6 'cemitérios' inusitados que são feitos de lixo

14/04/2022 às 13:003 min de leitura

O crescimento da indústria em todo o mundo acaba sempre levantando uma questão fundamental: o que fazer com os resíduos da produção das indústrias mundo afora? A resposta, infelizmente, é que esse material acaba se tornando cemitérios de lixo a céu aberto. 

Apesar de alguns casos serem cômicos, há o problema ambiental gerado pelo acúmulo destes resíduos, seja pela quantidade, seja pela queima de muitos materiais, algo corriqueiro. Pensando, também, em levantar uma reflexão sobre o lixo gerado pela produção industrial, trazemos aqui 6 cemitérios mais inusitados compostos por lixo.

1. Cemitério de Roupas (Atacama, Chile)

(Fonte: Reprodução/G1)(Fonte: Reprodução/G1)

A 1.800 km de Santiago, no meio do imenso deserto do Atacama, está um cemitério dos mais curiosos. Empilhados, sapatos, camisetas, roupas íntimas, vestidos, meias e outras tantas peças de roupa criam um lixão a céu aberto de roupas usadas.

Essas roupas são abandonadas no deserto, algo em torno de 40 mil toneladas de peças importadas, descartadas nos Estados Unidos, Europa e Ásia. O cemitério de roupas fica próximo à Zona Franca de Iquique, um paraíso de compras em que estão instaladas as importadoras de roupas usadas.

Especialistas em meio ambiente alertam que ao menos 60% do que chega ao país vai parar em lixões clandestino.

2. Cemitério de Bombas da Segunda Guerra (Dique de Beaufort, Irlanda do Norte)

Entra e Irlanda do Norte e a Grã-Bretanha, uma distância de 20 quilômetros está no centro de um ambicioso plano do governo local: a criação de uma ponte ou túnel que ligue os dois lados. Parece notícia nova, mais a mais de um século se debate essa possibilidade.

Entretanto, esse recorte geográfico também é uma trincheira de guerra abandonada. Dique de Beaufort, como é conhecida a região, possui o maior cemitério de bombas dos militares britânicos conhecido, com mais de um milhão de toneladas de munições não detonadas durante a Segunda Guerra Mundial.

Por decisão do Ministério da Defesa do Reino Unido, uma imensa quantidade de armas químicas e lixo radioativo foram despejadas ali. Atualmente, é a razão para que a ponte não seja construída, já que exigiria a limpeza do dique.

3. Selva de Plástico (Malásia)

Na Malásia, um cemitério conhecido como "selva de plástico" é um tema de debate público. Isso porque o governo do país patrocinou a montagem de um negócio de reciclagem baseado na importação de resíduos plásticos de outros países.

A ideia era transformar isso em um negócio rentável a médio prazo, mas rapidamente se tornou um lixão a céu aberto, que tem causado inúmeros problemas ambientais. A importação de plástico acabou ocorrendo mais do que a sua reciclagem. Hoje, organizações sociais tentam reverter o cenário, ainda que o próprio governo defenda a política de importação.

4. Cemitério de Lixo Eletrônico (Agbogbloshie, Gana)

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Próximo à capital de Gana, um cemitério de lixo eletrônico toma conta da vista. Computadores, televisores, notebooks, placas, fios de cobre e muitos outros elementos eletrônicos estão dispostos a céu aberto, em um local considerado um dos mais poluídos do mundo.

Milhares de toneladas de lixo eletrônico migram para lá, oriundas da Europa e América do Norte, sendo um negócio lucrativo para o país, mas péssimo em termos de meio ambiente. A fumaça completa a vista, exalando uma fumaça preta tóxica pelo ar.

5. Cemitério de Carros (Geórgia, EUA)

Old Car City é o maior cemitério de carros do mundo. Localizado na Georgia, Estados Unidos, ele existe há mais de 55 anos, tendo migrado de uma loja de auto peças para um centro de descarte de automóveis.

A fama da região fez com que fosse convertido em um museu a céu aberto, onde a visitação é permitida às quartas-feiras. São 130 mil metros quadrados com mais de 4 mil carros clássicos, muitos deles desmanchados e tomados por vegetação.

6. Cemitério de Pneus (Sulaibiya, Kuwait)

Em Sulaibiya, mais de 50 milhões de pneus se espalham por quilômetros a perder de vista. Entre 1980 e 2001, como em outros casos desta lista, o governo local apostou em montar um negócio de reciclagem de pneus. Para isso, investiu na importação de pneus velhos de vários locais do mundo, principalmente dos Estados Unidos e Europa.

Acontece que a importação se tornou maior que a saída, o que criou um gigantesco cemitério de pneus, que costuma sofrer com incêndios frequentes, que causam muitos danos ambientais. Ainda por cima, são difíceis de controlar, o que faz com que se gaste muitos recursos para apagá-los.

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