Ciência
24/12/2021 às 13:00•3 min de leitura
Atualmente conhecemos o cinema internacional não apenas pelas megaproduções, mas também pelas inúmeras polêmicas em que elenco e produtores estão constantemente envolvidos. Porém, a história das obras nas telonas já vem sendo recheada há décadas por confusões, resgatando nomes de artistas que obtiveram sucesso em suas carreiras ainda no cinema mudo e deixaram um legado repleto de histórias malucas, com muitas delas capazes de fazer muita gente duvidar sobre suas procedências.
Conheça abaixo algumas das histórias mais sinistras vividas por astros e estrelas do cinema mudo.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Fazendo inveja ao astro Tom Cruise, Ormer Locklear (1891-1920) foi um dos dublês mais marcantes da história do cinema e é considerado o inventor da técnica “wing walk” — que consiste em andar entre as asas de um avião enquanto ele está em voo. Superconfiante e detentor de uma personalidade arrogante em relação a seu talento único, o artista encontrou o fim irônico enquanto gravava o último dia de encenação para o filme The Skywayman, em 1920, quando matou seu piloto e a si próprio enquanto desafiava a física em uma manobra arriscada.
(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Criadora da tendência de descolorir o cabelo, Jean “Baby” Harlow (1911-1937), autoproclamada descendente de Edgar Allan Poe (1809-1849), foi uma das atrizes mais polêmicas do cinema mudo, estando envolvida publicamente com a máfia, com vazamento de fotos íntimas aos 17 anos de idade e em um casamento encerrado após seu marido ser declarado morto por um tiro na cabeça. Diagnosticada com doenças graves e insuficiência renal em 1937, “Baby” continuava visitando hospitais e realizando filmagens, até que morreu apenas uma semana após ser mandada para casa.
(Fonte: Vanity Fair/Reprodução)
Ator italiano tido como um dos maiores símbolos sexuais da época, Rudolph Valentino (1895-1926), também conhecido como “Amante Latino”, era um aclamado conquistador de mulheres que exibia um forte apelo heterossexual e esbanjava “masculinidade” em todas suas cenas, produções e entrevistas, chamando para brigas qualquer pessoa que questionasse sua sexualidade. Porém, após sua morte, em 23 de agosto de 1926, foi descoberto que o astro de Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse era, na verdade, homossexual e se forçava — por total pressão social — a demonstrar uma realidade totalmente distinta do que era exibido em seus filmes e vida pública.
(Fonte: Memórias Cinematográficas/Reprodução)
Superestrela da comédia nos anos 1920 e 1930, Thelma Todd (1906-1935), a “loira de sorvete”, morreu prematuramente em 1935 aos 29 anos, encontrada sem vida dentro de seu carro. Segundo autópsia e investigações, o caso, que ficou decretado como suicídio, confirmou que a jovem se autoagrediu devido ao “nível de álcool no sangue anormalmente alto”, causando “hematomas em volta da garganta e nariz”, além de duas costelas quebradas.
(Fonte: TCM/Reprodução)
Avô da atriz Drew Barrymore, John Barrymore (1882-1942) foi uma das estrelas de maior sucesso do cinema mudo, sendo elogiado por uma carreira exemplar e por interpretações marcantes. Apesar disso, o ator tinha muitas doenças degenerativas causadas por décadas de abuso de álcool, algo que culminou em sua morte aos 60 anos, em 1942. Uma das histórias mais curiosas sobre a tragédia contou com a participação do lendário diretor Raoul Walsh, que roubou o corpo do amigo do necrotério e o levou para a casa do astro Errol Flynn, com a intenção de pregar uma pegadinha macabra e revelar a morte precoce do amigo.
(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Roscoe “Fatty” Arbuckle (1887-1933), ator, roteirista e diretor de Hollywood, teve a carreira encerrada após declarações de participação em um estupro seguido de morte. Seu julgamento, que durou três sessões inteiras para ser concluído, teve como pedido uma alegação da atriz Virginia Rappe (1895-1921), que afirmou ter sido estuprada por Fatty em uma festa organizada para celebridades e foi morta três dias depois, com a constatação de uma ruptura na bexiga. Arbuckle acabou sendo inocentado, mas viu sua participação no cinema ruir, enquanto o público nunca teve certeza se o homem era um criminoso ou foi utilizado como “bode expiatório”.