Ciência
22/11/2023 às 14:00•3 min de leitura
A crença popular espalha diversas informações que, apesar de bem difundidas, nem sempre se mostram verdadeiras. Entretanto, parece que cada vez mais pessoas tendem a acreditar em dados infundados, e é exatamente sobre eles que falaremos.
Nas linhas abaixo, vamos falar sobre alguns desses mitos e os motivos que fazem com que eles não sejam reais. Será que em algum momento você já acreditou em um deles?
Quem ganha na loteria e se organiza consegue viver a vida co acesse às informações. (Fonte: Meria Agora)
É verdade que muitos ganhadores da loteria ficam fascinados com tanto dinheiro e acabam gastando de maneira inconsciente. Porém, não é certo dizer que literalmente todos eles — ou mesmo a maioria — vão ficar pobres um dia.
Muito disso acabou acontecendo por conta de algumas notícias divulgadas na mídia, já que vários jornais nos anos 1960 e 1970 acabavam focando em pessoas que faturaram bastante e perderam tudo.
Entretanto, um estudo feito ainda nos anos 1970 revelou que muitos ganhadores da loteria estavam bem felizes com suas vidas. Afinal, grandes quantias ajudam a realizar muitos sonhos e, se bem aplicado, pode garantir uma renda para toda vida.
Cérebro é uma parte do corpo que está sempre se desenvolvendo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Talvez muitas pessoas já tenham ouvido essa história de que o cérebro de uma pessoa está totalmente desenvolvido quando ela completa 25 anos. Caso já tenha ouvido isso, já deu para perceber que estamos diante de outro mito.
Um estudo publicado na BioRxiv com cerca de 100 mil pessoas de idades que variavam entre 115 dias de vida e 100 anos revelou que o desenvolvimento do cérebro acontece durante toda a vida. A diferença, neste caso, está nas partes deste grande computador que acabam sofrendo mudanças em uma determinada etapa da vida.
Aliás, caso esteja se perguntando o motivo de terem escolhido o número 25 para transformar em número mágico da maturidade cerebral, a probabilidade é de que isso tenha acontecido pelo fato de ele ter uma boa sonoridade.
Aumento de suicídios no fim do ano é outro mito no qual muitos acreditam. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Fim de ano é uma época para olhar para trás e analisar tudo de bom que aconteceu em nossas vidas. Porém, aparentemente para algumas pessoas esse pode ser um período bem complicado, já que as taxas de suicídio aumentam no período. Mas será que isso é verdade?
Apesar de muitas pessoas geralmente compartilharem tal fato em redes sociais, fato é que não existe nenhum tipo de evidência que comprove essa relação. Aliás, um estudo divulgado em 2021 revelou que as taxas de pessoas tirando as próprias vidas eram menores em dezembro em janeiro se comparado com o que foi visto em agosto.
Mais uma vez, parte dessa culpa recai sobre a mídia por continuar publicando esse tipo de informação conforme as festas se aproximam, o que acaba mexendo com parte da população.
Diferente do que muitos imaginam, Alcatraz era um lugar querido pelos presidiários. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Filmes e séries sempre mostraram a prisão de Alcatraz como um dos piores lugadores para se viver ou passar uma temporada. Porém, tudo isso não passa de mais um grande exagero em vários sentidos.
O primeiro grande mito que se perde rapidinho é a informação de que não dá para escapar de Alcatraz nadando. Isso, na verdade, é tão possível que existe uma prova chamada Escape From Alcatraz Triathlon ("triatlo para escapar de Alcatraz" em tradução direta), onde é preciso nadar a extensão da penitenciária até a costa.
Outra grande mentira que sempre circulou por aí é a fama de que Alcatraz era o inferno na Terra. Na verdade, ela era uma prisão que sempre agradou muitos prisioneiros, especialmente por conta da política de manter apenas uma pessoa por cela, conferindo mais privacidade e segurança.
Por fim, o cenário se reverte ainda mais quando percebemos que a comida na penitenciária era tida por muitos como de boa qualidade. Para os que queriam manter a mente ativa, a prisão ainda tinha uma biblioteca com 15 mil livros, assinatura de 75 revistas e até mesmo uma noite de cinema por mês.