Esportes
15/09/2020 às 10:00•2 min de leitura
Um protesto do coletivo internacional de arte Indecline utilizou uma réplica da cabeça do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, como bola de futebol em um vídeo publicado nesta segunda-feira (14) no Instagram. A publicação recebeu uma enxurrada de críticas que acusaram o grupo de “fazer apologia ao crime” e "promover discurso de ódio”.
Réplica da cabeça do presidente brasileiro foi criada pelo artista espanhol Eugenio Merino. (Fonte: Indecline/Reprodução)
A ação faz parte do projeto Freedom Kick ("chute de liberdade", em tradução livre), que, além de Bolsonaro, fez outras versões de bolas com as cabeças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin. Os líderes transformados em artigo esportivo foram chamados de “três dos maiores tiranos que o mundo já viu”.
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O texto em inglês, que acompanha o vídeo no Instagram, faz um ataque direto e agressivo ao presidente brasileiro. A publicação relembra a história de ditaduras na América Latina para afirmar que “Jair Bolsonaro é conhecido por seus discursos masturbatórios que esboçam seus sonhos molhados de restabelecer essa política”.
“Ele se ofende com a homossexualidade, feminismo e socialismo, mas fica muito excitado com cada fantasia de violência contra seus oponentes políticos. Mas esses oponentes não são tão rígidos e trazem alegria e movimento à sua resistência, que fez de brasileiros como o Pelé um ícone em todo o mundo”, afirmou o grupo.
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), no Twitter, disse que o coletivo “incentiva o ódio e a violência”. O deputado é policial militar licenciado e ficou conhecido por rasgar placas de ruas simbólicas em referência à vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em 2018. Imagens alusivas à vereadora aparecem no início do vídeo.
O perfil da empresa Gorila Company, empresa que seria responsável por produzir a réplica da cabeça, foi denunciado diversas vezes. Uma postagem com a cabeça do presidente em uma caixa de papelão foi retirada do ar e diversas contas de pessoas relacionadas à empresa se tornaram privadas.