Imagem de Virologistas, imunologistas e epidemiologistas: quais as diferenças? no megacurioso

Conheça um pouco mais sobre estas especializações profissionais que estão bombando no combate à pandemia

Durante toda a pandemia ouvimos falar sobre os combatentes da linha de frente: profissionais da &aacute;rea da sa&uacute;de que trabalham firmemente para descobrir as formas mais seguras de contornar a crise sanit&aacute;ria. Entre tantas especializa&ccedil;&otilde;es e nomenclaturas dif&iacute;ceis, os que mais se destacaram no cen&aacute;rio global foram os virologistas, imunologistas e epidemiologistas, respons&aacute;veis por fornecer boletins e atualiza&ccedil;&otilde;es sobre transmiss&atilde;o viral, impactos na sa&uacute;de e outros detalhes relevantes. Mas voc&ecirc; sabe quais s&atilde;o as diferen&ccedil;as entre os tr&ecirc;s?
<h2>Virologistas</h2>
A virologia &eacute; a especialidade biol&oacute;gica e m&eacute;dica respons&aacute;vel por estudar os v&iacute;rus e suas estruturas. Assim, os profissionais da &aacute;rea se dedicam a aprender como ocorre a replica&ccedil;&atilde;o do material gen&eacute;tico viral, quais <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119590-envelhecer-e-doenca-entenda-a-discussao-sobre-o-termo-velhice.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;as</a> s&atilde;o causadas pela categoria, como &eacute; realizada a classifica&ccedil;&atilde;o de um v&iacute;rus, de que forma a organiza&ccedil;&atilde;o interior impacta suas atividades e outras a&ccedil;&otilde;es referentes ao corpo estranho.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/30/30103700308079.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, os virologistas t&ecirc;m fun&ccedil;&atilde;o determinante no combate &agrave;s viroses, j&aacute; que seus estudos hist&oacute;ricos sobre doen&ccedil;as e infec&ccedil;&otilde;es, identificando semelhan&ccedil;as e diferen&ccedil;as entre grupos, contribuem para a efic&aacute;cia de vacinas e no desenvolvimento de t&eacute;cnicas para o aprendizado do sistema imunol&oacute;gico.
<h2>Imunologistas</h2>
A imunologia &eacute; a &aacute;rea da medicina que estuda o sistema imunol&oacute;gico e as condi&ccedil;&otilde;es que podem afet&aacute;-lo nas mais diversas propor&ccedil;&otilde;es. Popularmente chamada imunologia cl&iacute;nica, a especialidade trata imunodefici&ecirc;ncia prim&aacute;ria, rinite, sinusite, asma, urtic&aacute;ria, conjuntivite e alergias alimentares e medicamentosas a partir de testes de exame de sangue, cut&acirc;neo e broncoevapora&ccedil;&atilde;o, a fim de estudar o comportamento de doen&ccedil;as autoimunes ou alergias no organismo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/30/30103820776080.jpg" alt="(Fonte: Medical Xpress / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Medical Xpress/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os profissionais da &aacute;rea tamb&eacute;m podem estudar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119727-eremita-servio-sai-de-isolamento-de-15-anos-para-tomar-vacina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> e medica&ccedil;&otilde;es que estimulem o sistema imunol&oacute;gico a fornecer respostas positivas a diversas condi&ccedil;&otilde;es, auxiliando na preven&ccedil;&atilde;o de in&uacute;meros quadros e avaliando poss&iacute;veis falhas no sistema.
<h2>Epidemiologistas</h2>
A epidemiologia &eacute; a ci&ecirc;ncia que estuda a frequ&ecirc;ncia com que doen&ccedil;as se alastraram entre as popula&ccedil;&otilde;es, atrav&eacute;s de uma an&aacute;lise quantitativa de fen&ocirc;menos e de observa&ccedil;&otilde;es entre os fatores condicionantes que determinam o surgimento de defeitos, incapacidade e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119557-novo-virus-da-china-esse-do-macaco-causa-1-morte-corremos-perigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mortes</a>. Aqui, o foco &eacute; o que ocorre fora do corpo, para contribuir com o estudo do controle de problemas relacionados &agrave; sa&uacute;de.
Sob essa &oacute;tica, o epidemiologista &eacute; o profissional que fica respons&aacute;vel pela coleta e an&aacute;lise de dados relevantes, utilizando conhecimentos espec&iacute;ficos para acompanhar a dissemina&ccedil;&atilde;o de uma doen&ccedil;a, investigar como ela &eacute; transmitida, identificar quais demografias ela afeta, aconselhar as pessoas sobre quais medidas de seguran&ccedil;a tomar para n&atilde;o serem infectadas, e definir iniciativas que sirvam como suporte ao planejamento, gest&atilde;o e aplica&ccedil;&atilde;o de medidas sociais.

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Virologistas, imunologistas e epidemiologistas: quais as diferenças?

