Os 4 piores instrumentos de tortura da época medieval

24/09/2024 às 18:002 min de leituraAtualizado em 24/09/2024 às 18:00

A Idade Média certamente não foi uma boa época para ser acusado de um crime, qualquer que fosse ele. Afinal, por lá circularam vários dispositivos de tortura que eram capazes de tornar a vida de qualquer um em um inferno.

Esses instrumentos eram de vários tipos e se propunham a provocar diversos sofrimentos. E embora alguns deles tenham se encerrado ainda nos tempos medievais, outros continuaram sendo utilizados por séculos depois.

1. O cavalete

(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
O cavalete esticava as extremidades da vítima. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

O cavalete era um dos instrumentos de tortura mais conhecidos nessa época. Embora ele tenha se tornado famoso na Idade Média, acredita-se que ele tenha sido criado na Grécia antiga. Heróstrato, um incendiário grego, responsável pela destruição do templo de Ártemis em Éfeso, teria sido torturado até a morte em um cavalete.

O dispositivo era composto por uma estrutura de madeira em que a vítima era amarrada a rolos em cada extremidade, que eram então girados pelo torturador, esticando os seus membros. Aos poucos a pressão ficava mais dolorosa no corpo todo da vítima. Era tão cruel que, se não fosse parado a tempo, causava a morte.

 

2. Oubliette

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
No oubliette, a pessoa era esquecida em um lugar até que morresse. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

A palavra oubliette vem do verbo francês oublier, que quer dizer “esquecer”. O termo descrevia bem essa tortura: era uma espécie de fosso onde a vítima ficava por um longo espaço de tempo, sendo privada de comida, luz do sol e da presença dos outros.

Normalmente quem ficava lá enlouquecia ou morria de fome. E era comum que o condenado ficasse trancado em um espaço apertado com os restos em decomposição de outras vítimas ou ao lado de ratos famintos. De fato, por mais que fosse simples, era provavelmente uma tortura terrível e longa.

3. A roda de despedaçamento

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A roda de despedaçamento visava provocar a morte, e não apenas a tortura. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

A roda de despedaçamento foi inventada pelos romanos. Diferente de outros dispositivos de tortura medievais, o objetivo dela era executar o condenado e não apenas o torturar.

Ela era utilizada de duas maneiras. Na primeira, a vítima era morta quando um carrasco jogava uma grande roda sobre ela, o que quebrava seus ossos. Na segunda forma, a vítima era amarrada à roda e o carrasco quebrava lentamente seus ossos com um porrete. Ou seja, certamente está entre as mais cruéis formas de tortura. 

4. O berço de Judas

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O berço de Judas provocava um sofrimento insuportável na vítima. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

De acordo com o historiador francês Fernand Braudel, o berço (ou cadeira) de Judas "era um símbolo da barbárie e da crueldade da Idade Média. Seu uso é uma mancha na história humana e um lembrete das profundezas às quais a humanidade pode afundar".

Tratava-se de um dispositivo em forma de pirâmide, com uma ponta afiada colocada sobre quatro pernas. A vítima era colocada suspensa no teto e abaixada aos poucos para que a ponta penetrasse sua genitália ou seu ânus.

Quando queria que a tortura fosse pior, os carrascos prendiam pesos no corpo da vítima para que ela fosse puxada ainda mais para baixo. Obviamente, muitas pessoas acabavam confessando qualquer coisa só para sair do sofrimento o quanto antes.

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