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28/07/2017 às 09:55•2 min de leitura
No livro de James Jones publicado em 1962, existe todo um capítulo mostrando como o cabo Fife (vivido no cinema por Adrien Brody) seduz o soldado Bead (Nick Stahl) durante uma noite chuvosa dentro da barraca – basta dizer que esta foi "bem" armada. A adaptação cinematográfica de 1998, entretanto, corta toda essa sequência e não existe nenhuma menção sobre a sexualidade desses personagens.
Mel Gibson estreou na direção em 1993 adaptando um livro de Isabelle Holland lançado 21 anos antes. Gibson também interpretou o personagem principal da produção, que era originalmente gay, mas se tornou hétero nos cinemas.
Além de mudar características físicas da personagem, que no livro era morena e passou a ser loira no cinema, o terceiro filme do 007 também alterou a sexualidade de Pussy Galore! “Goldfinger”, sétimo livro sobre o agente secreto escrito por Ian Fleming, trazia uma bondgirl lésbica que era agarrada à força por James Bond – essa cena, entretanto, apareceu no longa-metragem.
O longa-metragem de Billy Wilder arrebatou a crítica em 1945, ganhando os Oscars de melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Ray Milland) e melhor roteiro. Trata-se da história de Don Birnam, um fracassado escritor que se torna alcoólatra. No livro de Charles Jackson, lançado um ano antes do filme, o personagem também se tortura por memórias homoafetivas de sua adolescência, algo que ficou de fora nos cinemas.
No livro de Truman Capote, a personagem Holly Golightly, interpretada no cinema por Audrey Hepburn, se refere Paul Varjak como uma “maude”, uma gíria norte-americana da época que se referia a um prostituto homossexual. Isso mudou totalmente nas telonas, com Varjak sendo interpretado por George Peppard e virando o mocinho da história.
No livro de Fannie Flagg, de 1987, a relação de Ruth e Idge, vividas no cinema por Mary-Louise Parker e Mary Stuart Masterson, respectivamente, era muito mais definida e lésbica. Esse envolvimento ficou extremamente superficial no longa-metragem de 1991, inclusive com Ruth sofrendo a perda de um grande amor masculino e apanhando em um casamento abusivo.
No filme de 1985, Celie (Whoopi Goldberg) e Shug (Margaret Avery) trocam um beijinho, em algo que foi defendido por Whoopi, na época, como algo puramente fraternal e cheio de ternura, mas com nenhuma conotação lésbica. Entretanto, no livro de Alice Walker, lançado em 1982, as duas personagens vão muito além de trocaram só um beijo.