Artes/cultura
28/03/2024 às 16:12•2 min de leituraAtualizado em 28/03/2024 às 16:12
Desde os esplendores do Castelo de Ksiaz até os salões da alta sociedade em Berlim, a história de Daisy, Princesa de Pless, é uma saga de intrigas, romance e coragem em meio aos tumultuosos acontecimentos do século XX. Embora seu nome possa não ser imediatamente reconhecível, sua influência e legado ressoam até os dias atuais, revelando uma mulher que desafiou convenções e deixou uma marca indelével na história europeia.
Nascida como Mary Theresa Olivia Cornwallis-West, em 1873, no Castelo de Ruthin, no Norte do País de Gales, Daisy foi uma princesa galesa da era eduardiana que fazia parte de uma das famílias mais abastadas da Europa naquela época. Destinada desde o nascimento a uma vida de glamour e privilégios, casou com rico magnata da mineração de carvão, Hans Heinrich XV von Hochberg, Príncipe de Pless, mergulhando mundo da aristocracia alemã.
Daisy era conhecida por sua beleza, charme e estilo de vida extravagante. Ela era uma figura central nos círculos sociais e culturais da Europa da época. No entanto, a sombra da Primeira Guerra Mundial pairava sobre a Europa, trazendo consigo desafios e provações inimagináveis para a realeza.
Enquanto o mundo mergulhava no caos da guerra, Daisy emergiu como uma figura de compaixão e coragem. Ela dedicou-se ao serviço humanitário, trabalhando como enfermeira e voluntária da Cruz Vermelha para ajudar soldados feridos e prisioneiros de guerra. Sua lealdade foi posta à prova quando seu filho mais velho, Hans Heinrich, foi convocado para lutar pelo lado alemão, destacando sua posição única na sociedade.
Daisy também enfrentou desafios emocionais e pessoais durante a guerra, incluindo o isolamento social e as acusações de espionagem devido à sua nacionalidade britânica. No entanto, sua determinação e resiliência a mantiveram firme em sua missão de ajudar os necessitados, mesmo quando enfrentava hostilidade e suspeita por parte daqueles que antes a haviam recebido de braços abertos.
Em 1922, Daisy se divorciou de Hans Heinrich devido a uma série de fatores, incluindo dificuldades enfrentadas durante o conflito e mudanças políticas e sociais. Após o divórcio, Daisy mudou-se para Munique e continuou sua vida de forma independente, apesar das dificuldades financeiras e do isolamento social. Ela passou os últimos anos de sua vida em relativa obscuridade, morrendo em 1943.
O legado de Daisy, Princesa de Pless, perdura até hoje. Sua dedicação ao serviço humanitário e sua busca pela reconciliação em tempos de conflito a distinguem como uma figura notável na história europeia. Além disso, sua influência na transformação social e cultural da Europa, especialmente em áreas como educação, saúde e meio ambiente, destaca seu papel como uma pioneira visionária que desafiou as convenções de sua época.