Imagem de 6 vacinas que salvam vidas e quem são seus inventores no megacurioso

Milhões de pessoas são salvas anualmente por essas invenções

Conforme a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), as vacinas conseguem salvar mais de 3 milh&otilde;es de vidas anualmente. Gra&ccedil;as a cientistas, pesquisadores e estudiosos de v&aacute;rias &aacute;reas, muitas doen&ccedil;as graves foram controladas ap&oacute;s campanhas de vacina&ccedil;&atilde;o. Diversos m&eacute;dicos atuais conhecem algumas doen&ccedil;as apenas nos livros, j&aacute; que devido &agrave;s vacinas elas deixaram de causar problemas.
Al&eacute;m disso, com quatro vidas sendo salvas por minuto, a economia com gastos m&eacute;dicos chega a 250 milh&otilde;es diariamente. Selecionamos, ent&atilde;o, algumas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119390-voce-sabe-como-surgiram-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas mais importantes</a> j&aacute; desenvolvidas e seus criadores para voc&ecirc; conhecer. Acompanhe!
<h2>1. Caxumba</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19001748955021.jpg" alt="(Fonte: Montana Edu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Montana Edu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Maurice Hilleman foi o m&eacute;dico respons&aacute;vel por criar a vacina mais r&aacute;pida da hist&oacute;ria at&eacute; agora, perdendo o t&iacute;tulo para alguns laborat&oacute;rios que desenvolveram vacinas contra a covid-19, e tudo devido &agrave; sua filha de 5 anos. Em 1963, a crian&ccedil;a come&ccedil;ou a apresentar sinais da doen&ccedil;a, ent&atilde;o Hilleman se dedicou a estudar intensamente a condi&ccedil;&atilde;o e, em 1967, apresentou uma vacina que se mostrou eficaz para prevenir uma das doen&ccedil;as mais comuns em crian&ccedil;as.
<h2>2. Poliomielite</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19002124220022.jpg" alt="(Fonte: Hulton-Deutsch Collection/Corbis/ Getty Images/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Hulton-Deutsch Collection/Corbis/ Getty Images/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O virologista Jonas Salk &eacute; considerado um her&oacute;i pela inven&ccedil;&atilde;o da vacina contra a p&oacute;lio nos anos de 1950. A doen&ccedil;a, nas primeiras d&eacute;cadas de 1900, paralisava entre 20 e 50 mil crian&ccedil;as todos os anos. Entretanto, a vacina de Salk n&atilde;o foi a &uacute;ltima, pois, na d&eacute;cada de 1960, Albert Sabin conseguiu desenvolver uma alternativa oral, substituindo a anterior.
<h2>3. Var&iacute;ola</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19000001891015.jpg" alt="(Fonte: FioCruz/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: FioCruz/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1789, o m&eacute;dico Edward Jenner observou pessoas que ordenhavam vacas e pegavam a forma animal da var&iacute;ola, mas n&atilde;o morriam. Jenner decidiu extrair o pus da m&atilde;o de uma ordenhadora que havia tido a var&iacute;ola animal e inoculou o v&iacute;rus em um menino saud&aacute;vel de 8 anos.&nbsp;A crian&ccedil;a contraiu a doen&ccedil;a de forma leve e, pouco tempo depois, estava curada. No ano de 1798, o m&eacute;dico brit&acirc;nico apresentou suas conclus&otilde;es aos colegas e virou alvo de piadas, sendo at&eacute; denunciado por infectar pessoas com material colhido de animais doentes.
O reconhecimento da descoberta do m&eacute;dico entre os ingleses s&oacute; chegou quando m&eacute;dicos de outros pa&iacute;ses adotaram a sua vacina, obtendo resultados positivos.
<h2>4. Febre tifoide</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19000151235016.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Geralmente, o cr&eacute;dito pelo desenvolvimento da vacina contra febre tifoide &eacute; dado ao patologista brit&acirc;nico Almroth Wright, que deu in&iacute;cio &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o em 1896.&nbsp;Por&eacute;m, em 1907, o bacteriologista Richard Pfeiffer resolveu contestar a descoberta. Foi ent&atilde;o que se descobriu, revisando a literatura m&eacute;dica, que entre os anos de 1890 e in&iacute;cio de 1900, v&aacute;rios grupos de m&eacute;dicos e pesquisadores trabalharam em uma vacina contra a doen&ccedil;a.
<h2>5. Sarampo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Connecticut/ Getty Images/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.connecticutmag.com/health-and-science/how-a-connecticut-scientist-became-the-father-of-modern-vaccines/article_bc81b116-dcae-11ea-a4dc-ef095c688062.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19000852454018.jpg" alt="Dr. John Enders - lado esquerdo" />Dr. John Enders - lado esquerdo
No ano de 1963, John Enders e seus colegas conseguiram transformar a cepa Edmonston-B do v&iacute;rus do sarampo em uma vacina. O bacteriologista estadunidense at&eacute; conseguiu uma licen&ccedil;a para a vacina nos EUA, mas pouco tempo depois, em 1968, Maurice Hilleman (sim, &eacute; ele, o m&eacute;dico recordista da vacina contra a caxumba)&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114875-por-que-e-possivel-criar-vacinas-para-um-virus-e-nao-para-outros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenvolveu uma vers&atilde;o melhorada&nbsp;</a>que come&ccedil;ou a ser amplamente distribu&iacute;da.
<h2>6. Antirr&aacute;bica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Institut Pasteur de Paris/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sescsp.org.br/online/artigo/13958_EXPOSICAO+INTERATIVA+CELEBRA+A+VIDA+E+AS+DESCOBERTAS+DE+LOUIS+PASTEUR"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19001258392019.png" alt="(Fonte: Institut Pasteur de Paris/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Institut Pasteur de Paris/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A primeira vacina eficaz contra a raiva foi criada por Louis Pasteur. Por meio de suas pesquisas, o cientista identificou o v&iacute;rus transmissor da raiva e desenvolveu a solu&ccedil;&atilde;o. No ano de 1885, a primeira aplica&ccedil;&atilde;o foi feita em uma crian&ccedil;a de 9 anos mordida por um cachorro.
Desenvolver vacinas continua sendo algo complicado. No entanto, com a ajuda da tecnologia e tudo o que j&aacute; foi descoberto, bem como pesquisadores do mundo todo trocando informa&ccedil;&otilde;es e investimentos gigantescos, as coisas ficaram bem mais &aacute;geis. Um exemplo disso s&atilde;o as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118709-conheca-a-nova--de-vacinas-contra-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas contra covid</a> desenvolvidas em poucos meses gra&ccedil;as a esses fatores.

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6 vacinas que salvam vidas e quem são seus inventores

Imagem de Vírus de Marburg: nova doença que preocupação na África no megacurioso

O novo vírus, da mesma família do ebola, foi detectado na Guiné e está causando preocupação — mas do que se trata?

