Ciência
06/12/2020 às 04:00•2 min de leitura
A Idade Média começou com a queda do Império Romano e durou aproximadamente mil anos, acabando com o início da Renascença. Durante este período, os métodos de execução e tortura eram horripilantemente criativos, esmagando pessoas com elefantes ou fervendo um criminoso vivo, tudo como uma forma de causar temor na população e evitar crimes. Infelizmente, a tentativa não foi bem-sucedida, pois muitos continuavam a descumprir as leis e sofrer as graves consequências.
Confira a seguir dois métodos de execução medievais incrivelmente violentos e assustadores:
Utilizar um paquiderme para acabar com a vida de alguém não parece só cruel, mas quase horrível demais para ser verdade. Porém, esta era uma punição muito comum no sudeste da Ásia durante a época medieval, sendo conhecida como gunga rao na Índia, e aplicada em soldados inimigos ou civis que cometiam crimes como evasão fiscal ou roubo.
Os elefantes normalmente são animais dóceis que não estão acostumados a matar seres humanos, mas os carrascos medievais provaram que eles não só podem ser treinados para isso como também para serem excelentes torturadores.
Por exemplo, antes de dar o golpe fatal pressionando seu pé contra a cabeça ou abdômen da vítima, esses animais podiam quebrar membros do indivíduo antes, para só então matá-lo.
Além disso, um sultanato de Deli transformou o castigo em um grande espetáculo sangrento, adestrando as criaturas para cortar os prisioneiros com lâminas pontiagudas que eram acopladas em suas presas.
O mais peculiar é que esta forma de execução era bem popular no Sri Lanka, Tailândia, Camboja e Vietnã, passando a ser utilizada no mundo ocidental, e só foi abandonada por completo durante o século 19.
Os vikings, guerreiros nórdicos da era medieval, são muito famosos por suas pilhagens, negócios e colônias pela região europeia, mas um de seus métodos de execução também merece o devido reconhecimento pelo tamanho da brutalidade: a águia de sangue.
Com mãos e pernas amarrados para evitar que a vítima se movesse, e então ela era esfaqueada pelo carrasco do cóccix até às costelas, que eram então separadas cuidadosamente da espinha dorsal com um machado. Com os órgãos internos expostos, sal era esfregado na ferida para manter o criminoso acordado, e finalmente seus pulmões eram puxados para fora, formando duas “asas” sangrentas.
Esta punição foi descrita como uma forma de ritual e vingança, homenageando o deus Odin e garantindo a aqueles que foram considerados desonrosos o máximo de dor possível. Aparentemente, o primeiro a ser executado deste modo foi o rei da Nortúmbria, Aella, que teria matado Ragnar Lothbrok, ao jogá-lo em uma cova de cobras.
Devido a isso, os filhos do líder viking invadiram o reino em 865 d.C., garantindo que o soberano sofresse este final mais do que amargo cerca de dois anos depois.
Por ter sido mencionada apenas em duas escrituras, a Saga Orkneyinga e Heimskringla, e estar ligada com a figura quase mitológica de Ragnar, muitos estudiosos acreditam que a águia de sangue não passava de uma história, pois sua realização exigiria uma crueldade desmedida.
Porém, o historiador Alfred Smyth pensa o contrário, usando como prova para sua crença o antigo termo nórdico bloðorn, que estaria ligado com esta execução medieval e existia como um conceito significativo.
Além disso, as pinturas nas pedras Stora Hammars na Gotlândia, na Suécia, também apoiam a teoria de que a pena era real, com uma cena exibindo um homem prestes a sofrer um corte nas costas enquanto uma ave de rapina paira sombriamente sobre ele.