Ciência
24/05/2023 às 02:00•2 min de leitura
Há uma "tradição" muito antiga de servir uma última refeição especial a alguém condenado à morte. Lembre-se, por exemplo, da Última Ceia de Jesus Cristo, em que ele sentou com seus apóstolos e todos fizeram uma refeição simples, mas altamente simbólica.
Já no começo de 1800, havia este costume de servir uma comida especial nas prisões dos Estados Unidos para aqueles que estavam prestes a morrer pelas mãos do Estado. Em 1924, o estado do Texas começou a tornar isso um evento: cada prisioneiro que seria executado teria o direito de escolher esta refeição.
Neste texto, contamos os cardápios escolhidos por 4 condenados notórios.
(Fonte: PBS)
Timothy McVeigh entrou para os anais da história americana ao cometer um assassinato terrível. Em 1995, ele se envolveu num atentado a bomba cometido contra um prédio do governo federal em Oklahoma City, Oklahoma. 168 pessoas morreram nesta explosão e 680 ficaram feridas.
Ele foi julgado e condenado à morte. Em 2001, foi enviado para a execução por meio do recebimento de uma injeção letal. McVeigh tinha então 33 anos. Na ocasião, não havia lugares suficientes para todo mundo que queria assistir (vale lembrar que foram centenas de mortos e feridos), e os policiais tiveram que improvisar uma transmissão em vídeo em circuito fechado.
A última refeição deste terrorista foi bem simples: ele pediu para o Estado que lhe servisse dois potes de sorvete de chocolate com menta.
(Fonte: Folha PE)
O serial killer Ted Bundy foi condenado pelo estado da Florida pelo sequestro, estupro e necrofilia cometida contra mais de 30 mulheres, capturadas em vários locais dos Estados Unidos. Ele chegou a ser preso no Colorado, mas escapou e matou mais gente inocente.
Ele foi executado na cadeira elétrica em 1989, quando tinha 42 anos. Os carcereiros perguntaram para Bundy o que ele desejava como sua última refeição, mas ele declinou da gentileza.
Por conta disso, foi servido a ele o cardápio que era oferecido a todos os condenados que recusavam a cerimônia: bife mal passado, ovos moles, batatas fritas, torradas com manteiga, leite, suco e café. Mas o assassino não comeu nada e morreu com o estômago vazio.
(Fonte: Britannica)
Adolf Eichmann foi um coronel do exército nazista que era muito próximo de Adolf Hitler. Durante o nazismo, ele supervisionou as mortes de milhares de judeus, ciganos, homossexuais e todo tipo de pessoa que foi enviado para os campos de concentração.
Após a Segunda Guerra Mundial, Eichmann fugiu para a Argentina, onde viveu por um bom tempo. Mas ele acabou rastreado, trazido de volta para a Europa e levado a julgamento por suas atrocidades. Ao ser julgado, ele manifestou que estava "apenas fazendo seu trabalho" e cumprindo as vontades de Hitler.
Eichmann foi condenado e enforcado em uma prisão israelense em 1962. Como sua última refeição, ele só quis beber: pediu uma garrafa de vinho tinto israelense seco conhecido como Carmel.
(Fonte: The Fayetteville Observer)
É raro acontecer, mas mulheres também podem se tornar serial killers. Velma Barfield, aparentemente, era uma respeitada mãe e avó. Mas ela foi condenada por ter matado 6 pessoas usando arsênico. Uma das vítimas foi sua mãe, e dois ex-maridos seus também morreram de forma suspeita.
Ao ser condenada, Velma foi enviada para o corredor da morte no presídio feminino da Prisão Central do estado em Raleigh. Lá, ela permaneceu ocupada enquanto tricotava roupas para os netos. Em novembro de 1984, ela se tornou a primeira mulher a ser executada por injeção letal.
No dia anterior, Velma havia optado por comer alguns lanches como sua refeição final. Ela pediu um salgadinho Cheez Doodles, uma barra de chocolate Kit-Kat e uma garrafa de Coca-Cola.