<head></head><body>Uma nova doença, causada por um vírus vindo de animais, que pode se espalhar rapidamente e causar muitas mortes... A gente já viu — <a href="https://www.megacurioso.com.br/coronavirus/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou melhor, está vendo</a> — esse filme, então qualquer notícia sobre um novo vírus parece preocupante. Foi por isso que o vírus de Marburg se tornou manchete em todo o mundo, depois da notificação de uma morte por sua causa, na Guiné.A Doença do Vírus de Marburg (ou MVD, na sigla em inglês) é grave e não tem tratamento. Diz-se que tomar bastante água e tratar os sintomas pode aumentar as chances de sobrevivência, mas a contaminação é frequentemente fatal: um comunicado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115978-pandemia-de-covid-19-nao-sera-a-ultima-alerta-diretor-da-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">OMS</a> (Organização Mundial da Saúde) fala de 24% e 88% de mortes, em surtos anteriores de MVD.Por isso, a entidade também afirma que "precisamos deter o vírus em seu caminho". Será que devemos nos preocupar com essa nova ameaça?<h2>Vírus mortal, porém raro</h2>Esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119356-afinal-qual-a-relacao-do-morcego-e-a-pandemia-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcego</a> da foto abaixo parece inofensivo, né? Pois ele é um dos principais transmissores do vírus de Malburg para os humanos, além dos macacos. Depois disso, entre humanos, o vírus se espalha pela troca de fluidos corporais e contato com superfícies infectadas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/11/11162223915359.jpg" alt="Imagem: Encyclopedia of Life/Reprodução">Imagem: Encyclopedia of Life/ReproduçãoO primeiro surto do vírus do Marburg foi detectado em 1967, justamente na cidade que lhe dá nome, depois que a equipe de um laboratório teve contato com macacos doentes, trazidos da África. Desde então, 12 surtos aconteceram, a maioria no sul e leste da África, de acordo com o jornal inglês The Guardian.&nbsp;O último desses surtos havia sido em Angola, em 2005, matando 329 das 374 pessoas que foram infectadas — é o mais mortal de que se tem notícia, até hoje.Esse caso recente, na Guiné, é o primeiro na parte ocidental do continente e ocorreu bem em uma região que havia acabado de controlar uma grave epidemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/45247-5-doencas-mais-preocupantes-do-que-o-ebola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ebola</a>. O vírus de Marburg é da mesma família que ele, inclusive, mas potencialmente mais mortal.A doença causada pelo vírus de Marburg é um tipo de febre hemorrágica, que se manifesta entre 2 e 21 dias depois da infecção. Seus sintomas incluem dores musculares e de cabeça, febre alta, erupções na pele, sangramentos e vômito com sangue, além de intenso mal-estar. Por isso, é um tanto difícil distinguir a doença de Marburg de outras condições semelhantes, como malária e cólera.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/11/11164644557372.jpeg" alt="Imagem: BBC/Reprodução">Imagem: BBC/Reprodução<h2>Vírus sob controle, para evitar epidemia</h2>A situação é menos preocupante porque o caso foi detectado rapidamente e os contatos do homem morto pelo vírus foram mapeados. A diretora da OMS para a África, Matshidiso Moeti, elogiou a atuação das autoridades da Guiné e relembrou a experiência do país no combate ao ebola, inclusive na epidemia recente.Desse modo, o controle de fronteiras foi intensificado — a cidade em que o homem morreu é próxima à divisa com Serra Leoa e Libéria. Além disso, três familiares e um profissional da área da saúde que estiveram em contato com ele estão tendo sua saúde monitorada de perto. Mais 140 pessoas que podem ter tido contato com o vírus também foram identificadas.&nbsp;A ideia é isolar essas pessoas e evitar que o vírus de Marburg se dissemine, como aconteceu com outras doenças.&nbsp; </body>

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Vírus de Marburg: a nova doença que preocupa a África

Imagem de Novo vírus da China, esse do macaco, causa 1ª morte. Corremos perigo? no megacurioso

Qual é a chance de sermos assolados novamente por um vírus mortal?

Recentemente, uma not&iacute;cia chamou a aten&ccedil;&atilde;o de todo o mundo, em especial da comunidade cient&iacute;fica: um homem morreu ap&oacute;s contrair um v&iacute;rus de um macaco. Como assim? Ser&aacute; que vem a&iacute; uma nova pandemia? Seria isso contagioso? Muitas d&uacute;vidas vieram &agrave; tona quando essa informa&ccedil;&atilde;o foi anunciada na China. Sim, mesmo pa&iacute;s onde foi descoberta a covid-19.
O homem que morreu era um veterin&aacute;rio que trabalhava em um instituto de pesquisa especializado em reprodu&ccedil;&atilde;o de primatas e dissecou dois macacos mortos. L&aacute;, ele foi contaminado com o v&iacute;rus do macaco B (ou herpes B) e acabou falecendo. Dessa forma, &eacute; preciso entender que esse microrganismo &eacute; extremamente raro e, muitas vezes mortal, quando se espalha entre os humanos. Nas pessoas, ele ataca o sistema nervoso central e causa inflama&ccedil;&atilde;o no c&eacute;rebro, levando &agrave; perda de consci&ecirc;ncia. Al&eacute;m disso, se a enfermidade n&atilde;o for devidamente tratada, h&aacute; uma taxa de mortalidade de cerca de 80%.
Por&eacute;m, &eacute; importante compreender que as pessoas s&atilde;o geralmente infectadas com o v&iacute;rus B se forem mordidas ou arranhadas por um macaco infectado ou se tiverem contato com os olhos, nariz ou boca do macaco.
A a&ccedil;&atilde;o desse v&iacute;rus no corpo &eacute; caracterizada por uma invas&atilde;o viral do c&eacute;rebro (encefalite) e das membranas (meninges) que envolvem o c&eacute;rebro. Ocasionalmente, a infec&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m afeta as estruturas da medula espinhal (encefalomielite) e danos neurol&oacute;gicos s&eacute;rios podem resultar dessa infec&ccedil;&atilde;o.
Sobre os sintomas, o que se pode adiantar &eacute; que a encefalomielite aguda disseminada &eacute; uma infec&ccedil;&atilde;o do sistema nervoso caracterizada por cefaleia, irritabilidade, v&ocirc;mitos, sonol&ecirc;ncia, sensibilidade &agrave; luz, dificuldade em engolir, travamento, incontin&ecirc;ncia e sensa&ccedil;&otilde;es cut&acirc;neas diminu&iacute;das ou exageradas. Esse dist&uacute;rbio pode ser causado por infec&ccedil;&otilde;es virais adquiridas de outras fontes que n&atilde;o os macacos infectados pelo v&iacute;rus Simian B. Logo, pode ser uma resposta al&eacute;rgica ou t&oacute;xica do sistema nervoso a organismos invasores, como bact&eacute;rias ou v&iacute;rus. Danos neurol&oacute;gicos e defici&ecirc;ncia intelectual podem ocorrer ap&oacute;s um ataque dessa condi&ccedil;&atilde;o.
Diante desse cen&aacute;rio, vale lembrar que a preven&ccedil;&atilde;o &eacute; a melhor solu&ccedil;&atilde;o. Ao ter contato com um macaco possivelmente contaminado, &eacute; necess&aacute;rio iniciar os primeiros socorros imediatamente. Para isso, lave bem&nbsp;a ferida ou &aacute;rea de seu corpo que teve contato com o macaco (utilizando sab&atilde;o, detergente ou iodo) e esfregue-a suavemente por 15 minutos. Depois, deixe correr &aacute;gua sobre o local por cerca de 15 a 20 minutos.&nbsp;Em seguida, consulte imediatamente um profissional da Sa&uacute;de para tratamento e informe-o que voc&ecirc; foi exposto a um macaco que pode estar infectado com esse v&iacute;rus.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias pela EBWU (Fl&oacute;rida) e tem o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; p&oacute;s-graduado em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia aplicada &agrave; aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil; especialista avan&ccedil;ado em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks e Neuroscience em Harvard (Estados Unidos); bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia na EBWU na Fl&oacute;rida; licenciado em Biologia e tamb&eacute;m em Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; especialista em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e programa&ccedil;&atilde;o em Python na USP; MBA em Psicologia Positiva na PUC.

