Artes/cultura
12/07/2021 às 04:00•2 min de leitura
A cidade de Burj Al Babas, na Turquia, ficou famosa por ser um dos maiores conjuntos habitacionais abandonados no mundo todo e possuir centenas de casas em formato de castelos da Disney em miniatura, entendendo-se praticamente até onde os olhos de uma pessoa podem enxergar.
Originalmente, o município foi desenvolvido para ser lar de verão para famílias muito ricas localizado em um inusitado vale na região perto da vila histórica de Mudurnu, no noroeste do país. Entretanto, Burj Al Babas acabou se tornando uma gigantesca cidade fantasma com centenas de casas não finalizadas das quais algumas já estão em processo de deterioração.
(Fonte: Internet/Reprodução)
Resumidamente, Burj Al Babas nasceu fruto de um projeto ambicioso para atrair famílias ricas para a Turquia. Porém, os altíssimos preços das propriedades e diversos problemas financeiros encontrados durante o processo de construção dos castelos em miniatura acabou levando o plano para o fracasso iminente.
O conceito do lugar foi criado pelos irmãos Yerdelen, que dirigiam a empresa de construção Sarot Property Group. Eles tinham como objetivo chamar a atenção de grandes compradores no Oriente Médio, visto que muitos deles adoravam passar as férias na Turquia por conta do clima mediterrâneo e beleza do local.
Inicialmente, cada castelo deveria ser vendido por um valor entre US$ 400 mil e US$ 500 mil cada. Antes das coisas começarem a dar tudo errado, cerca de 700 residências foram vendidas. Depois disso, os preços do petróleo despencaram e os compradores-alvo foram afetados, seguido de uma crise econômica no país que ainda não foi totalmente superada.
(Fonte: Internet/Reprodução)
Construída em uma área famosa por suas fontes termais, cada castelo em Burj Al Babas deveria ter piso aquecido e banheiras de hidromassagem em todos os níveis. Piscinas internas também eram uma opção para os compradores, que poderiam contar com um shopping luxuoso para atender as necessidades do conjunto habitacional.
As construções começaram em 2014 com a ajuda de 2,5 mil funcionários e evoluíram relativamente rápido, mas empacaram durante a crise. Em 2019, nem metade do complexo estava pronto e não houve muito progresso desde então. Atualmente, nenhum dos 530 castelos construídos até agora está sendo habitado.
Em vez disso, o lugar se tornou um ponto turístico para viajantes que adoram conhecer cidades fantasmas. Com custo de desenvolvimento do projeto avaliado em US$ 200 milhões, a construtora declarou, em 2018, que precisaria vender mais 100 residências para poder quitar todas as suas dívidas.