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22/04/2021 às 07:00•2 min de leitura
O chimarrão é uma bebida bastante característica na região sul da América do Sul, sobretudo em países como a Argentina e o Uruguai. No Brasil, a cuia e o mate se tornaram um elemento bastante associado aos gaúchos e, por que não, um símbolo do Rio Grande do Sul. Mas você sabe qual é a sua origem?
Criado pelas culturas indígenas quínchas, aimarás e guaranis, a bebida é tomada várias vezes ao dia. Embora os países de língua castelhana prefiram chamá-la de "mate", o termo "chimarrão" foi adotado pelos brasileiros e desde então foi difundido por todo o território nacional.
(Fonte: Pixabay)
De acordo com historiadores, a descoberta do chimarrão está atrelada aos Guaranis das terras do município paranaense de Guaíra, onde 3 mil indígenas ficaram famosos por adquirir vitalidade, alegria, hospitalidade e força através do consumo da infusão de uma espécie de chá com folhas fragmentadas de erva-mate.
Então, o hábito começou a se espalhar para outras tribos e também para outros países vizinhos. O processo para se fazer o chimarrão é bastante simples e envolve apenas o uso de uma cuia, uma bomba, erva-mate e água quente. Tradicionalmente, a cuia do mate precisa ser feita de porongo, os frutos das plantas dos gêneros Lagenaria e Cucurbita.
Antigamente, as bombas eram feitas de taquara (bambu), mas o material acabou sendo substituído pelo metal nos tempos modernos. A erva-mate é quem define o sabor amargo típico do chimarrão e também pode ser acompanhada da mistura de outros chás. Antes de estar pronta para o uso, a erva precisa passar pelos estágios de secagem, torragem e trituração.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Assim como conta a história da descoberta do chá mate pelos Guaranis, o chimarrão de fato possui propriedades bastantes benéficas para a saúde dos seres humanos. A bebida é rica em vitaminas B1, B2 e C, além de sais de cálcio, ferro, sódio e magnésio. Segundo os cientistas, isso torna o líquido um estimulante natural para o organismo humano, além de diminuir a fome, ajudar na digestão, combater a fraqueza e curar a ressaca.
E se engana quem pensa que a melhor parte termina por aí. Na obra A História do Chimarrão (1959), o folclorista Luiz Carlos Barbosa Lessa lista uma série de outros benefícios. Segundo ele, tomar chimarrão ajuda a despertar funções de inteligência, diminui a sensação de sede, diminui a produção de ureia e ajuda na função renal.
Só coisa boa, hein! Vai um chima por aí?