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Novo vírus da China, este do macaco, causa a 1ª morte. Corremos perigo?

Imagem de A controversa origem da vacina da varíola no megacurioso

Até hoje é um mistério como o imunizante conseguiu ser tão eficaz contra a doença

&Eacute; improv&aacute;vel pensar que a era da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119345-por-que-algumas-pessoas-sentem-dores-no-braco-apos-se-vacinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a>surgiria devido a uma vaca, mas foi a maneira que o m&eacute;dico ingl&ecirc;s Edward Jenner encontrou em 1796, quando milhares de pessoas pelo mundo morriam &agrave; sombra da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112069-virus-da-variola-deve-ser-mantido-para-estudo-ou-destruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">var&iacute;ola</a>.
Ele percebeu que havia algo de estranho na leiteira Sarah Nelmes, que n&atilde;o apresentava nenhum tra&ccedil;o da doen&ccedil;a, exceto por suas m&atilde;os enquanto ordenhava sua vaca chamada Blossom.&nbsp;
As pessoas chamaram aqueles verg&otilde;es nas m&atilde;os de Sarah de "var&iacute;ola bovina".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/20/20195537325371.jpg" alt="(Fonte: TimeToast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TimeToast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ent&atilde;o Jenner decidiu coletar uma pequena amostra do pus das m&atilde;os de Sarah e injet&aacute;-la no bra&ccedil;o de um garoto chamado James Phipps. Para espanto do m&eacute;dico, o garoto permaneceu extremamente saud&aacute;vel ap&oacute;s receber uma alta carga viral no organismo.
De um experimento altamente anti&eacute;tico, nascia a oportunidade de fazer as pessoas pararem de morrer de doen&ccedil;as desconhecidas, com a var&iacute;ola sendo a primeira delas. E do latim vacca,&nbsp;referindo-se ao animal, cunhou-se o termo "vacina&ccedil;&atilde;o".
<h2>Origens obscuras</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/20/20195747730373.png" alt="(Fonte: NZ Herald/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NZ Herald/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No final do s&eacute;culo XVIII, a vacina se tornou uma sensa&ccedil;&atilde;o mundial para um cen&aacute;rio que sucumbia &agrave; doen&ccedil;a desde o s&eacute;culo III a.C, com o imunizante sendo acess&iacute;vel na Europa, &Aacute;sia e nas Am&eacute;ricas. Os cientistas criaram reservas da vacina coletando pus dos animais infectados igual faziam com o poxv&iacute;rus.
Hoje, as vacinas s&atilde;o produzidas em massa de maneira meticulosa e altamente segura, sendo que muitas delas s&atilde;o vers&otilde;es enfraquecidas do v&iacute;rus ou sequ&ecirc;ncias incompletas dos pat&oacute;genos, conhecidas como v&iacute;rus inativado, apenas para colocar o sistema imunol&oacute;gico em a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Como a vacina de Jenner com uma carga viral letal foi disseminada como cura, sendo que tinha a possibilidade de matar ainda mais a popula&ccedil;&atilde;o?
Foi isso que o pesquisador Allan Watt Downie, da Universidade de Liverpool, se perguntou em 1939 enquanto estudava sobre o quanto a vacina contra a var&iacute;ola poderia ter mudado com o tempo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/20/20200303195377.jpg" alt="(Fonte: Welcome Collection/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wellcome Collection/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Comparando o conte&uacute;do viral de uma vacina contra a var&iacute;ola, conhecida at&eacute; hoje como "linhagem v&iacute;rus vacc&iacute;nia", com uma amostra de var&iacute;ola bovina isolada diretamente do gado, ele ficou surpreso ao descobrir que elas eram diferentes. Ele concluiu que era improv&aacute;vel que a vacc&iacute;nia &mdash; atual vacina contra a var&iacute;ola &mdash; descendesse da var&iacute;ola bovina.
Alguns cientistas especulam que outro v&iacute;rus chamado var&iacute;ola equina, conhecido por infectar cavalos e vacas, pode ter sido o ancestral do v&iacute;rus&nbsp;vacc&iacute;nia. Inclusive o pr&oacute;prio Jenner refletiu sobre as origens equinas de sua droga milagrosa, sugerindo que a rota mais protetora da transmiss&atilde;o da vacina poderia ser do cavalo para a vaca e para o humano.
<h2>Invi&aacute;vel e perigoso</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science With Amy&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR1tY3bAKZJ-AZjxDYA5G9Wmb8Ca2c3SKGGtCWSFIZRI5JWGhdDqC9Gruk3M8idgva0Lv3BBV2nedE&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/20/20200406960379.jpg" alt="(Fonte: Science With Amy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science With Amy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de suas origens, a vacc&iacute;nia&nbsp;estava fazendo milagres, ent&atilde;o os cientistas ignoraram esse desempenho e seguiram. Em maio de 1980, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119391-a-gripe-espanhola-deu-origem-a-organizacao-mundial-da-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de</a> (OMS) declarou oficialmente que a var&iacute;ola havia sido derrotada no mundo todo com a ajuda da vacina&ccedil;&atilde;o.
No entanto, apesar de a doen&ccedil;a estar erradicada, ainda existe a preocupa&ccedil;&atilde;o com um surto futuro, que deixaria a maioria da popula&ccedil;&atilde;o global vulner&aacute;vel a uma pandemia inesperada.
As estat&iacute;sticas apontam que de 30 a 80% das pessoas expostas ao v&iacute;rus podem ser infectadas, sendo que um ter&ccedil;o delas morreriam devido &agrave; doen&ccedil;a. Em julho de 2018, o Food and Drug Administration (FDA) aprovou o primeiro medicamento para tratar var&iacute;ola, por&eacute;m a vacina continua sendo a &uacute;nica outra ferramenta &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/20/20200548224380.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
S&oacute; existem dois laborat&oacute;rios no mundo, na R&uacute;ssia e o outro na sede do Centro de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as (CDC), que possuem amostras do v&iacute;rus da var&iacute;ola, portanto criar uma vacina nova ou melhorada &eacute; considerado invi&aacute;vel e muito perigoso. Ent&atilde;o usar um parente pr&oacute;ximo menos virulento seria a sa&iacute;da para os pesquisadores obterem resultados positivos com seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia.
Atualmente, cientistas do CDC coletam velhas vacinas contra a var&iacute;ola em museus e laborat&oacute;rios pelo mundo para analisar as sequ&ecirc;ncias gen&eacute;ticas contidas nelas e poder rastrear a ancestralidade da vacina.

