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17/04/2022 às 09:00•3 min de leitura
É fato que a computação gráfica levou o cinema para lugares inimagináveis. Hoje é difícil imaginar um grande filme sem que o CGI esteja aplicado, garantindo cenas icônicas que entram para o imaginário coletivo e para a história da sétima arte.
No entanto, mesmo os filmes modernos possuem cenas que gravadas com mais nada que não a realidade. Ainda que raros, eles ajudam a imprimir beleza no que torna o cinema especial. Juntamos seis cenas de filmes que, por incrível que pareça, não foram usadas computação gráfica. Confira.
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Clássico incontestável da Sessão da Tarde, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981), de Steven Spielberg, possui ação, personagens icônicos e músicas inesquecíveis. Mas há uma cena, logo no início, em que o arqueólogo é perseguido por uma imensa bola de pedra, que embora não pareça, não foi feita usando computação gráfica.
Ela foi feita sem recorrer ao CGI, juro. Uma pedra de fibra de vidro foi rolada em direção ao ator Harrison Ford, que precisava fugir por pouco mais de 35 metros, tempo suficiente para que o diretor conseguisse a filmagem perfeita. Nas 10 vezes em que a cena foi repetida Ford não utilizou um dublê, pois o diretor acreditava que não ficaria crível o suficiente.
Em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), a cena que o bruxinho acidentalmente infla sua tia Marge é marcante para os fãs e entusiastas da saga. O surpreendente é que, de alguma maneira, a atriz Pam Ferris foi realmente inflada.
Para isso, ela estava usando uma fantasia feita de borracha inflável. A cena foi filmada seguindo um processo muito meticuloso, que envolvia esconder os fios e muitas camadas de roupas de tamanhos diferentes. Deu tão certo que a cena é famosa para todo potterhead e até mesmo para os que não são fãs da saga.
Apocalypse Now (1979) é um marco na história do cinema e na filmografia de Francis Ford Coppola. A cena de abertura é daquelas que todo cinéfilo se recorda. No entanto, o que nem todo mundo sabe, é que tudo na cena de chegada às praias do Vietnã, é real — sim, todos os apetrechos e soldados presentes na sequência não eram figurantes ou feitos por computador.
Isso foi possível porque Coppola teve ajuda de Ferdinando Marcos, o então presidente filipino, que lhe alugou centenas de peças e equipamentos militares caros, garantindo as explosões, chamas e tudo mais.
Mad Max: Estrada da Fúria (2015) é um dos filmes mais injustiçados na história recente do Oscar, mas a questão aqui é outra. Uma das cenas mais emocionantes do épico de George Miller, a que Furiosa e Max estão no deserto a bordo do caminhão de óleo enquanto um exército tenta detê-los, foi feita sem recorrer à computação gráfica.
A sequência foi filmada na Namíbia com dublês segurando nas extremidades de postes presos aos carros em movimento, balançando para frente e para trás em alta velocidade. Ao todo, a cena levou oito semanas de preparação e consumiu o trabalho de 150 dublês — e deu certo.
Primeiro de dois filmes de Christopher Nolan dessa lista, Batman: O Cavaleiro das Trevas é um dos grandes marcos de 2008. Além de redefinir o Coringa para os cinemas, o filme entregou cenas de ação incríveis.
Sabe aquela em que um caminhão simplesmente dá uma pirueta? Pois é, ela foi filmada no meio de Chicago usando um pistão posicionado de forma que atingisse a parte de baixo do caminhão, virando-o de cabeça para baixo. Para que computação gráfica quando você pode fazer tudo à moda antiga?
Dunkirk (2017), filme de guerra de Christopher Nolan, ganhou muitos elogios sobre a qualidade de suas cenas, do som e de toda cenografia criada para fazer o longa-metragem. As cenas dos combates envolvendo aviões Spitfires, por exemplo, foi feita utilizando modelos emprestados do Imperial War Museum.
Eles foram conduzidos por pilotos da Royal Air Force, sendo que cada avião fez até doze voos por dia sobre o Canal da Mancha, simulando combate e voando em formação. Ou seja, o diretor conseguiu aviões reais que filmaram em um local de combate real. Impressionante, não?