Ciência
18/09/2019 às 08:00•1 min de leitura
João Stanganelli Junior é o tipo de avô que você certamente gostaria de encontrar em uma tarde de domingo. O senhor de 64 anos, portador da condição de pele nomeada vitiligo, aprendeu a arte do crochê com sua esposa para ter um novo hobby e então decidiu costurar uma boneca que o representasse para presentear sua neta.
Embora no começo os seus dedos doessem e a ideia fosse apenas fazer as bonecas como um hobby, João ficou satisfeito com o resultado e decidiu criar mais alguns modelos e divulgar para que crianças nestas condições também se sentissem representadas.
O sucesso foi tanto que a filha da autora Tati Santos de Oliveira, Maria Luiza, que apresentou os primeiros sinais de alteração na pele aos três anos, conheceu João e ganhou a sua própria boneca. Feliz com o resultado, ele decidiu ampliar a sua "coleção" criando também brinquedos com alopecia areata, psoríase, dermatite atópica, entre outros. Segundo João, sua nova atividade favorita visa suavizar uma situação que atinge em média 2% da população, e embora não cause danos mais sérios à saúde, ainda pode afetar o psicológico dos portadores, principalmente quando se trata de crianças.
"As manchas que tenho são lindas, o que mais machuca são as manchas no caráter das pessoas”, comenta.