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A controversa origem da vacina da varíola

Imagem de Por que algumas pessoas sentem dores no braço após se vacinar? no megacurioso

Uma das reações apontadas após a vacina contra a covid-19 é a dor no braço. Entenda os motivos.

<head></head><body>Com o avanço da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118728-covid-19-posso-ingerir-bebidas-alcoolicas-depois-de-tomar-a-vacina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinação</a> contra covid-19 em todo o país, muitas pessoas começaram a indicar dores no braço no local da vacina. Para a maioria, a agulhada é quase insignificante, mas alguns têm relatado dor e até erupções cutâneas no local da aplicação.&nbsp;Sendo assim, a reação local está entre as reações mais frequentes no uso dos imunizantes contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114834-coronavirus-ataca-tambem-vasos-sanguineos-e-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid,</a> mas os especialistas reforçam que isso não traz nenhum risco à saúde ou demérito à vacina.&nbsp;Mas, afinal, qual o motivo da dor? É uma reação à substância ou a agulha é a culpada? Entenda melhor!<h2 style="text-align: justify;">A explicação dos especialistas</h2>As injeções intramusculares, como é o caso das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118709-conheca-a-nova-geracao-de-vacinas-contra-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> disponíveis hoje, podem causar dor local tanto pela agulha quanto pela substância. No primeiro caso, como a agulha precisa atingir o músculo, o seu calibre precisa ser mais grosso e pode ocasionar a dor. É o mesmo que ocorre quando cortamos o pé ou a mão com algum objeto pontudo, podendo haver uma inflamação no local.&nbsp;No segundo caso, o líquido injetado também pode apresentar reação local. A reação conhecida como resposta imunitária inata envolve uma série de células que chegam ao local e produzem proteínas, como citocinas, quimiocinas e prostaglandinas, que desencadeiam vários processos físicos. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/13/13120246302215.jpg" alt="As citocinas dilatam os vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo, provocando inchaço e vermelhidão. Este processo também pode irritar os nervos, causando dor. (Fonte: Pixabay/Reprodução)">As citocinas dilatam os vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo, provocando inchaço e vermelhidão. Este processo também pode irritar os nervos, causando dor. (Fonte: Pixabay/Reprodução)Os médicos também dizem que os componentes da vacina podem influenciar a dor, mas isso é comum e não deve ser encarado como um problema. De acordo com os médicos, as reações podem ocorrer nas duas doses, mas a não ser que haja uma reação grave, é importante tomar a primeira e a segunda dose. Para aqueles que sentiram dor depois da vacinação, o recomendado é uma compressa de gelo no local.<h2 style="text-align: justify;">Por que cada pessoa tem um tipo de reação?</h2>Segundo o infectologista Munir Ayub, as vacinas são feitas para estimular a produção de anticorpos imunizantes. Dessa forma, dependendo de cada organismo, esse processo pode resultar em reações.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/13/13120931609218.jpg" alt="Por causa do histórico de saúde ou genético, há indivíduos mais reatogênicos, que têm mais possibilidade de ter reações. (Fonte: Freepik/Reprodução)">Por causa do histórico de saúde ou genético, há indivíduos mais reatogênicos, que têm mais possibilidade de ter reações. (Fonte: Freepik/Reprodução)De maneira geral, as reações das vacinas duram de um a dois dias e perto do benefício que elas trazem isso é quase insignificante. Vale ressaltar que não são apenas as vacinas da covid-19 que causam reações. Isso não é algo anormal ou que sinalize que as vacinas não são seguras. &nbsp;</body>

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Por que algumas pessoas sentem dores no braço após se vacinar?

Imagem de Em 1899, foi criado um Centro de Desinfecção de pessoas em Londres no megacurioso

A instalação, que visava minimizar surtos de doenças em Hackney, tornou-se um modelo para o governo

