Ciência
25/02/2023 às 11:00•3 min de leitura
Existem muitos edifícios construídos para homenagear deuses, reis e pessoas importantes. Das Pirâmides do Egito ao Taj Mahal, essas construções são lembradas por terem sido feitas a pedido de homens, na sua maioria.
Porém, alguns templos e mausoléus foram feitos por mulheres enlutadas que desejavam homenagear seus falecidos maridos e eternizar seu amor por eles. Abaixo você irá conhecer seis deles!
(Fonte: The Royal Household/Reprodução)
A rainha Vitória é lembrada por ter governado a Inglaterra durante o apogeu do Reino Unido. Porém, quando o seu marido, o príncipe Albert, morreu em 1861, a rainha ficou inconsolável. Ela passou a ter uma vida reclusa, vestindo a si mesma e à corte de preto, e cercando-se de imagens de seu falecido marido.
Logo após a morte de Albert, a rainha mandou construir um mausoléu em Frogmore — uma das propriedades reais, perto do Castelo de Windsor. Albert foi sepultado no local e ela foi enterrada ao lado dele em 1901, quebrando a tradição real de ser enterrada na Abadia de Westminster ou na Capela de São Jorge em Windsor.
(Fonte: Carl Court/Getty Images)
Kyoto é uma cidade bastante conhecida pelos diversos templos que ficam nas suas proximidades. Um deles é o Kodai-ji, templo construído para homenagear Toyotomi Hideyoshi, o filho de um camponês que se tornou um samurai e ajudou a unificar o Japão após séculos de guerra feudal.
O templo foi encomendado pela esposa de Hideyoshi, Kita-no-Mandokoro, após sua morte em 1598. Embora o próprio Hideyoshi não tenha sido enterrado no local, Mandokoro viveu por 19 anos em Kodai-ji como freira budista e sua sepultura pode ser visitada no templo.
Wikimedia Commons
A Tumba de Humayun, construída no mármore e arenito vermelho, conta a história de um imperador e o amor eterno de sua esposa — sendo, inclusive, uma das inspirações para o Taj Mahal.
Bega Begum, primeira esposa do imperador Humayun, encomendou esta tumba em homenagem ao marido, que se tornou o primeiro grande edifício Mughal — estilo arquitetônico que mistura elementos de design indianos, persas e da Ásia Central. Hoje, a Tumba é declarada patrimônio mundial da UNESCO.
Ruínas do Mausoléu de Halicarnasso (acima) e uma maquete de como ele seria (abaixo). (Fonte: Wikimedia Commons)
O Mausoléu de Halicarnasso foi construído há mais de 2.300 anos a pedido a rainha Artemísia, em 353 a.C., para homenagear seu marido Mausolus. Quando o governante da Caria, na atual Turquia, faleceu, Artemísia queria que ele fosse colocado em um lugar imponente.
O resultado foi uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, que chegou a rivalizar com as pirâmides do Egito em tamanho e grandeza. Seu nome faz referência à cidade de Halicarnasso (atual Bodrum, Turquia) e atualmente só é possível ver parte das ruínas do mausoléu, que foi destruído no final do século XIV por uma série de terremotos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Perto da pequena cidade de Patan, no oeste da Índia, foi construído um dos maiores poços de água da Índia. Com quatro pavilhões, 1.500 esculturas feitas à mão e mais de 20 metros de profundidade, o poço Rani-ki-Vav foi encomendado no século XI pela rainha Udaymati.
Também conhecido como O Poço da Rainha, a construção foi feita para homenagear o rei Bhimdev I, que governou uma parte do que hoje é o estado indiano de Gujarat.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 2002 a artista americana Patricia Cronin decidiu eternizar o seu amor por sua namorada, Deborah Kass. Em uma época em que o casamente entre pessoas do mesmo sexo era ilegal nos Estados Unidos, ela esculpiu em bronze uma imagem dela com Kass — que atualmente é sua esposa.
A obra está no cemitério de Woodlawn, em Nova York, e é chamada de “Memorial a um casamento”. É possível visitar a escultura no Woodlawn Cemetery, que é aberto ao público. Há ainda uma réplica de bronze no Museu e Galeria de Arte de Kelvingrove, em Glasgow, Escócia.