Estilo de vida
28/11/2021 às 11:00•2 min de leitura
Na última sexta-feira (19), espectadores das Américas, Europa, Ásia e Oceania puderam observar o eclipse lunar parcial mais longo dos últimos 580 anos, quando 97% da Lua foi coberta pela sombra da Terra e a luz do sol deixou de atingir sua superfície. O fenômeno, conhecido como Lua do Castor, foi registrado em um impressionante vídeo time-lapse de 1 minuto, exibido após captura por horas coletada pelo Observatório Griffith em Los Angeles, EUA.
Visível apenas durante a noite de lua cheia, o eclipse lunar é um evento bastante comum que pode ocorrer várias vezes ao ano, revelando cenas espetaculares que comprovam o poder filtrador da atmosfera terrestre, capaz de bloquear a luz azul e deixar passar a luz vermelha — o que causa as luas de sangue. Em casos mais raros, o fenômeno pode cobrir apenas parcialmente a superfície da Lua, deixando poucos espaços iluminados e mais difíceis de serem visualizados.
De acordo com pesquisadores do Astropixels, a Lua do Castor será o eclipse lunar mais longo entre 2001 e 2100, com duração de 3 horas, 28 minutos e 23 segundos para cobrir quase 100% da superfície do satélite natural. O fenômeno que ocorreu, no Brasil, por volta das 03:00 de 19 de novembro, teve sua fase de penumbra iniciada por volta das 02:00 e, cerca de uma hora e quinze minutos depois, deu-se início à fase umbral, com o escurecimento mais visível preenchendo em direção à porção sul.
Confira abaixo o vídeo em time-lapse do eclipse parcial.
A próxima lua cheia, conhecida como a Lua Fria, acontecerá em 19 de dezembro de 2021, mas um novo eclipse está previsto apenas para 16 de maio de 2022, quando o satélite será coberto de forma completa e poderá ser observado da América do Sul, Estados Unidos e nordeste do Canadá.
A Lua do Castor ganhou esse nome em referência ao folclore americano e europeu, já que o período de novembro era caracterizado pela grande incidência de caçadores em florestas temperadas, que costumavam capturar castores para retirar sua pelagem antes do inverno. A prática surgiu como resultado do processo de reclusão migratória da espécie, que se esconde em ninhos e tocos de árvores nos finais de ano para se proteger da estação fria.