weight: 400; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Isso, porque ambas as regi&otilde;es possuem muitas caracter&iacute;sticas similares, como a densidade e as influ&ecirc;ncias gravitacionais; a diferen&ccedil;a &eacute; que o buraco de minhoca permite que viajantes entrem e saiam.
<h2>4. Fus&atilde;o de buracos negros: o buraco negro supermassivo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/25/25092826360091.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Pesquisadores acreditam que a colis&atilde;o de dois buracos negros resulta na libera&ccedil;&atilde;o de uma poderosa onda de luz at&eacute; 1 trilh&atilde;o de vezes mais brilhante que o Sol. Essas explos&otilde;es, que podem ocorrer at&eacute; mesmo com mais de duas regi&otilde;es simult&acirc;neas, exalam uma quantidade imensur&aacute;vel de g&aacute;s e poeira ao redor e s&atilde;o consideradas o princ&iacute;pio para a forma&ccedil;&atilde;o dos buracos negros supermassivos ap&oacute;s uma rea&ccedil;&atilde;o em cadeia, unindo os n&uacute;cleos atrav&eacute;s da forte atra&ccedil;&atilde;o gravitacional entre eles. At&eacute; o momento, mais de 60 fus&otilde;es foram registradas.
<h2>5. Buraco negro de massa improv&aacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/25/25093129829092.jpg" alt="(Fonte: Thred / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Thred/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O buraco negro mais pesado j&aacute; detectado foi revelado em 2020, como parte do estudo sobre as colis&otilde;es poss&iacute;veis entre n&uacute;cleos distintos. Na pesquisa, cientistas observaram um buraco negro ir de encontro a outro com massa at&eacute; 85 vezes maior que a do Sol, resultando em um fen&ocirc;meno in&eacute;dito quase 150 vezes mais pesado que a estrela an&atilde; da Via L&aacute;ctea. A descoberta, classificada como "maravilhosamente inesperada", evidencia o que pode ter ocorrido quando o Universo possu&iacute;a metade de sua vida atual, com aproximadamente 7 bilh&otilde;es de anos.
<h2>6. Ondas de r&aacute;dio em jatos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/25/25093351532093.jpg" alt="(Fonte: EHT / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: EHT/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em julho de 2021, o projeto Telesc&oacute;pio de Horizonte de Eventos (EHT), composto por oito observat&oacute;rios de r&aacute;dio espalhados pelo mundo, divulgou as primeiras imagens de um buraco negro lan&ccedil;ando jatos de ondas de r&aacute;dio. O fen&ocirc;meno, ocorrido na gal&aacute;xia lenticular Centaurus A, chamou a aten&ccedil;&atilde;o por emitir uma quantidade de energia muito maior que a liberada pela Via L&aacute;ctea e marcou a primeira vez que um evento do tipo foi apresentado visualmente com tanta precis&atilde;o e clareza.

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.905Z

6 novas descobertas de cair o queixo sobre buracos negros

Imagem de Universos paralelos existem? Saiba o que a física diz sobre isso no megacurioso

Teorias sobre múltiplos universos e dimensões simultâneas existem na ciência há muito tempo, mas com poucas evidências por trás

