O mistério do pilar flutuante do Tempo de Veerabhadra

22/05/2024 às 10:002 min de leituraAtualizado em 22/05/2024 às 10:00

Destino imperdível para os turistas que visitam a Índia, o templo de Veerabhadra em Lepakshi, no estado de Andhra Pradesh, chama a atenção pela sua impressionante arquitetura Vijayanagara (do século XIV ao XVII), com esculturas complexas, altas colunas e portais imponentes (gopurams). Mas, entre as colunas, uma chama a atenção de todos.

Um dos pilares, com cerca de 9 metros de altura e 20 toneladas de peso, parece não encostar no chão, ficando suspenso sobre uma base quadrada de 76 centímetros, o que lhe valeu o apelido de "pilar flutuante". No entanto, quando os visitantes tentam passar um pedaço de pano ou de papel naquele espaço de cerca de 1 centímetro, não conseguem, pois a pedra deve tocar o chão em algum cantinho oculto.

Dessa forma, o mistério do pilar flutuante permanece em aberto, o que reforça a sua lenda de "milagroso" e acaba atraindo mais visitantes ao local. Mesmo sem encostar aparentemente no chão, ou encostando na prática, o pilar é uma prova da combinação de criatividade e misticismo, o que, na Índia (e não só), é sempre sinônimo de poder

Qual a importância do templo de Veerabhadra?

X (Fonte: Getty Images)
Veerabhadra é uma manifestação feroz do deus Shiva.  (Fonte: Getty Images)

Considerado Patrimônio Universal da Unesco, o templo de Veerabhadra teve entre suas principais características relacionadas com o seu Valor Universal Excepcional justamente os seus pilares esculpidos, além dos afrescos e esculturas monolíticas, como o famoso touro (Nandi) cavalgado por Veerabhadra (o deus Shiva em sua forma ígnea), com 4,5 metros de altura.

Embora datado no do período Vijayanagara, o templo não apresenta nenhuma inscrição que comprove o início da sua história. O que se sabe é que o desenvolvimento do complexo do templo pode ser remetido aos avanços arquitetônicos ocorridos entre os anos 1100 e 1350 d.C., quando se criaram os pilares, pilastras e nichos

Em sua justificativa para considerá-lo monumento da humanidade, a Unesco afirma que o templo "é o melhor exemplo da continuidade dos traços culturais evoluídos e da transformação através do intercâmbio de valores culturais durante muitos anos de arte e história cultural indiana".

As teorias sobre o pilar flutuante de Veerabhadra

Como o templo é muito bem projetado, surgiram diversas teorias, ao longo dos anos, tentando explicar o mistério do pilar flutuante, com alguns defendendo que a "falha" foi propositalmente projetada pelos arquitetos originais

Outros, no entanto, acham que o desnível foi provocado de um engenheiro britânico que, fascinado pelo mistério, tentou mover o pilar, para entender as técnicas de construção usada pelos artesãos indianos, mas causou um deslocamento ainda maior

Entre as teorias, uma das maiores populares diz que o pilar foi esculpido com tal precisão milimétrica, que foi criada uma base côncava que se encaixaria perfeitamente em uma elevação imperceptível no chão. Esse ressalto, impossível de ser visto a olho nu, funcionaria na realidade como um suporte para dar essa ilusão de que o pilar flutua.

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