Ciência
26/11/2021 às 06:31•2 min de leitura
No último domingo (21), cerca de 2,3 milhões de estudantes compareceram a locais de prova em todo o país para realizar a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que consistiu na disponibilização de 45 questões de Linguagens, 45 questões de Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) e redação. A partir das 13h (horário de Brasília) de 28 de novembro, os candidatos retornam para a segunda etapa da prova para responder a 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza, encerrando mais um ciclo anual de entrada no meio acadêmico.
Pensando em ajudar os candidatos a se prepararem para a prova, selecionamos alguns tópicos do que esperar no segundo dia de exame, separados por categorias principais, dicas de professores e maiores recorrências temáticas entre 2009 e 2020, segundo o SAS Plataforma de Educação. Confira!
Na área de Matemática, questões de geometria foram as que mais apareceram, seguidas por escalas, razão, proporção e aritmética. Além de serem ilustradas por gráficos e tabelas, essas perguntas devem vir com referências a sistemas de numeração, potenciação, radiciação e estatística, exigindo organização, leitura atenta e bastante observação de todos os dados passados.
"Fique atento a gráficos, tabelas e infográficos: perceba as grandezas envolvidas nos eixos, veja as informações representadas graficamente e faça uma análise, pois isso ajuda consideravelmente", ressaltou Altair Portes de Almeida, professor de Matemática do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante. "Utilize o raciocínio lógico e até mesmo seja bastante intuitivo para tentar realizar as resoluções da prova de Matemática do Enem 2021 mais rapidamente. Não perca muito tempo nas questões; elimine algumas alternativas erradas de imediato".
O mesmo estudo revelou que a prova de Biologia conta com grandes incidências de questões sobre humanidade e ambiente, citologia, histologia e fisiologia, baseando-se em textos sobre experimentos, resultados de pesquisas e imagens de recortes para que os conceitos biológicos sejam interpretados e guiem os candidatos a compreender as devidas aplicações na área em questão.
"A leitura atenciosa das imagens e dos textos do enunciado é fundamental para que o candidato tenha um bom desempenho no exame", disse a professora Aline Marcelino, da Oficina do Estudante, que reforça a importância de estudar ciclos biogeoquímicos e questões técnicas da matéria, além de focar viroses e bacterioses devido ao contexto de pandemia.
Já a prova de Química surge com o maior equilíbrio de conteúdos. Entre 2009 e 2020, questões sobre físico-química (reações químicas), química geral, química orgânica e meio ambiente ocorreram em projeções muito similares, sendo mais comum o aparecimento de textos sobre separação de misturas e a cobrança de conhecimentos mais básicos, referentes ao aprendizado do 1º ano do Ensino Médio.
“Na prova do Enem, não é só saber o conteúdo. As informações que vêm na questão são utilizadas. Você não responde de maneira independente do texto, tem que aliar o que você já traz de conteúdo às informações que são apresentadas no texto”, explicou o professor Philippe Spitaleri, do Anglo Vestibulares, que reforça a importância de saber compreender as questões com fatos cotidianos e atuais.
O SAS também informou que as provas de Física contaram com mais de 50% das questões sobre mecânica (cinemática e análise de transformações de energia), eletricidade e energia. Ondulatória e termologia apareceram em menor escala, seguindo as tendências de contextualizar por meio de textos, gráficos, tabelas e equações, a fim de cobrar fórmulas de movimento uniforme (MU) e movimento uniformemente variado (MUV), como velocidade escalar média e potência média em situações que possam ser palpáveis e refletidas pelos candidatos.
"Para fazer uma boa prova de Física do Enem, o candidato deve ler com cautela os enunciados, anotando todos os dados, com os respectivos símbolos e unidades, com a finalidade de auxiliar na escolha de uma possível fórmula que ajude a solucionar o problema", esclareceu o professor Anderson Bigon.