Pôncio Pilatos: o governador romano que condenou Jesus à cruz

15/08/2023 às 10:002 min de leitura

Pôncio Pilatos foi o quinto governador da Judeia, nomeada assim por Augusto (27 a.C.–14 d.C.), o primeiro imperador romano. Pilatos governou a província romana entre os anos 26 d.C. e 36 d.C., durante o reinado de Tibério Cláudio Nero César. Pilatos ficou famoso por supostamente ter presidido o julgamento de Jesus de Nazaré e ordenado sua crucificação.

Nomeação e funções

(Fonte: Wikipedia/Reprodução)(Fonte: Wikipedia/Reprodução)

Pouco se sabe sobre a vida de Pilatos antes de assumir o cargo, e também sobre as circunstâncias que levaram à sua nomeação. Alguns historiadores sugerem que ele foi indicado por Sejano, um favorito de Tibério que tinha grande influência sobre o segundo imperador romano. Outros acreditam que ele foi escolhido por sua experiência militar ou administrativa.

Suas principais funções eram manter a ordem e a paz na província, arrecadar impostos e administrar a justiça. Ele também tinha o poder de nomear e destituir os sumos sacerdotes judeus, que eram os líderes religiosos e políticos de seu povo. Pilatos residia na cidade de Cesareia, na costa do Mediterrâneo, mas se deslocava para Jerusalém nas épocas festivas, quando a cidade ficava repleta de peregrinos e havia maior risco de tumultos.

Durante seu governo, entrou em conflito com os hebreus várias vezes por causa de atos que ofendiam suas sensibilidades religiosas. Por exemplo, ele ordenou que fossem penduradas imagens do imperador por toda a Cidade Santa, contrariando a proibição da comunidade local. Pilatos também mandou cunhar moedas com símbolos considerados pagãos e usou o dinheiro do Templo judaico para construir um aqueduto. Em todas essas ocasiões, o povo de Israel protestou e a reação foi violenta, resultando na morte ou prisão dos manifestantes.

O julgamento de Jesus

(Fonte: Wikipedia/Reprodução)(Fonte: Wikipedia/Reprodução)

O evento mais notório durante o mandato de Pilatos seria o julgamento de Jesus, conforme é contado na Bíblia e em outras fontes apócrifas. Jesus teria sido detido pelas autoridades locais sob acusações de blasfêmia e subversão. Os líderes religiosos judeus exigiram sua condenação à morte, uma sentença que eles próprios não podiam executar. Pilatos interrogou o acusado e não encontrou razões para sentenciá-lo, mas hesitou em libertá-lo, temendo a reação popular. Com isso, tentou transferir a responsabilidade para Herodes Antipas, o líder da Galileia, que estava em Jerusalém naquele momento, mas Herodes enviou o prisioneiro de volta ao governador romano.

Pilatos então propôs libertar Jesus como um gesto de clemência durante o Pessach, a Páscoa judaica, mas a multidão teria preferido soltar Barrabás, um criminoso que estava sendo condenado juntamente com Jesus. Então, Pilatos mandou açoitar o nazareno e colocar uma coroa de espinhos em sua cabeça, esperando comover a multidão, mas ela continuou gritando "crucifica-o!". Foi aí que lavou as mãos diante de todos, dizendo que não era responsável pelo sangue de Cristo, e entregou-o para ser crucificado.

O fim de seu mandato e legado

(Fonte: Wellcome Collection/Reprodução)(Fonte: Wellcome Collection/Reprodução)

O fim do governo de Pilatos ocorreu em 36 d.C., quando ele reprimiu violentamente um movimento armado dos samaritanos no monte Gerizim. Eles o denunciaram a Vitélio, o legado da Síria, que o mandou retornar à capital do império para se explicar perante Tibério. Porém, o imperador faleceu antes que o acusado chegasse em Roma. O destino subsequente dele permanece incerto — segundo Eusébio de Cesareia, um historiador cristão do século IV, Pilatos teria se suicidado por ordem do imperador Calígula.

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