J&aacute; parou para pensar se existe outra vers&atilde;o de voc&ecirc; habitando outra realidade em um universo paralelo? Esse &eacute; um conceito que aparece com certa frequ&ecirc;ncia em filmes de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e algo que a humanidade sempre sonha ao explorar mais a fundo as infinidades do desconhecido sideral.&nbsp;
Inclusive, a ideia de outras dimens&otilde;es e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107107-artigo-postumo-de-stephen-hawking-indica-que-multiversos-seriam-finitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">multiversos</a> &eacute; algo t&atilde;o difundido dentro da cultura pop que at&eacute; mesmo pessoas sem o menor conhecimento sobre f&iacute;sica sabem um pouco sobre o assunto. Mas se esse n&atilde;o for o seu caso, n&oacute;s vamos nos aprofundar mais a respeito desse tema.
<h2>Universo observ&aacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/08/08180603660383.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando a ci&ecirc;ncia cita o nosso Universo, ela fala a respeito de tudo que conseguimos observar at&eacute; agora. Gra&ccedil;as ao Big Bang e aos estudos de radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica, hoje temos uma ideia de que o universo em que vivemos tem aproximadamente 13,8 bilh&otilde;es de anos desde o in&iacute;cio de sua expans&atilde;o.
Entretanto, tamb&eacute;m aprendemos que a luz viaja pelo v&aacute;cuo em uma velocidade finita: 300 mil km/s. Essa descoberta foi, inclusive, a que nos permitiu elaborar o conceito de ano-luz e descobrir qual &eacute; a dist&acirc;ncia equivalente que a luz percorre em um ano &mdash; 9,5 trilh&otilde;es de km. Ainda existem partes do universo que n&atilde;o conseguimos enxergar pelo fato da <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/99378-o-que-aconteceria-se-o-sol-desaparecesse-de-repente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz</a> nunca ter chegado l&aacute;.
Sendo assim, vivemos em uma enorme bolha com campo de vis&atilde;o de raio aproximado em 13,8 bilh&otilde;es de anos-luz na medida atual de tempo. E o que existe do outro lado da realidade? Isso &eacute; algo que n&oacute;s ainda n&atilde;o temos pleno conhecimento.
<h2>M&uacute;ltiplos Big Bangs</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/08/08180700973385.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Agora que sabemos que existe uma diferen&ccedil;a entre o universo observ&aacute;vel (o que temos conhecimento) e o universo real (tudo onde a luz n&atilde;o toca), pense no seguinte cen&aacute;rio: se v&aacute;rias explos&otilde;es similares ao Big Bang aconteceram em outros pontos desconhecidos da nossa exist&ecirc;ncia, &eacute; poss&iacute;vel que outros universos semelhantes ao nosso existam ao mesmo tempo, sem o menor conhecimento um do outro.
Alguns deles podem ser t&atilde;o parecidos com o nosso que poderiam ser considerados iguais. Dessa forma, existe a probabilidade m&iacute;nima de uma vers&atilde;o sua estar nesse exato momento vivendo uma vida independente, sem a menor ideia de que voc&ecirc; existe nessa realidade.
O problema, entretanto, &eacute; que n&oacute;s ainda n&atilde;o dispomos de m&eacute;todos para testar essas teorias e, tampouco temos a tecnologia necess&aacute;ria para desbravar as partes desconhecidas do universo. Por esse motivo, s&oacute; podemos continuar sonhando com essas dimens&otilde;es paralelas.&nbsp;
<h2>Extens&atilde;o dos estudos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/08/08180729363386.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A primeira vez que a teoria dos muitos mundos foi citada no campo cient&iacute;fico aconteceu na d&eacute;cada de 1950, quando o f&iacute;sico estadunidense Hugh Everett usou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113322-fisica-quantica-pode-explicar-dificuldade-de-humanos-em-tomar-decisoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mec&acirc;nica qu&acirc;ntica</a> para tentar explicar alguns processos n&atilde;o determin&iacute;sticos, ou que n&atilde;o podem ser explicados atrav&eacute;s das rela&ccedil;&otilde;es de causalidade.
Desde ent&atilde;o, diversos outros pesquisadores formularam suas pr&oacute;prias vers&otilde;es sobre dimens&otilde;es paralelas e multiversos, sempre com ideias um pouco diferentes, mas seguindo o mesmo conceito-chave.&nbsp;
O f&iacute;sico te&oacute;rico Sean Carroll &eacute; um dos principais defensores de que existem realidades semelhantes &agrave; nossa. Em seu livro Something Deeply Hidden (2019), Carroll aborda o surgimento do espa&ccedil;o-tempo e d&aacute; a sua vis&atilde;o sobre a poss&iacute;vel origem dos chamados mundos qu&acirc;nticos. Como um defensor convicto, o pesquisador garante que as realidades paralelas s&atilde;o existentes e muito verdadeiras &mdash; assim como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119192-veja-como-e-um-atomo-em-alta-resolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">el&eacute;tron</a> em estado qu&acirc;ntico pode estar em todas as posi&ccedil;&otilde;es simultaneamente.
E voc&ecirc;? Acredita que um dia descobriremos a exist&ecirc;ncia de um universo muito parecido com o que vivemos? Conte para n&oacute;s a sua opini&atilde;o!