Bem no in&iacute;cio do s&eacute;culo XIX, em Londres, contrair alguma doen&ccedil;a poderia ser uma experi&ecirc;ncia extremamente invasiva e mortal, porque as pessoas, com frequ&ecirc;ncia, n&atilde;o conseguiam ser submetidas a tratamentos eficazes. Desse modo, para evitar a prolifera&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as, o munic&iacute;pio tinha o direito legal de entrar na casa de uma pessoa infectada e desinfet&aacute;-la de cima a baixo, desde a mob&iacute;lia at&eacute; as roupas.&nbsp;
Nesse sentido, a Esta&ccedil;&atilde;o de Desinfec&ccedil;&atilde;o de Hackney foi criada em 1899 como uma forma de manter a popula&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel e protegida das doen&ccedil;as que assolavam o bairro, como var&iacute;ola, difteria, escarlatina, sarampo e tosse convulsa.
S&oacute; em 1899, cerca de 116 moradores de Hackney morreram de sarampo, 47 crian&ccedil;as sucumbiram &agrave; coqueluche e mais 252 perderam suas vidas para a difteria. O &iacute;ndice de mortalidade infantil da &eacute;poca era de 165 para cada mil nascidos vivos.
<h2>A m&aacute;quina de limpeza</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;My Droll&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs-prod.si-cdn.com/3c8vFi2MPaSrIOORv3KZzoAG7Kg=/fit-in/1600x0/https://public-media.si-cdn.com/filer/21/22/2122c946-450e-4e81-bf2b-808af1baf854/h-pd-5-1-2_b.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06204730270425.jpg" alt="(Fonte: My Droll/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: My Droll/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1892, quando um comit&ecirc; sanit&aacute;rio municipal alegou que a esta&ccedil;&atilde;o de desinfec&ccedil;&atilde;o de Hackney era "ineficiente para as exig&ecirc;ncias do distrito" devido ao seu tamanho inicial modesto, John King Warry, m&eacute;dico oficial de sa&uacute;de de Hackney, apressou-se e fez uma campanha para a cria&ccedil;&atilde;o de uma esta&ccedil;&atilde;o de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o &mdash; que incluiria at&eacute; acomoda&ccedil;&otilde;es para as pessoas durante as inspe&ccedil;&otilde;es.
Amparado por uma nova legisla&ccedil;&atilde;o nacional que permitia &agrave; sua equipe gastar o que quisesse para limpar pessoas e resid&ecirc;ncias "infestadas de vermes", Warry construiu um complexo de tr&ecirc;s edif&iacute;cios que custou cerca de 1,25 milh&otilde;es de euros, com direito a caldeiras, lavanderias, galp&otilde;es, bem como salas de passar e secar.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Breakin News&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs-prod.si-cdn.com/kfmIkZTJGnK6JcBY6uem3JFosb0=/fit-in/1072x0/https://public-media.si-cdn.com/filer/20/0b/200b3c32-b484-426e-8e0a-c0e3f51a4924/p9446.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06204836131426.jpg" alt="(Fonte: Breakin News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Breakin News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As pessoas infectadas e seus pertences entravam por um lado da esta&ccedil;&atilde;o, passavam pelo processo de desinfec&ccedil;&atilde;o a vapor e sa&iacute;am pelo outro lado. Muitas recebiam intensos banhos de enxofre para tratar sarna e outras doen&ccedil;as.
&ldquo;Muitas autoridades de sa&uacute;de, al&eacute;m de terem hospitais de isolamento, expressaram o desejo de construir essas esta&ccedil;&otilde;es de desinfec&ccedil;&atilde;o para erradicar germes, bact&eacute;rias e outros tipos de agente contagioso&rdquo;, disse Graham Mooney, historiador de Medicina na Universidade Johns Hopkins.
<h2>O &uacute;ltimo uso</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Smithsonian&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs-prod.si-cdn.com/hG-8FcU2SEUM596vcqs-wIAFqCU=/fit-in/1072x0/https://public-media.si-cdn.com/filer/2e/d8/2ed84312-63d9-4cc8-8a45-9081182ca1ab/p9448_1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06204934085427.jpg" alt="(Fonte: The Smithsonian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Smithsonian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1902, ap&oacute;s um ano inteiro de opera&ccedil;&atilde;o, a esta&ccedil;&atilde;o de Hackney havia fumigado 2.838 quartos, dos quais 1.009 tiveram as paredes lavadas com uma solu&ccedil;&atilde;o carb&oacute;lica. No mesmo ano, segundo o relat&oacute;rio anual do Departamento de Sa&uacute;de de Hackney, mais de 24.226 m&oacute;veis, roupas de cama e vestes foram desinfetados na esta&ccedil;&atilde;o.
A partir da d&eacute;cada de 1930, com o surgimento de vacinas e antibi&oacute;ticos que combatiam de maneira eficaz as doen&ccedil;as infecciosas, o complexo passou a abrigar moradores sem-teto para a limpeza das favelas.
Trinta anos mais tarde, a esta&ccedil;&atilde;o foi destinada &agrave; desinfec&ccedil;&atilde;o de livros, para prevenir surtos de doen&ccedil;as entre as fam&iacute;lias, e tamb&eacute;m de roupas usadas antes de serem exportadas para outros pa&iacute;ses.
O centro de desinfec&ccedil;&atilde;o de Hackney foi desativado definitivamente em meados de 1984.

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Em 1899, foi criado um Centro de Desinfecção de pessoas em Londres

Imagem de 5 mitos sobre a gripe espanhola no megacurioso

Você sabia que a mortal doença nem sequer nasceu na Espanha?

