Ciência
30/09/2022 às 06:30•2 min de leitura
Depois de 19 anos, James Cameron irá apresentar ao público a tão aguardada sequência de Avatar. O filme se tornou um marco na história do cinema, principalmente devido ao uso de tecnologia de computação gráfica e mostrando novos caminhos para o seu uso.
Abaixo, nós listamos seis incríveis curiosidades sobre a produção do filme com a maior bilheteria da história do cinema.
Matt Damon e Jake Gyllenhaal foram as primeiras escolhas do estúdio para interpretar Jake Sully. Porém, James Cameron preferiu escolher um ator menos famoso. Sam Worthington era relativamente conhecido na Austrália, mas em Hollywood poucos sabiam quem ele era. O ator recebeu o convite para participar do filme por meio de um telefonema e a pessoa que ligou não lhe disse nada sobre o roteiro — nem mencionou o nome do diretor. Na época, ele achou que seria uma grande perda de tempo, mas como estava morando em seu carro, aceitou o papel.
Antes de encontrar Worthington, James Cameron concordou em chamar Matt Damon para o filme. Porém, o ator acabou recusando o papel porque estava trabalhando em um filme da franquia Bourne. Infelizmente, para ele, Cameron havia oferecido 10% da bilheteria. Em 2021, Damon brincou dizendo: “Eu vou entrar para a história... você nunca conhecerá um ator que recusou mais dinheiro que eu”. Na ocasião, o valor que ele teria recebido era de aproximadamente US$ 600 milhões.
Cameron escreveu as primeiras páginas do roteiro do filme em 1994. O problema é que naquela época, a tecnologia para dar vida à sua visão era muito cara — ou nem não existia ainda. Tudo mudou quando Cameron assistiu ao Senhor dos Anéis: As Duas Torres e viu o que a Weta Digital conseguiu fazer criando o Gollum. Naquele momento ele percebeu que a tecnologia estava finalmente pronta para criar personagens fotorrealistas, feitos totalmente com computação gráfica.
Quem tem um ouvido mais atento, pode ter percebido uma certa semelhança com os sons dos animais de Pandora. Isso acontece porque muitos deles foram retirados de Jurassic Park. Para o Hammerhead Titanothere foram usados sons de Brontossauro. O Thanator que persegue Jake foi “dublado” com os ruídos usados no Tiranossauro Rex. Já o Direhorse, criatura que Jake aprende a cavalgar no filme, tem os gritos do Velociraptor na famosa cena da cozinha em Jurassic Park.
Parque Florestal Nacional de Zhangjiajie. (Fonte: Wikimedia Commons)
A equipe responsável pelo design do filme se baseou no Parque Florestal Nacional de Zhangjiajie, na China, para criar as incríveis montanhas flutuantes de Pandora. O sucesso do filme foi tão grande, que o país acabou renomeando um dos pilares. Conhecido originalmente como Southern Sky Column, depois do lançamento do filme passou a ser chamado de Avatar Hallelujah Mountain. A escolha desse pilar específico foi por ele ter sido a principal inspiração de Cameron.
Gamelão. (Fonte: Wikimedia Commons)
O famoso compositor James Horner levou a sério a tarefa de criar música para outro mundo. Durante o seu trabalho, ele precisou criar alguns instrumentos do zero. Havia muitos instrumentos que soavam como flautas de diferentes tipos, mas eram combinados com instrumentos que soavam como gamelão — um instrumento composto, típico da Indonésia, que é feito de xilofones, gongos e percussão. Horner também manipulou vozes em um computador e combinou com instrumentos para criar sons totalmente novos.