Estilo de vida
04/08/2022 às 14:15•3 min de leitura
Os últimos anos foram duros para muitos países ao redor do mundo, inclusive algumas das maiores potências econômicas distribuídas por todos os continentes. Além da pandemia de covid-19, que matou milhões de pessoas e interrompeu várias atividades por período prolongado, a guerra entre Rússia e Ucrânia também deixou algumas marcas.
Logo, a expectativa é que várias nações entrem em recessão nos próximos 12 meses, visto que os bancos centrais pretendem adotar uma política monetária agressiva para combater o aumento da inflação que está surgindo. Para você ficar por dentro do assunto, nós criamos um guia com a situação econômica atual de seis das maiores potências da Terra e quais são as perspectivas para o futuro. Olha só!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nos EUA, a previsão é de que a recessão aconteça, mas seja superficial — principalmente nos cinco primeiros trimestres depois de 2022. O Produto Interno Bruto (PIB) do país deve ter queda durante esse período, com o Sistema de Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu entre as instituições que buscam adulterar a inflação recorde com aumentos de taxas.
Por conta disso, vários indicadores econômicos confiáveis estão dando sinais de alerta de que a economia dos EUA pode estar sendo prejudicada. Mesmo assim, os norte-americanos continuam com um mercado de trabalho forte e operante, sem grandes motivos para pânico no momento. Recessões têm sido comum no país ao longo do século e, mesmo assim, oportunidades continuam surgindo.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A desaceleração econômica da China está se espalhando para os principais países exportadores da Europa e do Leste Asiático, visto que a queda na demanda por produtos manufaturados foi brusca. As importações de produtos de alta tecnologia e bens mecânicos e elétricos, por exemplo, caíram cerca de 8% no mês passado, segundo dados da alfândega chinesa divulgados recentemente.
O declínio deveu-se principalmente ao impacto persistente dos bloqueios para prevenir infecções por Covid-19, que atingiram a confiança de consumidores e empresas ao redor do país. Como impulsionadora da demanda global, a crise econômica chinesa gera impactos no mundo todo e assim deve continuar até que toda a situação encontre um nível de estabilidade.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Recentemente, o presidente Banco da França e membro do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, veio a público dizer que o país europeu deve escapar da recessão em 2022 e ainda ter um crescimento econômico positivo. Entretanto, a inflação continua alta e o poder de compra dos consumidores franceses pode ser afetado.
Sendo a segunda maior economia da zona do euro atualmente, a França planeja crescimento de 2,3% do PIB neste ano, mas com queda de 1,2% em 2023. À medida que o impacto da crise diminuirá, a perspectiva das instituições francesas é que tudo volte à normalidade em 2024.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre as economias de médio porte, como Austrália e Canadá, a Coréia do Sul observou um boom recente no mercado imobiliário, que foi alimentado por dívidas. Nesses países, o risco de recessão é ainda maior que o previsto se os aumentos das taxas de juros desencadearem colapsos imobiliários e desalavancagem, acreditam os economistas.
Na visão dos especialistas, o cenário só tende a piorar caso os bancos centrais não apertarem a política monetária para reduzir a inflação agora. Isso causaria uma espiral de preços salariais imensa, a qual impactaria a população local por um tempo muito mais prolongado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em março, a economia do Reino Unido observou encolhimento de 0,1% por conta do recuo nas vendas de carros, causado por problemas na cadeia de abastecimento. Mesmo assim, o PIB da região obteve pequeno crescimento em 2022 — o que freia um pouco o medo de recessão.
No início do ano, o Banco da Inglaterra projetou que a inflação ficará acima de 10% no último trimestre do ano, bastante acima dos 2% projetados no início do ano. Para o ministro das Finanças, Rishi Sunak, a recuperação foi afetada "pela bárbara invasão da Ucrânia e outros desafios globais". Apesar dos laços econômicos limitados com os russos, os britânicos foram impactados pelo salto nos preços da energia na Europa e esperam atualizações do caso para novas perspectivas.