O que mata mais durante uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118178-quais-sao-as-diferencas-entre-pandemia-epidemia-e-surto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> al&eacute;m do v&iacute;rus em si? A desinforma&ccedil;&atilde;o.
A pandemia causada pelo novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/117263-enfermeira-administra-sozinha-clinica-contra-o-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronav&iacute;rus</a> mostrou para o s&eacute;culo XXI tudo o que uma pessoa deve ou n&atilde;o fazer para conseguir sobreviver a uma doen&ccedil;a mortal que n&atilde;o mostra miseric&oacute;rdia a ningu&eacute;m.
Em um dos momentos de maior polariza&ccedil;&atilde;o no espectro pol&iacute;tico mundial, a covid-19 ser&aacute; lembrada como a pandemia de gripe de 1918, mais conhecida como gripe espanhola pelo mundo, por causa da quantidade de informa&ccedil;&otilde;es cruzadas que existiram e que ajudou a fomentar o medo nos cidad&atilde;os, assim atrapalhando m&eacute;dicos e cientistas na corrida por uma vacina.
<h2>1. A gripe nasceu na Espanha?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03150025999009.jpg" alt="(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar do nome, a gripe espanhola n&atilde;o nasceu na Espanha, e s&oacute; ganhou esse nome devido &agrave; neutralidade do pa&iacute;s durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>. Existem pesquisas comprovando que a doen&ccedil;a j&aacute; vinha ganhando for&ccedil;a no Reino Unido, Estados Unidos, Fran&ccedil;a, Alemanha e &Aacute;ustria, que eram os principais pa&iacute;ses envolvidos no conflito, e onde qualquer informa&ccedil;&atilde;o que pudesse torn&aacute;-los vulner&aacute;veis significava problema, ent&atilde;o a extens&atilde;o da gripe foi suprimida neles.
A Espanha, no entanto, n&atilde;o se preocupou em expor a doen&ccedil;a assim que ela chegou, criando no mundo a falsa impress&atilde;o de que era respons&aacute;vel por dissemin&aacute;-la. Atualmente, acredita-se que a gripe espanhola tenha surgido no leste asi&aacute;tico, na Europa ou no Kansas.
<h2>2. A gripe era fruto de um "superv&iacute;rus"</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/80cc28f99e794d7a49769f2ea8a95c72b0a3c5e6/1_324_2986_1792/master/2986.jpg?width=465&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=4cb0954cfc6010324198c58e76a7befb"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03150113233010.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Respons&aacute;vel pela morte de 100 milh&otilde;es de pessoas, representando 5% da popula&ccedil;&atilde;o mundial, e meio bilh&atilde;o de infectados, a pandemia de 1918 alimentou a ideia de que a cepa da gripe era fruto de uma esp&eacute;cie de "superv&iacute;rus".
Contudo, o pr&oacute;prio v&iacute;rus n&atilde;o era muito diferente daqueles que causaram epidemias em anos anteriores, apesar de indicar um grau de letalidade bem maior. O que potencializou a alta taxa de mortes (sendo 25 milh&otilde;es de pessoas mortas apenas nos 6 primeiros meses de pandemia) foi a aglomera&ccedil;&atilde;o de soldados infectados e sem saneamento b&aacute;sico nos acampamentos militares durante a guerra.
<h2>3. A primeira "onda" foi a mais letal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03150409856011.jpg" alt="(Fonte: DocPlayer/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: DocPlayer/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Muito diferente do que vivemos com o novo coronav&iacute;rus em 2020, a primeira "onda" da gripe espanhola n&atilde;o foi letal em compara&ccedil;&atilde;o &agrave; segunda, que aconteceu de outubro a dezembro de 1918. A terceira "onda", na primavera do ano seguinte, foi mais letal do que a primeira, por&eacute;m mais branda do que a segunda.
Os cientistas apontaram que o aumento das mortes na segunda "onda" foi consequ&ecirc;ncia direta do mau gerenciamento da pandemia durante a primeira. Isso porque as pessoas com sintomas mais leves costumavam ficar em casa, enquanto as acometidas pelos casos graves enchiam hospitais e acampamentos para acabar com qualquer chance de recupera&ccedil;&atilde;o dos demais, aumentando a transmissibilidade do v&iacute;rus.
<h2>4. A popula&ccedil;&atilde;o era bem informada sobre a doen&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03150643573012.jpg" alt="(Fonte: CrossCut/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CrossCut/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto grades inteiras de emissoras foram mudadas e plant&otilde;es 24 horas foram criados em 2020 para informar sobre o coronav&iacute;rus, em 1918 as autoridades subestimaram a gravidade da gripe espanhola e privou a ampla cobertura da m&iacute;dia.
Al&eacute;m disso, os pol&iacute;ticos e o Ex&eacute;rcito temiam que a divulga&ccedil;&atilde;o em massa pudesse encorajar ataques inimigos durante a guerra, al&eacute;m de alimentar uma histeria coletiva considerada "desnecess&aacute;ria". Por isso que festivais e passeatas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117540-governo-da-filadelfia-organizou-desfile-durante-a-gripe-espanhola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a da Filad&eacute;lfia</a>, aconteceram sem medo nenhum.
<h2>5. A cria&ccedil;&atilde;o da vacina acabou com a doen&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03150840290013.jpg" alt="(Fonte: NewsReap/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NewsReap/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
N&atilde;o foi a imuniza&ccedil;&atilde;o em massa praticada hoje que terminou com a pandemia naquela &eacute;poca, pois a vacina&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era uma pr&aacute;tica feita do jeito que conhecemos hoje. Contudo, foi a exposi&ccedil;&atilde;o &agrave;s cepas anteriores da gripe que ofereceram prote&ccedil;&atilde;o conforme a doen&ccedil;a foi seguindo seu curso mortal.
A muta&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida do v&iacute;rus tamb&eacute;m contribuiu para que cepas menos letais surgissem, assim como &eacute; previsto por modelos de sele&ccedil;&atilde;o natural.
Atualmente, n&oacute;s temos tudo o que o mundo n&atilde;o tinha em 1918: medicina avan&ccedil;ada, tecnologia, pesquisas, drogas e rem&eacute;dios que n&atilde;o existiam no s&eacute;culo passado &ndash; al&eacute;m de toda uma hist&oacute;ria no retrovisor da humanidade sobre o que devemos ou n&atilde;o fazer. Ainda assim, n&atilde;o estamos imunes a nenhum tipo de caos, como 2020 demonstrou muito bem.

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5 mitos sobre a gripe espanhola

Imagem de Peste Antonina: uma das causas da queda do Império Romano no megacurioso

A doença teria facilitado a invasão dos bárbaros

De acordo com o&nbsp;m&eacute;dico grego Cl&aacute;udio Galeno, fil&oacute;sofo e autor de Methodus Medendi, os sintomas comuns da peste antonina eram diarreia, v&ocirc;mito, sede, garganta inchada, tosse seca, febre intensa e erup&ccedil;&otilde;es cut&acirc;neas vermelhas e pretas. No entanto, ele observou que as fezes eram enegrecidas, parecendo podres, e apresentavam sangramento gastrointestinal. Al&eacute;m disso, a tosse seca era acompanhada de um odor p&uacute;trido.
Desse modo, foi observado que os infectados sofriam com a doen&ccedil;a por cerca de 2 semanas, mas nem todos os que contra&iacute;ram morreram, com muitos desenvolvendo imunidade contra novos surtos. A enfermidade, tamb&eacute;m chamada de "peste de galeno", surgiu na China em 166 d.C. e "viajou" por meio de navios mercantes com destino a Roma, atingindo com muita for&ccedil;a o imp&eacute;rio de Marco Aur&eacute;lio Antonino antes de se espalhar pelo Mediterr&acirc;neo.
<h2>Como come&ccedil;ou?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03145126189005.jpg" alt="(Fonte: World History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: World History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Eacute; prov&aacute;vel que os militares romanos entraram em contato com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113392-eyam-o-vilarejo-da-peste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peste</a> durante o cerco de Sel&ecirc;ucia (uma importante cidade &agrave;s margens do rio Tigre), e as tropas que voltaram das guerras que aconteciam no leste espalharam a doen&ccedil;a para o norte, a G&aacute;lia e entre os soldados ao longo do rio Reno.
Devido &agrave; primeira "onda" da doen&ccedil;a, que durou at&eacute; 180 d.C., surgiram v&aacute;rias lendas sobre a origem da peste antonina. Uma vez que abalou os romanos definitivamente, uma delas sugeria que o general romano L&uacute;cio Vero teria aberto uma tumba em Sel&ecirc;ucia durante um saque na cidade, liberando a doen&ccedil;a. A epidemia ent&atilde;o seria uma puni&ccedil;&atilde;o dos deuses pelos romanos terem violado o juramento divino de n&atilde;o roubar a regi&atilde;o.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Active News&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRWAKbThM35zQ0fyXGi-CGfRqzJRgcSmOJY8bBlSMiC-PclmdfXQ2B-0-bI-H0XBn1FXlru0KmQ7MU&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03145308736006.jpg" alt="(Fonte: Active News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Active News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As demais hist&oacute;rias envolvem templos babil&ocirc;nicos com pragas milenares e sacril&eacute;gios feitos em santu&aacute;rios de deuses, at&eacute; atribuindo a culpa aos crist&atilde;os. Como &eacute; de se esperar, nenhuma delas eram reais.
No entanto, o que de fato foi real era a sua letalidade. Apesar de muitas discuss&otilde;es envolvendo os efeitos e as consequ&ecirc;ncias da epidemia no Imp&eacute;rio Romano, na &eacute;poca o historiador Dio Cassius estimou que cerca de 2 mil pessoas morriam por dia em Roma no auge do surto.
<h2>Como terminou?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03145439751007.jpg" alt="(Fonte: Blog for Arizona/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Blog for Arizona/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na segunda "onda", estima-se que a taxa de mortalidade alcan&ccedil;ou mais de 5 mil por dia. Ao todo, foi sugerido que um quarto de toda a popula&ccedil;&atilde;o morreu, representando de 60 a 70 milh&otilde;es em todo o imp&eacute;rio.
Assim, foi reduzido o n&uacute;mero de contribuintes fiscais, soldados nos batalh&otilde;es, candidatos a cargos p&uacute;blicos e fazendeiros, al&eacute;m de destruir tamb&eacute;m todo o setor agr&iacute;cola. Tudo isso aconteceu bem na &eacute;poca em que as despesas aumentaram para manter as for&ccedil;as militares necess&aacute;rias &agrave; seguran&ccedil;a do imp&eacute;rio contra as invas&otilde;es b&aacute;rbaras.
Em seu livro Escassez de M&atilde;o de Obra e a Queda do Imp&eacute;rio Romano, o pesquisador Arthur E. R. Boak afirmou que a peste antonina contribuiu para o fim do Imp&eacute;rio Romano, diferente do que disse o historiador Edward Gibbon em A Hist&oacute;ria do Decl&iacute;nio e Queda do Imp&eacute;rio Romano.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/03/03145702501008.jpg" alt="(Fonte: Short History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Short History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Boak argumentou que, a partir do momento que os militares tiveram de alistar mais camponeses e funcion&aacute;rios locais em suas tropas, isso diminuiu drasticamente a produ&ccedil;&atilde;o de alimentos e a falta de suporte nas quest&otilde;es administrativas das vilas e cidades, enfraquecendo o imp&eacute;rio como um todo.
A peste acabou s&oacute; em 190 d.C. e, analisando as descri&ccedil;&otilde;es de causas e sintomas da doen&ccedil;a feitas por Galeno, alguns cientistas modernos chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que a peste antonina poderia ser a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112069-virus-da-variola-deve-ser-mantido-para-estudo-ou-destruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">var&iacute;ola</a>, que foi respons&aacute;vel pela morte de 300 milh&otilde;es de pessoas no mundo todo durante o s&eacute;culo XX.

