Ciência
10/02/2024 às 11:00•2 min de leitura
Durante séculos, os membros da família real britânica viveram vidas de luxo, com o melhor de tudo a sua disposição, de comida à habitação e cuidados médicos. Porém, não importa o quão privilegiado você possa ter sido em outros aspectos, há certas coisas que fogem do controle: a saúde humana.
Ao longo do século passado, os membros da família real receberam muitos diagnósticos oficiais e divulgados de câncer — ou tumor maligno. E outras vezes, embora nenhum diagnóstico oficial tenha sido feito, historiadores e médicos acreditam que sintomas registrados indicam mais outros casos.
(Fonte: Getty Images)
Tal como o restante da população, os membros da realeza que batalharam contra o câncer tiveram resultados variados. Por meio de tratamento médico, alguns conseguiram sobreviver, enquanto outros sucumbiram à doença e outra parte segue batalhando até hoje. O exemplo mais claro é do rei Charles III, recentemente diagnosticado com câncer.
Sendo assim, pode-se dizer que a família real britânica possui uma trágica histórica em relação ao câncer. O primeiro caso conhecido surge ainda em 1553, quando a rainha Mary I, filha de Henrique VIII, subiu ao trono. Poucos meses após ter se casado com o príncipe Filipe da Espanha, ela anunciou que estava grávida. Considerando que ela tinha 37 anos e seu marido não a amava, a notícia pegou todos de surpresa.
Porém, sua barriga estava certamente dilatada. Aos poucos foi ficando claro que Mary nunca esteve esperando um filho, por mais que ela tenha insistido por 11 meses que a criança estava para nascer. Embora o diagnóstico nunca tenha acontecido, historiadores afirmam que ela provavelmente tinha um câncer uterino, o que explicaria o inchaço na barriga e as dores de estômago que também sentia. Mary acabou falecendo em 1558, aos 42 anos.
(Fonte: Getty Images)
Além de Mary I, inúmeros outros casos de câncer foram vistos dentro da família real britânica nos últimos séculos. Os reis Eduardo VII, George VI e Eduardo VIII são alguns exemplos disso. Além deles, a rainha Elizabeth I, a mãe, esteve no hospital durante várias semanas em 1966 nas tentativas de tratar um câncer. A informação foi omitida por várias décadas, sendo revelado somente após a sua morte que, felizmente, sua doença não voltou após ser tratada.
A morte de sua filha, a rainha Elizabeth II, por sua vez, não foi exatamente inesperada quando ocorreu no dia 8 de setembro de 2022. Afinal, ela tinha 96 anos e estava com a saúde debilitada há algum tempo. Em 2021, ela chegou a passar uma noite no hospital e estava se tornando comum cancelar eventos programados no último minuto devido a problemas médicos. Apesar da causa oficial da sua morte ter sido listada como "velhice", há quem diga que ela tinha uma forma de mieloma — câncer de medula óssea — que explicaria seu cansaço e perda de peso na reta final.
Por fim, o caso mais recente é o do rei Charles III, que foi internado no hospital em janeiro de 2024 para uma operação no aumento da próstata. A cirurgia foi evidentemente bem-sucedida e ele logo voltou para casa, mas exames apontaram que o monarca carregava consigo alguma forma de câncer. Desde então, Charles terá que ficar um tempo afastado para receber tratamento adequado.