thumb-image-2024-02-29T14:05:48.380Z

Universos paralelos existem? Saiba o que a física diz sobre isso

Imagem de Sons obtidos de um fluido 'perfeito' podem ser chave do universo no megacurioso

Estudo permite que cientistas identifiquem milhares de ondas sonoras oriundas de fluidos no estado gasoso

Cientistas do MIT conseguiram captar de forma inédita as primeiras ondas sonoras derivadas de um fluido “perfeito”, capazes de apresentar informações sobre seu comportamento e particularidades. 



Considerado raro na natureza, um fluido perfeito possui como característica o mínimo de atrito e viscosidade permitido pelas leis da mecânica quântica, que podem ser determinados através de equações baseadas na massa da partícula fermiônica (aglomerado de partículas férmion) média de que é feito e pela constante de Planck. Acredita-se que seja o comportamento dos núcleos das estrelas de nêutrons e da “sopa” do universo primitivo.



<figure class="wp-block-embed-soundcloud wp-block-embed is-type-rich is-provider-soundcloud wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="MIT physicists find this is the sound of a perfect fluid by Massachusetts Institute of Technology (MIT)" width="1366" height="400" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?visual=true&url=https%3A%2F%2Fapi.soundcloud.com%2Ftracks%2F939338887&show_artwork=true&maxwidth=1366&maxheight=1000&dnt=1"></iframe>
</div></figure>



“É muito difícil ouvir uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116110-astronomos-avistam-planeta-que-sobreviveu-a-morte-de-sua-estrela.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estrela</a> de nêutrons”, disse o professor Martin Zwierlein. “Mas agora você poderá imitá-la em um laboratório usando átomos, agitar aquela sopa atômica e ouvi-la, e saber como uma estrela de nêutrons soaria”.



Os estudos contaram com a colaboração de uma técnica conhecida como difusão sonora, que é a velocidade com que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116759-planeta-terra-emite-um-misterioso-som-a-cada-26-segundos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">som</a> se dissipa em fluidos no estado gasoso, capaz de medir a viscosidade de materiais. As análises surpreenderam os cientistas, que descobriram uma relação estreita entre a difusão e o atrito ao procurarem ressonâncias acústicas.



“A qualidade das ressonâncias me diz muito sobre a viscosidade do fluido, ou difusividade do som”, disse Zwierlein. “Se um fluido tem baixa viscosidade, ele pode formar uma onda sonora muito forte e ser muito alto, se atingido na frequência certa. Se for um muito viscoso, então não tem nenhuma ressonância boa.” 



<h2>A criação de um fluido uniforme</h2>



O conhecimento sobre os férmions permitiram que os cientistas “fabricassem” um fluido ideal, no qual os blocos de construção de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115931-metade-dos-atomos-da-terra-podem-ser-de-dados-digitais-em-2245.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">átomos</a> pudessem colidir o máximo de vezes possível. Segundo o princípio de exclusão de Pauli, essas partículas não podem ocupar o mesmo espaço, então foi necessário congelá-las as temperaturas entre -273,15 ºC e -459,67 ºC.



Após isso, os estudos contaram com o apoio de uma forte intensidade de ondas de luz, que funcionaram como ponto de partida para uma reação em cadeia na qual as ondas sonoras passavam a ecoar através do gás, despertando o contato entre os férmions próximos.



“Descobrir qual é a resistência mais baixa que podemos ter de um gás nos diz o que pode acontecer com os elétrons nos materiais e como se pode fazer materiais nos quais eles possam fluir de maneira perfeita”, concluiu Zwierlein.

Universo

Novidades