Estilo de vida
25/12/2021 às 06:00•2 min de leitura
Talvez, quando líderes políticos falam que a sociedade é cristofóbica — referindo-se ao anticristianismo, e que a religião está sendo cada vez mais “massacrada” por esses movimentos políticos e filosóficos contra as políticas cristãs — eles estejam falando de como era ser cristão na época do Império Romano.
Em 27 d.C., o sofrimento humano era uma espécie de mercadoria explorada para alvoroçar e emocionar multidões em ringue de gladiadores, então o cristianismo provou ser algo improvável de se estabelecer e florescer em um mundo romano onde a sede por sangue e a crueldade eram os padrões normativos da sociedade.
Antes do cristianismo, havia uma atitude quase global de que a vida humana era barata demais, mas a tradição judaico-cristão ofereceu outra visão da humanidade, uma em que os seres humanos eram criados à imagem de Deus, valorizando a vida humana.
No entanto, esse contraste impressionante, em que cristãos representavam luz em um mundo escuro, causaram tensões inevitáveis ao serem disseminados.
(Fonte: SlidePlayer/Reprodução)
Para os cristãos que viviam no Império Romano, a perseguição aconteceu em “ondas” cruéis e bem arquitetadas. Dos 54 imperadores que governaram entre 30 d.C. e 311 d.C., 12 deles fizeram dos cristãos inimigos públicos declarados.
O imperador Nero foi um deles, responsável por usá-los como um “bode expiatório” conveniente no começo do Grande Incêndio de Roma, que aconteceu em 18 de julho de 64 d.C., para desviar a atenção de sua culpa durante o atentado. O homem crucificou, queimou vivo e até deu os cristãos de comida para animais selvagens, como parte de seu plano e ira particular.
Portanto, ser um seguidor dos desígnios de Jesus era conviver com a ideia de uma vida curta, isso porque eles poderiam ser mortos por espada, apedrejamento ou espancamento a qualquer momento do dia, em especial quando estavam pregando a palavra do cristianismo.
(Fonte: Public Square Magazine/Reprodução)
Em 192 d.C., o imperador Septímio Severo realizou o que ficou conhecido como “quinta perseguição aos cristãos”, em que muitos deles encontraram seu fim na arena de gladiadores como objetos de tortura para entretenimento dos romanos.
Em 202 d.C., Severo proibiu a conversão romana ao judaísmo e ao cristianismo, aumentando mais a violência contra esses grupos religiosos. Todos os que foram contra essa nova lei, enfrentaram punições cruéis, como decapitação, imolação, ataque de animais selvagens e banhos escaldantes diante de plateias ao vivo.