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A China Imperial e seus misteriosos soldados milenares de argila

21/10/2019 às 12:003 min de leitura

Qin Shi Huang passou a ser reconhecido como Primeiro Imperador ao unificar a China.
Durante seus anos no trono, ele conseguiu transformar o império de uma forma que ninguém antes havia conseguido. Qin fez todo o seu território passar a usar a mesma moeda, utilizar as mesmas unidades de medida e começou a construir a primeira versão da Muralha da China. Por isso, não é de se admirar que ele tenha um papel muito importante na história do país.

O memorial

(Fonte: USA Today/Feng Li)

Para relembrar os seus feitos como imperador e ter uma pós-vida tão grandiosa quanto era a sua vida na Terra, ele decidiu começar uma obra que duraria mais de 30 anos. Milhares de famílias foram deslocadas de todas as partes da China para que os melhores profissionais pudessem trabalhar na necrópole idealizada por Qin Shi Huang.

Estima-se que mais de 700 mil artesãos tenham trabalhado na construção de toda a estrutura e de tudo o que havia dentro dela. O que incluía maquetes de diversas regiões e arquiteturas chinesa, incluindo rios feitos de mercúrio para que a água nunca evaporasse.

A descoberta

(Fonte: WVXU/Tana Weingartner)

Durante os anos 1970, agricultores cavavam um poço nas proximidades do Monte Li, em Xiam. Durante a escavação, se depararam com um guerreiro moldado em terracota em tamanho natural. Devido a pequenos artefatos encontrados no passado, arqueólogos já desconfiavam que a tumba do imperador poderia estar localizada nas proximidades daquela área. Quando foram chamados para inspecionar o achado eles tiveram a certeza de que tinham algo único nas mãos.

Um grande marco para a história da China

(Fonte: Musings of Ms X.)

Durante as escavações, eles logo descobriram que cada guerreiro de argila é único. Embora os pesquisadores tenham descoberto que existe um número limitado de moldes de cabeça, elas eram aparentemente finalizadas à mão. Portanto, as sobrancelhas, cabelos e expressões de cada guerreiro nunca são exatamente iguais. Além disso, existiam modelos diversos de corpos, braços e pernas, tornando a montagem de cada guerreiro muito variada.

Muitas estátuas também carregavam armas reais que mesmo encontradas dois milênios depois, estavam afiadas devido a um líquido usado para a preservação das lâminas.

Além dos soldados de patentes diversas, foram encontrados cavalos de terracota e também certa variação de materiais em outros objetos, como carruagens de bronze com detalhes em ouro e prata, contando inclusive com um cocheiro.

Mais recentemente, com o avanço das escavações e se aproximando mais do túmulo do Imperador, outras esculturas esculpidas a mão foram localizadas. Entre elas, foram identificadas estátuas de civis, equilibristas e músicos. Estima-se que ainda há muita coisa a ser descoberta, já que grande parte da necrópole ainda continua sob a terra.

Uma das teorias mais aceitas até aqui é a de que as estátuas de terracota foram criadas para diminuir o sacrifício humano, algo muito comum em funerais de grandes líderes da época. Os principais soldados do Imperador eram, geralmente, sacrificados para continuar o seu serviço. Embora haja indícios de sacrifício humano no caso de Xiam, a maior parte do exército ainda era constituída por guerreiros de argila.

A maioria dos guerreiros de Xiam nunca saiu da necrópole na China, mas algumas das peças viajam o mundo e já estiveram inclusive no Brasil. Em 2003, guerreiros, cavalos e uma das carruagens estiveram expostos na Oca do Parque do Ibirapuera por um curto período.

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