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Peste antonina: uma das causas da queda do Império Romano

Imagem de Febre amarela: doença devastou Nova York em 1795 no megacurioso

Os cidadãos e médicos tiveram que lidar com a doença no escuro, enquanto enfrentavam a inércia do governo

<head></head><body>Em 1793, o mosquito <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116178-dengue-pode-gerar-imunidade-contra-a-covid-19-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aedes aegypti</a>, vetor da febre amarela, matou cerca de 10% da população da Filadélfia, nos Estados Unidos, provocando uma enorme "onda" de pânico entre os cidadãos.Quando todo mundo pensou que o surto havia acabado, dois anos depois a epidemia retomou ainda mais forte, dessa vez em Nova York. Em uma época em que ninguém sabia como a doença era transmitida, milhares de pessoas se trancaram em casa e acabaram morrendo sozinhas ou entre seus familiares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02075010803000.png" alt="(Fonte: Emerging Revolutionary War Era/Reprodução)">(Fonte: Emerging Revolutionary War Era/Reprodução)Quem se arriscava em sair de casa colocava um lenço embebido em vinagre para filtrar o ar, cobrindo o nariz e a boca, na esperança de que assim pudessem evitar em respirar o vírus no ar. Os mais desesperados acabaram recorrendo a regimes milagrosos e drogas que prometiam minimizar a piora da doença, mas que, em muitos casos, só a piorou.No quadro brando da infecção, a pessoa experimentava febre moderada e dor de cabeça, mas nos casos graves – que acometia por volta de 25% dos infectados –, os pacientes sofriam com febre altíssima, hemorragias, sangramento de nariz, olhos e ouvidos. Alguns chegavam a vomitar sangue enegrecido e desenvolviam icterícia que dava nome a doença ao conferir um tom amarelado aos olhos e a pele.<h2>Correndo no escuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02075318130001.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodução)">(Fonte: NPR/Reprodução)No início do século XIX, as autoridades médicas dos Estados Unidos e da Inglaterra suspeitavam que a febre amarela fosse disseminada através de vapores pestilentos emitidos por lixo em decomposição.O governo da cidade de Nova York abriu o Hospital Bellevue em uma tentativa de isolar os infectados para uma possível melhora no controle da doença. Eles ainda não tinham ideia de que a única solução seria a vacina, que só chegaria em 1937. Ainda assim, até hoje a doença mata até 30 mil pessoas por ano, principalmente na África.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02075523395002.jpg" alt="(Fonte: Public Books/Reprodução)">(Fonte: Public Books/Reprodução)Só no outono de 1795, mais de 700 nova-iorquinos morreram antes que o frio matasse os mosquitos e cessasse com a epidemia. Para evitar um novo surto, os comissários de saúde montaram várias zonas de quarentena cuidadosa.Quando choveu por três dias seguidos na Nova York de 1798, as autoridades municipais esperavam que a água "limpasse" as ruas e "purificasse" o ar. Contudo, a tempestade trouxe uma "onda" de calor enorme, e a água acumulada de dias formaram criadouros perfeitos para os mosquitos da febre amarela.<h2>A inércia do governo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02075655582003.jpg" alt="(Fonte: Welcome Collection/Reprodução)">(Fonte: Welcome Collection/Reprodução)A doença voltou com força e ceifou a vida de mais de 3.500 pessoas rapidamente, forçando a reabertura do Hospital Bellevue para o público.Em 1802, a febre tornou a apavorar a população, e foi John Pintard quem começou a coletar as estatísticas de mortalidade. Dois anos depois, ele foi nomeado o primeiro Inspetor de Saúde da cidade, tornando documento oficial seus registros sobre a doença.O Conselho de Saúde pouco fez para determinar ou combater a doença de maneira eficaz, ainda que não soubesse de onde vinha. O órgão ficou inativado até 1832, até que o governo o financiasse propriamente.As grandes epidemias de febre amarela em Nova York também foram o resultado da relutância em divulgar os casos por medo do quanto afetaria a economia. A consequência veio através de pilhas de cadáveres.</body>

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